Os efeitos devastadores de uma guerra sobre milhares de vidas humanas são incontestáveis. Talvez por isso as conseqüências de um conflito para o meio ambiente passem quase desapercebidas. Mas elas existem. Ainda não se sabe quais estão sendo os efeitos do atual conflito no Iraque, mas os pesquisadores já encontraram as conseqüências deixadas pela Guerra do Golfo, que ocorreu na mesma região, mas no início da década de 90.
A movimentação de tropas e explosões destruiu a camada de microorganismos que recobre a superfície do solo desértico e o protege da erosão. Com sua destruição, os cientistas já notaram que houve um aumento na freqüência das tempestades de areia e na formação de dunas na região.
A edição de janeiro/fevereiro da revista do WorldWatch Institute, entidade ambiental americana de destaque, traz outros exemplos de como a guerra deixa marcas duradouras no meio ambiente:
* Cerca de metade das áreas de mangue do delta do rio Mekong e 14% das florestas foram destruídas no Vietnã pelas tropas americanas durante o conflito na região, na década de 60. Os soldados lançavam herbicidas e pesticidas para que os guerrilheiros não conseguissem sobre viver no ambiente detruído
* Em 1994, cerca de 720 mil refugiados que haviam deixado Ruanda em direção à República Democrática do Congo para fugir do conflito em seu país assentaram-se perto do Parque Nacional de Virunga. Os acampamentos improvisados destruíram cerca de 35 quilômetros quadrados de florestas. A madeira era usada para fazer fogueiras e construir moradias.
Autora: Marcela Buscato - Blog do Planeta
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