sexta-feira, 11 de julho de 2008

Terra grátis na Amazônia

     O Congresso deu mais um passo para ajudar a legalizar a situação de quem invadiu terra pública na Amazônia. O Senado aprovou ontem uma medida provisória que aumenta a área da Amazônia Legal que pode ser concedida pela União para uso rural sem a necessidade de licitação. O limite, hoje de 500 hectares, vai para 1.500 hectares, pois passará a ser contado como até 15 módulos fiscais - medida que varia para cada município. A proposta, que ainda depende de sanção presidencial, prevê que até 20% da área concedida poderá ser desmatada.

     "Essa medida vai significar um processo de privatização de terras, de legalização de áreas que foram ilegalmente griladas e com graves prejuízos para o Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia", disse a senadora Marina Silva. A ex-ministra agora assumiu uma postura de oposição aos caminhos da política ambiental do governo. "Quem foi que disse que amanhã ou depois não se fará uma nova medida para os que ocuparam ilegalmente as terras públicas e as florestas públicas, as unidades de conservação, as terras indígenas, as unidades de proteção integral e assim por diante, não venham a ter novamente uma lei para regularizar os seus processos de grilagem?", afirmou Marina Silva.

Para ilustrar o que significa a medida provisória, o Greenpeace fez um vídeo bem humorado.

Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Estudo liga mutação genética a vício pelo cigarro

Gene duplicado aumenta em cinco vezes a chance de vício entre menores de 17 anos.

     Uma pesquisa conduzida por cientistas americanos sugere que mutações genéticas podem estar por trás do vício pelo cigarro.

     A equipe, da Universidade de Utah, investigou mutações genéticas em um gene que determina a estrutura do "receptor da nicotina no cérebro", uma proteína que interage com a substância e determina o nível de dependência por ela.

     Os especialistas analisaram amostras de DNA de 2.827 fumantes e avaliaram o nível de dependência em nicotina além de informações como a idade em que eles haviam começado a fumar, há quanto tempo fumavam e o número de cigarros fumados por dia.

     Eles verificaram que os fumantes que haviam começado a fumar antes dos 17 anos e tinham uma cópia duplicada do gene que interage com a nicotina tinham até cinco vezes mais chances de ficar viciado em cigarro durante a vida adulta.

     Já para os que começavam a fumar com 17 anos ou mais, a chance de dependência era bem menor.

     Ainda segundo os especialistas, outras variações encontradas no mesmo gene poderiam funcionar de maneira oposta, evitando a dependência pelo tabaco.

     Prevenção

     Os especialistas acreditam que seria importante identificar adolescentes com mutações genéticas que podem levar à dependência pelo cigarro como forma de tentar reduzir os índices de tabagismo.

     "Nós sabemos que pessoas que começam a fumar quando jovens têm mais chances de sofrer séria dependência pela nicotina na vida adulta", afirmou o coordenador da pesquisa, Robert Weiss.

     "A identificação de indivíduos com tais variações genéticas poderia beneficiá-los com intervenções como campanhas educativas para adolescentes. Em última análise, ações como essa poderiam resultar na redução do tabagismo."

     A pesquisa americana foi divulgada na publicação científica PLoS Genetics.

Fonte: BBC - G1

Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder



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Um terço dos corais corre risco de extinção, afirma levantamento

Principal vilão do problema é aquecimento global, seguido pela pesca predatória. Pesquisadores querem incluir espécies em lista oficial de animais ameaçados.

     Os corais também sofrem com o estresse, devido a fatores como a mudança climática e a poluição, o que já coloca um terço desses construtores de recifes em risco de extinção. Essa é a principal conclusão do primeiro grande estudo mundial sobre o estado de conservação dos corais, uma iniciativa conjunta das ONGs União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e Conservação Internacional (CI), realizada a fim de incluir estas espécies marinhas na lista de espécies ameaçadas.

     Os recifes de coral, que levam milhões de anos para serem construídos, abrigam mais de 25% das espécies marinhas. Os corais produzem os recifes nas águas pouco profundas tropicais e subtropicais, e são extremamente sensíveis às mudanças registrados em seu entorno.

Divulgação

Corais da espécie Acropora muricata, nativos da Grande Barreira de Corais da Austrália, sofrem com feridas provocadas por moluscos predadores que devoram seus tecidos (Foto: Cathie Page/Divulgação)

     O estudo mostra que as principais ameaças que afetam os corais são a mudança climática e problemas locais como a pesca destrutiva, assim como a qualidade da água afetada pela poluição e pela degradação dos habitats litorâneos. A alta das temperaturas pela mudanças climática leva ao branqueamento dos corais, um resultado de sua resposta ao estresse e que lhe torna mais frágil frente às doenças. Os pesquisadores predizem, além disso, que a acidificação dos oceanos representa uma nova ameaça grave para os recifes de coral.

     Acidez em alta

     Dado que as águas absorvem quantidades crescentes de dióxido de carbono da atmosfera, sua acidez aumenta, o que tem um grande impacto na capacidade dos corais de construir seu esqueleto, que é a base dos recifes. Por isso, os 39 cientistas que efetuaram o estudo concordam que a alta das temperaturas na superfície das águas segue provocando o branqueamento dos corais e doenças, o que pode levar muitas destas espécies a não ter tempo de se reconstituir.

Foto: Sterling Zumbrunn/CI

Peixe e coral clicados em Raja Ampat, na Indonésia (Foto: Sterling Zumbrunn/CI)

     "Esses resultados mostram que os corais construtores de recifes correm maior risco de extinção, como grupo, que todos os grupos terrestres, exceto os anfíbios, e que são os mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática", comentou Roger McManus, vice-presidente da CI para programas marinhos.

     O principal autor do artigo publicado hoje na revista "Science", Kent Carpenter, lembra que "quando os corais morrem, os outros animais e plantas que dependem dos recifes de coral para sua alimentação e sua proteção também desaparecem, o que pode causar a destruição de todo um ecossistema". Os resultados da avaliação serão inscritos na lista de espécies ameaçadas da IUCN em outubro deste ano.

Fonte: EFE - G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Você quer esse progresso?

     Um leitor, infelizmente anônimo, escreve que o Instituto Chico Mendes, que gere as unidades de conservação no Brasil, deveria ficar na mão de Mangabeira Unger.

     Diz o leitor: "Desenvolvimento sustentável significa que o meio ambiente deve ser submetido à racionalidade do crescimento econômico e não ser um entrave/obstáculo à melhoria das condições de vida da população, redução da pobreza, distribuição de renda e etc.. É só ver o exemplo dos países desenvolvidos. Querer que 1/3 do Brasil permaneça como selva é fácil se você vive no exterior."

     Sem entrar no mérito de um ou outro ministro, é importante levar alguns fatores em conta nessa discussão. A visão do desenvolvimento a qualquer custo, ignorando os limites naturais, levou aos piores desastres ambientais no Leste Europeu, com altos custos econômicos e sociais. Um deles foi a extinção do Mar de Aral. Agora, a China repete a mesma trajetória de engano por conta de um desenvolvimento cego. Hoje, arca com problemas ambientais provocados pelo descuido de sua política industrial e pela repressão violenta das vozes discordantes. Dramas como a poluição dos rios, a contaminação do solo, o envenenamento do ar, o esgotamento dos mananciais viraram alguns dos maiores entraves ao crescimento chinês. Será esse o nosso caminho?

Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Geleira Perito Moreno desaba na Patagônia

Fotos mostram processo de ruptura de geleira na Argentina. Fenômeno é raro durante o inverno no hemisfério sul.

     Combinação de duas fotos mostram a geleira argentina Perito Moreno antes (esquerda, em 4 de julho) e depois (direita, em 9 de julho) à queda do topo de um túnel de gelo, formado após a geleira se romper em pleno inverno austral, na cidade de El Calafate, na Patagônia. Parte da geleira patagônica, conhecida como 'Gigante Branco' e uma das grandes atrações turísticas argentinas, desabou nesta quarta-feira.

Foto: Reuters

Pela primeira vez, um grande pedaço de gelo se quebrou durante o inverno do hemisfério sul. (Foto: Reuters)

Fonte: G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Aviação civil fará parte de acordo de emissões de CO2

     Sob protesto das companhias aéreas, os parlamentares da União Européia aprovaram na terça-feira um acordo intergovernamental para que a partir de 2012 a aviação civil entre no chamado Esquema de Comércio de Emissões da UE, voltado para o combate à mudança climática.

     A aviação gera 3 por cento de todas as emissões de dióxido de carbono nos 27 países da UE, mas ficou até agora fora do ECE por temor de que o sistema afetasse a competitividade das companhias aéreas européias no mercado internacional.

     Mas, como o tráfego aéreo deve dobrar até 2020, a Europa está disposta a adotar o princípio do "poluidor pagante" para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

     Por 640 a 30 votos, o Parlamento Europeu aprovou a obrigatoriedade de que as companhias aéreas reduzam suas emissões de CO2 em 3 por cento no primeiro ano e em 5 por cento a partir de 2013.

     Todas as companhias que voam de e para a UE ¿ inclusive as não-européias ¿ estão sujeitas à regra, e inicialmente teriam de pagar por 15 por cento de suas permissões para a emissão de gases do efeito estufa.

     A alemã Lufthansa qualificou a medida como "ecologicamente contra-producente e economicamente nociva". A empresa, uma das maiores do setor na Europa, avalia que a nova lei vai distorcer a competição e custar centenas de milhões de euros por ano.

     Já os ambientalistas acharam as medidas tímidas. "O acordo final é tão fraco que terá pouco impacto sobre o crescimento exponencial na poluição de CO2 por causa dos vôos", afirmou Richard Dyer, da entidade Friends of the Earth.

     A medida deve aumentar o preço das passagens aéreas, contrariando as estratégias de barateamento e massificação da aviação comercial, mas se ajustando à liderança global que a UE pretende assumir na mitigação do aquecimento global.

Fonte: Reuters - Terra Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Extinção ameaça réptil que conviveu com dinossauros

     Uma pesquisa realizada em ilha da Nova Zelândia mostra que a mudança climática ameaça alterar o nascimento de fêmeas e machos de uma espécie de réptil chamado tuatara, último representante da família Sphenodontidae, que conviveu com os dinossauros. Liderados por Nicola Mitchell, da Universidade do Oeste da Austrália, os cientistas elaboraram um modelo e verificaram que o aquecimento das temperaturas no habitat desses animais pode fazer com que os ninhos produzam somente machos até 2085.

     Assim como muitos répteis, o sexo das tuataras é determinado pela temperatura do ninho enquanto o embrião se desenvolve. Conforme as temperaturas aumentam, há uma tendência de crescimento da incidência de tuataras machos, não havendo fêmeas para acasalar.

     "A mudança climática, especificamente o aumento da temperatura do ar, vai alterar as taxas de sexo dos répteis, se as fêmeas não mudarem seu período e local de nidificação, ou se adaptarem fisiologicamente", afirmou Nicola.

Aquecimento ameaça sobrevivência da tuatara, réptil que conviveu com os dinossauros (foto: Nicola Mitchell/Divulgação)

     Difícil adaptação

     Infelizmente, as tuataras têm um ciclo de vida tão lento que provavelmente não vão se adaptar às elevações de temperatura projetadas no estudo, segundo Nicola. Elas levam 23 anos para chegar à maturidade, e as fêmeas procriam apenas uma vez a cada nove anos.

     As tuataras, das espécies Sphenodon punctatus e Sphenodon guntheri, vivem em pequenas ilhas, e são consideradas "fósseis vivos", pois a família Sphenodontidae habita a Terra há 200 milhões de anos. Elas medem cerca de 80 cm de comprimento.

     Esses animais sobreviveram a várias reviravoltas climáticas, mas, segundo os pesquisadores, nas eras anteriores as espécies eram mais numerosas e podiam se mudar para áreas com melhor clima quando sua sobrevivência se via ameaçada. Agora que as tuataras estão confinadas em pequenas ilhas, elas precisariam da ajuda dos humanos para trocar de habitat.

     "Nós estudamos a influência da mudança climática nas tuataras porque elas são especialmente vulneráveis ao fenômeno, uma vez que estão isoladas em pequenas ilhas e não podem migrar, procriam muito devagar, algumas populações têm baixos níveis de diversidade genética, e a transição de fêmea a macho da prole ocorre quando a temperatura sobe em torno de um grau Celsius", disse Nicola.

Estudo liderado por Nicola Mitchell mostra que o aquecimento pode fazer com que os ninhos produzam somente machos até 2085 (foto: Nicola Mitchell/Divulgação)

     Projeções

     O estudo foi realizado na ilha North Brother, localizada no Estreito de Cook, na Nova Zelândia, que abriga somente a espécie Sphenodon guntheri. Numa projeção de aumento de de 0,1 a 0,8°C, o modelo mostra leve aumento na proporção de ninhos com dois sexos em relação a ninhos só com fêmeas até 2080.

     Com um aumento de 4°C, o modelo mostrou que quase todos os locais da ilha teriam ninhos só com machos. Os únicos lugares com ninhos dos dois sexos ocorreriam em uma faixa estreita de terra no topo de penhascos.

O sexo das tuataras é determinado pela temperatura do ninho enquanto o embrião se desenvolve (foto: Nicola Mitchell/Divulgação)

     Sombra fresca

     Os pesquisadores afirmaram que as tuataras podem ser salvas em seu habitat natural se os ambientalistas criarem locais de nidificação com sombra artificial depois que os embriões tiverem começado a se desenvolver.

     "Tuataras são animais antigos. Seus ancestrais viviam em torno dos pés dos dinossauros. Seria uma grande vergonha perdê-los", disse Michael Kearney, da Universidade de Melbourne, ao jornal Daily Telegraph.

     Desde os anos 90, os pesquisadores falam sobre vulnerabilidade dos répteis às mudanças climáticas pela determinação de sexo de acordo com a temperatura, mas ninguém havia feito um modelo neste nível de complexidade antes, segundo Nicola. O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B.

A pesquisa foi realizada em uma ilha do Estreito de Cook (foto: Nicola Mitchell/Divulgação)

Fonte: Terra  Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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