sábado, 31 de janeiro de 2009

Amazônia sofreu destruição de 17% em cinco anos, diz ONU

Programa da ONU para o Meio Ambiente responsabiliza Brasil e outros sete países da região.
 
     Um relatório prestes a ser divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta que 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em um período de cinco anos, entre 2000 e 2005.
    A informação foi noticiada pelo jornal francês Le Monde na quinta-feira, e foi confirmada à BBC Brasil pelo Pnuma.
     Segundo o jornal, durante este período foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores - o equivalente ao território da Venezuela.
     A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, mas os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pela Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru.
 

Amazônia ilegal: a floresta vai virar uma fazenda?

 
     'Irreversível'
     "A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao Le Monde.
     Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal.
     "O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma.
     A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, que "vivem uma situação de grande pobreza". "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse.
     O Le Monde conclui o artigo citando que o Pnuma pede um maior envolvimento internacional para ajudar financeiramente os países que abrigam a floresta, e cita como possível caminho o Fundo Amazônia, que prevê o investimento de fontes estrangeiras para desenvolver projetos que combatem o desmatamento.
     O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia.
 

 
Fonte: BBC - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Estudo indica que poluição causa infertilidade masculina

     A infertilidade masculina pode entrar para o inventário de problemas de saúde provocados pela poluição, mostram resultados preliminares de um estudo ainda inédito. A pesquisa é coordenada pelo médico Jorge Hallak, especialista do Hospital das Clínicas, e alerta que está prejudicada a qualidade do sêmen de vários profissionais que trabalham constantemente expostos aos poluentes. "O que é muito grave, porque é um indicativo de que a poluição está afetando a evolução da espécie humana", alerta ele.
     Foram 60 homens já avaliados, todos com idades semelhantes e que diariamente inalam os gases tóxicos de São Paulo. Todos eles, tiveram algum problema em decorrência da poluição. Os espermatozoides dos participantes foram avaliados em laboratório e comparados com um grupo que não convive tão exposto com a emissão. "Já concluímos que a poluição interfere no sistema reprodutivo. Transforma o hormônio masculino em hormônio feminino, compromete a barreira de sangue que envolve o testículo e promove lesões crônicas no DNA", diz Hallak.
 

Arquivo Folha Imagem

Foram 60 homens já avaliados, todos com idades semelhantes e que diariamente inalam os gases tóxicos de São Paulo. Todos eles, tiveram algum problema em decorrência da poluição, segundo o médico

 
     A pesquisa ainda não foi concluída. Mais 60 homens serão avaliados e a publicação internacional está prevista para os próximos meses. Será um dos primeiros estudos conduzidos pelo recém-criado Instituto de Poluição da Universidade de São Paulo (USP), que tem a missão de colocar na ponta do lápis os custos financeiros da poluição, conforme informou reportagem do Jornal da Tarde na última semana. O diretor do novo órgão, Paulo Saldiva, diz que os números vão endossar o coro por políticas públicas de redução de poluentes.
     A infertilidade será somada aos já altos US$ 208 milhões desembolsados anualmente no Brasil, apenas para sanar as 47 mil mortes prematuras, 20 mil hospitalizações, 50 mil casos de bronquite crônica, entre outros, como estimam os pesquisadores. A suspeita de que a infertilidade masculina é correlacionada à poluição surgiu quando os índices do problema começaram a subir em países desenvolvidos, conta Hallak.
 

"O que é muito grave, porque é um indicativo de que a poluição está afetando a evolução da espécie humana", alerta Jorge Hallak, especialista do Hospital das Clínicas

 
     Desequilíbrio
     Há 30 anos, os inférteis somavam 5%. Hoje já são 10%, informa a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida. Recente estudo da USP já havia constatado impactos na reprodução: em área mais poluída, foi revelado que nasceram 1.180 meninos a menos do que meninas, um desequilíbrio de 1%. Artur Dizik, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, ressalta que os camundongos já evidenciaram que o sistema reprodutivo é comprometido pela poluição. "Não é exagero colocar a infertilidade como mais um item na lista de problemas dos poluentes", diz. "A cautela é que a infertilidade é causada por múltiplos fatores. Além da poluição, álcool, genética, fumo, alimentação."
Autora: Fernanda Aranda - UOL Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Estudo revela que os herbicidas também prejudicam a reprodução das plantas

Investigação foi feita por várias instituições norte-americanas e a Universidade de Oregón
 
Pulverização de herbicida em lavoura
 
     Poucos livros sobre meio ambiente tiveram tanto impacto na sociedade como Primavera silenciosa, de Rachel Carson. Em 1962, a bióloga norte-americana denunciou em seu livro o uso indiscriminado do inseticida sintético DDT (Dicloro-difenil-tricloroetano) sobre os campos de cultivo dos Estados Unidos. Segundo sua então revolucionária tese, esses compostos químicos se acumulavam progressivamente sobre os seres vivos, especialmente nas aves, e terminavam por causar-lhes a morte. Se se continuasse espalhando o DDT pelos campos norte-americanos, chegaría o día em que os pássaros deixariam de cantar. Chegaria a primavera silenciosa. Dez anos depois, o voverno dos Estados Unidos proibiu o pesticida.
 

A pesquisa mostrou que o agrotóxico é aplicado de forma danosa à saúde (Foto: Fiocruz Pernambuco - fonte)

 
     A regulação sobre inseticidas, herbicidas e fungicidas de uso agrícola mudou muito desde então de forma a reduzir o impacto sobre o meio ambiente e, sobretudo, sobre a saúde humana. No entanto, um novo estudo adverte que os controles atuais para avaliar o impacto dos pesticidas sobre as plantas não são suficientes, uma vez que deixam fora os possíveis danos no vegetal ao nível reprodutivo.
     A investigação, levada a cabo por várias instituições norte-americanas e a Universidade de Oregón, e publicada no Journal of Environmental Quality, mostra como a reprodução da batata se vê afetada inclusive por doses muito baixas de herbicidas. Concretamente, quanto mais jovem é a planta, mais suscetível é aos pesticidas sintéticos. O momento em que se aplica o herbicida também pode ser crucial, pois o dano era maior quando a planta entrava em contato con os compostos químicos a duas semanas de brotar.
     As alterações reprodutivas da batata podem ter consequências desastrosas para a economía, con uma baixa produtividade de tubérculos. Mas os efeitos são incontroláveis quando afetam aos ecossistemas inteiros através da cadeia alimentar. "Os rendimentos reprodutivos das plantas têm grandes efeitos sobre as cadeias alimentares. Os produtos reprodutivos das plantas dão suporte a populações de vertebrados e invertebrados e são um dos principais fatores reguladores do êxito das populações animais", escrevem Thomas Pfleeger, Milton Plocher e colegas.
 
Autor: Tana Oshima - Reporter Ambiental/EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Pecuária é imcompatível com Amazônia, afirma Greenpeace

 
Para o ativista André Mugiatti, pecuária e conservação ambiental não podem coexistir
 
     A pecuária é uma atividade incompatível com a conservação do meio ambiente, afirmou o ativista da organização não-governamental Greenpeace, André Muggiati, ao anunciar os impactos causados pela criação de gado na Amazônia. "A pecuária e a conservação ambiental não coexistem. Na Amazônia não existe nenhuma forma de pecuária sustentável", criticou o ambientalista, referindo-se à maneira como ela é praticada atualmente, exigindo grandes extensões de terra.
     A média para criação de gado é de um boi por hectare na região amazônica, onde se estima que existam mais de 70 milhões de cabeças de gado. "O que estamos pedindo é que se interrompa esse ciclo de expansão da pecuária sobre a floresta", disse Muggiati, destacando que cerca de 17% da área de cobertura original da floresta já foi destruída.
     Segundo ele, praticamente 80% das áreas desflorestadas na Amazônia são ocupadas pelo gado. O ambientalista adiantou à Agência Lusa o que será tornado público em 29 de Janeiro, durante o Fórum Social Mundial, que inicia nesta semana em Belém, no Pará.
 

 
     Estudo
     Muggiati é coordenador de campanha da Amazônia do Greenpeace e irá anunciar o estudo O rastro da pecuária na Amazónia feito pela organização por meio de imagens de satélite, tiradas principalmente em Mato Grosso. Para Muggiati, a partir do levantamento é possível comprovar a tese de que "a maior parte das áreas já desmatadas da Amazônia está hoje ocupada por gado". O Mato Grosso é o maior criador de gado do país, assim como o maior produtor de soja. Este Estado tem "o maior desmatamento acumulado na região amazônica".
     A estratégia de lançar o estudo no FSM é aproveitar a grande concentração de pessoas para "maximizar o impacto" na tentativa de que sejam implantadas políticas públicas que contenham a expansão desta atividade de forma predatória. A 8ª edição do Fórum terá como principal foco as discussões sobre as crises financeira, climática e de governabilidade global. O evento deverá reunir cerca de 120 mil pessoas de 130 países diferentes a partir de terça-feira, dia 27.
 

Parar o desmatamento não salva Amazônia, dizem cientistas (fonte: Folha Online)

 
Fonte: Agência Lusa/EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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O ano mais fresco dos últimos 8 tem temperaturas até 3,5 graus mais altas

 

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     O Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da Nasa, a agência espacial americana, divulgou as médias das temperaturas no planeta durante 2008. O ano passado foi o menos quente desde 2000. A causa seria um fenômeno chamado La Niña. Ainda sim, os cientistas estimam que 2008 seja o sétimo ou oitavo ano mais quente desde que as medições começaram a ser feitas, em 1880. Todos os anos mais quentes da história foram registrados desde 1997.
     As maiores variações de temperatura aconteceram no Ártico. Regiões do extremo norte da Europa e da Rússia tiveram temperaturas até 3,5 graus acima da média. O mesmo aconteceu no oeste da Antártica (veja imagem acima).
O gráfico abaixo mostra o aumento das temperaturas médias desde 1880. A linha só sobe. Até onde será que ela chega?
 

grafico.jpg

 
Autora: Marcela Buscato - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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