segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Fogos de artifício contêm substâncias que intoxicam respiração, diz estudo

     A tradição de fogos de artifício no Ano Novo tem popularidade mundial, mas pode agravar problemas respiratórios como a asma, porque seu tiro libera quantidades de substâncias químicas no ar. A afirmação é de um estudo da Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria.
     Segundo o site "New Scientist", pesquisadores australianos analisaram amostras de neve antes e depois da festa de Ano Novo no vilarejo de Saalbach, em seu país natal.
 

Pirotecnia desencadeia ataques de doenças como asma e bronquite, aponta estudo austríaco

Fumaça da pirotecnia desencadeia ataques respiratórios, segundo um estudo conduzido pela Universidade de Tecnologia de Viena (foto: Ricardo Moraes/AP)

 
     Fogos de artifício contêm bário, elemento que dá a coloração verde e vermelha quando estouram. Os cientistas queriam encontrar resquícios do metal em flocos de neve porque, segundo o estudo, caso estivessem lá, significaria que as partículas do metal também estariam presentes na fumaça dos fogos de artifício -logo, sendo inaladas por espectadores.
     "Nós encontramos amostras de bário na neve", disse o pesquisador. As concentrações eram 500 vezes mais altas do que amostras antes dos disparos. O bário constringe as vias respiratórias, agravando sintomas da asma e da bronquite, aponta a pesquisa.
     Os pesquisadores estão desenvolvendo novos modelos de fogos de artifício, baseados em oxigênio para combustão, livres de bário e de perclorato como oxidante para combustão pirotécnica. O perclorato pode contaminar as fontes de água, prejudicar o funcionamento da glândula tireóide e afetar fetos.
 
Fonte: Bol Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Sea Shepherd colide com navio baleeiro!

     Nesta sexta-feira, 26, o Steve Irwin enfrentou o navio Kaiko Maru, que emergiu do nevoeiro, subitamente. O clima foi tenso para a tripulação da Sea Shepherd, que conseguiu lançar 10 garrafas de "manteiga podre" e 15 garrafas com metilcelulose (espécie de substância viscosa). Após o fato, o Segundo Comandante, Peter Hammarstedt, ainda brincou dizendo que o Kaiko Maru é um navio "fedorento e escorregadio".
 

Os baleeiros operavam dentro da zona econômica australiana

 
     O incidente começou com o navio japonês avançando com força para o estibordo e golpeando o Steve Irwin, fato que originou o esmagamento sem motivo algum do corrimão de segurança do deck do helicóptero. Contudo, não houve nenhum dano grave para ambos os navios.
     Desde sábado, o navio da Sea Shepherd tem perseguido a frota japonesa por 400 milhas ao meio de névoas pesadas, gelo grosso e um tempo traiçoeiro. Durante esse tempo nenhuma baleia foi morta.

Fonte: Sea Shepherd
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

sábado, 27 de dezembro de 2008

"Homem-árvore" indonésio será operado novamente

     Um indonésio de 37 anos, que sofre de uma grave doença que transformou suas mãos e pés em aglomerados de verrugas semelhantes a raízes de árvores, voltou a piorar quatro meses depois de receber alta de um tratamento médico. Dede Koswara deve passar por novas operações até o final de dezembro ou no início de 2009 para tentar remover e reduzir as verrugas. As informações são da Reuters.
 

Após retornar para casa de tratamento médico em agosto, as verrugas do indonésio voltaram a aparecer

Após retornar para casa de tratamento médico em agosto, as verrugas do indonésio voltaram a aparecer (foto: Reuters)

 
     O "homem-árvore", como ficou conhecido, estava esperançoso de que poderia se recuperar e encontrar um emprego depois de retornar para casa de um tratamento em agosto. Na época, os médicos removeram 6 kg de verrugas do seu corpo e ele passou a ser atendido em sua residência como paciente ambulatorial.
     Desde então, parece que o tratamento não surtiu o efeito esperado. "As (verrugas) que foram removidas estão crescendo novamente e começaram a reaparecer depois que voltei pra casa", afirmou Dede. Por algum tempo, Dede lembrou que pôde ir pescar e até mesmo utilizar um telefone celular, mas novamente passou a necessitar de apoio para realizar atividades diárias.
     "Alertamos que a enfermidade poderia não ter 100% de cura. Na cirurgia inicial, tratamos somente de melhorar a sua qualidade de vida", destacou Rachmat Dinata, um dos médicos responsáveis pelo tratamento. Segundo ele, o paciente precisaria de pelo menos duas operações por ano.
 

Após retornar para casa de tratamento médico em agosto, as verrugas do indonésio voltaram a aparecer  (foto: Reuters)

 
     Doença
     O dermatologista americano Anthony Gaspari, que estuda o caso, informou há algum tempo que Dede aparentemente sofre com uma variação do vírus do HPV. O HPV, ou vírus do papiloma humano, infecta os queratinócitos da pele ou mucosas, e possui mais de 200 variações.
     Uma das formas mais conhecidas de propagação da doença é pela relação sexual. Mas no caso de Dede, a doença se agravou por um problema genético do ex-pescador: seus anticorpos são incapazes de combater ou simplesmente deter o crescimento das verrugas. Em depoimento ao canal Discovery - que exibiu recentemente um documentário sobre o problema - Gaspari diz acreditar que uma severo tratamento com vitamina A pode ajudar a determinar a origem do problema.
     O indonésio começou a desenvolver a doença ainda na adolescência, após sofrer um profundo corte no joelho. A doença limitou a vida de Dede, que perdeu a mulher e o emprego desde que as verrugas começaram a crescer sem parar. Ele também tem dois filhos. "Não estou desesperado, mas quero me recuperar", desabafou ele em sua casa, na localidade de Tanjung Jaya.
 

Ele passará por novas operações até o final de dezembro ou no início de 2009 (foto: Reuters)

 
Fonte: Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Cientistas estudam o medo da nanotecnologia

     Nanocientistas sempre sentiram certo nervosismo sobre como sua ciência é vista pela opinião publica. Esse desconforto se baseia em uma série de pressupostos acerca da reação das pessoas frente a novas tecnologias em geral. Algumas dessas suposições foram testadas por três estudos publicados na Nature Nanotechnology, que abordaram as atitudes do público em relação à ciência.
     Com bastante freqüência, os cientistas tratam o público como uma massa indiferenciada. De fato, Arie Rip, sociólogo da ciência da Universidade de Twente, Holanda, chega a detectar uma "nanofobia-fobia" disseminada entre pessoas envolvidas com nanotecnologia - uma convicção irracional e exagerada de que um público ignorante cientificamente, sem interesse em pesar riscos e benefícios, vai rejeitar uma tecnologia promissora em função de meios de comunicação irresponsáveis.
 

Mesmo entre nanocientistas pode haver diferenças sérias sobre o que constitui a nanotecnologia

Mesmo entre nanocientistas pode haver diferenças sérias sobre o que constitui a nanotecnologia (imagem: Nature)
 
     Uma análise mais sofisticada precisa reconhecer que o público é formado por diferentes pessoas com suas próprias ideologias, através das quais filtram as informações sobre tecnologias e seus riscos.
     Talvez a mais comum pressuposição entre cientistas é a idéia de que o temor à tecnologia surge da ignorância, e que a aceitação pública aumentará inevitavelmente à medida que as pessoas souberem mais a respeito da tecnologia. Dan Kahan, da Escola de Direito de Yale em New Haven, Connecticut, e seus colegas chamam isso de hipótese da familiaridade e demonstraram que ela é falsa.
     A opinião das pessoas pode se tornar mais ou menos favorável à medida que seu conhecimento sobre nanotecnologia aumenta, descobriram os autores, dependendo de seu ponto de partida ideológico. Os chamados individualistas hierárquicos, que apreciam o livre mercado e respeitam a autoridade de elites sociais, parecem aprovar mais a nanotecnologia à medida que se familiarizam com ela. Ao contrário, mais informação parece dar aos "comunitaristas igualitários" mais razões para se preocupar.
     Notícia completa AQUI.
 
Autor: Richard Jones (Amy Traduções) / Nature - Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Grandes criaturas do mar, como lulas, podem sentir efeitos do CO2

     O aumento das emissões de dióxido de carbono afeta mais que a atmosfera. Grande parte do CO2 é absorvida pelos oceanos, tornando-os mais ácidos.
     Pesquisas recentes examinaram o impacto da acidificação em corais e outros pequenos organismos calcificados. Mas o aumento de CO2, combinado ao gradual aquecimento dos oceanos, pode ter outros efeitos e afetar criaturas maiores – porque haverá menos oxigênio na superfície, e zonas profundas com pouco oxigênio se expandirão verticalmente.
 

Lula Humboldt

 
     Um estudo no The Proceedings of the National Academy of Sciences observa os efeitos potenciais em uma das maiores criaturas, a lula Humboldt, que pode ter quase dois metros de comprimento e pesar mais de 45 quilos. Rui Rosa e Brad A. Seibel, da Universidade de Rhode Island, colocaram lulas em um respirômetro que permitia medições de metabolismo à medida que as concentrações de gases na água eram alteradas.
     Próximo da superfície, essas criaturas precisam de muito oxigênio, em parte por estarem sempre caçando peixes e seus sistemas respiratório e propulsor serem de eficiência limitada. Durante a noite, elas migram para águas mais profundas e com menos oxigênio, onde seu metabolismo desacelera e elas podem se recuperar.
 

Pesca de lula Humboldt na Califórnia

 
     Os pesquisadores descobriram que sob condições de CO2 elevado, similares àquelas previstas para as águas da superfície no final do século, as taxas de atividade e metabólicas das lulas desaceleraram significativamente. Então, uma boa hipótese é que essas lulas ficarão mais letárgicas, menos adeptas a caçar e menos capazes de fugir de predadores como focas, tubarões, peixes-espada, merlins e baleais cachalotes.
     Os pesquisadores afirmam que o aquecimento das águas significa que as zonas com menos oxigênio, habitadas pelas lulas durante a noite, se tornarão mais rasas. O efeito final é um grande aperto no habitat das lulas, com potenciais efeitos para suas presas e predadores.
 
Autor: Henry Fountain / New York Times - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Metano sob o Ártico comecou a vazar. Isso é um perigo

     Existe um fenômeno pouco divulgado, que começou a ser identificado pelos pesquisadores. Os gigantescos depósitos de metano, localizandos embaixo da camada de solo congelado (permafrost) sob o oceano Ártico, começaram a vazar. E eles podem fazer o aquecimento global mergulhar em um processo de aceleração irreversível. É o que relatam pesquisadores da Universidade do Alasca.
     Um grupo coordenado pelo cientista Igor Semiletov descobriu que o metano está borbulhando no mar cada vez mais quente do Pólo Norte. O gás escapa em bolhas de buracos na camada de gelo no leito do oceano. Mais de mil medições feitas para avaliar o metano dissolvido na água na costa da Sibéria, feitas durante o verão, revelaram que os níveis do gás estão altos como nunca.
 

metaneship21.jpg

 
     "As concentrações de metano são as mais altas já medidas no verão no Oceano Ártico", diz Semiletov. Esse vazamento de metano é preocupante por vários motivos.
Primeiro, muitos pesquisadores temem que um grande vazamento de metano do Ártico esteve ligado às transformações climáticas que provocaram uma das maiores ondas de extinção da Terra, há 250 milhões de anos, entre os períodos Permiano e Triássico. Na ocasião, 96% das espécies marinhas desapareceram e 70% dos vertebrados terrestres também sumiram. Um vazamento como esse também é associado a um período extremamente quente há 55 milhões de anos, chamado Termal Máximo do Paleoceno-Eoceno. Foi uma onda de extinções também grande, que abriu caminho para o desenvolvimento dos mamíferos atuais.
     A segunda razão para preocupação é que os depósitos de metano sob o oceano são tão grandes e esse gás tem um poder tão alto para aquecer a atmosfera. Segundo alguns pesquisadores, basta soltar uma pequena fração desses depósitos para que qualquer esforço para estabilizar as emissões em níveis não catastróficos fique impossível.
     A terceira causa para preocupação é que a agência americana responsável por oceanos e atmosfera, a NOAA, revelou que os níveis de metano na atmosfera da Terra subiram acentuadamente pela primeira vez desde 1998, quando esse acompanhamento começou. Isso indicaria que o vazamento de metano provocado pelo derretimento do Ártico já estaria alterando a química da atmosfera rapidamente.
 

methane21.jpg

 
     Esse metano foi gerado pela decomposição de matéria orgânica – plantas e animais – há milhões de anos, em períodos em que a Terra esteve mais quente. E esteve aprisionado sob a camada de gelo embaixo do mar durante todo esse tempo.
     Semiletov mede os níveis de metano na costa da Sibéria desde 1994. Nunca havia detectado elevações nos níveis de metano na década de 90. Mas desde 2003 ele diz que vem observando pontos de concentração excessiva do gás no oceano. Segundo ele, o derretimento do permafrost submarine pode ser consequência do crescente volume de água mais quente que vem dos rios siberianos. O volume deles têm aumentado devido ao derretimento do permafrost em terra firme.
     A linha vermelha do gráfico abaixo mostra como a descarga de metano do Ártico pode estar provocando uma elevação dos níveis de metano na atmosfera da Terra. A linha vermelha mostra o nível de metano na atmosfera desde 2004. Além da oscilação sazonal de cada ano, há uma clara elevação no último ano medido.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

sábado, 20 de dezembro de 2008

Ártico sem gelo: novos dados mostram fenômeno irreversível

     Cientistas da União Geofísica dos EUA apresentam, hoje, um aprofundado estudo mostrando inequívocas evidências de as temperaturas no Ártico estão se elevando muito mais rapidamente do que se previa até agora. Antes, esperava-se que o primeiro verão totalmente sem gelo no Ártico ocorresse por volta de 2070. Agora, com base nas medições feitas ao longo dos últimos 5 anos, os modelos computacionais indicam que o verão sem gelo na região ocorrerá já nos próximos 20 anos.
 

Morsa em calota de gelo no ártico (foto: Greenpeace)

 
     O Centro de Dados Sobre a Neve e o Gelo dos EUA confirmou que as anomalias nas temperaturas da região são muito maiores do que as previstas. As medições mais recentes indicaram aumentos de temperatura de 3 a 5 graus em toda a região do Ártico, chegando a 7 graus acima da média no Mar de Beaufort, ao norte do Alasca.
     Os cientistas que conduziram os estudos afirmam que a única explicação é que aquilo que denominam "amplificação Ártica" – que, segundo previsões, começaria a ser notada "nas próximas décadas" já está ocorrendo. Ou seja, o calor acumulado pelos oceanos durante o verão está sendo liberado para a atmosfera antes que o gelo do inverno possa ser formar novamente.
 

Ursos polares já sofrem com o delego

 
     Embora uma perda de gelo no Ártico considerada "catastrófica" pelos cientistas já venha sendo detectada ao longo dos últimos 20 anos, ainda não havia indicadores de que essa perda pudesse estar ligada às emissões de gases causadores do efeito-estufa. Agora, com os novos dados, a União Geofísica dos EUA afirma que não há mais dúvidas de que o aquecimento do Ártico continuará a se acentuar no futuro previsível de maneira muito mais rápida do que no resto do mundo.
     Essas últimas medições de temperatura na região indicam que foi ultrapassado o ponto de não-retorno que fará com que em breve não haverá mais gelo no Ártico durante os verões. O Ártico é considerado uma das regiões mais sensíveis às mudanças climáticas e essa transição terá impactos diretos em outras partes do hemisfério norte e indiretos em outras regiões do mundo - afirmam os cientistas dessas duas instituições.
    
Autor: Luiz Prado - Portal do Meio Ambiente
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ministério Público pede afastamento do presidente do Ibama

MP Federal e MP Estadual consideram que licença de instalação da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, é um dos maiores crimes ambientais impostos à sociedade
 
     O Ministério Público Federal em Rondônia e o Ministério Público do estado ajuizaram pedido de afastamento do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, e do diretor de Licenciamento Ambiental do órgão, Sebastião Custódio Pires, por improbidade administrativa pela concessão da licença de instalação parcial da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira.
     Na avaliação dos ministérios públicos, a licença de instalação concedida pelo Ibama contraria a Constituição Federal e a Lei de Licitações "encerrando um dos maiores crimes ambientais impostos à sociedade".
 

Local da construção da hidrelétrica (fonte)

 
     Na ação, os MPs denunciam que Pires teria contrariado as recomendações de um parecer técnico ao apresentar a Messias relatório assegurando que a mudança no projeto da hidrelétrica não traria maiores danos ambientais.
     No entanto, o procurador da República Heitor Soares e a promotora de Justiça Aidee Torquato, que assinam a ação, argumentam que "o parecer técnico deixa claro que não foi possível estabelecer uma base comparativa em relação a alguns aspectos ambientais em virtude da ausência de dados".
     Além disso, o texto conclui que a mudança no projeto apresentado pelo Consórcio Enersus não atendeu a condicionante de "apresentar o melhor arranjo em termos do favorecimento dos fluxos físicos, químicos e biológicos".
     Para os autores da ação, a alteração do local de construção da Usina implica concessão de nova licença prévia – primeira etapa do licenciamento ambiental – "porque somente ela tem o condão de permitir a instalação do empreendimento de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados".
     A ação será analisada pela Justiça Federal em Rondônia. De acordo com o MPF, se condenados, Messias e Custódio podem perder a função pública e pagar multa civil fixada em cem vezes o valor da remuneração.
     Procurado pela reportagem, o Ibama informou por meio de sua assessoria que só irá se pronunciar sobre o pedido de afastamento quando o presidente e o diretor do órgão forem notificados oficialmente pela Justiça.
 
Autora: Luana Lourenço - Agência Brasil - EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Hackers a serviço de madeireiras promovem 'ciberdesmatamento', diz ONG

Segundo Greenpeace, eles invadiram sistema de controle de extração.
Com isso, fraudaram registros que autorizam transporte de madeiras.
 
     A organização não-governamental Greenpeace deu recentemente um alerta para o que classificou de "ciberdesmatamento". Trata-se da ação de hackers que, a serviço de 107 madeireiras e carvoarias, teriam invadido o sistema de controle da extração do Pará, conseguindo assim fraudar registros que autorizam o transporte das madeiras.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Pará, foram desviados 1,7 milhão de metros cúbicos de madeira -- quantidade equivalente a 71 mil caminhões do tipo mais utilizado no transporte ilegal de toras carregados. O MPF quer que os acusados paguem mais de R$ 2 bilhões para compensar os danos.
 

Montagem divulgada pela ONG ambientalista mostra
                ligação entre crimes virtuais e desmatamento ilegal.
                (Foto: Divulgação/Greenpeace)

Montagem divulgada pela ONG ambientalista mostra ligação entre crimes virtuais e desmatamento ilegal. (Foto: Divulgação/Greenpeace)

 
     O esquema, diz o Greenpeace, consistia na alteração de dados de sistemas on-line que monitoram a quantidade de madeira comercializada no Pará -- as madeireiras que usam as florestas para produção de madeira e de carvão só podem extrair uma certa quantidade por ano. Com as alterações feitas indevidamente nos sistemas, os hackers conseguiam falsificar os registros on-line que fazem o controle, aumentando assim a quantidade de madeira permitida para comercialização.
     Na Amazônia, esse controle é feito por dois sistemas eletrônicos: o Documento de Origem Florestal (DOF) do Governo Federal e o Sisflora, gerenciado pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará.
     As investigações sobre o caso tiveram início em abril de 2007 e resultaram na prisão de 30 chefes de quadrilha alguns meses depois. As escutas telefônicas registraram conversas entre madeireiras, os mentores do esquema e os hackers, que invadiram os sistemas para alterar informações. O homem que fez a conexão entre os piratas e os madeireiros está preso, enquanto as demais aguardam o processo em liberdade.
     "Isso é só a ponta do iceberg, pois os sistemas adotados pelos estados e pelo Governo Federal não são seguros. Além disso, a quantidade de auditores não é suficiente para monitorar e evitar fraudes ", disse André Muggiati, da campanha da Amazônia do Greenpeace. "Ao invadir o sistema, essas empresas transformam seus carregamentos ilegais em madeira legal, como se viesse de planos de manejo florestal. Na realidade, eles estão comercializando madeira de desmatamento ilegal."
 
Fonte: G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Regiões polares perdem 2 trilhões de toneladas de gelo em cinco anos

Geleiras terrestres estão sumindo do Alasca, da Groenlândia e da Antártida.
No Ártico, sumiço do gelo marinho acelera mais processo de aquecimento.
 
     Mais de 2 trilhões de toneladas de gelo terrestre na Groenlândia, na Antártida e no Alasca derreteram desde 2003, de acordo com novos dados de satélite da Nasa que mostram os mais recentes sinais do que os cientistas dizem ser a ação do aquecimento global. Mais da metade da perda ocorreu na Groenlândia, a julgar por dados obtidos pelo satélite Grace, afirma o geofísico Scott Luthcke, da Nasa.
     Os pesquisadores devem apresentar os dados nesta semana, durante o encontro da União Geofísica Americana em San Francisco. De acordo com Luthcke, os números do verão de 2008 na Groenlândia ainda não estão fechados, mas, embora significativos, não devem ser tão severos quanto os de 2007. No Alasca, a situação é melhor: após uma grande queda em 2005, o gelo terrestre aumentou um pouco neste ano, graças a grandes nevascas de inverno.
 

Foto: John McConnico/AP

Iceberg derretendo na ilha Ammassalik (leste da Groenlândia) (Foto: John McConnico/AP)

 
     O derretimento do gelo terrestre aumenta os níveis do mar mundo afora. Nos anos 1990, a Groenlândia não contribuiu para o aumento do nível dos oceanos; agora, contudo, a ilha está acrescentando cerca de meio milímetro ao nível dos mares por ano, afirmou Jay Swally, glaciologista da Nasa. No total, diz Luthcke, a contribuição do derretimento da Groenlândia, da Antártida e do Alasca nos últimos cinco anos aumentou em cerca de 1,5 cm o nível dos oceanos no mundo. A subida global dos oceanos, contudo, é maior, porque o aquecimento da água também a faz expandir.
     A tendência do derretimento continua forte. "A coisa não está melhorando; continuamos a ver sinais fortes de aquecimento e amplificação. Não há uma tendência reversiva", diz Zwally. No caso do gelo marinho, a situação parece se retroalimentar. Conforme esse gelo derrete, as águas do Ártico absorvem mais calor no verão, pois perdem a capacidade de refletir a luz do Sol trazida pelas grandes camadas de gelo. Passam, então, a absorver calor, que é liberado no ar durante o outono. Com isso, essa estação do ano está muito mais do quente do que era nos anos 1980, por exemplo.
 
Fonte: Associated Press  - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Lula cancela anistia a embargo de terras desmatadas

Cinco dias depois de assinar um decreto impedindo o Ibama de embargar áreas de desmatamento, o presidente volta atrás.
 
     Surtiu pequeno efeito as críticas dos ambientalistas ao decreto 6.686, que, entre outras medidas em favor do desmatamento, impedia, até o dia 11 de dezembro de 2009, os embargos de áreas de reservas legais desmatadas. O novo texto, número 6.694, assinado pelo presidente Lula na segunda-feira (15/12), exclui do beneficiamento os desmatamentos irregulares ocorridos no bioma Amazônia. A anistia às multas, no entanto, continuam suspensas até dezembro do próximo ano.
 

Queimada na Amazônia

 
     "Claro que a nova redação do decreto ficou melhor, mas ainda não é o ideal. Quem desmatou outros biomas não pode escapar da sanção do embargo, além disso a anistia às multas foi mantida", diz o diretor de campanhas do Greenpeace, Sérgio Leitão. "A alteração é bem vinda, mas mostra a esquisofrenia dessa gestão quando o assunto é meio ambiente. No dia 22 de julho, o presidente assinou o decreto 6.514 sobre as sanções para os crimes ambientais e quatro meses depois alterou seu conteúdo com decreto 6.686, que agora foi modificado novamente", afirma Leitão.
     A instabilidade da política ambiental coloca em risco a estratégia do governo de atrair investimento estrangeiro para mecanismos de proteção às florestas e redução de emissões dos gases do efeito estufa. "Como investidores estangeiros vão confiar em uma política ambiental tão instável?", questiona Leitão.
 
Fonte: Greenpeace Brasil - Portal do meio Ambiente
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Desordem Ambiental e Vingança da Natureza

     A recente tragédia, de proporções inimagináveis, que se abateu sobre o Estado de Santa Catarina, teve conseqüências que afetaram a vida da população, trazendo sofrimento, perdas materiais e de vidas, extremamente dolorosas. Suas repercussões se farão sentir na economia do estado e do país. Os prejuízos decorrentes da paralisação do Porto de Itajaí, o cancelamento de reservas de pacotes turísticos e a redução da atividade como um todo, as perdas na agricultura, pesca, comércio e demais setores econômicos nos ajudam a refletir e a extrair lições para o futuro, principalmente, no que diz respeito ao meio ambiente das áreas urbanizadas.
 

Bairro do Saco Grande, em Florianópolis: construções em encosta de alta declividade, ocasionando erosão e perdas de bens e imóveis. Crédito: Tereza Coni Aguiar

 
     Para colaborar na compreensão deste fenômeno, de grande complexidade, destaco que o IBGE, através da sua Diretoria de Geociências (DGC), elaborou o Diagnóstico Ambiental do Litoral de Santa Catarina, em Convênio com o Governo do Estado, no âmbito do Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro. O projeto, além de fazer uma caracterização detalhada dos sistemas naturais existentes, com levantamento de dados sobre a geologia, o relevo, solos, vegetação e usos da terra, indicou os problemas sócio-ambientais, segundo uma escala de gravidade, e elencou as pressões diretas exercidas sobre esses sistemas.
 

Bairro Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis: o uso inadequado do solo ocasiona gastos elevados para o poder público. Crédito: Tereza Coni Aguiar

 
     O conjunto de informações gerado foi disponibilizado à sociedade e aos órgãos competentes estaduais e federais, mostrando uma região que passou por um crescimento populacional rápido e expressivo, sustentando densidades demográficas elevadas e fluxos excepcionais de população nos períodos de verão. As atividades econômicas que dão vida à região geraram uma série de impactos negativos, alterando sobremaneira o meio ambiente do estado. As edificações construídas modificaram a paisagem e criaram problemas graves, como a ocupação em manguezais, praias, dunas, orlas, margens de rios e lagoas, e em encostas de alta declividade. Nestes últimos casos, verificaram-se desmatamentos e o conseqüente aumento dos riscos de erosão e de deslizamentos de terras nos morros. Este tipo de ocupação contribuiu para a ocorrência de enchentes, agravadas pelos freqüentes aterros em ecossistemas extremamente vulneráveis, tais como manguezais, restingas e dunas.
 

Barra Velha: a construção de estruturas sólidas, como prédios e vias de circulação, altera a dinâmica marinha, com a aceleração de processos erosivos e prejuízos para os cidadãos e o poder público.Crédito: IBGE, 1998

 
     O diagnóstico ressaltou ainda que o turismo foi a atividade que mais impacto provocou no litoral, embora seja uma atividade que somente atrai turistas no auge dos meses de verão, cria conflitos, e provoca danos ambientais com riscos de irreversibilidade. As administrações municipais, na tentativa de solucionar problemas de habitação, geram também fortes impactos ambientais, ao construir novas habitações populares em áreas que, por suas características naturais, deveriam permanecer sem esse tipo de ocupação.
 

Barra Velha: construção na retropraia, alterando a dinâmica do ecosistema. Crédito: IBGE, 1998

 
     Sem dúvida, o litoral de Santa Catarina, a exemplo de outras áreas litorâneas, abrange áreas com alta vulnerabilidade, devido às suas características físicas, topográficas e climáticas que, no entanto, o processo desordenado de ocupação humana – sem planejamento, e com baixo grau de fiscalização do poder público – tratou de acentuar. O diagnóstico elaborado registrou, com muita propriedade, verdadeiras aberrações na indistinta ocupação de espaços que, por suas características naturais, deveriam ter sido poupados da frenética especulação imobiliária que, naquela época, já assolava a extensa faixa costeira de Santa Catarina. Essas formas de ocupação sem a devida precaução foram registradas pelo referido diagnóstico em diversos pontos do litoral: Palhoça, Itapema, Itajaí e Barra Vela fornecem vários exemplos desta problemática.
 

Praia do Sonho, em Palhoça: ocupação irregular em ambiente frágil de dunas;
tentativas individuais de evitar o soterramento das construções, pelo deslocamento das dunas. Crédito: IBGE, 1998

 
     Acredita-se que, neste momento em que foi lançado um alerta quanto ao aumento da freqüência de eventos climáticos extremos, provocados pelo aquecimento global, abre-se uma oportunidade para que todos os segmentos sociais que atuam no país, interferindo diretamente no meio ambiente, repensem suas práticas sobre o uso do espaço e procurem compreender a legislação existente – mesmo com seu aparente exagero –, buscando compatibilizar as atividades implantadas e suas respectivas construções com os recursos naturais e os ecossistemas.
 

Itapema: a falta de fiscalização favorece o uso inadequado do solo urbano, com ocupações desrespeitando o recuo em relação à linha de praia, e a perda da beleza cênica. Crédito: IBGE, 1998

 
    Cabe citar Engels, no seu belíssimo texto escrito em 1875: "o animal apenas utiliza a Natureza, nela produzindo modificações somente por sua presença; o homem a submete, pondo-a a serviço de seus fins determinados, imprimindo-lhe as modificações que julga necessárias, isto é domina a Natureza". Mas não nos regozijemos demasiadamente em face dessas vitórias humanas sobre a Natureza. A cada uma dessas vitórias, ela exerce a sua vingança. Cada uma delas, na verdade, produz, em primeiro lugar, certas conseqüências com que podemos contar, mas, em segundo e terceiro lugares, produz outras, muito diferentes e não previstas, que quase sempre anulam essas primeiras conseqüências.
 

Praia do Meio, em Itapema: privatização da orla, com perda da beleza cênica e o comprometimento do acesso à praia. Crédito: IBGE, 1998

 
     Esperemos que a catástrofe que assombrou Santa Catarina, estado que se destaca pelo equilíbrio, harmonia e beleza, mobilize a todos no país, num grande ato de solidariedade humana e de compaixão, e renove o desejo de se encontrar uma nova ordem e consideração na construção de edificações, especialmente nos espaços urbanos, pautada pelas idéias de sustentabilidade, segurança para os cidadãos, e amor à Natureza.
 

Bairro Covanca, em Florianópolis: processo de favelização, edificações em encostas, aceleração de processos erosivos, formação de voçorocas e lixo espalhado. Crédito: IBGE, 1998

 
Autora: Tereza Coni Aguiar - Portal do Meio Ambiente
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Governo dos EUA faz lista de criminosos ambientais procurados

Como a lista dos inimigos públicos do FBI, a lista de criminosos ambientais procurados chega à internet
 
     O governo dos Estados Unidos está dando início a um novo tipo de lista de mais procurados: fugitivos ambientais, acusados de atacar a natureza.
     Esses fugitivos são acusados de contrabandear produtos químicos que corroem a camada de ozônio, jogar lixo tóxico nos rios e nos mares e andar em carros poluentes.
Em sua própria versão da lista de inimigos públicos do FBI, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) foca crimes ambientais e apresenta uma lista de 23 fugitivos, completa com fotos e uma descrição das acusações feitas.
 

John Karayannides, procurado por jogar trigo contaminado com óleo no oceano

 
     Um alto funcionário do setor de fiscalização da EPA disse que as pessoas listadas representam "o universo descarado das pessoas que estão fugindo da lei". Muitos estão sob risco de anos de prisão, e algumas das acusações podem resultar em centenas de milhares de dólares em multas.
     "Eles são acusados de crimes ambientais e deveriam ser trazidos à justiça criminal", disse Pete Rosenberg, diretor da divisão criminal da EPA.
     Na lista está John Karayannides, acusado de orquestrar o despejo de 487 toneladas de trigo contaminado com óleo diesel no mar do Sul da China, em 1998. Acredita-se que ele tenha fugido para a Grécia.
     Também em fuga está a dupla de pai e filho Carlos Giordano e Allesandro Giordano, presa em 2003 por dirigir uma importadora de veículos que trazia para os EUA carros fora do limite de poluição do país. Acredita-se que estejam na Itália.
 
Fonte: Estadao Online / Associated Press - Portal do Meio Ambiente
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Lançamento do Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente é segunda

Evento acontece dia 1'5, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, às 9 h, com programação que inclui homenagem a pioneiros do ambientalismo no RS.
 
     Nesta segunda-feira, 15 de dezembro, ocorre o lançamento do Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente. O evento será realizado no Plenarinho da Assembléia Legislativa, às 9 h. O Movimento é uma articulação que reune cidadãos, sindicatos, movimentos sociais da cidade e do campo, ONGs, religiosos e professores preocupados com o meio ambiente.
     O movimento vem se reunindo há alguns meses com atividades periódicas, reuniões semanais e eventos públicos, com destaque para a Audiência Pública sobre a Redução de Faixa de Fronteira e os Seminários de Descentralização, que ocorrem freqüentemente em municípios do interior do Estado.
     Seus idealizadores, lideranças de ONGs e entidades, dizem que o Movimento "visa ações conjuntas que fortaleçam as políticas públicas em defesa da natureza, promovendo o debate e a luta sócio-ambiental, propondo uma reflexão crítica ao modelo de desenvolvimento predatório hegemônico, construindo as bases sociais para um novo modelo com sustentabilidade ambiental, sendo um movimento social que tem como ferramenta principal a articulação política e a informação qualificada e descentralizada".
 

O Bioma Pampa será uma prioridade do novo movimento

 
     Programação
     Na programação estão previstas uma série de atividades. No inicio dos trabalhos será feita uma homenagem aos pioneiros na luta ambientalista aqui no RS, entre os convidados: Caio Lustosa, Augusto César Carneiro, Giselda Castro, Hilda Zimmermann, Irmão Cecchin, Flávio Lewgoy e Sebastião Pinheiro. Após este primeiro momento, inicia-se a leitura da Carta de Princípios e a abertura das inscrições para as falas institucionais, intervenção de cidadãos e autoridades presentes.. Está confirmada a presença do ex-senador pelo estado do Acre, Sibá Machado.
     No final da manhã, a partir das 11h  estão programadas duas palestras. O convidado Victor Bacchetta, jornalista e editor uruguaio, especialista em meio ambiente, ciência e desenvolvimento, que recentemente lançou o livro "La Fraude de La Celulosa" vai fazer uma abordagem crítica da conjuntura geopolítica do Cone Sul, referindo-se à cadeia produtiva da celulose.
 

Professor Doutor Antônio Libório Philomena fala sobre Contexto Ambiental no limite e o futuro da humanidade

 
     O Professor Antônio Libório Philomena, Doutor em Ecologia pela University of Geórgia e professor titular do Departamento de Ciências Morfo-biológicas da FURG na área de Ecologia, vai trazer uma abordagem do contexto ambiental mundial e brasileiro, com a palestra Contexto Ambiental no limite e o futuro da humanidade.
     Ao final do dia, às 18h30min, aproveitando a estada do uruguaio Victor Bacchetta, a coordenação do MoGDeMA estará promovendo  sua  palestra O Modelo Florestal da Celulose e seus Impactos sobre o Bioma Pampa  no Auditório do Semapi, situado na rua  Lima e Silva, 280.
     Todas as atividades do Movimento são gratuitas.
 
Fonte: Redação da EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Buscando tesouros numa montanha de lixo

     Kong Siehar, é uma menina de 11 anos de impressionantes olhos verdes que trabalha catando pilhas usadas e outros tesouros metálicos na tremenda montanha de lixo fumarenta em Phnom Penh, Camboja. Uma colina de 40 hectares salpicada por infinitos fogos que estrangulam o ar com gases tóxicos. Os olhos de Kong lacrimejam constantemente como defesa e proteção à fumaça.
     A maioria dos catadores são crianças entre 7 e 11 anos que passeiam descalços durante 12 horas por montanhas de lixo buscando qualquer coisa susceptível de ser vendido. O fogo contamina seus pulmões mas ajuda a localizar mais rapidamente os metais. O salário médio não chega a um real por diário quando encontram metal e conseguem atrair compradores. Um estudo japonês recente detectou que o nível de dioxinas procedentes da combustão química do lixo e dos metais pesados achados no metabolismo destes garotos são suficientes para explicar o crescente número de cânceres detectados.
     Veja algumas fotos:
 

 

 

 

 

 


Fonte: MDig
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Antártida: colônias de pingüins podem desaparecer

 

A Antártida no momento abriga cerca de 40 colônias de pingüins-imperador e 160 de pingüins Adelie (fonte: National Geographic)

 

Caso o gelo do mar desapareça, as duas espécies terão mais dificuldade para fazer ninhos e podem enfrentar competição vinda dos demais pingüins, que vivem permanentemente em mar aberto (fonte: Getty Images)

 

Até 75% das grandes colônias de pingüins da Antártida podem desaparecer se continuar a elevação na temperatura do continente (fonte: National Geographic)

 
Fonte: Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Diesel sujo pode matar 25 mil até 2040, diz pesquisador

Enxofre no combustível causa problemas cardíacos, respiratórios e câncer.
Até 14 mortes por dia na Grande São Paulo estariam ligadas à queima.
 
     O adiamento por três anos do cumprimento da resolução que reduziria o teor de enxofre no diesel a partir de 2009 pode ser responsável pela morte de pelo menos 25 mil pessoas a mais na região metropolitana de São Paulo até 2040. Os cálculos são do médico e pesquisador Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
 

 
     O número leva em conta que caminhões fabricados nos próximos anos com motores ainda fora das especificações para receber um diesel mais limpo continuarão em circulação por uns 30 anos, emitindo em altas concentrações os poluentes que provocam doenças cardiovasculares, respiratórias e até mesmo câncer, do mesmo modo que o cigarro. "Se dividíssemos a compensação econômica (do atraso da oferta do diesel limpo) pelo número de mortes a mais não dava nem para pagar o enterro", disse Saldiva.
     O pesquisador apresentou o cálculo durante evento ontem na Faculdade de Economia e Administração da USP. A reunião buscou avaliar os impactos futuros do acordo feito entre Petrobrás, montadoras e Ministério Público Federal que prorrogou os prazos para a oferta de um diesel mais limpo ao País. Segundo Saldiva, das 110 mortes por causas naturais registradas por dia na região metropolitana, de 12 a 14 são conseqüência do diesel. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
 
Fonte: Agência Estado - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vira-lata tenta salvar cão atropelado e vira herói anônimo no Chile

Uma cena em Santiago, no Chile, comoveu milhares de pessoas nos últimos dias.
 
     Um cachorro, aparentemente morador de rua, tentou salvar outro cão que havia sido atropelado em uma movimentada rodovia da capital do país.
     As imagens da ação, ocorrida na última quinta-feira (4), foram captadas por câmeras de vigilância da estrada. A televisão chilena exibiu as cenas, que foram reproduzidas na internet.
     Assista ao resgate do cão ferido:
 
 
     Em meio a caminhões e outros veículos de grande porte, o cachorro se aproximou do animal atropelado e, com dificuldade, o arrastou para a margem da rodovia Vespucio Norte.
     Rapidamente, funcionários chegaram e retiraram os dois animais. O cão vítima do atropelamento não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. O "salvador", como um bom cão de rua, fugiu logo em seguida.
 
Fonte: Bol Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Nanomateriais podem causar danos à saúde e ao meio ambiente

     Com os pesados investimentos sendo feitos no Primeiro Mundo em pesquisa em nanotecnologia, cientistas andam meio receosos de que as novidades nessa área estejam ocorrendo rápido demais.
     Nanotecnologia tem a ver com o controle da matéria na escala atômica ou molecular, lidando com minúsculas estruturas com tamanhos na ordem de um nanômetro, que equivale à milionésima parte do milímetro. Para ficar mais fácil visualizar a pequeninez dessa medida, se o globo terrestre tivesse um metro de diâmetro, uma bolinha de gude teria um nanômetro de diâmetro. Agora, imagine a complexidade tecnológica de desenvolver materiais e dispositivos em escala tão diminuta.
 

 
     As aplicações da nanotecnologia incluem mecânica, eletrônica, cosméticos, medicamentos, alimentação, biologia, química, engenharia, robótica, física e por aí vai.
     Uma nanoestrutura bem famosa são os nanotubos de carbono, que em alguns casos são associados ao risco de câncer no pulmão e de mesotelioma, um tipo de câncer usualmente causado por inalação de amianto.
     Descobriu-se também que nanopartículas de prata usadas no tecido de meias para reduzir odores desagradávels (leia-se chulé) são eliminadas na lavagem. Como são bacteriostáticas, essas nanopartículas podem destruir bactérias benignas importantes que têm a função de degradar matéria orgânica em usinas de processamento de lixo.
     Além disso, um estudo da Universidade de Rochester, nos EUA, descobriu que nanopartículas inaladas por ratos ficaram alojadas no cérebro e no pulmão, elevando os biomarcadores indicativos de inflamação e estresse.
     Há também incertezas quanto ao impacto ambiental causado por essas nanoestruturas, o que vem motivando a realização de análises que infelizmente são muito mais lentas do que a velocidade com que surgem as inovações nesse ramo de pesquisa.
 

 
     De acordo com um relatório da empresa Lux Research (tinyurl.com/lux-research), as grandes corporações têm sido os maiores propulsores da comercialização de produtos nanotech, já tendo despendido mundialmente entre US$ 6,6 bilhões e US$ 13,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento. Só este ano a média de gastos das empresas americanas deve chegar a US$ 33 milhões em pesquisa e desenvolvimento em nanotecnologia. A expectativa é que esse total aumente para US$ 39 milhões em 2010.
     Na maioria dos países, a regulamentação ainda é vaga com relação ao uso de nanomateriais e procedimentos envolvendo nanotecnologia em laboratórios e locais de trabalho, e a questões de comercialização e uso de produtos químicos, produtos de consumo incorporando nanopartículas livres, produtos para uso na pele e nos cabelos, além de medicamentos e dispositivos médicos, entre outros materiais.
 
Fonte: O Globo, 01/12/2008 - Portal do Meio Ambiente
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Poluição ameaça machos de várias espécies, diz estudo

Segundo relatório, agentes químicos podem alterar características masculinas.
 
     Um estudo realizado na Grã-Bretanha indica que machos de várias classes de animais estão sendo prejudicados por substâncias químicas presentes no meio ambiente.
     Entre os animais afetados pelas mudanças estão peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
     Nos mamíferos, entre as mudanças notadas estão: pênis menor, testículos menores ou anormais, genitais ambíguos e catacterísticas intersexuais.
     Segundo o relatório da Chemichals, Health and Environment Trust (CHEM Trust), divulgado nesta segunda-feira, a descoberta reforça as preocupações sobre o papel de agentes químicos presentes no meio ambiente que perturbam as funções hormonais e as suas possíveis implicações para a saúde humana.
 

Além de sofrer com a caça, as focas agora sofrem com a poluição

 
     Feminilizado
     Na Grã-Bretanha, a entidade se diz especialmente preocupada com os efeitos em focas e lontras. Um estudo publicado no ano passado mostrou que as lontras machos mais contaminadas apresentavam o pênis mais curto.
     Além disso, cientistas estão intrigados com o fato de as populações de focas no Mar do Norte não estarem aumentando, o que deve levá-los a conduzir uma pesquisa sobre a sua saúde reprodutiva.
     Segundo a CHEM Trust, outras espécies em todo o planeta estão sendo prejudicadas, inclusive ursos polares do Ártico e antílopes na África.
     O relatório também afirma que, em espécies que põem ovos, como peixes, anfíbios, répteis e aves, alguns machos foram "feminilizados" por causa da exposição a químicos que alteram os hormônios sexuais.
 

Foto

Problema de tamanho pode afetar fertilidade dos ursos polares (Foto: Reuters) (Fonte)

 
     "É necessário tomar uma atitute urgente para controlar a presença desse tipo de produto químico no meio ambiente, além de mais recursos para monitorar os animais selvagens", disse Gwynne Lyons, autora do relatório e diretora da CHEM Trust.
     "Os produtos químicos criados pelo homem estão claramente danificando a caixa de ferramentas básica do macho", acrescentou. "A menos que os machos sejam capazes de contribuir para as próximas gerações, existe uma ameaça real para as populações de animais a longo prazo."
     Segundo os cientistas, os agentes quimicos podem prejudicar a saúde sexual dos animais machos, por exemplo, bloqueando o hormônio masculino androgênio ou imitando a ação do hormônio feminino estrogênio. Isso pode provocar a feminilização desses animais.
 

Até os antílopes na África estão sofrendo com a poluição

 
Fonte: BBC - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Vem aí uma lei contra as florestas?

     Um grupo composto pelas principais organizações ambientalistas e centros de pesquisa ambiental do país está denunciando uma operação do governo para aprovar ainda este ano alterações no Código Florestal nacional. Segundo essas entidades, as mudanças põe em risco a sobrevivência da floresta Amazônica, a manutenção do que restou da Mata Atlântica e ainda permitiriam ocupações irregulares em áreas de risco, como as que provocaram mortes em desabamentos e enchentes em Santa Catarina.
     As entidades estão divulgando um documento, assinado conjuntamente por Amigos da Terra, Conservação Internacional, Greenpeace, Imazon, Instituto Centro de Vida, Instituto Socioambiental, IPAM, The Nature Conservancy e WWF-Brasil. Segundo a nota, o ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura, em proposta já acordada com parte da bancada parlamentar ruralista no Congresso Nacional, se empenha em aprovar, ainda em dezembro, o pacote de mudanças na lei.
 

araucaria_desmatamento_queimada.jpg

 
     Entre as mudanças nocivas ao ambiente e às populações em áreas de risco de enchentes e alagamentos, as entidades listam as seguintes:
     1) Anistia geral e irrestrita para as ocupações irregulares em Área de Preservação Permanente (APP) existentes até 31 de julho de 2007 - incluindo topos de morros, margens de rios, restingas, manguezais, nascentes, montanhas e terrenos com declividade superior a 45º. Isso comprometeria não apenas os recursos hídricos, mas até mesmo os próprios ocupantes de áreas de risco, em função de enchentes e desmoronamentos como aqueles vistos em Santa Catarina.
     2) Redução dos percentuais de reserva legal na Amazônia sem a realização do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), instrumento previsto por lei para garantir a adequação das ocupações do solo rural, um dos poucos elementos de consenso entre ruralistas e ambientalistas até o momento. Enquanto o Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas propõe a necessidade de recuperação de mais de 100 milhões de hectares de pastos abandonados ou degradados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) cogita a consolidação de ocupações, independentemente da confirmação da aptidão do solo.
     3) Troca de áreas desmatadas na Mata Atlântica ou no Cerrado por floresta na Amazônia, quebrando por completo a lógica prevista na lei da equivalência ecológica na compensação de áreas e permitindo a consolidação de grandes extensões de terra sem vegetação nativa, o que se agrava com a consolidação de todas as ocupações ilegais em Área de Preservação Permanente até 2007 e citada acima.
     4) Possibilidade, para os estados, de reduzir todos os parâmetros referentes às áreas de preservação permanente, acabando com o piso mínimo de proteção estabelecido pelo código florestal, o que pode ensejar mais desmatamento em todos os biomas no Brasil e a competição pela máxima ocupação possível.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Greenpeace escala chaminé de 150m para pedir redução no uso de carvão

     Ativistas lembram que o carvão é o combustível fóssil mais poluente do planeta
Onze ativistas do Greenpeace escalaram nesta terça a chaminé de 150m de altura da central elétrica de Patnów, na região central da Polônia. Eles fixaram um cartaz que pedia aos governos reunidos na conferência da ONU em Poznan que reduzam o uso do carvão para "salvar o planeta".
     Os ecologistas denunciaram que o carvão é o combustível fóssil mais poluente e responsável de uma grande parte das emissões de dióxido de carbono (CO2), o que, segundo eles, faz necessário um plano concreto para limitar o mais rápido possível o emprego desse mineral. De acordo com a encarregada sobre Energia do Greenpeace na Polônia, Magdalena Zowsik, 93% da eletricidade produzida nas plantas polonesas, como a de Patnów, vêm do carvão. Assim, a Polônia fica entre os 20 países que produzem mais dióxido de carbono, apesar de sua população não chegar aos 40 milhões de habitantes.
 

Ativistas fixaram faixa pela redução no uso do carvão - Tomasz Wojtasik, Efe

Ativistas fixaram faixa pela redução no uso do carvão

 
     – Queremos um plano de ação concreto que explique como nosso país reduzirá o uso do carvão e aumentará as energias renováveis – afirmou Zowsik, lembrando que o Executivo polonês estuda iniciar novas centrais elétricas a base desse combustível e novas minas para sua extração.
     O Greenpeace ainda reivindicou à Polônia que não faça obstáculos ao pacote europeu de medidas ambientais, ambicioso plano que pretende conseguir que até 2020 se reduzam em um 20% as emissões de CO2 em relação aos níveis de 1990. A Polônia se encontra entre o grupo de membros da União Européia que pretende que Bruxelas reduza esses objetivos dando a crise financeira internacional como justificativa.
     Segundo a Greenpeace, as emissões globais de gases que provocam efeito estufa devem se reduzir entre 80% e 95% de 2015 a 2050. Do contrário, se generalizariam fenômenos meteorológicos como secas e se acentuaria uma suposta escassez de alimentos.
     A 14ª Conferência sobre Mudança Climática começou na segunda com a participação de mais de 190 países que debaterão durante cerca de duas semanas.
 
Fonte: EFE - Click RBS
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

A devastação sob a superfície do mar

     A imagem dramática do leão marinho (abaixo) preso em uma rede de pesca na Califórnia ganhou o maior prêmio do concurso promovido pela fundação conservacionista AWARE e o banco de imagens de natureza SeaWeb's. O concurso atraiu centenas de fotógrafos do mundo todo. As imagens mostram o impacto da exploração descontrolada dos recusos marinhos.
 

seelion0.jpg

 
     A foto vencedora é de Tom Campbell. "Quando um fotógrafo se depara com uma cena tão triste, tem a oportunidade de dividir uma imagem perturbadora e ajudar a mostrar o que está acontecendo sob a superfície do mar", disse Campbell.
     Segundo um dos jurados, Sylvia Earle, da National Geographic, os impactos em nossos oceanos seguem longe dos olhos da maior parte da sociedade. "Esse concurso de fotos ilumina esses perigos através das imagens e consegue engajar centenas de fotógrafos no mundo para apontar suas câmeras para as ameaças aos mares", disse.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Prostituição desafia esforços de combate à Aids no Camboja

Lá, profissionais do sexo ganham mais na semana que médicos no mês.
Fechamento de prostíbulos tornou problema ainda mais complexo.
 
     Em um país bastante conhecido por problemas com o tráfico de seres humanos e a exploração sexual como o Camboja, nao é de se estranhar que uma das populações mais afetadas pelo HIV/Aids (que tem seu Dia Mundial de Combate celebrado nesta segunda-feira) seja a dos profissionais do sexo. Segundo a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), 2,7% deles são soropositivos. Em Siem Riep, cidade onde está o famoso templo Angkor Wat, principal ponto turistico do país, dados colhidos pela ONG apontam que 30 mil mulheres, dos 300 mil habitantes da cidade, trabalham com prostituicão -- ou seja, 10% da população.
     Em geral, a maioria dos indivíduos que entram para a prostituição são mulheres com idades entre 20 e 27 anos, vindas do interior do país e que vêem na profissão uma chance de ganhar um bom dinheiro. Mas há rapazes também.
     "No Camboja, um médico do Ministério da Saúde ganha US$ 100 por mês e um enfermeiro, US$ 50. O valor mínimo cobrado por um profissional do sexo é US$ 10, o que não é nada para um turista que paga uma viagem cara até a Ásia, e eles costumam atender até cinco clientes por noite. Ou seja, facilmente ganham mais do que profissionais que estudaram", explica a enfermeira gaúcha Ana Lucia Bueno, que desde abril trabalha no país e é responsavel pelas atividades de prevenção desenvolvidas pela Médicos Sem Fronteiras para profissionais do sexo.
 

Enfermeira Ana Lucia Bueno realiza atividade de
                informação sobre HIV/Aids para profissionais de bordel
                ilegal (Foto: Andre François/Imagem Mágica)

Enfermeira Ana Lucia Bueno realiza atividade de informação sobre HIV/Aids para profissionais de bordel ilegal (Foto: Andre François/Imagem Mágica)

 
     O trabalho na prostituição, no entanto, tem prazo de validade curto. "Como os homens geralmente gostam de meninas jovens, com olhar baixo e submissas, dificilmente você encontra profissionais com mais de 30 anos. Enquanto trabalham, elas economizam para montar lojinhas ou negócios próprios quando tiverem que parar de trabalhar", conta a brasileira.
     Em uma tentativa de coibir a exploração sexual, o governo do Camboja decretou em janeiro deste ano uma nova lei que tornou a prostituição um crime. No entanto, a medida não teve o efeito desejado. Com o fechamento dos bordéis, as prostitutas passaram a trabalhar nas ruas, karaokês, casas de massagem e até mesmo em restaurantes. "São locais de prostituição indireta, onde as meninas trabalham e, se algum cliente fizer alguma proposta, elas podem aceitar."
     A máquina da prostituição é grande e não pára. "A maioria dos karaokês funciona 24 horas por dia, de domingo a domingo. As meninas se apresentam no palco e cada uma atende por um número, facilitando a escolha do cliente. Já nos restaurantes, os donos fazem um acordo com as meninas. Eles precisam de pessoas para servir as mesas, mas não querem pagar salário. Então elas trabalham de graça, mas se tiverem clientes, ficam com o todo dinheiro do programa para elas", explica a brasileira.
     A nova lei teve também um efeito colateral para o controle do HIV/Aids. Como a prostituição agora é crime, tornou-se mais difícil identificar e localizar os profissionais. "É aquela velha história, ninguém diz que vai ao karaokê, mas todo mundo freqüenta", afirma Ana Lucia.
     Em colaboração com as ONGs locais, a MSF desenvolveu um programa de tratamento e prevenção de HIV/Aids para essa população, que inclui desde de atividades informativas até distribuição gratuita de preservativos, algo que não é feito pelo governo. "Nós vamos aos karokês para falar com as meninas sobre doenças sexualmente transmissíveis e a desinformação é enorme. O nível de educação é muito baixo e muitas delas não sabem nem sequer ler", ressalta a brasileira.
     A situação não é muito diferente entre os donos dos chamados "estabelecimentos de entretenimento adulto". "Lembro que uma vez fui fazer uma apresentação e o dono do karaokê, um homem muito bem vestido e aparentemente abastado, não sabia nem o que era sífilis", lembra Ana Lucia.
 

Foto: Andre François/Imagem Magica

Profissionais do sexo em bordel ilegal de Siem Riep, no Camboja (Foto: Andre François/Imagem Magica)

 
     Apesar das ONGs facilitarem o acesso ao tratamento, muitas das profissionais não procuram ajuda e, quando o fazem, não conseguem seguir o tratamento de maneira regular. "As profissionais do sexo são pacientes mais difíceis de se trabalhar. Como têm um salário irregular, freqüentemente falta dinheiro para vir à clínica. Elas também costumam se mudar muito. A grande maioria quer esconder sua soropositividade e procura tratamento em outras cidades, para não ficarem estigmatizadas", conta a cambojana Heang Chungleng, que há quatro anos trabalha como conselheira no programa da MSF em Siem Riep.
     Um novo fenômeno também tem tornado o controle da Aids mais difícil: os sweethearts (ou namorados, em português). "Muitas meninas usam preservativo com os clientes, mas não fazem isso com seus namorados e acabam contaminadas, porque eles não são totalmente fiéis", diz Heang.
     Se os desafios são grandes, ao menos o governo tem dados sinais, ainda que tímidos, de que está mais aberto a discutir a questão. "Ainda não há uma política específica para as profissionais do sexo, nem para a prevenção de HIV/Aids no Camboja. Mas muitas ONGs locais têm feito pressão porque o problema tomou proporções difíceis de serem ignoradas. A gente espera que, em breve, seja desenvolvida uma diretriz mais clara para abordar a situação", afirma Ana Lucia.
 
Autora: Juliana Braga - Especial para o G1, de Siem Riep (Camboja)
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

sábado, 29 de novembro de 2008

Águia símbolo dos EUA sofre contaminação por mercúrio

Menos de dois anos após a águia-careca ter sido removida da lista do governo federal de espécies em risco, uma organização ambiental em Maine encontrou um acúmulo de mercúrio alarmante no sangue e penas de filhotes de águia-careca na região do parque Catskill de Nova York.
 
     Os níveis se aproximam dos associados a problemas reprodutivos em mobelhas comuns e águias-carecas em outras partes do nordeste americano, embora as populações de águias-carecas de Nova York e do país tenham crescido fortemente nos anos recentes.
     O estudo foi divulgado na terça-feira pelo Instituto de Pesquisa BioDiversity, uma organização ecológica sem fins lucrativos de Gorham, Maine. O nível médio de mercúrio nos filhotes que residem dentro dos limites do parque era de 0,64 partes para um milhão.
     O mesmo estudo mostrou que cerca de um quarto das penas das aves adultas também tinha níveis elevados de mercúrio, sugerindo que as toxinas se acumulam em aves de rapina com maior rapidez do que sua capacidade de eliminação.
 

A águia-careca é um dos o símbolos dos Estados Unidos (foto: Getty Images)

 
     David C. Evers, diretor do instituto e co-autor do estudo com Chris DeSorbo, disse que não haviam sido conduzidas pesquisas suficientes para dizer com certeza qual efeito os níveis elevados de mercúrio poderiam ter em águias.
     Ele reconheceu que o enorme crescimento no número de águias-carecas desde a proibição do DDT em 1972 sugeria que o mercúrio não estava prejudicando as taxas de reprodução. Mas ele disse que os números populacionais gerais poderiam estar mascarando um crescimento mais lento em regiões onde a contaminação de mercúrio é mais alta.
     Peter E. Nye, que há três décadas administra o programa de restauração da águia-careca do departamento de conservação ambiental do Estado de Nova York, trabalhou com Evers no estudo de mercúrio.
     Ele disse que a contaminação de mercúrio era uma preocupação, mas que ele "não estava pronto para ligar a sirene e uivar."
     Na verdade, ele disse, os 145 casais de águias residentes no Estado produziram 188 filhotes no ano passado, um aumento de 23% em relação ao ano anterior.
 

Menos de dois anos após a águia-careca ter sido removida da lista de espécies em risco, uma organização ambiental encontrou um acúmulo de mercúrio alarmante no sangue e penas de filhotes (foto: The New York Times)

 
     Nova York testemunhou o crescimento da população de águias, que subiu de um casal nos anos 1970 para 145 casais neste ano. Mas a ave ainda está na lista de risco do Estado.
     Evers disse que embora a ameaça de mercúrio certamente não fosse nenhum desastre, havia motivo para preocupação. "Se o mercúrio reduzir mesmo as habilidades reprodutivas das águias-carecas," ele disse, "isso provavelmente reduzirá sua sobrevivência com o passar do tempo."
     Ainda pode haver outra razão para preocupação. Lynda White, coordenadora da observação de águias do Centro Audubon para Aves de Rapina de Mailand, Flórida, que monitora ninhos ativos de águias, disse que devido à grande sensibilidade das águias à contaminação - que se evidencia pela sua ligação trágica ao DDT - elas são bons indicadores da saúde ambiental.
     "Se o mercúrio as afeta, ele poderá no futuro nos afetar também," White disse.
Filhotes de águia em outros locais de Nova York também tiveram seus níveis de mercúrio testados. Mas eles não estavam tão altos quanto os das aves nas montanhas Catskill, que abriga diversos reservatórios imensos de água potável da cidade de Nova York - a 77 km de distância.
 

O nível médio de mercúrio nos filhotes que residem dentro dos limites do parque era de 0,64 partes para um milhão (foto: The New York Times)
 
     A água da cidade é testada regularmente e até agora o mercúrio não apresenta nenhuma ameaça conhecida às pessoas que consomem a água, segundo oficiais da cidade.
     No entanto, o mercúrio penetra em minhocas e organismos comidos por peixes que vivem nos riachos, lagos e reservatórios, e estes são consumidos pelas águias (e às vezes por pessoas, embora Nova York tenha lançado alertas limitando a quantidade de peixe dos lagos e rios estaduais que podem ser consumidos com segurança).
     A região de Catskill recebe uma das mais severas contaminações de mercúrio dos EUA, em grande parte por causa dos padrões de ventos permanentes que regularmente carregam emissões de chaminés do Meio-Oeste.
     O Nature Conservancy, que já atuou nas montanhas Catskill, financiou esse estudo bem como trabalhos anteriores sobre contaminação de mercúrio na região.
     O mercúrio vem de diversas fontes, mas primariamente da queima de carvão em usinas. O mercúrio ocorre naturalmente em carvão e sobe pelas chaminés no momento da queima.
 

Segundo pesquisadores, por terem grande sensibilidade à contaminação, às águias são bons indicadores da saúde ambiental  (foto: The New York Times)

 
     Correntes de vento sopram o mercúrio em direção ao leste, onde ele acaba caindo em lagos, rios e riachos, formando o metil-mercúrio, que pode causar distúrbios neurológicos em animais e humanos.
     Na maior parte do ano, as águias-carecas se alimentam de trutas e outros peixes locais de água doce, que podem ser contaminados com o metil-mercúrio. Águias adultas alimentam suas crias com peixe.
     Estudos de mobelhas normais mostraram como o mercúrio afeta seu comportamento. As mobelhas se tornam letárgicas, o que pode afetar sua habilidade de reunir alimento ou permanecer no ninho tempo suficiente para chocar os ovos. As taxas de reprodução nas mobelhas contaminadas com mercúrio podem cair até 40%, segundo Evers.
     Um estudo de 2007 do Instituto de Pesquisa BioDiversity sobre níveis de mercúrio nas águias-carecas de Maine mostrou que havia uma correlação "significativamente negativa" entre as taxas de reprodução e os níveis de mercúrio no sangue, embora a porcentagem exata da diminuição ainda não tenha sido determinada.
     Outros cientistas encontraram mercúrio em populações de águias-carecas da Carolina do Sul, Flórida e Michigan, embora nem todos os níveis tenham sido considerados de risco. Esforços federais para controlar as emissões de mercúrio foram criticados por não serem rigorosos o suficiente para remediar o problema de contaminação local.
     Nye, do departamento de conservação de Nova York, disse que o estudo poderia se mostrar útil no futuro. "Embora o estudo atual não aponte qualquer preocupação imediata ou crítica, ele fornece informações de partida excelentes sobre a contaminação de mercúrio para referência futura, caso constatemos o aparecimento de problemas reprodutivos em qualquer uma de nossas águias."
 

Cerca de um quarto das penas das aves adultas tem níveis elevados de mercúrio (foto: The New York Times)

 
Autor: Anthony DePalma (tradução: Amy Traduções) The New York Times - Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes