sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Banco de gelo do Ártico vai desaparecer até 2023, dizem cientistas

      O coordenador do projeto europeu Damocles, Jean-Claude Gascard, afirmou que o banco de gelo do Ártico desaparecerá até 2023 se o degelo registrado no verão do hemisfério norte continuar no atual ritmo, o que causaria grandes transtornos climáticos na Europa.
     "Ficamos surpresos com a grande rapidez com que o gelo ártico se derrete no verão", disse Gascard nesta quinta-feira (01) ao "Le Parisien".
 
Região Ártica.
 
    Após lembrar que "500 mil quilômetros quadrados adicionais são perdidos a cada ano", ele alertou que "neste ritmo, o banco de gelo no verão terá desaparecido até 2023", muito antes do previsto pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).
     A grande diminuição do banco de gelo no final do verão foi constatada pelos cientistas da embarcação Tara, que faz parte do programa europeu Damocles e que começou sua expedição pelo Ártico em setembro de 2006.
     O projeto Damocles tem como objetivo melhorar a antecipação às mudanças geradas pelo aquecimento global terrestre no Ártico e inscreve-se nas atividades do Ano Polar Internacional 2007-2008.
 
Dra. Bonnie Light, científica del proyecto SHEBA, trabajando en una de las áreas de investigación del derretimiento del Ártico el 29/07/1998.
Gentileza de SHEBA (Surface Heat Budget of the Arctic Ocean)
Fonte da imagem: https://www.tecsima.com.ar/imagenes/Artico_foto1_by_SHEBA_480pix.jpg
 
Morsa no Ártico (Greenpeace / Daniel Beltrá)
 
Fonte: Folha Online - Ambiente Brasil
 

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Morre chimpanzé que conhecia linguagem dos sinais

     A chimpanzé Washoe, o único animal do mundo que conseguiu até o momento aprender a linguagem dos sinais, morreu de causas naturais, após viver quase quarenta anos em cativeiro.
     Fontes da universidade Central Washington University, no estado de Washington (Estados Unidos), onde o animal vivia desde 1980, comunicaram hoje que Washoe faleceu na noite de terça-feira.
 
Washoe e outro chipanzé.
 
     A chimpanzé tinha nascido na África, por volta do ano de 1965 e, segundo seus cuidadores, conhecia 250 palavras da linguagem de sinais americana.
"Washoe nos trouxe uma mensagem de respeito à natureza", disse a doutora Mary Lee Jensvold, membro da direção do Instituto para as Comunicações de Humanos e Chimpanzés da Central Washington University.
     A chimpanzé foi educada em um ambiente o mais parecido possível com o de uma criança surda-muda, e seus cuidadores só se comunicavam com ela por meio da linguagem dos sinais, reduzindo ao mínimo as palavras faladas.
Washoe chegou a aprender 250 termos e, inclusive, ensinou a linguagem dos sinais a três chimpanzés mais jovens, que hoje têm entre 29 e 31 anos.
 
Roger Fouts and Washoe
 
     Segundo seus cuidadores, a chimpanzé falecida era capaz, por exemplo, de entrar em um banheiro e fazer o sinal correspondente a uma escova de dentes.
     No entanto, estudiosos renomados como Noam Chomsky e Steven Pinker acreditam que os primatas não são capazes de desenvolver realmente capacidades lingüísticas, e que se limitam a imitar os sinais dos humanos.
 
Fonte: EFE - Terra Notícias
 

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Aquecimento Global: crianças são maiores vítimas

     As crianças são especialmente vulneráveis aos efeitos adversos do aquecimento global sobre a saúde, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira.
     "As conseqüências diretas antecipadas da mudança climática sobre a saúde incluem danos e morte, produtos do clima extremo e dos desastres naturais, aumento das doenças infecciosas e das doenças vinculadas à poluição do ar e ao calor, potencialmente fatais", afirma o estudo apresentado no congresso anual da Academia de Pediatria dos Estados Unidos.
     "Em todas essas categorias, as crianças são as mais vulneráveis em relação a outros grupos", indicou.
 
Poluição afeta mais as cianças.
 
     Os autores do estudo pediram aos pediatras, especialmente nos Estados Unidos, país em que ocorre a maior quantidade de emissões de gases de efeito estufa per capita, que promovam práticas que não danifiquem o meio ambiente.
     Entre os perigos de saúde associados à mudança climática, que afetariam as crianças, está um aumento de doenças como a malária, asma e problemas respiratórios.
     O informe também advertiu sobre a escassez de comida devido ao aquecimento global e uma menor disponibilidade de água em regiões como a costa oeste dos Estados Unidos.
 
Fonte: AFP - Terra Notícias

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domingo, 28 de outubro de 2007

Extinção é 100 vezes maior que no passado

     Nairobi/Nova Iorque - Veja abaixo alguns pontos críticos identificados pelo Global Environment Outlook: meio ambiente para o desenvolvimento (GEO-4), divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Trata-se do mais recente da importante série de relatórios do PNUMA, que avalia o estado atual da atmosfera global, terra, água e biodiversidade, descreve as mudanças desde 1987 e identifica prioridades para ação. O GEO-4 é o mais abrangente relatório das Nações Unidas sobre meio ambiente, preparado por cerca de 390 especialistas e revisado por mais de mil estudiosos em todo o mundo.
 
     Água: a irrigação já utiliza cerca de 70% da água disponível; ainda assim, para atingir o Objetivo do Milênio de reduzir a fome no mundo, a produção de alimentos deverá dobrar até 2050. A água doce disponível está diminuido: até 2050, prevê-se que o uso da água crescerá 50% nos países em desenvolvimento e 18% nos países desenvolvidos. Afirma o GEO-4: "o fardo crescente da demanda por água tornar-se-á intolerável em países com recursos hídricos escassos".
 
Irrigação

     A qualidade da água também tem declinado, poluída por micróbios patogênicos e nutrientes em excesso. Globalmente, a água contaminada é a maior causa de doenças e morte de pessoas.
 
    Peixes: O consumo mais que triplicou entre 1961 e 2001. As pescas estagnaram ou declinaram lentamente desde os anos 80. Subsídios geraram excesso na capacidade de pesca, estimada em 250% maior do que o necessário para manter a produtividade sustentada dos oceanos.
 

     Biodiversidade: As mudanças atuais na biodiversidade são as mais velozes na história humana. Espécies são extintas cem vezes mais rápido do que o analisado a partir de registros fósseis. Estima-se que o comércio de carne silvestre na bacia do Congo, na África, seja seis vezes maior do que a taxa sustentável. Dos maiores grupos de vertebrados analisados com profundidade, mais de 30% dos anfíbios, 23% dos mamíferos e 12% dos pássaros estão ameaçados.
     Espécies intrusas estranhas ao ambiente também são um problema crescente. As águas-vivas-de-pente (ou "carambolas-do-mar"), introduzidas acidentalmente no Mar Negro em 1982 por navios dos EUA, dominaram todo o ecosistema marinho e destruíram 26 portos de pesca comercial até 1992.
     Uma sexta grande extinção irá ocorrer, desta vez causada pelo comportamento humano. Atender a crescente demanda por comida siginificará intensificar a agricultura (utilizando mais produtos químicos, energia e água, além de criações e culturas mais eficientes) ou cultivar mais terras. De ambas as formas, a biodiversidade será afetada.
 
Jaguatirica
 
   Um sinal de progresso é o aumento contínuo de áreas protegidas. Mas elas devem ser geridas com eficiência e criadas adequadamente. E a biodiversidade (de todo tipo, não penas a "megafauna carismática" como tigres e elefantes) necessitará cada vez mais de preservação fora das áreas protegidas.

     Pressões regionais: Este é o primeiro relatório GEO em que todas as sete regiões do mundo são enfatizadas quanto aos impactos potenciais das mudanças climáticas. Na África, degradação do solo e mesmo a desertificação são ameaças; a produção de alimentos per capita diminuiu 12% desde 1981. Subsídios agrícolas injustos em regiões desenvolvidas continuam a impedir o progresso rumo a cessões maiores. As prioridades para Ásia e Pacífico incluem qualidade do ar em áreas urbanas, pressão sobre água doce, degradação de ecosistemas, uso agrícola da terra e crescente produção de resíduos. A provisão de água potável obteve progresso notável na última década, mas o tráfico ilegal de eletrônicos e resíduos perigosos é um novo desafio. A renda crescente na Europa e o aumento no número de famílias têm levado ao consumo e à produção insustentáveis, maior gasto energético, péssima qualidade do ar e problemas de transporte. As outras prioridades para a região são perda de biodiversidade, mudanças no uso da terra e pressões sobre água doce.
 
Poluição da água.

     A América Latina e o Caribe enfrentam crescimento urbano, ameaças à biodiversidade, danos nos litorais e poluição marinha, e vulnerabilidade às mudanças climáticas. Porém, áreas protegidas cobrem atualmente 12% da terra e as taxas anuais de desmatamento na Amazônia estão reduzindo. A América do Norte está lutando para combater as mudanças climáticas, as quais se relacionam com uso de energia, crescimento urbano desordenado e pressões sobre recursos hídricos. Os ganhos na eficiência energética perderam o efeito por causa do uso de veículos maiores, padrões de baixa economia de combustível e aumento no número de automóveis e das distâncias percorridas. Para a Ásia ocidental, as prioridades são pressões sobre recursos hídricos, degradação dos ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, gestão urbana e paz e segurança. Também preocupam as doenças relacionadas à água e o compartilhamento de recursos hídricos internacionais. Nas Regiões polares já se notam os impactos das mudanças climáticas. A segurança alimentar e a saúde de populações indígenas são ameaçadas pelo aumento de mercúrio e de poluentes orgânicos persistentes no meio ambiente. A camada de ozônio deve levar mais meio século para se recuperar.
 
     O futuro
     O Relatório GEO-4 reconhece que a tecnologia pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade das pessoas às pressões ambientais, mas afirma que há, em certas ocasiões, a necessidades de "corrigir o paradigma de desenvolvimento centrado na tecnologia". Ele explora como as tendências atuais podem resultar em quatro cenários por volta de 2050.
     O futuro real será determinado em grande parte pelas decisões que os indivíduos e as sociedades tomarem agora, afirma o GEO-4: "nosso futuro comum depende de nossas ações hoje, e não amanhã ou em algum momento no futuro".
     O dano causado por alguns problemas persistentes talvez já seja irreversível. O relatório alerta que o combate às causas profundas das pressões ambientais pode, por vezes, afetar os interesses consolidados de grupos poderosos capazes de influenciar as decisões políticas. A única forma de lidar com os problemas mais sérios é deslocar o tema ambiental da periferia para o centro das decisões: é o meio ambiente para o desenvolvimento, não o desenvolvimento em detrimento do meio ambiente.
     "Houve chamados para a ação suficientes desde Brundtland. Eu espero sinceramente que o GEO-4 seja o último. A destruição sistemática dos recursos naturais da Terra atingiu um estágio em que é desafiada a viabilidade econômica em todo o mundo – e a conta que passamos aos nossos filhos pode ser impossível de ser paga", disse Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA.
     O relatório GEO-4 conclui que "enquanto espera-se que os governos liderem a mudança, outros atores mostram-se igualmente importantes para garantir sucesso em alcançar o desenvolvimento sustentável. As necessidades não poderiam ser mais urgentes e a hora não poderia ser mais oportuna, a partir de nosso entendimento mais aprimorado sobre os desafios que temos à frente, para agir agora e salvaguardar nossa própria sobrevivência e a de gerações futuras".
 
Fonte: Pnuma - Portal do Meio Ambiente

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Um péssima imagem internacional

     O aumento do desmatamento na Amazônia voltou a ser notícia no mundo. O jornal inglês The Guardian divulgou uma galeria de fotos com queimadas e muita devastação. Enquanto o Ministério do Meio Ambiente se recusa a assumir a gravidade da situação, Estados como Mato Grosso, Rondônia e Pará registram aumentos de até 600% no ritmo das derrubadas.
 
 
     Dados recentes do Inpe revelaram que os índices gerais de desmatamento já cresceram 8% entre junho e setembro. Tudo indica que em 2008 teremos um novo recorde vergonhoso de destruição de nossas florestas. Será que as autoridades brasileiras só irão reagir quando a comunidade internacional voltar a nos pressionar por causa do problema?
 
Imagem: Juliana Arini - Blog do Planeta

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21 grandes cidades ameaçadas pela mudança climática

    Das 33 cidades que deverão ter mais de 8 milhões de habitantes até 2015, 21 são altamente vulneráveis aos efeitos da mudança climática, como a elevação do nível dos oceanos, diz o Instituto Worldwatch.
 
Rio de Janeiro
 
     Entre elas estão Daca, em Bangladesh; Buenos Aires; Rio de Janeiro; Xangai e Tianjin, na China; Alexandria e Cairo, no Egito; Mumbai, na Índia; Jacarta, na Indonésia; Tóquio, no Japão; Lagos, na Nigéria; além de Nova York e Los Angeles. O instituto cita estudos patrocinados pelas nações Unidas e outras entidades.
 
Alexandria
 
     Mais de 10% da população humana, ou 643 milhões de pessoas, moram em áreas próximas ao nível do mar, sob risco da mudança climática, afirmam especialistas. As países mais ameaçados são China, Índia, Bangladesh,Vietnã, Indonésia, Japão, Egito, EUA, Tailândia e Filipinas.
Fonte: Estadão - Ambiente Brasil

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Aquecimento 'pode causar extinção em massa', diz estudo

      As temperaturas globais previstas para os próximos séculos podem desencadear uma extinção em massa, de acordo com estimativas de cientistas britânicos.
     Um estudo, publicado na revista científica Proceedings of The Royal Society, aponta que as temperaturas atuais estariam dentro da mesma faixa das registradas em outras fases quentes da história da Terra, em que até 95% das plantas e animais teriam morrido.
 
 
     Os especialistas analisaram a relação entre clima e espécies ao longo de 520 milhões de anos e descobriram que houve uma maior biodiversidade durante os períodos mais frios do planeta. "Esta pesquisa fornece a primeira clara evidência de que o clima global pode explicar variações dos registros fósseis de maneira simples e consistente", afirmou Peter Mayhew, da Universidade de York.
     "Se os nossos resultados se aplicarem ao aquecimento que ocorre atualmente, é possível que a extinções aumentem."
     A pesquisa comparou dados da biodiversidade marinha e terrestre com a temperatura da superfície da água do mar em diferentes períodos ao longo dos 520 milhões de anos.
 
 
     Os estudiosos concluíram que quatro dos cinco episódios de extinção em massa ocorreram em fases quentes da Terra, em que o calor e a umidade eram predominantes.
     Em um desses episódios, relataram os cientistas, ocorrido há 251 milhões de anos, foi verificada a extinção de 95% das espécies. "Na pior das hipóteses, poderemos vivenciar o mesmo no próximo século, a algumas gerações a frente da nossa", disse Mayhew à BBC, que pretende agora investigar como as temperaturas os casos de extinção estão relacionados.
 
Font: Estadão Online - Ambiente Brasil

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Um triste recorde

Concentração de dióxido de carbono na atmosfera cresce em ritmo nunca antes observado
 
     A quantidade de dióxido de carbono (CO2 ) presente na atmosfera está aumentando rapidamente, segundo mostra uma equipe internacional de pesquisadores. Eles verificaram que a concentração de CO2 atmosférico, que era de 280 partes por milhão (ppm) no começo da Revolução Industrial, alcançou 381 ppm em 2006 – o maior índice dos últimos 650 mil anos. Entre 2000 e 2006, o aumento dessa concentração foi 35% acima do que se esperava e alcançou uma taxa nunca antes observada.
 
 
O crescimento acelerado da economia mundial, em especial em países como a China, é um dos fatores por trás do aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera (fotos: Csiro).
 
 
     O nível de emissões de carbono aumentou em média 1,93 ppm por ano entre 2000 e 2006. Naquele ano, foram emitidas 9,9 bilhões de toneladas de carbono, ou 35% mais do que as emissões medidas em 1990. Os dados foram publicados esta semana na revista PNAS pela equipe de Josep Canadell, da Universidade de East Anglia, na Inglaterra.
     Os resultados mostram que a atmosfera da Terra está acumulando dióxido de carbono mais rapidamente do que se esperava, apesar dos esforços para a conscientização da população para o risco das mudanças climáticas, contemplado com o Nobel da paz deste ano. Se a concentração atmosférica de CO2 continuar aumentando no ritmo atual, os impactos catastróficos do aquecimento global poderão ser sentidos muito antes do que se previa.
     O aumento do CO2 atmosférico se deve em parte ao crescimento acelerado da economia mundial e ao uso intensivo de combustíveis fósseis nos últimos anos. Mas os autores atribuem o aumento a um outro fator. Segundo eles, florestas e oceanos, que funcionam como ralos ou sumidouros de carbono, não conseguem mais absorver a poluição atmosférica produzida pela atividade humana de forma eficiente.
     "Descobrimos que a eficiência dos sumidouros naturais para capturar carbono está declinando", conta Canadell à CH On-line. "Há 50 anos, para cada tonelada de CO 2 emitida na atmosfera, os sumidouros removiam 600 quilos. Hoje, somente 550 quilos são retirados e esse número continuará diminuindo no futuro", prevê.
     A equipe de Canadell analisou a quantidade de dióxido de carbono emitido por combustíveis fósseis e pela produção de cimento, que chega a representar cerca de 7% das emissões industriais de carbono. O grupo levou em conta ainda a emissão e absorção de carbono pelos oceanos e ecossistemas, além de analisar outros fatores que poderiam influenciar a aceleração de concentrações do CO 2 atmosférico, como as mudanças no uso da terra e desmatamentos.
 
     Balanço negativo
     O índice de CO2 na atmosfera reflete o balanço entre as emissões de carbono geradas pela atividade humana e a dinâmica de emissão e absorção do carbono realizada pelos oceanos e ecossistemas, processo que se auto-regulava antes do aumento das emissões feitas pelo homem. Hoje, esse mecanismo não consegue mais absorver quantidades maiores de gás carbônico e é essa diferença que determina a velocidade com que ocorrem mudanças no clima.
 
 
Os autores atribuem às mudanças de correntes de ar nos oceanos do hemisfério Sul e às secas o declínio da eficiência dos oceanos para capturar carbono da atmosfera.
 
    "As emissões não diminuem por causa do uso intenso de carbono em abastecimento energético para a produção desenfreada de riquezas, principalmente pelo uso de carvão mineral, uma das formas mais secas de produção de energia", conta Canadell. "Em boa parte, a China, maior economia do mundo, ainda faz uso extensivo de carvão para produzir riqueza", polemiza o pesquisador.
     As causas da ineficiência dos ralos de carbono foram atribuídas às mudanças de correntes de ar nos oceanos do hemisfério Sul e às secas, fenômenos resultantes do aquecimento global e do buraco na camada de ozônio. "Não conhecemos todas as causas, mas sabemos que metade desse mau funcionamento se dá por causa dos ventos que vêm do oeste que diminuem a capacidade de absorção dos oceanos do hemisfério Sul", arrisca Canadell.
     A equipe deve agora analisar melhor as causas do declínio dos sumidouros de carbono terrestres, como as florestas. "Sabemos que grandes secas em todo mundo, inclusive a que ocorreu na Amazônia em 2005, diminuíram bastante a capacidade de absorção de carbono das florestas", conta Canadell. "Pretendemos investigar melhor como as secas e temperaturas elevadas causadas pelo aquecimento global provocam efeitos significativos no poder terrestre de escoamento de carbono". 
 
Fonte: Fabíola Bezerra - Ciência Hoje On-line

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