sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Groenlândia derrete ao vivo

     Graças ao aquecimento global, a Groenlândia está perdendo todo ano gelo suficiente para cobrir a Alemanha inteira com uma camada de um metro de água.

     As imensas geleiras derretem de forma dramática. Primeiro, a água forma grandes rachaduras e lagos na superfície da plataforma de gelo, que muitas vezes tem quilômetros de altura.

 

 

     A água desses lagos, então, escorre por fendas profundas até a base rochosa da Groenlândia. Ou fogem para outro lago, mais abaixo. O líquido acaba sendo despejado no mar. O processo todo envolve grandes volumes de água. E é assustadoramente rápido.
     Um grupo liderado pelo glaciologista Jason Box filmou um lago esvaziando em questão de horas. Em apenas um dia, ele perdeu 42 milhões de litros de água. Box acredita que existem centenas ou milhares de lagos como esses, despejando água do gelo fundido para o mar.
     A taxa deste derretimento de gelo da Groenlândia está diretamente ligada à elevação do nível dos mares.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Estudo: gelo derrete cada vez mais rápido na Groelândia

     O aquecimento na Antártida está muito maior do que se pensava e o gelo da Groenlândia derrete cada vez mais rápido, diz o maior estudo internacional dos últimos 50 anos nas regiões polares, autênticos barômetros da mudança climática. Durante dois anos cerca de 10 mil cientistas de mais de 60 países realizaram um programa de pesquisas intensivas no Ártico e na Antártida denominado Ano Polar Internacional (API).
 

Derretimento acelerado na Groelândia.

 
     Patrocinada pelo Conselho Internacional para a Ciência (CIUC) e a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), a campanha conseguiu novos conhecimentos sobre a função que desempenham as regiões polares no funcionamento do sistema terrestre. O relatório afirma que "durante o API 2007-08 nosso planeta estava mudando com uma rapidez sem precedentes na história da humanidade, especialmente nas regiões polares".
     Neste período voltaram a acontecer avaliações do estado da camada de gelo da Groenlândia e da Antártida, usando novas técnicas como as medições de satélites das mudanças de altitude e os campos gravitacionais das camadas de gelo. "Parece certo que tanto o manto de gelo da Groenlândia como o da Antártida estão perdendo massa e, em consequência, aumentando o nível do mar, e que o gelo da Groenlândia está se perdendo cada vez mais rápido", disse o relatório.
     E "as novas informações confirmam que o aquecimento da Antártida está muito mais ampliado do que se pensava antes do Ano Polar", declarou. Durante as travessias internacionais da Antártida, os cientistas realizaram estudos em regiões onde nenhum homem tinha colocado o pé há 50 anos.
 

Groenlândia: em 2006 descobertas preliminares indicam que a geleira Kangerdlugssuaq na costa leste está se movendo a uma velocidade de quase 14 km por ano (Foto: Divulgação/Tara Expeditions)

 
     No período das investigações "a extensão do gelo marinho perene no Ártico no verão diminuiu em aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, até alcançar sua dimensão mais reduzida desde que começaram os registros de satélite". Além disso, pela primeira vez desde o início das observações se constatou que na região do Pólo Norte o manto de gelo de um ano de antiguidade era relativamente fino em meados de inverno.
     Foram obtidas provas conclusivas de que "estão acontecendo mudanças no sistema gelo-oceano-atmosfera do Ártico". Vários projetos do API apresentaram novas informações sobre a velocidade com o que está acontecendo o aquecimento terrestre.
     Desta forma, se constatou que o oceano Austral aqueceu mais rápido que o oceano mundial, e que as águas densas profundas que se formaram perto da Antártida perderam salinidade em alguns locais e se aqueceram em outros. Todas estas mudanças são indícios de que o aquecimento da Terra está afetando a Antártida de formas nunca antes imaginadas.
 

Fendas de água começam a aparecer na Groenlândia

 
Fonte: EFE - Terra
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Eliminação de gatos invasores em ilha australiana leva a catástrofe ambiental

Sem os felinos, população de coelhos devastou vegetação do lugar.
Caso é lição para pesquisadores que tentam deter espécies exóticas.
 
     Com seus duros e verdes penhascos e céus repletos de névoa, a Ilha Macquarie – na metade do caminho entre Austrália e Antártida – se parece com a Meca de um amante da natureza. No entanto, a ilha recentemente se tornou uma sóbria ilustração do que pode acontecer quando os esforços para eliminar uma espécie invasora acabam causando danos colaterais imprevistos.
 

Encosta destruída por coelhos depois da erradicação
                de gatos na ilha (Foto: Arko Lucieer/Universidade da Tasmânia/NYT)

Encosta destruída por coelhos depois da erradicação de gatos na ilha (Foto: Arko Lucieer/Universidade da Tasmânia/NYT)

 
     Em 1985, cientistas australianos iniciaram um ambicioso plano: dizimar os gatos não-nativos que viviam nas colinas da ilha desde o início do século XIX. O programa começou por uma aparente necessidade – os gatos estavam caçando pássaros nativos. Vinte e quatro anos depois, uma equipe de cientistas da Divisão Antártica Australiana e a Universidade da Tasmânia relatam que a remoção dos gatos inesperadamente causou uma destruição no ecossistema da ilha.
     Sem os gatos, os coelhos da ilha (também não-nativos) começaram a procriar descontroladamente, destruindo plantas nativas e enviando efeitos por todo o ecossistema. As descobertas foram publicadas online na revista científica "Journal of Applied Ecology", em janeiro. "Nossas descobertas mostram que é importante que os cientistas estudem todo o ecossistema antes de realizar programas de erradicação", diz Arko Lucieer, perito em sensoriamento remoto da Universidade da Tasmânia e co-autor do estudo. "Não houve muitos programas que levaram todo o sistema em consideração. Você precisa entrar em modo cenário: 'Se matarmos este animal, que outras consequências poderemos observar?'"
     Leia a notícia completa AQUI.
Autora: Elizabeth Svoboda / New York Times - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Floresta desmatada não recupera diversidade, diz MPEG

Após 40 anos, mata secundária só tem 35% das espécies originais.
Expectativa de vida desse tipo de vegetação, porém, é bem menor.
 
     A constatação de que 20% das áreas desmatadas da Amazônia têm florestas em regeneração coloca o Brasil no centro de uma discussão internacional sobre o valor ecológico das florestas secundárias. Estudos de longo prazo realizados no nordeste do Pará por cientistas do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) mostram que, mesmo após 40 anos em repouso, as florestas secundárias da região só recuperaram 35% das espécies arbóreas com mais de 10 centímetros de diâmetro que tinham originalmente.
 

 
     Segundo cálculos do pesquisador Cláudio Almeida, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cerca de 132 mil dos 680 mil quilômetros quadrados de florestas derrubadas na Amazônia estavam em processo de regeneração até 2006. E, segundo especialistas, essas florestas podem até se transformar em florestas maduras, mas dificilmente recuperam a diversidade de espécies que tinham originalmente. Uma área de florestas secundárias (ou capoeiras) equivalente a tudo que foi desmatado na Amazônia nos últimos sete anos (de 2002 a 2008), suficiente para cobrir de mata os Estados de Pernambuco e Alagoas.
     À primeira vista, pode parecer que sete anos de desmatamento foram "desfeitos". Mas a simplicidade dos números esconde uma teia de fatores ecológicos altamente complexos. Além da regeneração, o tempo para regeneração é insuficiente. Segundo Almeida, a expectativa média de vida de uma floresta secundária na Amazônia brasileira é de apenas cinco anos, até ser cortada e queimada novamente. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
 
Fonte: Agência Estado - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mar subirá 1,80 m até 2100, diz estudo

     A velocidade com que o nível do mar está subindo agora é quase o dobro daquela verificada no século 20. Já se sabia que o fenômeno -alimentado pelo aquecimento global- era grave, mas os dados mais recentes, coletados desde 1993, mostram que a elevação da linha d'água até 2100 será de 1,80 metro, mais do que o dobro da prevista pelo painel do clima da ONU.
     "Entre 1993 e 2008, a taxa média global registrada foi de 3,4 mm por ano", disse à Folha a pesquisadora francesa Anny Cazenave, do Centro Nacional de Estudos Espaciais de Toulouse (França). Esse número, obtido por medições de satélite que geraram uma série histórica inédita, ganha um ar de gravidade quando comparado a outro: entre 1950 e 2000, a elevação média do mar era de 1,8 mm por ano, diz a cientista.
 

 
     "Mas a maior surpresa não é essa", diz Cazenave, que apresentou suas recentes medições -processadas até dezembro- na reunião da AAAS (Sociedade Americana para o Avanço da Ciência), encerrada na semana passada em Chicago.
     "As causas dessa aceleração do nível do mar também mudaram", diz. Entre 2003 e 2008, o derretimento das geleiras e dos mantos de gelo (Groelândia e Antártida) contribuiu com 80% da elevação. A expansão térmica -o aumento de volume da água pelo aquecimento- ajudou com cerca de 20%.
     Na virada do século, porém, o cenário ainda era diferente. Entre 1993 e 2003, o aquecimento da água do mar explicava 50% do fenômeno, enquanto as massas de gelo respondiam por 40%. (Ainda não existem dados para explicar os 10% que fechariam a conta.)
     Para os cientistas, não há dúvida: as atenções devem ser voltadas agora para regiões como o Ártico, a Antártida e as demais geleiras continentais. Entre essas áreas, o norte da Terra é o mais rico em gelo.
 

 
     Um metro a mais
     "Hoje, tanto os mantos de gelo quanto as geleiras continentais [na Antártida, na Groelândia, nos Andes ou no Himalaia] têm igual relevância, mas tudo indica que os primeiros serão cada vez mais importantes daqui para a frente", disse Stefan Rahmstorf, pesquisador da Universidade de Potsdam (Alemanha), que apresentou suas pesquisas no evento da AAAS, às margens do rio Chicago.
     As contas do pesquisador alemão sobre o futuro do nível médio do mar indicam que os modelos apresentados até hoje estão otimistas demais. "Em 2100, posso dizer agora, o nível dos oceanos deverá estar aproximadamente um metro acima do que estava previsto pelo modelo [mais pessimista] do IPCC", o painel do clima das Nações Unidas que contou com a participação de Rahmstorf.
 

 
     Acreditava-se que nível do mar não deveria subir mais do que 60 cm até 2100 (comparado com 1980-1999). Agora, porém, estima-se a marca de 1,80 metro. "E o nível do mar não vai parar de subir em 2100. Ele poderá chegar até 3,5 metros em 2200 e bater os 5 metros em 2300", disse Rahmstorf. No passado, mostrou o pesquisador, o nível do mar atingiu o pico há 40 milhões de anos. As águas estavam mais de 70 metros acima do que estão hoje.
     Apesar de um nível do mar elevado não ser novidade para o planeta, a espécie humana, que surgiu há apenas 200 mil anos, nunca viu algo assim.
     De acordo com Cazenave, as medições já feitas nestes últimos 16 anos mostram três regiões onde a subida do nível do mar já é realidade. "As áreas mais afetadas são o oeste do oceano Pacífico, o litoral da Austrália e também a Groelândia", diz a cientista.
     Como as previsões não são uniformes, e levam em conta valores médios, uma pergunta de interesse pessoal foi feita por um espectador da palestra em Chicago. "Sou da Flórida. Quero saber o que vai ocorrer lá", disse. "Vocês [cientistas] é que têm de dizer onde o mar subirá nos próximos anos."
     Mas os cientistas silenciaram, e a questão também continua aberta para quem vive na Califórnia, no Taiti ou no Recife. Diante da dúvida, o melhor que cidades costeiras têm a fazer é se prepararem para o pior.
 

 
Autor: Eduardo Geraque - Folha de S.Paulo
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Fumante passivo também está contaminado

     Algumas formas de poluição, relativamente fáceis de evitar, causam grandes estragos. Uma das menos visadas pelos ecologistas em geral é o cigarro. Estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde na cidade de São Paulo revelou que 36% dos não fumantes que convivem com fumaça de cigarro têm tanto monóxido de carbono no organismo quanto os próprios fumantes.
 

 
     O estudo confirma a necessidade de ambientes separados para os fumantes. No estudo, foram 1.310 pessoas avaliadas. São pessoas que convivem com cigarro em ambientes públicos, como restaurantes, lojas ou no trabalho. Do total de participantes, 18,32% tiveram resultado compatível com a de fumantes leves (que consomem menos de um maço de cigarros por dia). Já 15,27% dos testes apontaram que essas pessoas tinham nível de contaminação equivalentes a fumantes (que consomem menos de dois maços de cigarros diários). E 2,29% dos analisados tinham níveis compatíveis com a de fumantes pesados (que consomem mais de dois maços por dia).
     Ainda segundo o estudo, 70,23% dos entrevistados, todos não usuários de tabaco, convivem com fumantes no ambiente de trabalho. Já 24,43% respiram a fumaça alheia na própria residência, 4,58% em bares, boates e restaurantes, outros 4,58% em escolas e 20,61% em outros locais com amigos.
 

 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Desmatamento ameaça panda da Amazônia

     O único urso da América do Sul pode ser extinto. O simpático urso-de-óculos, como é conhecido o Tremarctos ornatus, está ameaçado pelo desmatamento na Amazônia. Cientistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgaram na quarta-feira, no Quênia, um estudo que denuncia a extinção de 26 espécies de animais e plantas até 2006. Dez delas na parte brasileira da Amazônia. Outras 644 espécies teriam entrado na lista de animais e plantas ameaçadas de extinção pelo avanço das derrubadas, entre elas o urso que vive na porção andina da  floresta.
 

urso-de-oculos.jpg

 
     O urso de óculos é a segunda espécie de ursídeos mais vulnerável do mundo. Ele só perde em vulnerabilidade para o panda gigante da China, por isso é considerado o panda da Amazônia. Agora, ele pode ter se tornado tão raro quanto os famosos parentes orientais. Além de ameaçado pelas ações humanas, o urso-de-óculos guarda outras semelhanças com o primo chinês. Ele também se alimenta de brotos de bambu e bromélias. A sua pelagem tem um padrão de cores inversa a do panda. Ele tem grandes manchas brancas sobre os seus olhos, que contrastam com o negro de seu corpo.
Esses animais são encontrados livres na natureza em raras regiões da Amazônia, como o Parque Nacional do Manu, a Reserva Nacional Tambopata e o Parque Nacional Bahuaja-Sonene, no Peru. Um dos problemas da espécie é que além de viver em uma região de risco, esses animais são muito dóceis ao contato com os homens. Fato que facilita a ação de caçadores em frentes de derrubadas.
     No Brasil, o zoológico de São Carlos conseguiu fazer a reprodução do urso-de-óculos em cativeiro. Caso a destruição da Amazônia não seja controlada, essa pode ser a única esperança de sobrevivência da espécie.
 

 
Autora: Juliana Arini - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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