sábado, 17 de maio de 2008

Destruição da natureza custa R$ 5 trilhões por ano

 

     A destruição da natureza acarreta ao mundo danos no valor de aproximadamente 2 trilhões de euros ao ano, cerca de R$ 5 trilhões, segundo um estudo da ONU. Os resultados provisórios deste estudo sobre os custos globais da perda de espécies e espaço vital serão apresentados na conferência da ONU sobre Biodiversidade que começa nesta segunda-feira, na Alemanha.

     Segundo o estudo, ao qual teve acesso o semanário alemão Spiegel, a perda da biodiversidade custa por ano 2 trilhões de euros.

 

(fonte da imagem)

 

     "Os pobres no mundo são os que pagam a maior parte" destas perdas, assinala Pavan Sukhdev, diretor do estudo. Segundo o analista, isto acontece porque são precisamente os países mais pobres que mais sofrem com a perda de biodiversidade, como o desaparecimento de riquezas naturais cujo valor chega à metade da riqueza econômica dessas nações.

 

Fonte: EFE  - Terra Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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“Amigos, amigos. Meio ambiente à parte”

 

     Uma das mais influentes vozes críticas à política ambiental do governo é a de Paulo Adário, diretor da campanha Amazônia da ONG Greenpeace. Ironicamente, Adário é amigo de Minc desde a juventude. Adário diz que tentou ligar para o celular de Minc e pedir que rejeitasse o ministério. Mas, quando falou com Minc, em Paris, o amigo já tinha aceitado. "Eu disse a ele parabéns e meus pêsames", afirma Adário. Os dois desenvolveram juntos a militância ambiental no Rio, nas décadas de 80 e 90. Agora, talvez fiquem em campos opostos. "Amigos, amigos. Meio ambiente à parte", diz Adário.

 

 

     No ministério, Minc vai enfrentar três grandes desafios imediatos. O primeiro é preencher o vácuo deixado por Marina Silva. A ministra deixou o ministério maior do que entrou. As ONGs, os governos e a imprensa internacional reagiram mal a sua saída. "Minc terá que mostrar envergadura política e compensar sua falta de experiência e de articulações fora do Rio", diz Maria Tereza Pádua, ex-presidente do Ibama.

     Para complicar, em seus 100 primeiros dias de gestão, Minc terá que aplacar o maior incêndio da década. O período de maio a junho, de seca na Amazônia, é o auge das queimadas e desmatamento. Agora, depois de três anos de folga no desmatamento por causa dos preços deprimidos de produtos agrícolas, os pecuaristas e sojicultures devem voltar a expandir sua área plantada. As primeiras análises de satélite indicam que teremos novos recordes de devastação ilegal nos índices que o Inpe divulga em outubro. A taxa de desmatamento é decisiva para avaliar o desempenho do ministro. Um dos maiores problemas globais hoje são as mudanças climáticas. O Brasil é o quarto pais mais responsável pelo aquecimento do planeta, justamente por causa do desmatamento. "Isso vai explodir no colo do Minc", diz Adário.

 

Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Estudo revela que superprodução de nitrogênio ameaça clima e biodiversidade

 

Efeitos incluem chuva ácida, mortandade de peixes e redução da camada de ozônio.

Uso excessivo do elemento químico como fertilizante é principal raiz do problema.

 

     Compostos de nitrogênio lançados no ambiente pela atividade humana causam poluição, estimulam o efeito estufa e ameaçam a biodiversidade, afirmam dois artigos publicados hoje na revista especializada "Science". O planeta tem um ciclo natural do nitrogênio, que é essencial para a vida na Terra, mas o ciclo artificial, alimentado principalmente pelo uso de fertilizantes e pela queima de combustíveis fósseis, provoca desequilíbrios perigosos, dizem os cientistas.

     "Um átomo de nitrogênio pode causar diversos efeitos em cascata, como smog (neblina poluente), chuva ácida, mortandade de peixes, efeito estufa e redução da camada de ozônio, tudo em seqüência", explica o principal autor do artigo que trata do impacto global do nitrogênio, James Galloway, da Universidade da Virgínia, nos EUA. "Essa combinação do nitrogênio reativo se acumulando no ambiente e tendo um efeito em cascata torna muito difícil administrar os efeitos."

 

Foto

Derramamentos de nitrogênio líquido na natureza aumenta os riscos da poluição (fonte da imagem)

 

     Galloway explica que o chamado "nitrogênio biologicamente reativo" é essencial para a produção de alimentos. Ao fabricar fertilizantes, a humanidade transforma o nitrogênio inerte do ar nessas formas reativas necessárias. "Mas, na produção de alimentos, muito se perde para o ambiente, porque a eficiência de pôr o nitrogênio na carne ou nos cereais é muito baixa." Além disso, "é claro que a maior parte do nitrogênio que entra na boca humana também acaba no ambiente". As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Fonte: Agência Estado - G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Urso Polar Ameaçado

 

     Urso polar tenta sobreviver no mar de escasso gelo do Alaska. Sinais do Aquecimento Global explícitos no sofrimento desses animais.

 

(fonte da imagem)

 

(fonte da imagem)

 

Autora: Martina Cavalcanti

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Escândalo: tripulação do Nisshin Maru contrabandeia carne de baleia

 

     Denúncia feita pelo Greenpeace após 4 meses de investigação revela que autoridades japonesas fazem 'vista grossa' à irregularidade.

     Uma caixa da carne de baleia ilegalmente retirada pela tripulação do Nisshin Maru, navio-fábrica da frota baleeira japonesa que participou da caça às baleias no início deste ano na Antártica, foi mostrada nesta quinta-feira por ativistas do Greenpeace em Tóquio como evidência de que o governo japonês tem acobertado uma falsa pesquisa científica no Oceano Antártico.

 

Foto: Greenpeace


     Será que isso era novidade para alguém???
     Pois é o Greenpeace fez uma investigação, se infiltrou, comprovou e registrou que funcionários tanto da empresa baleeira, quanto do Insituto de Pesquisa japonês estavam roubando carne de baleia, em caixas de papelão.
     A caixas diziam que eram cheias de papelão, mas quando abertas.... kilos das melhores carnes de baleias.

     Pois é, mais uma evidência de que a caça científica não deixa de ser carne comercial pobremente disfarçada de ciência.

     Acesse o site do Greenpeace e acompanhe as novidades.

 

Autora: Lendra Gonçalves - Greenpeace

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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quinta-feira, 15 de maio de 2008

Para ambientalistas, Minc é 'ecochato' que virou liberal

 

     O ex-guerrilheiro Carlos Minc Baumfeld, antes de chegar à Secretaria do Ambiente do governo Sérgio Cabral Filho (PMDB), em janeiro de 2007, se preparava para iniciar o sexto mandato consecutivo na Assembléia Legislativa fluminense, para a qual foi eleito pela primeira vez em 1986. Como parlamentar, sempre se destacou por performances com assessores fantasiados, alegorias espalhafatosas e muita imprensa, para denunciar danos à natureza. No poder, manteve o estilo, mas mudou o conteúdo. De "ecochato", passou a ser classificado de "liberal demais" por alguns ambientalistas.

     Em passado não tão distante, no figurino de ativista ecológico, Minc chegou a martelar batatas, como rolhas, em canos de descarga de ônibus que poluíam a capital fluminense. Quando, nos anos 90, se juntou a homossexuais para incentivar o uso de camisinha, colocou um megapreservativo no obelisco, monumento de 18 metros no fim da Avenida Rio Branco, no centro do Rio.

     Em 19 anos na Assembléia, foi autor de pelo menos 150 leis, uma das quais pune estabelecimentos que discriminem gays, lésbicas e travestis. Também lutou contra o uso de amianto no Estado e em 2004 conseguiu aprovar uma lei responsabilizando as empresas pelo tratamento de funcionários contaminados pela substância.

     Como secretário de Ambiente, porém, foi criticado por autorizar o plantio de eucalipto, pela Aracruz Celulose, o que antes condenava. A compensação com reflorestamento caiu de 30 hectares para 10 hectares de mata nativa para cada cem de eucaliptos. Atitudes como essa, contudo, também lhe rendem elogios. Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na solenidade de lançamento do Arco Metropolitano do Rio, em Itaguaí, saudou sua atuação.

 

Fonte: O Estado de S. Paulo - Yahoo Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Carlos Minc e a agilidade para carimbar licenças ambientais

 

     A rapidez para desembaraçar o processo de aprovação ambiental de grandes e polêmicos projetos é uma das marcas de gestão do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Militante histórico da esquerda, o professor de geografia foi até aqui secretário de Meio Ambiente do governo Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro. "Durante sua passagem de pouco mais de um ano pelo cargo, ele enfrentou fortes incêndios nas florestas do estado, o que levou sua gestão a criar uma guarda florestal bem equipada", contam Aldem Bourscheit e Felipe Lobo, da agência de notícias verde O Eco. "Outra realização de Minc, bem ao contrário do que fez sua antecessora Marina Silva no ministério, foi a unificação dos órgãos ambientais cariocas, que deu origem ao Inea (Instituto Estadual do Ambiente)".

     Muitos acreditam que o novo órgão foi feito sob medida para atender aos desejos de empreendedores do Rio de acelerarem a emissão de licenças ambientais. Vale lembrar que Minc vinha recebendo elogios constantes de Lula durante o lançamento de obras do PAC no Rio de Janeiro, por sua agilidade no licenciamento de uma série de empreendimentos. A experiência de Minc no Rio de Janeiro revela um ágil carimbador de licenças, muito elogiado por parcelas do movimento ambiental. Inclusive em seu partido, o PT.

 

Carlos Minc (fonte da imagem)

 

     O valor dessas habilidades de Minc será testado agora diante dos grandes interesses em jogo no Plano de Aceleração de Crescimento, que prevê obras de impacto decisivo na Amazônia. São projetos como hidrelétricas, rodovias e linhas de transmissão elétrica. Feitos com cuidado e diálogo, podem estimular atividades sustentáveis e aumentar a presença das forças do Estado, hoje ausentes em grande parte da Amazônia. Mal conduzidos, têm potencial para repetir em larga escala os desastres como a Transamazônica e a hidrelétrica de Balbina. Acelerarão o desmatamento, destruirão uma floresta que poderia produzir madeira para sempre, estimularão o roubo de terra pública e a multiplicação de pobreza e violência na região. Esse é o cenário - ou campo de batalha - que espera o ministro Minc.

 

Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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quarta-feira, 14 de maio de 2008

EUA classificam urso polar como espécie ameaçada

 

     Os Estados Unidos classificaram o urso polar do Alasca como uma espécie que corre perigo de extinção e que requer uma proteção especial, anunciou o secretário para os assuntos internos encarregado dos parques nacionais, Dirk Kempthorne.

 

(fonte da imagem)

 

     "Hoje, classifico o urso polar como uma espécie ameaçada, em virtude da lei sobre as espécies ameaçadas", declarou Kempthorne durante uma entrevista coletiva.

     Esta decisão se baseia principalmente "no importante desaparecimento, nas últimas décadas, do gelo polar, crucial para a sobrevivência deste animal", explicou.

Além disso, modelos informáticos indicam que "o gelo ártico vai provavelmente continuar derretendo no futuro", acrescentou.

 

A caça também é um fator importante para o extermínio dos ursos polares (fonte da imagem)

 

Fonte: AFP - Terra Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Desertos de Eucaliptos

 

     Excelente série de reportagens do Correio Braziliense revela ao Brasil tudo aquilo que a blogosfera gaúcha há um bom tempo já havia descoberto, mas que continua sendo completamente ignorado pela Zero Hora:

 

(i) que as papeleiras que atualmente expandem seus negócios no estado "destinaram R$ 2 milhões a candidatos em 2006, dos quais R$ 500 mil foram para a campanha de Yeda Crusius",

 

(ii) que uma empresa estrangeira, especificamente a sueco-finlandesa Stora Enso, "estaria comprando terras na faixa de fronteira do Brasil" por intermédio de uma empresa-laranja, o que é ilegal, e isso tanto para a Polícia Federal quanto para a Procuradoria da República,

 

(iii) que, a fim de regularizar a situação de tais aquisições, "a regulamentação da faixa de fronteira deverá ser mudada por uma emenda constitucional", emenda essa (PEC 49/2006) de autoria do senador Sérgio Zambiasi (PTB), que afirma ter apresentado a referida proposta "porque a legislação está obsoleta e compromete o desenvolvimento da região", e que, finalmente,

 

(iv) uma série de ações, encampadas desde o início do novo jeito de governar - entre elas a nomeação, para chefias de órgãos ambientais estaduais, em substituição ao pessoal técnico capacitado, de pessoas de confiança da governadora Yeda Crusius, que através da concessão de "autorização provisórias" para a atividade de silvicultura atropelaram os estudos necessários à concessão de licenças ambientais definitivas, bem como a transferência, para uma secretaria de estado politicamente domesticada, de atribuições antes exclusivamente técnicas -, culminaram com a vergonhosa alteração da proposta original de Zoneamento Ambiental para a Atividade de Silvicultura no RS organizada pelos técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), tudo isso a fim de acomodar os interesses das papeleiras.

     O jornal do Grupo RBS, entretanto, mesmo com todos esses fatos ululando a suas portas, prefere continuar apostando nas teses de seus patrocinadores - as papeleiras e o novo jeito de governar -, segundo as quais (i) é a metade sul do RS ambientalmente apropriada para a atividade de silvicultura em nosso estado, e (ii) são as papeleiras o tipo de investimento mais adequado para, se não resolver, ao menos apaziguar os problemas econômicos da região, berço do latifúndio baseado na monocultura e na pecuária extensiva, altamente concentradores de renda.

     La Vieja apresentou argumentos contra essa segunda tese, ferrenhamente abraçada pela Zero Hora, quando afirmou, em contraponto à ufanista reportagem veiculada pelo referido jornal, ser "inevitável que cidades que recebam investimentos prioritários de papeleiras, bem como indústrias ligadas ao setor, tenham relativos incrementos em sua economia", ressalvando que o porta-voz oficial das papeleiras, em nenhum momento de sua intransigente defesa desses investimentos, fez questão tanto de abordar "o problema da manutenção do modelo produtivo da região, baseado no latifúndio e na monocultura, responsável pelo pífio impacto econômico no total da riqueza produzida no estado (...), o que mantém a concentração de renda", quanto de "oferecer esclarecimento sobre o modelo de mão-de-obra a ser incrementado por tais investimentos, aparentemente em tudo semelhante ao atualmente existente", algo que também em nada alteraria a distribuição de renda na metade sul.

     Hoje, La Vieja irá demonstrar que a primeira tese acima referida também é falsa e que ZH utiliza determinados estudos da Fepam, enquanto ignora outros, a fim de corroborá-la.

     ZH tem apresentado, em todas suas reportagens posteriores ao triunfo dos interesses das papeleiras no RS, uma série de gráficos, supostamente amparados nas recentes alterações introduzidas na proposta original de zoneamento ambiental apresentada pela Fepam, em estudos de impacto ambiental e em informações da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), que comprovariam a tese de que a metade sul do estado é ambientalmente adequada para a atividade de silvicultura.

     Tais gráficos, essencialmente, apresentam os limites à atividade de silvicultura no RS supostamente tomando como referência (i) as recentes alterações na proposta original de zoneamento e (ii) os "níveis de risco" ambientais oferecidos por essa atividade a partir de um estudo que classifica os solos do estado quanto às suas resistências a impactos ambientais.

     Posto isso, passemos aos gráficos.

     O primeiro deles, que apareceu em edição impressa de ZH, apresentou o novo perfil ambiental do RS supostamente a partir das recentes alterações na proposta original de zoneamento para a atividade de silvicultura elaborada pela Fepam, alterações essas que, nunca é demais frisar, como denunciado por ambientalistas, foram introduzidas à toque de caixa pelo novo jeito de governar a fim de se obter não o perfil ambiental adequado à preservação da fauna e da flora do Bioma Pampa, mas sim o mais adequado aos interesses dos financiadores de sua campanha. La Vieja tratou dessa denúncia ao escrever sobre o triunfo dos interesses das papeleiras no RS, acusação essa que revelou manobras políticas sórdidas, atropelos à legislação e arbitrariedades do governo Yeda Crusius.

     Conforme ZH, segundo as alterações recentemente introduzidas na proposta original de zoneamento - que extinguiram os percentuais máximos que, de acordo com a proposta original, limitavam o plantio de exóticas em uma determinada área, o que, conforme ambientalistas, é uma porta aberta para o florestamento industrial em grandes extensões, o que seria prejudicial à fauna e à flora do Pampa por alterar as características do ecossistema -, os limites à atividade de silvicultura no RS ficaram distribuídos por áreas.

     Em vermelho e identificado como "alta" - sem que, no entanto, se diga a que tal termo se refere - estão as áreas menos recomendadas para o plantio. Donde, pelo menos em tese, a necessidade de imposição de limites mais rigorosos à atividade de silvicultura nessas regiões. Em amarelo, identificado como "média", por sua vez, estão as áreas intermediárias, que provavelmente impõem limites medianos à tal atividade. Por fim, em verde e identificado como "baixa" - mais uma vez sem que se diga a que tal termo se refere - estão as áreas mais recomendadas para o plantio, que parecem exigir limites menos rigorosos à atividade de silvicultura. Eis o confuso gráfico:

 
     Depois, ZH passou a apresentar, em seu sítio, todas as vezes em que produziu reportagens acerca dos interesses das papeleiras ou dos interesses ambientalistas, uma série de cinco gráficos: três supostamente baseados em estudo técnico de 2005 intitulado "classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais" e um em informações da Ageflor. Nenhuma notícia é dada, entretanto, em relação aos três primeiros, acerca da fonte de tais informações gráficas e nem acerca da paternidade do referido estudo de classificação.
     O primeiro dessa série de cinco gráficos é uma apresentação geral dos quatro posteriores acima referidos. Nele podemos ver, na barra superior direita, (i) em "restrições", a indicação das áreas onde há restrições ao plantio florestal no RS de acordo com os níveis de risco ambientais "alto", "médio" e "baixo" determinados pelo estudo da classificação dos solos quanto à resistência a impactos ambientais, (ii) e em "áreas existentes", a indicação das áreas onde já há plantio de exóticas, segundo informações da Ageflor:
 
 
     Na aba "restrições", na referida barra superior direita, cliques sobre os botões "alto", em vermelho, "médio", em verde, e "baixo", em cor de laranja, nos levam aos três gráficos baseados no referido estudo técnico. Convém ter em mente, a partir de agora, que a "classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", tal como apresentada por ZH, apresenta três "níveis de risco": o "alto", o "médio" e o "baixo". A um alto nível de risco parece corresponder - já que ZH não oferece nenhum apoio para que os dados de seus gráficos sejam interpretados - baixa resistência do solo a impactos ambientais, enquanto a um baixo nível de risco, por sua vez, parece corresponder uma alta resistência do solo a tais impactos. Parece tratar-se de uma relação inversamente proporcional: quanto maior o "nível de risco", menor a resistência do solo a impactos ambientais, e quanto menor aquele nível, maior essa resistência. Ao primeiro caso - alto nível de risco em função de uma menor resistência do solo a impactos ambientais - parecem corresponder mais restrições à atividade de silvicultura, e ao segundo - baixo nível de risco em função de uma maior resistência do solo a impactos ambientais - parecem corresponder menos restrições à tal atividade.
     O primeiro desses três gráficos, que corresponde ao botão "alto", em vermelho, revela que a atividade de silvicultura nessas áreas representa alto nível de risco ambiental em função da baixa resistência do solo a impactos ambientais. Por conseguinte, há, ou ao menos deveria haver, alta restrição à silvicultura nessas regiões:
 
 
     O segundo deles, que corresponde ao botão "médio", em verde, revela que a atividade de silvicultura nessas áreas representa nível médio de risco ambiental em função da média resistência do solo a impactos ambientais. Por conseguinte, há, ou ao menos deveria haver, média restrição à silvicultura nessas regiões:
 
 
     O terceiro deles, finalmente, que corresponde ao botão "baixo", em cor de laranja, revela que a atividade de silvicultura nessas áreas representa baixo nível de risco ambiental em função da alta resistência do solo a impactos ambientais. Por conseguinte, há, ou ao menos deveria haver, baixa restrição à silvicultura nessas regiões:
 
 
     Finalmente, ainda na barra superior direita, um clique sobre "áreas existentes" nos leva ao quinto dessa referida série de cinco gráficos, supostamente elaborado a partir das informações da Ageflor sobre as áreas onde atualmente há plantio de exóticas no RS:
 
 
     Recentemente, a essa série de cinco gráficos acresceu ZH um sexto, também tomando como fonte a Ageflor. Nele estão listadas as cidades gaúchas da metade sul do RS onde há previsão de plantio de eucaliptos. Em função do acréscimo desse sexto gráfico, a barra superior direita daquela anterior série de cinco passou a ter uma nova configuração. Ao lado das abas "restrições" e "áreas existentes" há agora a aba "previsão de plantio", o que deixou a série gráfica de ZH com a seguinte configuração:
 
 
     La Vieja pede agora que seus leitores descartem, momentaneamente, os gráficos apresentados por ZH montados a partir de informações da Ageflor, que são os dois últimos acima. Na série gráfica de ZH eles estão nas abas "previsão de plantio" e "áreas existentes" da barra superior direita, lembrando. Como por ora eles não nos interessam, vamos nos deter sobre os três gráficos baseados no estudo técnico "classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", que na referida série gráfica estão na aba "restrições".
     De onde ZH tirou tais gráficos?
     ZH não diz, mas os retirou da proposta original de Zoneamento Ambiental para a Atividade de Silvicultura no RS elaborada pela Fepam em três volumes: "Estrutura, Metodologia e Bases Técnicas", "Unidade de Paisagem Natural - Restrições e Potencialidade" e "Bases dos Estudos de Fauna, Flora e Recursos Hídricos". O referido gráfico está na página 22 do volume Estrutura, Metodologia e Bases Técnicas, mas La Vieja, que é bem legal, o reproduz abaixo de grátis:
 
 
     Quer dizer, então, que ZH não consultou o estudo "classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", citado sempre nas legendas desses três gráficos, a fim de elaborá-los?
     Não, não consultou. Simplesmente copiou o gráfico acima, intitulado "Mapeamento dos solos quanto a restrições para a atividade de silvicultura - RS", presente na proposta original de zoneamento ambiental apresentada pela Fepam, e mudou os títulos na legenda. Substituiu "alta restrição" à atividade de silvicultura por "alto nível de risco", "média restrição" por "médio nível de risco" e "baixa restrição" por "baixo nível de risco", tudo isso sem citar a proposta de zoneamento da Fepam como fonte de seus estudos gráficos e transmitindo a impressão que consultava um estudo de classificação dos solos gaúchos quanto às suas resistências a impactos ambientais.
     Porém, como La Vieja pode afirmar que ZH não consultou diretamente, a fim de montar seus gráficos, o estudo "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", de 2005, uma vez que tal estudo é citado inclusive na legenda do gráfico acima, apresentado na proposta original de zoneamento ambiental elaborada pela Fepam, que La Vieja afirmou ter sido copiado por ZH?
     Por uma razão muito simples. Por duas, aliás.
     A primeira delas é que não há, pelo menos no sítio da Fepam, nenhum estudo datado de 2005 intitulado "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais". Essa também não deixa de ser, aliás, uma boa pergunta a ser respondida pela fundação, que cita em sua proposta de zoneamento um estudo que aparentemente não existe.
     O único estudo que há, no sítio da Fepam, intitulado "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", é de 2001, e não de 2005, e foi realizado "por meio da consultoria do Prof. Dr. Nestor Kämpf, contratada pela FEPAM, em 2001, através da FAURGS/UFRGS". Seu relatório final, datado de novembro de 2001, apresenta o "Mapa de Classificação dos solos do Estado do Rio Grande do Sul quanto à resistência a impactos ambientais". La Vieja acredita que ele seja o único que exista porque um outro estudo da Fepam, datado de dezembro de 2005 e intitulado "Licenciamento ambiental de novos empreendimento destinados à bovinocultura", o tomou como Documento de Referência, fato que pode ser comprovado já na primeira página desse referido estudo de licenciamento. Caso em 2005 houvesse sido produzido um outro estudo de "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", La Vieja acredita que, em função de sua atualidade em relação ao seu antecessor, ele é que deveria ter sido incluído entre os Documentos de Referência do estudo de licenciamento acima referido, e não o de 2001. Porém, não o foi. Logo, é provável que não exista nenhum estudo intitulado "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais" datado de 2005.
     A segunda delas é que, se tal estudo de 2001 houvesse sido consultado por ZH, e aparentemente até pela Fepam, o jornaleco da Azenha descobriria que não são três, mas sim quatro as "classes de resistência" dos solos gaúchos aos "impactos ambientais": "alta", "média", "baixa" e "muito baixa", como podemos comprovar abaixo:
 

 
     Assim, se ZH tivesse consultado tal estudo, ao invés de, em suas séries gráficas, falar de "alto", "médio" e "baixo" nível de risco a partir de uma genérica e nunca explicitada "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", necessariamente seria obrigada a revelar que as atividades de silvicultura no RS representam "muito alto", "alto", "médio" e "baixo" níveis de risco ambiental em função, respectivamente, das "muito baixa", "baixa", "média" e "alta" classes de resistência do solo a impactos ambientais. Por conseguinte, ao menos deveria haver, além das "alta", "média" e "baixa" restrições à atividade de silvicultura, uma "muito alta" restrição à tal atividade em determinada região gaúcha, uma vez que há, no estado, ao menos uma região - e segundo o gráfico acima ela não é nem um pouco desprezível - com "muito baixa" resistência a impactos ambientais.
     A região do estado classificada como de "muita baixa" resistência a impactos ambientais pelo estudo de classificação dos solos gaúchos de 2001, no entanto, é uma ausência ilustre tanto na proposta de zoneamento ambiental da Fepam quanto nos três gráficos de ZH que supostamente tomam como referência essa classificação. Não há, no gráfico apresentado na proposta de zoneamento da Fepam, nenhuma área do RS que apresente uma "muito alta" restrição à atividade de silvicultura, e, de modo semelhante, não há, na série gráfica apresentada por ZH, nenhuma área no estado na qual tal atividade represente um "muito alto" nível de risco ambiental, não obstante a "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", de 2001, seja clara ao classificar determinadas áreas do estado como de "muito baixa" resistência a impactos ambientais.
     Por quê?
     La Vieja, antes de apresentar sua conclusão, gostaria que duas perguntas fossem respondidas:
 
i) Por que a Fepam, em sua proposta original de zoneamento ambiental, ao apresentar seu gráfico "Mapeamento dos solos quanto a restrições para a atividade de silvicultura - RS", afirmou que sua fonte foi uma "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais" datada de 2005, se não há nenhum estudo assim intitulado e dessa data em seu sítio, mas só um estudo de 2001? Trata-se de um simples erro de digitação? Se sim, então por que o gráfico que aparece em tal proposta de zoneamento não tomou como base o gráfico originalmente existente no estudo de 2001, que apresenta não três, mas sim quatro classes de resistência do solo a impactos ambientais, o que implicaria não três, mas sim quatro níveis de restrição à atividade de silvicultura no RS? Trata-se de uma questão técnica? Se sim, então quais são as razões para, aparentemente, duas classes de resistência do solo a impactos ambientais terem sido unificadas, ou uma delas ter sido excluída, e justo a de "muito baixa" resistência, exatamente aquela que apresentaria maiores restrições à atividade de silvicultura?
 
ii) Por que ZH, em nenhum momento, afirma que montou sua série de gráficos a partir do gráfico presente na proposta original de zoneamento ambiental apresentada pela Fepam, transmitindo a falsa idéia de que consultava uma "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais" datada de 2005, um estudo que, na verdade, parece sequer existir? E por que ZH não checou sua fonte?
 
     A conclusão que La Vieja quer aqui apresentar, inicialmente em tom de interrogação, toma como base o estudo de "Classificação dos solos do Estado quanto à resistência a impactos ambientais", datado de 2001. Embora esse estudo, preliminar e genérico, não substitua "a exigência de uma verificação e avaliação da resistência do solo ao impacto de projetos específicos em cada local, segundo critérios apropriados", levou em consideração os fatores de solo profundidade, textura, presença de gradiente textural, drenagem natural, presença de lençol freático e presença de lençol suspenso, e os fatores do terreno risco de inundação, erodibilidade, relevo, declividade e aptidão agrícola, e isso a fim de "subsidiar o planejamento das atividades modificadoras dos solos bem como fornecer diretrizes técnicas para a gestão" de seus usos, "principalmente no que diz respeito ao instrumento de licenciamento ambiental (...)". Esses dados, que indicam a presença de áreas com "muito baixa" resistência a impactos ambientais, cruzados com aqueles constantes no volume "Estrutura, Metodologia e Bases Técnicas" da proposta de Zoneamento Ambiental para a Atividade de Silvicultura no RS, que levou em consideração nossas áreas legalmente protegidas, nossas áreas importantes para a biodiversidade, as espécies da fauna endêmicas e criticamente ameaçadas de extinção, as espécies de angiospermas endêmicas e criticamente ameaçadas de extinção, a deficiência hídrica no solo nos meses de verão, a disponibilidade hídrica superficial, a vulnerabilidade dos aqüíferos, os sítios arqueológicos e paleontológicos e as terras indígenas e quilombos, deveriam no mínimo ter sido suficientes para que um governo ambientalmente responsável e comprometido com o futuro ambiental de sua gente, ao menos em tom de alerta, tomasse inúmeros cuidados com os projetos de desenvolvimento que avaliza para a metade sul do RS.
     La Vieja quer saber, então, por que a mídia gaúcha, o novo jeito de governar e as papeleiras afirmam que a metade sul do RS é adequada à atividade de silvicultura se é exatamente nessa porção do estado que está concentrada a maioria dos solos classificados como de "muito baixa" e "baixa" resistência a impactos ambientais, o que necessariamente implica, exatamente de encontro à tese por eles abraçada, em mais altos níveis de risco ambiental e em maiores restrições à atividade de silvicultura. No entanto, mesmo diante desses fatos, surpreendentemente, só há previsão de plantio de eucaliptos na metade sul do estado, como mostra logo acima o gráfico de ZH baseado em informações da Ageflor.
     La Vieja também quer saber por que a mídia gaúcha, o novo jeito de governar e as papeleiras não concentraram suas investidas sobre a metade norte do estado, já que é lá que encontramos a maioria dos solos classificados como de "média" e "alta" resistência a impactos ambientais, o que necessariamente implica, exatamente ao encontro da tese por eles abraçada, em mais baixos níveis de risco ambiental e em menores restrições à atividade de silvicultura. Talvez porque produtores rurais da metade norte do estado jamais trocariam a certeza da produtividade e da remuneração no curto e médio prazo advindas do cultivo diversificado de grãos pela possibilidade de produtividade e remuneração a longo prazo prometida pelas papeleiras. A latifundiários da metade sul que, além da pecuária extensiva e da monocultura, praticam a especulação imobiliária, porém, tais promessas parecem interessar, e a qualquer custo.
     Enquanto os parceiros acima elencados não esclarecerem essas dúvidas, a tese de que é a metade sul do RS adequada à atividade de silvicultura não passará de balela a fim de esconder os reais interesses que motivaram essa incursão predatória e oficialmente consentida sobre essa porção de nosso território. Tecnicamente falando, como La Vieja tentou demonstrar - e almofadinhas com MBA adoram tudo o que é feito tecnicamente - absolutamente nada a justifica.
     Portanto, além de ser falsa a tese de que são as papeleiras o tipo de investimento mais adequado para, se não resolver, ao menos apaziguar os problemas econômicos da metade sul do RS, berço do latifúndio baseado na monocultura e na pecuária extensiva, altamente concentradores de renda, também é falsa a tese de que é essa metade sul ambientalmente apropriada para a atividade de silvicultura.
 
Postado por Wilson Junior Weschenfelder
 

Chega de entraves ambientais

 

     Parece que o Planalto busca alguém mais maleável para o lugar da ministra Marina Silva. Os nomes que estão em jogo indicam uma tendência para escolher alguém que não vai criar muito obstáculo para obras do PAC e outras empreitadas.

 

Carlos Minc (fonte da imagem)

 

     Basta ver o currículo recente do secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, o primeiro convidado por Lula para o ministério. Assim que assumiu no Rio, ele liberou 111 outorgas de uso de água para projetos como uma fábrica de garrafas da Ambev ou a instalação de pequenas cimenteiras. Foram mais aprovações em 17 dias do que nos últimos dez anos. Minc também aprovou o licenciamento ambiental, em 12 dias, para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a Petrobras. Embora ninguém ainda explique de onde vai sair a água que abastecerá o maior complexo de refino do país.

     Minc aparentemente recusou o convite. Agora o nome mais cotado é o do ex-governador do Acre, Jorge Viana. Pode ser que ele confirme ou não. Mas a lista de indicados do Planalto já significa muito. Será que os cuidados ambientais são apenas entraves ao crescimento? Ou vamos repetir os velhos erros da ocupação com mão de ferro na Amazônia da década de 70?

 

Marina Silva e Jorge Viana (fonte da imagem)

 

Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Por que Marina Silva deixou o ministério do Meio Ambiente

 

     A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou nesta terça-feira (13) o seu pedido de demissão. Funcionários do Ministério do Meio Ambiente ainda não sabem as razões da saída de Marina. O foco do desentendimento parece ser a presença do ministro extraordinário para Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, como coordenador do Conselho Gestor do Plano Amazônia Sustentável (PAS). Unger ficou famoso por ter proposto uma transposição de rios da Amazônia para o Nordeste. No PAS, Unger teria poder de propor medidas para a Amazônia, independentemente das opiniões do ministério do Meio Ambiente.

     Diante da entrada de Unger, Marina teria desistido de tentar implementar um programa para a Amazônia. "Ela já fez muito pela floresta", afirmou um funcionário do gabinete da ministra que preferiu não se identificar. "Conseguiu controlar o desmatamento por três anos e implantou um bom programa de terras protegidas. Mas o governo parece querer seguir outra direção para a Amazônia."

 

(fonte da imagem)

 

     A demissão de Marina foi uma surpresa até para quem pedia a sua saída. Um movimento de organizações não governamentais já havia lançado, há dois anos, a campanha: "Sai daí, Marina", solicitando que ela entregasse a pasta. As razões do pedido eram o Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC), que prevê a construção de grandes obras na Amazônia, algumas com grandes impactos ambientais, como a usina hidrelétrica do Rio Madeira, em Rondônia. O PAC era motivo de conflitos constantes entre o Ministério do Meio ambiente e a Casa Civil.

     Havia uma rivalidade formalizada entre Marina e a ministra Dilma Roussef. Quando foi divulgado o retorno do crescimento do desmatamento na Amazônia, em dezembro de 2007, Marina também se desentendeu com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Ela acusou o setor agrícola de ser responsável pela volta das derrubadas na Amazônia.

No início do ano, Marina Silva foi homenageada pelo jornal inglês The Guardian como uma das 50 personalidades que podem salvar o mundo. Agora, longe do ministério, seus poderes podem ter acabado. Nos próximos meses, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve divulgar os números exatos do desmatamento anual da Amazônia. Tudo leva a crer que teremos novas surpresas negativas sobre as derrubadas na região. Até lá, o presidente Lula vai ter de resolver um segundo problema: escolher quem fica no lugar de Marina. A pergunta é simples: Lula vai tentar manter o secretário-executivo, João Paulo Capobianco, na pasta ou vai mudar a equipe do ministério por completo?

 

Autora: Juliana Arini - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Por que Marina Silva deixou o ministério do Meio Ambiente

 

     A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou nesta terça-feira (13) o seu pedido de demissão. Funcionários do Ministério do Meio Ambiente ainda não sabem as razões da saída de Marina. O foco do desentendimento parece ser a presença do ministro extraordinário para Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, como coordenador do Conselho Gestor do Plano Amazônia Sustentável (PAS). Unger ficou famoso por ter proposto uma transposição de rios da Amazônia para o Nordeste. No PAS, Unger teria poder de propor medidas para a Amazônia, independentemente das opiniões do ministério do Meio Ambiente.

     Diante da entrada de Unger, Marina teria desistido de tentar implementar um programa para a Amazônia. "Ela já fez muito pela floresta", afirmou um funcionário do gabinete da ministra que preferiu não se identificar. "Conseguiu controlar o desmatamento por três anos e implantou um bom programa de terras protegidas. Mas o governo parece querer seguir outra direção para a Amazônia."

 

(fonte da imagem)

 

     A demissão de Marina foi uma surpresa até para quem pedia a sua saída. Um movimento de organizações não governamentais já havia lançado, há dois anos, a campanha: "Sai daí, Marina", solicitando que ela entregasse a pasta. As razões do pedido eram o Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC), que prevê a construção de grandes obras na Amazônia, algumas com grandes impactos ambientais, como a usina hidrelétrica do Rio Madeira, em Rondônia. O PAC era motivo de conflitos constantes entre o Ministério do Meio ambiente e a Casa Civil.

     Havia uma rivalidade formalizada entre Marina e a ministra Dilma Roussef. Quando foi divulgado o retorno do crescimento do desmatamento na Amazônia, em dezembro de 2007, Marina também se desentendeu com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Ela acusou o setor agrícola de ser responsável pela volta das derrubadas na Amazônia.

No início do ano, Marina Silva foi homenageada pelo jornal inglês The Guardian como uma das 50 personalidades que podem salvar o mundo. Agora, longe do ministério, seus poderes podem ter acabado. Nos próximos meses, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve divulgar os números exatos do desmatamento anual da Amazônia. Tudo leva a crer que teremos novas surpresas negativas sobre as derrubadas na região. Até lá, o presidente Lula vai ter de resolver um segundo problema: escolher quem fica no lugar de Marina. A pergunta é simples: Lula vai tentar manter o secretário-executivo, João Paulo Capobianco, na pasta ou vai mudar a equipe do ministério por completo?

 

Autora: Juliana Arini - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Após saída de Marina, Câmara aprova MP que pode aumentar desmatamento

 

MP amplia de 500 para 1.500 hectares áreas cedidas sem licitação na Amazônia.

Pela lei, proprietários podem desmatar até 20% das terras na Amazônia, para produção.

 

     No dia em que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Câmara aprovou uma medida provisória que pode contribuir para o desmatamento na Amazônia, na visão de ambientalistas. Governistas dizem que a MP apenas regulariza uma situação já comum na região.

      A MP 422 ampliou de 500 para até 1,5 mil hectares a área que pode ser concedida pela União na Amazônia Legal sem licitação. Aprovada pela Câmara, a proposta vai agora ao Senado.

 

O desmatamento poderá aumentar na Amazônia graças a Câmara dos Deputados Federais (fonte da imagem)

 

     O líder do PV, Sarney Filho (MA), afirma que a MP pode aumentar o desmatamento, porque permite ao proprietário desmatar até 20% de sua propriedade na Amazônia. "Isso vai aumentar o desmatamento, não tenho dúvidas."

      A aprovação da MP no dia da demissão de Marina é simbólica porque o projeto sequer foi discutido com o Ministério do Meio Ambiente, segundo o deputado do PV. "O ministério não foi ouvido, houve muita reclamação", afirmou Sarney Filho.

     O relator da MP, deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), nega que a MP possa aumentar o desmatamento. Ele afirma que o objetivo é apenas regularizar situações de proprietários de terras na Amazônia. "Mais de 92% dessas terras já estão ocupadas, algumas há até 30 anos."

 

Autor: Eduardo Bresciani - G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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WWF e Greenpeace lamentam saída de Marina Silva do governo

 

Dirigentes das entidades ambientais divulgaram nota criticando governo.

Para eles, demissão mostra 'descaso' com questão ambiental.

 

     As entidades de defesa do meio ambiente WWF e Greenpeace divulgaram nota nesta terça-feira (13) lamentando a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente. Os dois grupos afirmaram que a demissão da senadora mostra "descaso" do governo Lula com as questões ambientais.

     Marina Silva "vinha desenvolvendo um trabalho árduo de defesa do meio ambiente, trabalho que muitas vezes não aparecia", afirmou Denise Hamú, secretária-geral da WWF-Brasil.

     Hamú reconheceu que Marina Silva estava "desgastada", mas se disse surpresa com a notícia. Para ela, a senadora "foi uma voz importantíssima do meio ambiente". A saída confirma o "desprestígio com a área ambiental" no governo Lula, disse ela.

     Frank Guggenheim, diretor executivo do Greenpeace Brasil, também lamentou a saída de Marina Silva, a quem chamou de "anjo da guarda do meio ambiente". Para ele, a demissão é a "prova definitiva de que a questão ambiental é irrelevante para este governo".

     Em nota divulgada pelo Greenpeace, o diretor da campanha de Amazônia da ONG, Paulo Adaria, afirma que, ao sair, Marina "leva junto toda a credibilidade que tinha transferido para o governo Lula nos últimos cinco anos".

     "O pedido de demissão da ministra Marina comprova o descaso do governo Lula com a causa ambiental e também com a proteção da Amazônia", afirma Paulo Adario, diretor da campanha de Amazônia do Greenpeace. Segundo ele, Marina sai e leva junto a toda a credibilidade que tinha transferido para o governo Lula nos últimos cinco anos.

     "A liberação dos transgênicos no país, a retomada do programa nuclear brasileiro, com o anúncio da construção de Angra 3 e outras quatro usinas nucleares no nordeste, são apenas algumas de várias ações que demonstraram o compromisso do governo Lula com o desenvolvimento a qualquer custo e não com a sustentabilidade", afirmou Marcelo Furtado, diretor de Campanhas do Greenpeace.

 

Fonte: G1, com informações da Globo News

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Ministra Marina Silva pede demissão, diz assessoria

 

Ministra do Meio Ambiente entregou carta de demissão nesta terça.

Segundo assessoria, pedido seria em caráter irrevogável.

 

     A ministra do Meio Ambiente entregou a carta de demissão nesta terça-feira (13). Segundo a assessoria da ministra, o pedido é em caráter irrevogável. O Planalto ainda não confirmou que recebeu o pedido da ministra.

     Mas o suplente da ministra no Senado, Sibá Machado, confirmou ao G1 que foi avisado por ela de que pediria demissão. Marina e Sibá teriam conversado às 13h30 sobre a saída da ministra. O senador não revelou o motivo da saída da ministra. "Isso só ela pode dizer", afirmou.

     A assessoria de imprensa da ministra disse ao G1 que foi pega de surpresa pela decisão de Marina de sair do governo e não saberia dar os motivos que a levaram ao pedido de demissão. A carta de demissão entregue nesta terça ainda não foi divulgada.

     Segundo a assessoria, Marina Silva não vai dar declarações nesta terça-feira. O ministério também não pretende revelar o teor da carta enviada ao presidente Lula sobre o pedido de exoneração. De acordo com a assessoria, apenas o Palácio do Planalto poderia divulgar a carta.

 

Foto

Marina Silva, que pediu demissão do cargo de ministra do Meio Ambiente (Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil)

 

     Integrantes do governo lançaram uma operação para tentar manter a ministra no cargo. Nesta tarde, logo após o anúncio de que Marina pedira exoneração, os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) ligaram para falar com a ministra. O ministro José Múcio (Relações Institucionais) também tentou convencer a ministra a permanecer no governo, segundo a líder do PT no Senado, ideli Salvatti (PT-SC).

     O ministro do Esporte, Orlando Silva, que esteve no Palácio do Planalto nesta terça para participar da assinatura de um termo de cooperação entre o ministério, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), disse que a ex-ministra é uma "referência no Brasil e no mundo" na causa ambiental.

     "O presidente não comentou a saída. A Marina é uma referência no Brasil e no mundo da causa ambiental. Foi uma decisão unilateral e pessoal que deve ser respeitada", acredita Orlando Silva.

      O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR) não comentou a saída de Marina. A ministra e o governador tinham divergências sobre questões ambientais e sobre a política ambiental de Mato Grosso, um dos estados campeões de desmatamento. Maggi disse que só se pronunciará após o presidente Lula se manifestar sobre a saída de Marina.

 

Do G1, com informações da Globonews

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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terça-feira, 13 de maio de 2008

Crescimento econômico não pode neutralizar esforços pelo meio ambiente, defende ministra

 

     A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta segunda-feira (12) que o estímulo ao crescimento da produção do país, o que inclui a área de biocombustíveis, "não pode neutralizar" os esforços feitos pela preservação ambiental, inclusive porque há dependência entre os fatores.

     "Nossa economia depende 50% da nossa biodiversidade. Quem destruiria sua galinha dos ovos de ouro?", comparou ao defender uma "nova narrativa" para o crescimento do país, baseada no desenvolvimento sustentável durante lançamento do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa.

 

"Nossa economia depende 50% da nossa biodiversidade", disse a Ministra Marina Silva(fonte da imagem)

 

     Segundo Marina Silva, além da utilização de terras férteis e de recursos hídricos pelos setores produtivos, o regime de chuvas do país depende da manutenção da Floresta Amazônica.

     A ministra voltou a afirmar que "o Brasil não quer ser a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dos biocombustíveis". A organização foi criada em 1960 para centralizar e unificar a política petrolífera dos países membros, que inclui controle de preços e do volume de produção, com poder de pressão sobre o mercado.

     "Queremos dar nossa contribuição em relação aos biocombustíveis, mas observando nossa capacidade de suporte. E de forma que não comprometa a segurança alimentar nem a questão ambiental", apontou.

     O zoneamento agrícola da cana-de-açúcar – prometido para o próximo mês pelo ministro da Agricultura, Reinholds Stephanes – e a definição de áreas prioritárias de conservação da biodiversidade foram citados pela ministra como medidas que garantiriam a produção sustentável dos agrocombustíveis.

 

Fonte: Agência Brasil - Ambiente Brasil

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Estudo liga poluição a risco de coágulos sangüíneos

 

     Uma pesquisa realizada por especialistas americanos apontou que pessoas que vivem em lugares poluídos têm mais chances de desenvolver coágulos sangüíneos que podem levar à morte.

     Segundo a equipe da Harvard School of Public Health, a exposição a pequenas partículas de poluição - compostas por agentes químicos provocados pela queima de combustível dos carros - não só aumenta os riscos de doenças cardíacas e infarto, como também de trombose profunda, caracterizada por coágulos nas pernas.

     Isso aconteceria porque a poluição, afirmam os americanos, torna o sangue mais espesso, aumentando as chances de coágulo.

     Uma vez instalados nas pernas, os coágulos podem migrar para os pulmões, onde se alojam e podem desencadear embolia pulmonar fatal.

 

Excesso de veículos aumenta a emissão de poluidores (fonte da imagem)

 

     Mobilidade

     Os cientistas realizaram testes com 2 mil pessoas em uma cidade italiana, entre as quais 900 haviam desenvolvido trombose.

     Eles obtiveram medições dos graus de poluição nos locais onde os voluntários moravam e perceberam que os que haviam sido expostos a mais poluição tinham mais chances de desenvolver coágulos.

     O estudo, publicado na revista Archives of Internal Medicine, concluiu que para cada aumento de 10 microgramas de partículas por metro quadrado, o risco de trombose crescia em até 70%.

 

Com excesso de no uso de carros movidos a combustíveis fósseis, também não há o uso de filtros pós queima (fonte da imagem)

 

     A coordenadora da pesquisa, Andréa Baccarelli, espera que a pesquisa contribua para que sejam estabelecidas mais regras para conter os níveis de poluição crescentes em áreas urbanas.

     "Os resultados introduzem um novo e comum fator de risco para o desenvolvimento da trombose", afirmou a pesquisadora.

     O estudo salienta também que além da poluição, outros fatores contribuem para o problema. Passageiros de vôos de longa distância, assim como pessoas que passam várias horas sentadas no trabalho sem se movimentar também estão propensas a desenvolver trombose.


Fonte: BBC Brasil - Terra Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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Taxa de gás do efeito estufa bate recorde na atmosfera

 

Concentração de dióxido de carbono chegou a 387 partes por milhão, afirma observatório.
Proporção agora é 40% superior ao que existia no planeta antes da Revolução Industrial.

 

Concentração de CO2 entre 1953-1993 (fonte da imagem)

 

     O nível de concentração na atmosfera de dióxido de carbono, o principal gás do efeito estufa, bateu novo recorde. De acordo com o observatório de Mauna Loa, no Havaí, o índice em 2007 chegou a 387 partes por milhão (ppm) - cerca de 40% a mais do que havia antes da Revolução Industrial, no começo do século 19. Essa é também a mais alta concentração nos últimos 650 mil anos, de acordo com dados paleoclimáticos. Os dados ainda são preliminares e foram publicados no site da Noaa, a agência americana de atmosfera e oceanos.

     O observatório é o centro mais tradicional de medição de dióxido de carbono no mundo, realizando análises ininterruptas desde 1959. Partiu dali o primeiro alerta de que a quantidade de gás cresce anualmente, confirmado depois por outras fontes. Eles mostram também que, além da concentração recorde, a taxa de crescimento entre 2006 e 2007 foi alta, de 2,14 ppm. Em 2006, ela foi de 1,72 ppm. Nos últimos dez anos, essa é a 5ª taxa mais elevada, depois de 1998 (3 ppm), 2002 (2,55), 2005 (2,53) e 2003 (2,31). Entre 1970 e 2000, a concentração cresceu cerca de 1,5 ppm por ano.

 

Emissões de CO2 dos maiores poluidores entre 1850-2003 (fonte da imagem)

 

     A estimativa de crescimento anual de Mauna Loa pode ser diferente da média global. Contudo, os cientistas do observatório estimam que a diferença é pequena, de cerca de 0,26 ppm. A concentração de dióxido de carbono e de outros gases, como o metano, emitidos especialmente por atividades humanas, é a causa do efeito estufa exacerbado e do aquecimento global que ocorrem hoje, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

     Atualmente, o único acordo global que visa reduzir a concentração de dióxido de carbono é o Protocolo de Kyoto, em vigor desde fevereiro de 2005. Ele, contudo, está distante do necessário: é voltado apenas para os países desenvolvidos, que devem cortar suas emissões em 5,2%, em média, até 2012. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

 

Fonte: Agência Estado - G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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