sábado, 7 de fevereiro de 2009

Natureza em crise

Exposição em São Paulo apresenta as principais ameaças ao ambiente e sugere soluções
 
     Com certeza, você conhece diversas espécies de animais que correm risco de extinção. Também já deve ter ouvido falar que a temperatura da Terra está aumentando. Sabe ainda que o lixo é um problema em todo o mundo. Sem falar em muitas outras ameaças à natureza que são apresentadas diariamente no rádio, nas revistas ou na TV. Mas o que é possível fazer para mudar essa situação? Uma exposição no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo traz a resposta. Misturando arte e ciência, a mostra expõe a crise ambiental pela qual a Terra passa e sugere algumas soluções, como a mudança de comportamento da população.
 

Sertão em chamas ao amanhecer. Esta é uma das 30 imagens que fazem parte da mostra Crise da biodiversidade: a natureza ameaçada (foto: André Pessoa)

 
     Sua família recicla o lixo que produz? Na sua escola, os problemas que afetam o ambiente, como o aquecimento global, são discutidos? Você compra somente o que precisa? Se respondeu "sim" a alguma dessas questões, saiba que já deu o primeiro passo para ser considerado um bom defensor do planeta Terra. Afinal, é com essas e outras perguntas que começa a exposição Crise da biodiversidade: a natureza ameaçada.
     A mostra, que tem o objetivo de contribuir para a preservação ambiental, incentiva o público a fazer a sua parte para conservar a natureza, além de também convidá-lo a conhecer a biodiversidade: a grande variedade de espécies que existe na Terra.
 
     Conhecer para mudar
     "Precisamos entender o meio ambiente para protegê-lo. O grande desafio que temos é conhecer a diversidade de seres vivos que existe no nosso planeta. A partir disso, será possível descobrir como podemos proteger o ambiente e diminuir o impacto causado por inúmeros fatores", conta o biólogo Hussam El Dine Zaher, coordenador de difusão cultural do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, responsável pela exposição.
 

O lagarto Hoplocercus spinosus vive no Cerrado brasileiro e corre risco de desaparecer da natureza (foto: André Pessoa)

 
     Para atingir esses objetivos, a mostra Crise da biodiversidade: a natureza ameaçada foi dividida em módulos, que misturam arte e ciência. Para você ter uma ideia, o visitante pode apreciar uma galeria com cerca de 30 fotografias feitas por um especialista em capturar imagens ambientais: o fotógrafo André Pessoa. Além disso, encontra gráficos que mostram os hábitos de consumo da população que podem causar danos à natureza, assim como diversos filmes, com temas variados, mas sempre ligados à questão ambiental, que convidam à reflexão. Um deles, por exemplo, nos leva para dentro das matas, onde podemos observar o comportamento de vários bichos, e nos lembra das diversas ameaças a esses animais, muitas delas decorrentes do crescimento da população ao longo do tempo (clique na tela abaixo e assista).

 
     Mundo desconhecido
     A exposição Crise da biodiversidade: a natureza ameaçada também apresenta cerca de 500 peças da coleção científica do Museu de Zoologia exibidas ao público pela primeira vez. São espécies de insetos, peixes e mamíferos, coletadas por cientistas no final do século 19 e começo do século 20, que já estão extintas ou ameaçadas de desaparecer da natureza.
     Esse tesouro é apenas uma amostra do há para se descobrir no planeta – e do que já foi perdido. "A comunidade científica já descreveu mais de um bilhão de espécies. Mas cerca de 10 milhões a 100 milhões permanecem desconhecidas", conta Hussam Zaher. A exposição Crise da biodiversidade: a natureza ameaçada mostra somente uma pequena parte das diversas espécies que existem no mundo.
 

O sapo Paratelmatobius gaigeae era considerado extinto, mas foi reencontrado em 2000 em São Paulo. É uma das espécies apresentadas na exposição Crise da biodiversidade: a natureza ameaçada (foto cedida por Hussam Zaher)

 
Autora: Cathia Abreu - Ciência Hoje
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Instituto Sea Shepherd pressiona e MPF pede a prisão dos autores do massacre de golfinhos no Amapá

Ministério Público Federal remeteu denúncia à Justiça contra sete envolvidos na morte de 83 golfinhos, decorrente de pesca predatória na costa do Amapá.
 
     No último dia 29 de janeiro, o Ministério Público Federal do Amapá remeteu denúncia à Justiça contra sete envolvidos na morte de 83 golfinhos, decorrente de pesca predatória na costa do Estado. A rede utilizada tinha quase seis quilômetros de comprimento, mais que o dobro do permitido. Cenas dos golfinhos sendo mutilados para serem usados como iscas na pesca do tubarão, e tendo olhos e dentes arrancados para a fabricação de bijuterias, foram veiculadas no Jornal Nacional da Rede Globo.
     O Instituto Sea Shepherd Brasil, em julho de 2007, deu início a uma verdadeira batalha judicial para obter os nomes dos proprietários das embarcações envolvidas na chacina dos golfinhos - a lei exige que o Ibama forneça as informações ao público. Perante o silêncio, o Instituto Sea Shepherd processou o Ibama/AP.
 
 
 
 
     Graças à pressão da Sea Shepherd, a Polícia Federal de Belém, Pará, forneceu por telefone no dia 18 de outubro de 2007 o nome do proprietário da embarcação 'Graça de Deus'. Com isso, a entidade ingressou com ação judicial, sofrendo então com a morosidade da Justiça. É incrível, a Lei Ambiental existe no Brasil, mas só funciona quando a sociedade civil pressiona. Os órgãos ambientais são obrigados a dar qualquer informação a qualquer cidadão, lamenta Cristiano Pacheco, Diretor Jurídico Voluntário do Instituto Sea Shepherd Brasil.
     Agora, vem a notícia de que os envolvidos têm pedido de prisão recomendado pelo MPF, dois anos após os atos criminosos praticados no Cabo Norte da costa do Amapá, em mar territorial que é de propriedade da União Federal. Eles utilizaram as embarcações 'Graças a Deus IV' e 'Damasco III', que se encontram apreendidos. As mortes foram filmadas no dia 11 de Fevereiro de 2007 por agentes do Ibama.
     Exercemos nossos direitos como cidadãos de fazer cumprir as leis e a constituição brasileira, assim como temos direito a um meio ambiente saudável, os golfinhos e outros animais marinhos são protegidos por lei e também têm pela lei direito à vida, comenta Daniel Vairo, Diretor Geral do Instituto Sea Shepherd Brasil.
 
Fonte: Sea Shepherd/EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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A capital do lixo eletrônico

     A revista Time publica um ensaio fotográfico sobre a cidade de Guiyu, na China, que virou o maior centro mundial para reciclagem de produtos eletrônicos. Computadores, celulares e outros aparelhos são desmontados. Alguns componentes, como metais pesados, são derretidos e revendidos.
 

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     A operação segue compromete o ambiente e a saúde das pessoas. Os resíduos tóxicos são despejados nos rios, contaminando as fontes de água. As condições de trabalho não são das mais salubres. A cidade tem um dos índices mais altos de câncer provocado por um tipo de substância tóxica, as dioxinas. As mulheres de lá também tem uma taxa elevada de problemas na gravidez.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Governo americano diz que aquecimento pode secar a Califórnia

     Depois de oito anos negando as evidências da gravidade da crise ambiental, a nova administração federal dos Estados Unidos começa a assumir publicamente os riscos. E de forma bem enfática. Em entrevista ao jornal Los Angeles Times, Stephen Chu, Secretário de Energia e prêmio Nobel, disse que a agricultura na Califórnia corre perigo.
Segundo Chu, no pior cenário de aquecimento global, 90% das geleiras da Sierra Nevada secariam. É de lá que nascem os principais rios do estado. "Eu não acredito que o público americano realmente entendeu que isso pode acontecer", afirmou.
 

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     O pior cenário não é uma ficção. Apenas considera a manutenção dos modos de produção atuais, com algum crescimento econômico. Hoje, estamos caminhando para o pior cenário, segundo as avaliações dos cientistas.
     A Califórnia é o estado que mais produz alimentos nos EUA. Metade das frutas e vegetais do país são colhidos lá. Também é um dos maiores exportadores mundiais de frutas, amêndoas e laticínios. Preservar essa riqueza é um bom motivo para o país acelerar sua transição para uma economia com menos emissão de carbono.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Entidades criam movimento por código ambiental em SC

Movimento por um Código Ambiental Legal contesta projeto de lei que tramita na Assembléia Legislativa e tem votação marcada para 31 de março.
 
     Organizações ambientalistas de Santa Catarina estão reunidas no Movimento por um Código Ambiental Legal (Movical), buscando uma discussão democrática do Projeto de Lei 0238/2008, que institui o Código Estadual do Meio Ambiente. São elas a Fundação Praia Vermelha de Conservação da Natureza (Pra Ver Natureza), de Penha; Observatório do Litoral de Santa Catarina, de Itajaí; Grupo de Estudos Urbanos, de Blumenau; União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco), de Florianópolis; Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), de Rio do Sul; e a Associação de Recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, de Balneario Camboriú.
 

Equipe de resgate retira corpo soterrado em Florianópolis (fonte)

 
     O Movical começou nas audiências públicas, promovidas em todo o Estado em novembro de 2008, quando, sob vaias, diferentes grupos e entidades se manifestaram sobre diferentes conteúdos do PL apresentado pelo governo estadual. Houve um grande clamor por parte de técnicos, pesquisadores e ambientalistas. Segundo eles, se esta lei fosse aprovada, apesar do nome Código Ambiental, aumentaria ainda mais o quadro de degradação e vulnerabilidade socioambiental.
     Poucos dias depois da última audiência, Santa Catarina foi vítima de uma grande catástrofe sócio-ambiental, com enchentes, deslizamentos e mortes. Ainda assim, o plano da Assembléia Legislativa, que fez o questionado Projeto de Lei tramitar em regime de urgência, era votar o Código Ambiental em 18 de dezembro. Os setores e grupos interessados na alteração de determinados pontos do projeto passaram a se articular no sentido de prorrogar o prazo de votação do PL.
     A discussão ganhou novo fôlego no início de dezembro, quando as comissões parlamentares decidiram ampliar o prazo para a apresentação de emendas até 27 de fevereiro de 2009, e marcar a votação para 31 de março. Parte desta vitória pode-se creditar à publicação de um artigo no Diário Catarinense no dia 29 de novembro, subscrito por professores da UFSC, UNIVALI, FURB e UNESC e representantes de organizações como a Associação Brasileira de Recursos Hídricos, CREA/CONSEMA e do Núcleo de Estudos em Serviço Social e Organização Popular – NESSOP, da UFSC. Neste artigo, os signatários pediam a construção democrática do código ambiental.
     A subscrição do artigo foi reforçada por um abaixo-assinado virtual, que em apenas quatro dias colheu mais de 2.500 assinaturas, que foi entregue aos parlamentares com um ofício assinado pela presidente do Comitê do Itajaí, Maria Izabel Sandri. Os três documentos constituíram-se num manifesto que proporcionou novas discussões e levou à consolidação do Movical.
 

Críticos dizem que PL aumenta riscos de desastres ambientais

 
     Os opositores ao texto do PL. 0238/08 sustentam, desde o início, que se o código catarinense for aprovado do jeito que está vai erradicar anos de construção de políticas públicas ambientais. Para eles, o projeto atende a interesses de grupos econômicos e políticos e permitirá ainda mais a ocupação de áreas vulneráveis (encostas, margens, nascentes, restingas, mangues), contribuindo para aumentar riscos de desastres, além de confundir os órgãos ambientais.
     O abaixo-assinado continua acessível na internet, fazendo um convite à mobilização social para a construção democrática do Código Estadual do Meio Ambiente. Agora o pleito das entidades é no sentido de que o código atenda os parâmetros legais estipulados pela Constituição Federal de 1988: manutenção de um ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.
 
Fonte: Apremavi/EcoAgência (com informações da Apremavi/SC)
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Salvem os ecologistas!

     A crise mundial chegou nas organizações ambientalistas. A Conservação Internacional, uma das maiores ONGs do mundo, decidiu descontinuar suas atividades na Venezuela. A filial da organização na Venezuela enviou um email de 4 linhas a seus parceiros no país para notificar que, a partir de 30 de março próximo, seus escritórios deixarão de existir em Caracas.
 

A maior queda d´água do mundo é a Salto Angel, localizada na montanha Auyan Tepui, na Venezuela. Conhecida localmente como Churun-Meru, ela encanta turistas com seus 979 m, dentre eles, 807 m de queda livre (fonte)

 
     A Venezuela tem mais riqueza natural do que o petróleo que sustenta sua economia ou o Salto Angel, a maior queda d'água do mundo. Ela é apontada como um dos 17 países com megadiversidade, que reúnem dois terços das espécies da Terra.
     A decisão de fechar a sucursal da Conservação foi tomada pela matriz americana, sediada em Arlington, Virginia, considerando a crise financeira mundial e que "poucos recursos" chegam à instituição como doação. Segundo o comunicado, os raros recursos serão dirigidos aos países que tiveram mais sucesso nos seus projetos, tanto trabalhando com os governos como com as comunidades. A filial brasileira sobreviveu aos cortes.
 
Autora: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Imagem da Semana - Refugiados

 

© AP

30/01 – Criança olha através de pano enquanto paquistanesas cobertas por burkas esperam para se inscreverem no campo de refugiados Jalozai, próximo a Peshwar, Paquistão. Mais de 200 mil pessoas fugiram do conflito em Bajur (foto: AP)

 
Fonte: UOL Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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