sábado, 29 de dezembro de 2007

O defensor das águas

Como um promotor federal conseguiu proteger o paraíso turístico de Bonito, e começa a fazer a lei florestal ser adotada em todo o Pantanal
 
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Loubet em um dos poços de águas transparentes. Fazendas da região estavam sujando os rios
     TRANSPARÊNCIA
     O jovem promotor luciano lou- bet, de 31 anos, iniciou há quatro anos uma espécie de revolução na cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul, um dos principais destinos do ecoturismo no Brasil por suas águas transparentes. Ele se engajou na luta para que órgãos públicos, donos de propriedades turísticas e produtores rurais cumpram a legislação ambiental. Foi armado de um código florestal antigo, mas amplamente desrespeitado no país, que Loubet ajudou a salvar Bonito da degradação. Agora, os frutos de sua militância se espalham por outras comarcas do Estado.
 
 
     Quando Loubet assumiu a procuradoria, em 2002, as fazendas desmatavam toda a vegetação nos topos de morros e ao longo dos rios que formam os balneários. Essa floresta, chamada de mata ciliar, é essencial para proteger o solo e reter a água da chuva, evitando que ela arraste terra ao rio e o assoreie. O Código Florestal Brasileiro, de 1965, já obriga os proprietários a manter intactos esses pontos vulneráveis, chamados de Áreas de Preservação Permanente (APP), além de uma reserva legal com mata nativa de 20% da área da propriedade. Mas poucos cumprem a exigência.
     Para mudar a situação, Loubet contou com o apoio das fundações O Boticário e Neotrópica, uma ONG local especializada em conservação, além do Ibama, da Prefeitura de Bonito e da Polícia Ambiental. Criou um projeto, batizado Formoso Vivo, que examinou o estado dos rios de Bonito. O diagnóstico das 75 propriedades do Rio Formoso, o principal da região, revelou que 46 estavam sem vegetação nas APPs. "Nosso objetivo é preservar a galinha dos ovos de ouro de Bonito", diz Loubet. "Se o meio ambiente for degradado, as pessoas que vivem do turismo não terão mais trabalho." A atividade turística é a maior empregadora da cidade.  
 
Bonito têm lagos de águas cristalinas

     Após quase 200 reuniões com os proprietários, o promotor conseguiu que eles assinassem o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), um compromisso de se adequar à lei. No termo, o fazendeiro se obriga a adotar medidas de conservação do solo, regularizar a reserva legal em cartório e recuperar a mata ciliar. Para recuperá-la, o proprietário precisa cercar a área para impedir a passagem do gado e plantar mudas nativas. Hoje, cerca de 70% da mata ciliar degradada está sendo recuperada. É isso que garante a água limpa rio abaixo, nas piscinas naturais de Bonito.
    
 ''O grande papel dele foi levantar a idéia de que não existe lei ambiental que não pegou''
 
     MIGUEL MILANO, coordenador da Fundação Avina
     Em geral, os fazendeiros driblam os esforços da Justiça para que cumpram a legislação ambiental. Loubet recorreu a estratégias inovadoras, como registrar na matrícula do imóvel que o fazendeiro é réu numa ação civil pública. "Se ele quiser vender sua propriedade, o eventual comprador fica ciente de que há uma ação na Justiça", diz. A Justiça de Mato Grosso do Sul respaldou a iniciativa, criando jurisprudência. Com táticas assim, Loubet conseguiu a adesão dos proprietários. Apenas um deles se recusou a assinar o documento.
 
Localização de Bonito
 
     Loubet virou referência na Justiça ambiental do país porque passou a fazer comprir leis que estavam abandonadas. "O grande papel dele foi levantar a idéia de que não existe lei que não pegou", afirma Miguel Milano, da Fundação Avina, uma ONG que financia lideranças sociais em toda a América Latina. "Isso é fundamental em um país com uma legislação ambiental que passa em branco nas regiões agrícolas." Há dois anos, o rigor de Loubet gerou conflitos em Bonito. O promotor tinha suspendido passeios turísticos de bote sem licença ambiental, que lotavam os balneários de banhistas. Foi questionado se não estava colocando em risco o negócio do turismo. "Ao contrário", disse. "Se os proprietários não tomarem os cuidados exigidos pela lei, vão degradar os locais de banho e, aí, sim, arriscarão a sustentabilidade do turismo."
     Ele diz ter visto isso acontecer. Loubet, que nasceu e cresceu em Campo Grande, freqüentava outro balneário popular no Estado, o de Rio Verde de Mato Grosso.
     "Quando fui lá aos 12 anos, uma das atrações era um poço com profundidade de 30 metros. O pessoal saltava do alto de uma pedra", afirma. "Voltei três anos depois e as pessoas caminhavam com água pela cintura." Segundo Loubet, o mais impressionante era que a terra que entupiu o rio vinha do desmatamento em apenas duas fazendas. Loubet diz que foi ali que percebeu como poucos fazendeiros podiam fazer um estrago tão grande em um período tão curto.
    
     O Ministério Público do Estado vai começar a monitorar o desmatamento por satélite
     Ele também foi um dos primeiros promotores a entender que as questões ambientais não têm fronteiras. Afinal, a água do rio não respeita as divisões dos mapas. Bonito fica em uma região de planalto. Suas águas alimentam o Pantanal, outra preciosidade turística. "Não adianta nada o promotor da comarca de uma área de planície fazer um trabalho de conservação da mata ciliar se o colega que atua no planalto, onde ficam as nascentes dos rios, não fizer o mesmo." Seguindo o modelo do Formoso Vivo, de Loubet, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul está examinando a situação ambiental das 650 fazendas ao longo do Rio Miranda, um dos mais importantes formadores da planície pantaneira, que tem problemas com desmatamento em suas cabeceiras. Após sua conclusão, os promotores das comarcas da Bacia do Miranda serão encarregados de obrigar os proprietários a recompor a mata ciliar e regularizar a reserva legal de 20% em suas fazendas.
 
Lago Azul
 
     Loubet tem se dedicado a criar uma rede de promotores para a proteção do Pantanal. Ele faz questão de destacar que a idéia só seguiu graças ao apoio dos procuradores de Justiça do Estado. "Não fiz nada sozinho", diz. Articulados em rede, os promotores do Estado estão conseguindo recursos técnicos que nenhuma outra promotoria do país tem. A Fundação Avina investirá quase R$ 150 mil para montar um laboratório capaz de monitorar o desmatamento com imagens de satélite. O sistema deverá estar em operação até meados de 2008. Agora, os promotores estão se articulando fora das fronteiras. No fim de novembro, em Bonito, vão participar de um encontro inédito com colegas de Mato Grosso e do Paraguai para traçar uma estratégia conjunta de ações. "Conseguimos romper com o comarquismo", diz Loubet.
 
Fonte: Alberto Gonçalves - Ecolmeia (www.ecolmeia.com ) - Revista Época - Pense Verde - Portal do Meio Ambiente


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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Patagônia: vazamento de óleo pode causar desastre

     Uma grande mancha de petróleo de 4 km que pode provocar um desastre ecológico foi detectada na costa da província argentina de Chubut, Patagônia, informaram as autoridades argentinas nesta quinta-feira.
     O vazamento foi comunicado na noite de quarta-feira às autoridades da localidade de Caleta Córdova, 1.860 km ao sul de Buenos Aires, onde funciona um terminal portuário pelo qual são exportados 5,5 milhões de metros cúbicos de petróleo por ano.
 
Província argentina de Chubut

     "Aparentemente o vazamento começou há três ou quatro dias", disse em entrevista à imprensa a ministra de Ambiente e Controle do Desenvolvimento Sustentável de Chubut, Mónica Raimundo. Para determinar a origem do vazamento, as autoridades pediram o registro oficial das embarcações que entraram e saíram do porto local nos últimos 10 dias, além de imagens de satélites.
     As primeiras investigações apontam para a instalação de petróleo de "Caleta Olivares", operada pela empresa Termap (Terminales Marítimas Patagónicas S.A.), que abastece cargueiros.
 
Fonte: AFP - Terra Notícias


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Rara bactéria carnívora mata homem em Hong Kong

     As autoridades dos serviços de saúde de Hong Kong informaram nesta sexta-feira que estão investigando a morte de um homem de 55 anos vitimado por uma rara forma de bactéria carnívora.
 
Streptococcus pyogenes
 
     O homem procurou um médico por causa de dores no pescoço e problemas respiratórios. Ele também sentia dores em sua nádega direita e acabou sendo internado no dia de Natal para sofrer uma cirurgia e ter o tecido infectado removido.
     Depois foi transferido para outro hospital, onde acabou morrendo na quinta-feira. Os exames mostraram que o ferimento da nádega da vítima estava infectado pela bactéria Streptococcus pyogenes, que causa necrose nos tecidos, informou o Centro para a Proteção da Saúde.
 
 A Streptococcus pyogenes pode espalhar através de tecidos humanos, a uma taxa de 3 cm por hora. Vinte e cinco por cento das vítimas morrem, e, em casos graves, o paciente é morto dentro de 18 horas (fonte: http://www.jyi.org/articletools/print.php?id=463)
 
     Um porta-voz da instituição explicou que a bactéria pode destruir o tecido e causar a morte dentro de 12 a 24 horas depois da infecção.
     A doença geralmente é causada quando a bactéria entra por um ferimento, por menor que seja, mas pode ser tratada com antibióticos e removida se prontamente diagnosticada.
 
Fonte: AFP - Terra Notícias


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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Direito de imagem para os gorilas

     Agora, as empresas de Ruanda que quiserem posar de ecologicamente corretas usando os gorilas do país vão ter de pagar. Pelo menos é isso que diz uma nova lei que deve entrar em vigor já em 2008.
 
     Todas as empresas que usarem imagens dos gorilas para marketing terão de pagar um imposto. O objetivo é arrecadar dinheiro para proteger os animais que vivem nas montanhas do país – estima-se que existam cerca de 720 gorilas no mundo, vivendo na região de Ruanda, da República Democrática do Congo e de Uganda. O imposto financiará o parque onde vivem os gorilas e o programa de conservação.
 
Autora: Marcela Buscato - Blog do Planeta


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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

"Um planeta, muitas pessoas"... e algumas imagens

    A Terra vista do espaço
    Série de imagens em uma galeria do Guardian, mostrando impactos ambientais: crescimento urbano, desmatamento, tsunami, agricultura e o famoso caso do lago Aral (fadado ao desaparecimento). Há também imagens dos continentes à noite.
     As imagens fazem parte do
livro "Earth From Space", que contém 300 imagens de satélite de todo o planeta.
 
Tsunami na Indonésia, 2004.
(Fonte: Guardian)
 
     A dica me fez lembrar o "Atlas of Our Changing Environment" da UNEP (United Nations Environment Programme), que além de possuir versão impressa, está disponível on-line em formatos bem interativos.

Crescimento urbano de Sydney: 1975 e 2002.
(Fonte: UNEP)


     No Google Earth, basta ligar o layer "UNEP", que está no item "consciência global". Aparecerão vários ícones ao redor do mundo, mostrando pontos do Atlas. Além das contrastantes imagens antigas (geralmente da década de 70), há a opção overlay e também uma pequena interpretação/explicação do porquê de cada mudança.
     Também dá para navegar aqui, através do Google Maps.
 
Desmatamento em Rondônia: 1975 e 2001.
(Fonte: UNEP)
 
     Para quem se interessar, recomendo visitar o Atlas na página da UNEP. Há várias opções de download, tanto dos capítulos do livro (todos e em alta qualidade) quanto de imagens, powerpoints e pôsteres. Os powerpoints temáticos são bem legais.
 
Lago Chad, na África: 1972 e 2001.
(Fonte: UNEP)
 


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Baesa não indeniza famílias por Barra Grande

Porto Alegre (RS) - Depois de quase sete anos do início das obras da hidrelétrica de Barra Grande, cerca de 500 famílias atingidas pela barragem ainda não foram indenizadas. A usina foi construída no Rio Pelotas, entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, inundando mais de seis mil hectares de mata nativa.
 
Barragem em construção.
 
     O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) denuncia que a Baesa, o consórcio responsável pela construção do empreendimento reconheceu apenas 1516 das 2087 famílias atingidas. Com isso, 571 ficaram sem qualquer compensação nem foram realocadas. Para o coordenador do MAB Ivanor Soares, o descaso com as famílias mostra que as hidrelétricas não são projetos sociais, e sim fontes de lucro para empresas privadas.
     "É um projeto que é feito para ganhar dinheiro, então, quanto mais economizar do ponto de vista da obra social ou mesmo da obra de concreto, é lucro para as empresas. Então elas pegam um dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), dinheiro financiado para construir isso. E o que eles economizam, acabam investindo em outras coisas", diz.
 
Usina Hidrelétrica de Barra Grande. Foto: Marcelo Sá Correa

     Soares conta ainda que, entre os casos negados pela Baesa estão 47 comunidades rendeiras. Sem compensações financeiras ou remanejo, essas comunidades continuam vivendo no entorno da usina, em situações precárias. Com o enchimento do lago, elas ficaram isoladas e até mesmo sem transporte, com o desaparecimento das linhas de ônibus. Além disso, ele lembra que muitas das famílias que foram remanejadas também enfrentam dificuldades, como adaptação a um novo tipo de agricultura.
 
A área a ser inundada: mais de 2.000 ha de Florestas Primárias de Araucárias e outros 4.000 ha de florestas em diferentes estados de regeneração, além de campos naturais. (Fonte: APREMAVI)
 
     Já a assessoria de imprensa da Baesa confirma que o consórcio indenizou e reassentou 1500 famílias. No entanto, afirma que não tem qualquer pendência com as 500 famílias que ainda pedem indenizações. A maior parte delas não foi listada nem mesmo pelo governo para programas de benefícios. O consórcio da Baesa é formado, entre outras empresas, pela Votorantim, Alcoa e Camargo Corrêa. 
 
A barragem de 190m de altura já foi concluída. (Fonte: APREMAVI)

     A construção de Barra Grande foi marcada pela fraude no licenciamento. A empresa Engevix, que fez o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima), foi acusada por vários ambientalistas de omitir do relatório uma série de informações importantes sobre a biodiversidade local. A área, considerada estratégica para a preservação da Mata Atlântica, abrigava várias plantas e animais ameaçados de extinção. A Engevix é acusada, ainda, de fraudar o Estudo de Impacto Ambiental da hidrelétrica de Paiquerê, que deve ser construída perto de Barra Grande, no Rio Pelotas.
 
Fonte: Patrícia Benvenuti - Agência Chasque.
 
Leia mais em:


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domingo, 23 de dezembro de 2007

MG: rã-touro com seis patas nasce em Uberaba

Foto: Universidade de Uberaba/Divulgação 

A rã-touro nascida com seis patas possui dois dos membros adicionais localizados junto com a pata direita
 
Foto: Universidade de Uberaba/Divulgação 

 O animal, da espécie Rana catasbeiana, nasceu recentemente em um criadouro da Universidade de Uberaba (MG)
 
Foto: Universidade de Uberaba/Divulgação
A anomalia pode ter sido causada por defeitos genéticos do animal, ou até mesmo, por fatores ambientais, como a poluição em seu habitat
 
Fonte: Terra Notícias


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Saiba mais sobre Europa, uma das luas de Júpiter

     Até pouco tempo atrás, ela era apenas um dos 62 satélites do imenso planeta Júpiter. Agora, a lua Europa é o mais novo foco de astrônomos de todo mundo. Motivo: em companhia de Marte, o astro gelado que tem cerca de 3121 km de diâmetro é um dos lugares do Sistema Solar em que a vida tem mais probabilidades de se desenvolver.
     O interesse maior apareceu depois que cientistas reunidos na cidade americana de São Francisco, na Califórnia, apelaram pelo envio de uma missão ao satélite. Um plano parecido já está na agenda da agência espacial européia (ESA), que tem um projeto exploratório previsto para o período entre os anos de 2015 e 2025.
     Descoberta em 1610 por Galileo Galilei, Europa é um dos astros mais brilhantes do Sistema Solar em função do reflexo do Sol na sua superfície, que provavelmente é coberta de gelo. Abaixo dessa crosta, acredita-se, pode haver água líquida e formas de vida extraterrestre que os astrônomos procuram há tanto tempo.
     Segundo os cientistas, Europa tem os três ingredientes para a existência de vida: água, calor e compostos orgânicos obtidos de cometas e meteoritos. A esperança é que existam seres vivendo em condições semelhantes às encontradas no lago Vostok, na Antártida, onde respiradouros hidrotermais garantem a sobrevivência.
 
     Linhas e crateras
     Imagens da Europa obtidas pelas sondas Voyager, Galileo e pelo telescópio Hubble mostraram linhas e rachaduras que riscam quase toda a superfície do satélite. Segundo os cientistas, essas formações geológicas lembram rachaduras nas placas de gelo da Terra, mais uma evidência da existência de água líquida abaixo da superfície do astro.
 
     Origem
     Europa ganhou o nome da princesa fenícia que, de acordo com a mitologia grega, ganhou o amor de Zeus. Depois de vê-la colhendo flores, Zeus teria se transformado em um touro branco e carregado Europa até a ilha de Creta. Lá, ele revelou sua verdadeira identidade e fez de Europa a primeira rainha de Creta.
 
Foto: Nasa/Divulgação 

A lua Europa, um dos 62 satélites do planeta Júpiter, fotografada em 27 de fevereiro
 
Foto: Nasa/Divulgação 

Imagem captada pela sonda Voyager mostra a superfície do satélite
 
Foto: Nasa/Divulgação 

Manchas avermelhadas e crateras pequenas e rasas são características da superfície da lua
 
Foto: Nasa/Divulgação 

 Cientistas acreditam que a superfície do satélite é coberta de gelo
 
Foto: Nasa/Divulgação 

Animação identifica a presença de uma camada de ácido súlfurico na superfície de Europa
 
Foto: Nasa/Divulgação 

A Nasa indica a existência de água líquida abaixo da camada de gelo do satélite

Fonte: Redação Terra


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As florestas na mira da bancada ruralista

     O acordo foi cumprido. Há um ano, o futuro da Amazônia foi negociado pela aprovação da Lei da Mata Atlântica. A proposta surgiu de um ajuste entre a bancada ruralista e o governo federal. Para aprovar a lei que protege a Mata Atlântica (PL 285/99), a bancada ruralistas propôs que o tamanho das porções obrigatórias de florestas nas propriedades privadas da Amazônia, a reserva legal, fosse reduzida. Ontem, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou por 23 votos contra 2 o projeto de Lei de nº6424. Além de diminuir a a área de reserva legal, a proposta também promove a anistia aos crimes ambientais.
 
     Os ponto mais delicado do PL é a redução de 80% para 50% das matas protegidas dentro das fazendas na Amazônia. Outro fator polêmico é a soma da reserva legal às áreas de proteção permanente (morros e margens de rios). Essa medida também afeta a Mata Atlântica, o ecossistema mais ameaçado do país, com apenas 7% de remanescentes. "Se isso virar lei, será um retrocesso. É impossível legalizar a abertura de novas áreas nessas regiões", afirma Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica.
     A anistia aos crimes ambientais é outro risco da proposta. O PL aprovado propõe que todos os produtores rurais cadastrados no sistema de credenciamento legal de sua propriedade, serão "anistiados" de qualquer crime ambiental que tenham praticado. A medida beneficia quem já cortou mais do que 80% de sua floresta na Amazônia, 65% no cerrado e 20% na mata atlântica. "A mensagem que esse PL passa é que o crime compensa. É quase um aval para novos desmatamentos", afirma Beto Veríssimo, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambienta da Amazônia (Imazon).
     A votação da Lei foi feita quase sem quorum. "Não havia mais de quinze pessoas dentro das Comissão de agricultura", diz Sérgio Leitão do Greenpeace. "Eles foram atrás de mais deputados porque queriam aprovar o PL a qualquer custo. Os ruralistas dizem que mudaram suas condutas em relação ao meio ambiente. A aprovação desse projeto deixa bem claro o contrário", afirma.
 
Autora: Juliana Arini - Blog do Planeta


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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ocupação do litoral de São Paulo ameaça serpentes

     Pesquisadores brasileiros realizaram o primeiro inventário de serpentes que vivem no litoral paulista e descobriram que boa parte delas corre o risco de desaparecer por causa da invasão dos seus habitats. Os pesquisadores Marcelo Duarte, do Instituto Butantan, e Paulo Cicchi, da Unesp de Botucatu, registraram a existência de 36 espécies em 18 ilhas de São Paulo. O inventário foi publicado na revista Biota Neotropica. 
Foto: Marcelo Duarte/Divulgação
 
Os pesquisadores Marcelo Duarte, do Instituto Butantan, e Paulo Cicchi, da Unesp de Botucatu, registraram a existência de 36 espécies em 18 ilhas de São Paulo.

 
     Segundo Cicchi, ainda há muitas ilhas a ser estudadas e existe o risco de algumas espécies desaparecerem antes mesmo de serem conhecidas pela ciência. "Nós conhecemos muito pouco da maior parte da fauna, não só das serpentes, mas de forma geral", afirma o pesquisador.
 
Foto: Marcelo Duarte/Divulgação

Os pesquisadores dizem que se sabe muito pouco sobre as serpentes do litoral paulista. Nesta foto, uma jararaquinha (Tropidodrya striaticeps).

 
     Segundo ele, a ocupação humana do litoral "leva a uma extinção mais rápida" de serpentes porque as ilhas onde elas vivem são ambientes peculiares e "totalmente vulneráveis" à ação do homem. São locais como o arquipélago de Ilhabela, ilha Anchieta e ilha do Cardoso.
 
Foto: Marcelo Duarte/Divulgação

A caninana ou Spilotes pullatus
 
     Cicchi e Duarte analisaram as coleções de serpentes de todo o Estado de São Paulo, inclusive a do Instituto Butantan, uma das maiores do mundo. A partir desse levantamento, os pesquisadores foram a campo identificar onde elas vivem naturalmente.
 
Foto: Marcelo Duarte/Divulgação

Na foto, a jararacussu, do gênero Bothrops
 
     O pesquisador da Unesp diz que por falta de recursos a equipe se limitou a ilhas com melhor infra-estrutura, mas ressalta que ainda há muitas a ser estudadas em locais onde possivelmente ocorrem outras espécies.
 
Foto: Marcelo Duarte/Divulgação

A ocupação humana do litoral ameaça as serpentes porque as ilhas onde elas vivem são ambientes peculiares e vulneráveis à ação do homem 

 
     Cicchi diz que não é possível saber quantas espécies exatamente correm o risco de extinção justamente porque se sabe muito pouco sobre elas e outras que não foram sequer descobertas. Sabe-se, porém, que pelo menos as espécies endêmicas estão seriamente ameaçadas. Mas o pesquisador diz acreditar que o perigo exista mesmo para espécies que ocorrem em abundância hoje, como a jararaca ilhoa.
 
Foto: Marcelo Duarte/Divulgação

A coral verdadeira (Micrurus) é peçonhenta, mas pouco agressiva
 
 
 
     Cicchi defende que as áreas onde vivem as serpentes sejam protegidas pela legislação ambiental - atualmente apenas três das 18 ilhas estão sob proteção. "Essas áreas deveriam ser transformadas em áreas de proteção integral porque são importantes para a biodiversidade", afirma Cicchi.
     O pesquisador também destaca que as serpentes só representam perigo para as pessoas quando têm seu ambiente invadido. Ele distingue também espécies mais agressivas como a jararaca de outras como a coral verdadeira - que embora seja bastante peçonhenta dificilmente ataca.
     É o caso da jararaca ilhoa, que, segundo Cicchi, só ocorre na Ilha de Queimada Grande. O pesquisador alerta ainda que o desaparecimento dessas espécies pode gerar "um desajuste no ecossistema ou levar outras espécies à extinção".
 
Fonte: BBC Brasil - Terra Notícias


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Lua teria nascido 62 mi de anos após Sistema Solar

     O nascimento da Lua teria ocorrido provavelmente a cerca de 62 milhões de anos depois do início da formação do Sistema Solar, há 4 bilhões e 567 milhões de anos, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature.
Terra vista da Lua
 
     O cálculo, que atribui uma idade de 62 milhões de anos como a hipótese mais provável entre uma estimativa de 52 a 152 milhões de anos, é baseado no estudo de isótopos de tungstênio encontrados em metais lunares.
     A teoria mais aceita até hoje sobre a origem da Lua é de que o satélite teria surgido depois que um objeto do tamanho do planeta Marte se chocou com o planeta Terra, ainda em fase de formação. Com o impacto, uma massa de fragmentos derretidos se soltou e acabou "presa" à órbita gravitacional da Terra.
 
Lua vista da Terra.
 
     Segundo os pesquisadores, a Lua é composta principalmente por material procedente da Terra, e ambos os corpos celestes se equilibraram depois do enorme impacto. O Sistema Solar, por sua vez, se formou a partir de uma nuvem de gás e poeira cósmica que deu origem ao Sol, estrela em torno do qual giram os planetas.
     O estudo foi conduzido por cientistas da Confederate Technical High School de Zurique, na Suíça.
 
Fonte: AFP - Terra Notícias
 


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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Cientistas apresentam fotos de animais nunca antes vistos

Rato gigante e gambá anão vivem em floresta na Indonésia.
Descoberta aconteceu durante uma expedição.
  
AFP
Os animais foram encontrados na floresta tropical das montanhas Foja, na província de Papua, durante uma expedição em junho. O rato gigante é cerca de cinco vezes o tamanho de um rato urbano normal. 'Sem medo de humanos, ele aparentemente veio ao acampamento várias vezes durante a viagem', afirmou Kristofer Helger, no Instituto Smithsonian, em Washington. A imagem foi divulgada na terça-feira (18) pela ONG Conservação Internacional (CI). (Foto: AFP/CI)
 
AFP
Parente dos cangurus, o gambá-anão foi descrito como 'um dos menores marsupiais do mundo. (Foto: AFP/CI)
 
Fonte: G1


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Buraco negro de "galáxia da morte" atira contra vizinhos

Astrônomos nunca viram um evento cósmico tão violento antes.
Conseqüências podem ser fatais para planetas no caminho.

     Astrônomos da Nasa flagraram um buraco negro supermaciço atirando jatos altamente energéticos contra uma galáxia vizinha. A violência do evento galático foi tão absurda que os pesquisadores apelidaram a galáxia que abriga o buraco negro de "Estrela da Morte", como no filme "Guerra nas Estrelas."
 
Foto: AP
Imagem feita a partir de observações feitas tanto em telescópios terrestres quanto em órbita.(Foto: AP)

 
     A imagem mostra o sistema 3C321, que contém duas galáxias em órbita uma da outra, ambas com buracos negros supermaciços no centro. No entanto, o buraco da galáxia maior está lançando jatos de energia carregada de radiação contra a menor. O resultado pode ser fatal para os planetas no caminho.
Fonte: G1


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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Oceanos podem subir duas vezes mais que previsto

     O nível do mar no mundo pode subir duas vezes mais neste século do que os cientistas da Organização das Nações Unidas haviam previsto, segundo pesquisadores que estudaram o que aconteceu há mais de 100 mil anos, a última vez em que a Terra ficou com esta temperatura.
     Especialistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU sugeriram que um máximo de 0,8 m de elevação no nível do mar, um efeito-chave do aquecimento global para o século 21.
    Mas pesquisadores disseram em um estudo publicado no domingo na revista Nature Geosciense que o máximo poderia ser o dobro disso, ou 1,6 m.
     A estimativa foi feita com base em estudos do chamado período interglacial, entre 124 mil e 119 mil anos atrás, quando o clima da Terra era tão quente quanto é agora devido a uma diferente configuração na órbita do planeta em torno do sol.
     Esta foi a última vez em que o nível do mar chegou a 6 metros acima do nível atual, devido ao descongelamento de folhas de gelo que cobriam Greenland e Antártica.
      Os pesquisadores afirmam que seus achados são a primeira documentação substancial de como o nível do mar subiu rapidamente para esse patamar.
     "Até agora, não havia registros que suficientemente mostravam a taxa total das elevações do nível do mar do passado até o nível atual", disse o autor Eelco Rohling, do Centro Nacional de Oceanografia da Grã-Bretanha, em um comunicado.
     Rohling e seus colegas descobriram uma média de elevação do nível do mar de 1,6 m a cada século durante o período interglacial. Naquele tempo, Greenland tinha 3ºC a 5ºC a mais do que agora, o que é similar ao período de aquecimento esperado nos próximos 50 a 100 anos, segundo Rohling.
Modelos atuais de folhas de gelo não prevêem taxas de mudança desta magnitude, mas eles não incluem muitos dos processos dinâmicos já observados por glaciologistas, disse o comunicado.
 
Fonte: Reuters - Terra Notícias


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Os impactos "invisíveis" das guerras

     Os efeitos devastadores de uma guerra sobre milhares de vidas humanas são incontestáveis. Talvez por isso as conseqüências de um conflito para o meio ambiente passem quase desapercebidas. Mas elas existem. Ainda não se sabe quais estão sendo os efeitos do atual conflito no Iraque, mas os pesquisadores já encontraram as conseqüências deixadas pela Guerra do Golfo, que ocorreu na mesma região, mas no início da década de 90.
 
     A movimentação de tropas e explosões destruiu a camada de microorganismos que recobre a superfície do solo desértico e o protege da erosão. Com sua destruição, os cientistas já notaram que houve um aumento na freqüência das tempestades de areia e na formação de dunas na região.
     A edição de janeiro/fevereiro da revista do WorldWatch Institute, entidade ambiental americana de destaque, traz outros exemplos de como a guerra deixa marcas duradouras no meio ambiente:
* Cerca de metade das áreas de mangue do delta do rio Mekong e 14% das florestas foram destruídas no Vietnã pelas tropas americanas durante o conflito na região, na década de 60. Os soldados lançavam herbicidas e pesticidas para que os guerrilheiros não conseguissem sobre viver no ambiente detruído
* Em 1994, cerca de 720 mil refugiados que haviam deixado Ruanda em direção à República Democrática do Congo para fugir do conflito em seu país assentaram-se perto do Parque Nacional de Virunga. Os acampamentos improvisados destruíram cerca de 35 quilômetros quadrados de florestas. A madeira era usada para fazer fogueiras e construir moradias.
 
Autora: Marcela Buscato - Blog do Planeta


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O barco vai afundar?

     Uma sensação de desastre eminente deve ter inspirado os ativistas da ONG Avaaz.org. Eles penduraram uma cartaz com alusão ao filme Titanic bem em frente à saída da sala onde ocorrem as plenárias da Conferência do Clima em Bali. É ali que representantes do Japão, EUA e Canadá estão agindo em bloco para impedir qualquer declaração que incluia metas de redução de emissões dos gases que provocam mudanças climáticas. No cartaz da Avaaz.org, os líderes dos três países são as estrelas de um filme sobre o naufrágio de nossa jornada na Terra. No texto do cartaz: "Nenhuma meta, nenhum iceberg. Apenas um desastre global chegando em breve. Bali. Mundo, não desista"
     Observadores que acompanhas as negociações gostaram do cartaz (foto). Os delegados dos países envolvidos, nem tanto.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta


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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Não há mais tempo a perder sobre mudança climática

     Secretário-Geral da ONU diz em Bali que mundo sofrerá com fome, secas e aumento do nível do mar, se nada for feito.
 
imagem1480.jpg     O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou, em Bali, na Indonésia, que o mundo precisa agir rapidamente contra o aquecimento global.
     Ban disse que não há mais tempo a perder, e que a liderança política deve encontrar respostas. Segundo ele, a ciência já provou claramente que o efeito estufa é uma ameaça a toda a humanidade.
     O Secretário-Geral da ONU chegou a Bali, na Indonésia, para presidir as discussões de um segmento de alto nível da Conferência sobre Mudança Climática.
     O encontro deve estabelecer as bases de um novo acordo para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
     O tratado prevê a redução nas emissões de dióxido de carbono, o principal causador do aquecimento global.

     Emissões de gases
     As Nações Unidas sugeriram aos países industrializados uma redução entre 25 a 40%, até 2020.
     Segundo a ONU, os cortes deverão atingir 50% até 2050.
     Um estudo do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, Ipcc, afirma que se todos os governos contribuírem com 0,1% de seu Produto Interno Bruto, PIB, será possível parar o efeito estufa nos próximos 30 anos.
     O encontro de Bali reúne mais de 15 mil representantes de governos, da sociedade civil e de agências da ONU.
 
Fonte: Rádio ONU (Jorge Soares & Mônica Valéria Grayley - Nova York) - Portal do Meio Ambiente


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Fauna no RS sofre com instalação de usinas hidrelétricas

     A Justiça Federal no município de Bento Gonçalves (RS) concedeu liminar em ação cautelar proposta pelo Ministério Público Federal para que a empresa J. Malucelli Construtora de Obras S.A. suspenda imediatamente o corte de árvores para a limpeza da área onde serão formadas três barragens, visando a instalação de Usinas Hidrelétricas no rio Carreiro (municípios de Dois Lajeados, Guaporé e Serafina Corrêa). A suspensão deverá perdurar pelo prazo de 45 dias.
     Segundo a assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal no RS, no dia 5 passado, o procurador da República Adriano dos Santos Raldi instaurou um procedimento administrativo investigatório, a partir de representação de integrante da Associação Riograndense de Proteção aos Animais e Meio Ambiente (ARPA). Fotos e documentos mostravam a ocorrência de várias irregularidades na área, caracterizadas como "verdadeiros atentados à flora, fauna e ao ecossistema como um todo". A empresa responsável não vinha respeitando as exigências básicas, especialmente em relação ao programa de resgate e monitoramento da fauna.
     Em seu relato, o ambientalista Jorge Luis Acco, revela ter constatado o desespero dos animais em fuga, pássaros à procura de seus ninhos que tombaram junto com as árvores, vários animais à procura de filhotes e cobras mortas.
 
Fonte: Ambiente Brasil


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Construções que separam matas de rios podem explicar sumiço de sapos

Pesquisadores brasileiros tentam entender declínio mundial da espécie.
Segundo eles, filhotes podem morrer porque não encontram a floresta.

 
     O mistério do desaparecimento mundial das espécies de sapos pode ser explicado pela pura falta de bom senso humano. Pesquisadores brasileiros afirmam que a separação de florestas e rios pela infraestrutura humana está por trás do declínio desses anfíbios. Os resultados foram apresentados nesta semana na revista "Science".
     Não importa a quantidade de mata nativa preservada em uma propriedade, sempre que alguém constrói alguma coisa -- seja uma casa, um pasto ou uma cidade -- na beira de um rio, afeta diretamente a sobrevivência dos sapos, que vivem tanto na terra quanto na água.
     Esse tipo de divisão do ambiente onde vive uma espécie foi batizada pelos pesquisadores de "desconexão de habitat" e pode explicar algo investigado pela ciência há muito tempo: por que os anfíbios estão desaparecendo.
Segundo o pesquisador Carlos Roberto Fonseca, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, a desconexão de habitat é prática comum. "Mesmo o proprietário que cumpre a lei e deixa uma porcentagem da mata preservada em suas terras, em muitos casos, ele deixa a floresta em áreas isoladas, como topos de morros. E vai colocar sua casa, o pasto, tudo em volta de um riozinho", afirmou ele ao G1.
 
Foto
Sapos de floresta precisam dos rios para se reproduzirem (Foto: Divulgação)
 
     Os sapos vivem bem na floresta, mas se reproduzem na água. Quando seu habitat é dividido, portanto, eles precisam atravessar toda uma série de obstáculos, às vezes, até estradas de grande porte. A situação é pior quando o caminho é inverso e os filhotes, recém saídos da fase de girino, precisam encontrar sozinhos o caminho de casa.
 
Foto
Sapos do mundo estão desaparecendo (Foto: Divulgação )
 
     "Eles precisam achar a floresta, mas nunca viram uma floresta antes. O seu 'manual de instruções' genético diz 'então, você sai da água e vive, come, dorme na floresta'. Mas onde ela está?", explica Fonseca. Na busca pelo local onde vão viver, os sapinhos geralmente acabam morrendo, por acidentes, por predadores, por exposição excessiva ao sol ou pura e simplesmente por fome.
Pelo Código Florestal Brasileiro, uma faixa em torno dos rios precisa ser preservada –- o quanto depende do tamanho do rio. Mas não são todos que cumprem a legislação. Os cientistas pedem que a lei seja respeitada e que novas unidades de conservação levem em conta a preservação da espécie e não separem mata e rio.
     Com isso, Fonseca explica, os benefícios devem ir muito além da preservação dos sapos. "Mata nativa ao redor do rio o deixa limpo. Rio limpo é água limpa, boa para o consumo."
     O trabalho envolveu pesquisadores de quatro universidades brasileiras -- além da Unisinos, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (USP) -– e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas.
Autora: Marília Juste do G1 São Paulo


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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Índice Ultravioleta para a região Sul em 12 de dezembro de 2007

 
Situação mais recente do Índice Ultravioleta para a região Sul
Precauções recomendadas pela Organização Mundial da Saúde
 



 


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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Lentes capturam a estranha Natureza

Reveja as melhores fotos do mundo animal que marcaram o ano de 2007 em concurso e pesquisas conduzidas pelo mundo inteiro.
Foto: Gloria Kwon/Divulgação
08/10/2007 - Estados Unidos - Imagem de um embrião transgênico de um camundongo foi a vencedora do concurso de Microfotografia Pequeno Mundo da Nikon, que escolheu as melhores fotos de pequenos organismos
 
 
Foto: Sergey Gorshkov/Natural History Museum/Divulgação
25/10/2007 - Reino Unido - A foto de um urso, emergindo durante um mergulho em busca de caça, foi a vencedora na categoria Animal Portraits do concurso Shell Wildlife Photographer of the Year 2007
Foto: David Maitland/Natural History Museum/Divulgação
25/10/2007 - Reino Unido - No mesmo concurso, que premiou as melhores imagens da vida selvagem, a foto de um sapo comendo um verme foi a vencedora da categoria Animal Behaviour: All Other Animals (Comportamento Animal: Todos os Outros Animais)
The New York Times
25/05/2007 - Estados Unidos - Em maio, o estranho polvo dumbo, parecido com um brinquedo, e que habita as partes mais profundas do oceano, foi apresentado pela primeira vez ao mundo
The New York Times
Este pequeno polvo (Grimpoteuthis), mede cerca de 20 cm, tem o corpo gelatinoso e foi apelidado de "dumbo"
Foto: Steve Gschmeissner/BBC Brasil
30/08/2007 - Reino Unido - Garras de morcego foram retratadas por um fotógrafo e apresentada no concurso Visions of Science, ou Visões da Ciência, que captou imagens de fenômenos científicos e naturais
Reuters
28/06/2007 - Alemanha - A cruza de uma zebra com um cavalo resultou no animal híbrido batizado de Eclyse, que nasceu no parque safari Stukenbrock. A 'egüebra' ou 'zégua' é fruto do relacionamento entre uma zebra fêmea e um cavalo
Reuters
17/07/2007 - Alemanha - O zoológico privado Arca de Noé, apresentou a cruza de um leão com uma fêmea de tigre, batizado de Bahier. O nome 'liger', como é chamado este tipo de animal, vem da mistura de lion e tiger (leão e tigre, em inglês)
AP
17/03/2007 - Estados Unidos - A égua Tumbelina, considerada pelo Guinnes Book como o menor cavalo do mundo, foi apresentada ao mundo. Com pouco mais de 35 cm de altura, ela nasceu na fazenda Goose Creek, na cidade de Saint Louis, em Montana
Reuters
04/06/2007 - Suriname - O sapo fluorescente de duas tonalidades está entre as 24 novas espécies descobertas nos planaltos do país. O animal tem duas tonalidades sobre um fundo na cor de berinjela
AP
28/04/2007 - Estados Unidos - O chihuahua Dancer, nascido há um ano na cidade de Leesburg, na Flórida, pesa pouco mais de 500 g e mede cerca de 10 cm de altura. Ele está entre os menores cães do mundo
Fonte: Terra


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