sábado, 7 de julho de 2007

Por que os humanos são os únicos primatas “pelados”?

Três teorias tentam explicar como perdemos nosso casaco de pele natural 
  
     Nós humanos somos os únicos "pelados" entre as mais de cinco mil espécies de mamíferos. Imagine como seu cachorro ou gato de estimação (ou mesmo um urso polar) seria, ou se sentiria, sem seus "casacos de pele".
     Os cientistas já sugeriram três explicações principais para a falta de pêlo nos humanos. Todas giram em torno da premissa de que seria vantajoso para nossa linhagem em evolução ficar cada vez menos peluda, seis milhões de anos desde que compartilhamos um ancestral com nosso parente vivo mais próximo, o chimpanzé.
A ausência de pêlos pode ter se tornado uma característica atraente para o sexo oposto durante nosso processo evolutivo
     A hipótese do símio aquático sugere que entre seis milhões e oito milhões de anos atrás, ancestrais dos humanos modernos, com características de macacos, tinham um estilo de vida semi-aquático, já que buscavam alimento em águas mais rasas. Um casaco de pele natural não é um isolante eficiente na água, e por isso a teoria afirma que evoluímos para perder os pêlos e substituí-los, assim como fizeram outros mamíferos aquáticos, por níveis relativamente altos de gordura corporal. Por mais criativa que seja essa explicação – e útil ao nos dar uma desculpa para estarmos acima do peso –, evidências paleontológicas de uma fase aquática na existência humana têm se provado enganosas.
     A segunda teoria afirma que perdemos os pêlos para controlar nossa temperatura corporal ao nos adaptarmos à vida na savana, de clima quente. Nossos ancestrais símios passavam a maior parte do tempo em florestas com temperaturas amenas, mas um hominídeo peludo caminhando sob o Sol não seria a melhor das opções. A idéia do resfriamento do corpo parece razoável, mas mesmo que a falta de pêlo tenha facilitado a perda de calor durante o dia, também perderíamos mais calor durante a noite, quando na verdade precisaríamos retê-lo.
     Recentemente, um colega e eu sugerimos que os ancestrais dos humanos modernos ficaram pelados como uma maneira de reduzir a prevalência de parasitas externos, que geralmente infestam os pêlos. Um casaco peludo é um refúgio atraente e seguro para insetos como carrapatos, piolhos e
outros "ectoparasitas". Essas criaturas não apenas causam irritação, como também carregam doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários como malária, doença do sono, a doença ou borreliose de Lyme e a doença do vírus do Nilo Ocidental. Todas podem causar problemas médicos crônicos e, em alguns casos, até mesmo a morte.
     Os humanos, graças à habilidade de saber fazer fogueiras, construir abrigos e fabricar roupas, teriam sido capazes de perder seus pêlos e reduzir o número de parasitas, sem sofrer com o frio à noite ou em climas mais amenos.
     Nos humanos, os piolhos ficam confinados às áreas peludas do corpo, o que parece corroborar a hipótese. Ratos-toupeiras pelados – animais que mais parecem lingüiças dentuças – também parecem apoiar a teoria. Eles vivem em grandes colônias subterrâneas, nas quais os parasitas seriam prontamente transmitidos. No entanto, o calor de seus corpos e o espaço confinado subterrâneo combinados provavelmente permitem que eles não percam calor para o ar frio, se mantendo aquecidos e, portanto, que sejam pelados.
     Uma vez que a ausência de pêlos evoluiu assim, pode ter sido sujeita à seleção sexual, como uma característica atraente para o sexo oposto. Uma pele limpa e lisinha pode ter se tornado um sinal de saúde, como a cauda de um pavão, e poderia explicar por que as mulheres são naturalmente menos peludas que os homens – e também por que se esforçam mais para remover os pêlos indesejados. Apesar de nos expor aos piolhos, os humanos provavelmente conservaram os cabelos para nos proteger contra o Sol e nos aquecer no frio. Os pêlos púbicos podem ter sido preservados para intensificar os feromônios ou odores da atração sexual no ar.
 
Autor: Mark Pagel (Scientific American Brasil) é chefe do grupo de biologia evolucionária da University of Reading, na Inglaterra, e editor da série de livros The Encyclopedia of Evolution.


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Governo federal faz vistas grossas para o descontrole florestal

Manaus (AM), Brasil — Desde que estados passaram a autorizar desmatamento e controle de produtos florestais, sistema já foi fraudado diversas vezes
 
     Menos de um ano após ser lançado pelo governo federal, o novo sistema de controle de produtos de origem florestal, que prometia coibir as fraudes no transporte e comercialização de madeira, já foi fraudado inúmeras vezes. No último caso, revelado pela Operação Ouro Verde II, da Polícia Federal, madeireiros e fiscais corruptos faziam parte de um esquema que consistia na inserção indevida de "créditos" florestais no sistema que permite a impressão de documentos de origem florestal (DOF). Com isso, em apenas uma das fraudes detectadas, uma empresa imprimiu, em cinco dias, 18.792 DOFs, o suficiente para transportar e vender 600 mil metros cúbicos de madeira.
 
São duas as formas mais comuns de  se legalizar madeira extraída 
ilegalmente de florestas naturais: nas autorizações de exploração ou 
durante o transporte
São duas as formas mais comuns de se legalizar madeira extraída ilegalmente de florestas naturais: nas autorizações de exploração ou durante o transporte
 
     "A fraude trazida à tona é mais uma evidência da forma apressada e despreocupada com que o governo federal está conduzindo o processo de descentralização da gestão florestal e de implementação dos novos sistemas de controle de madeira", comenta Marcelo Marquesini, da campanha Amazônia do Greenpeace.
     Em 2006, o governo federal iniciou um processo para compartilhar com os governos estaduais a responsabilidade pela gestão das florestas brasileiras. Até então, apenas o Ibama concedia autorizações de desmatamento e manejo e controlava o fluxo de produtos florestais, como madeira e carvão. Com a descentralização, estas e outras atribuições foram repassadas aos governos estaduais. "A maioria dos estados nunca estiveram preparados para realizar essas tarefas, pois faltam recursos humanos e financeiros, além de capacidade técnica instalada e o governo federal sabe disso", complementa Marquesini.
     A investigação da Polícia Federal aponta ainda fortes indícios da participação de hackers que estariam conseguindo desbloquear o Cadastro Técnico Federal do Sistema do Ibama e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará, por meio da internet. Uma grande rede de venda dos serviços ilegais realizados pela quadrilha foi montada, o que a Polícia Federal chegou a chamar de 'balcão de negócios'.
 
Autor: Greenpeace


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Cientistas pedem busca por vida "estranha"

Academia Nacional de Ciências dos EUA quer aprofundar busca por vida fora da Terra.
Alienígenas podem ser muito diferentes do que imaginamos, dizem pesquisadores.

     A vida extraterrestre pode ser tão estranha a ponto de não ser imediatamente reconhecível, e os cientistas que buscam alienígenas devem procurar formas familiares e também inesperadas, segundo especialistas. Eles acham que a atual abordagem da Nasa, de "seguir a água", funciona bem sob a premissa de que em todo lugar a vida é como na Terra -- baseada em água, carbono e DNA. Mas a procura pela "vida tal qual a conhecemos" pode acabar ignorando algo exótico, disse uma comissão da Academia Nacional de Ciências dos EUA na sexta-feira (6).
 
Foto
Luas de Saturno podem abrigar vida (Foto: Divulgação)

     "O objetivo do relatório era poder procurar vida em outros planetas e luas com uma mente aberta, e talvez não perder alguma outra forma de vida porque estamos procurando uma forma óbvia", disse John Baross, professor de Oceanografia da Universidade de Washington, em Seattle, que presidiu a comissão, que incluía bioquímicos, cientistas planetários, geneticistas e outros especialistas, que consideraram todas as formas de vida existentes.
     Recentes descobertas de extremófilos -- organismos que vivem em condições antes consideradas incompatíveis de calor, frio, escuridão ou contato com substâncias químicas -- mudaram as idéias sobre como a vida pode sobreviver.
     Como bioquímico, Baross disse que experiências em laboratório mostram que a água não necessariamente precisa ser a base da vida -- seria possível um organismo usar metano, etano, amônia ou até substâncias mais bizarras. "Há muitas teorias sobre o que é vida e o que pode ser um sistema vivo", disse Baross por telefone.
     Atualmente, a principal pista na busca por vida no espaço vem de telescópios que buscam uma assinatura espectral de planetas que possa sugerir a existência de água na superfície. Em Marte, robôs buscam sinais de que há ou houve água.
     "Queríamos na verdade pensar um pouco fora daquela caixa e pelo menos tentar articular algumas das outras possibilidades além da vida água-carbono", disse Baross.
     "Toda forma de vida terrestre usa algum DNA ou RNA para codificar a informação básica para sua replicação e mudança, mas talvez existam outras formas que usem um método diferente", diz o relatório.
     A comissão também recomendou que a Nasa volte a olhar para alguns lugares promissores no nosso próprio Sistema Solar, como Titã e Encelado, que são luas de Saturno, ou mesmo para o caloroso vizinho Vênus.
     "Se você é um bioquímico, Titã é de enorme interesse, porque é uma lua de carbono. Claramente tem alguns lagos ou piscinas de metano ou etano líquidos. Poderia haver reações ocorrendo que seriam favoráveis para a produção de bioquímicos complexos", disse Baross.
     "A exploração que poderia levar a uma nova forma de vida seria a mais profunda descoberta já feita", acrescentou ele, para quem uma tragédia de proporções equivalentes seria tropeçar nessa forma de vida e ignorá-la ou, ainda pior, destruí-la por considerar que não parece vida.
 
Autora: Maggie Fox - Reuters
Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL65291-5603,00.html


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Clima - o Brasil aceitará metas?

"É importante a notícia do plano em mãos do presidente. Mas é preciso ter mais pressa - e mais abertura para compromissos"

     Já está em mãos do presidente da República uma primeira versão de um plano nacional de mudanças climáticas, informou este jornal no domingo. O documento - diz a jornalista Cristina Amorim - inclui metas para redução do desmatamento na Amazônia, que respondem por 75% das emissões totais de poluentes da atmosfera no País.
     São metas que o governo brasileiro se tem até aqui recusado a aceitar como compromisso no âmbito do Protocolo de Kyoto. E o plano em mãos do presidente será incorporado à estratégia final que a Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente espera concluir em dois anos.
     Embora se possa estranhar que o País leve ainda mais dois anos para ter um plano de enfrentamento das mudanças climáticas, sempre será um avanço diante daquele que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considera "o tema mais importante do nosso tempo".
     Esta semana o governo alemão, enfrentando a resistência dos setores industrial e energético, anunciou que divulgará estratégia para reduzir o consumo de energia, sem perder a produtividade.
     "Não há opções", disse a chefe do governo, Angela Merkel. Ban Ki-moon cobrou da China, do Brasil e da Índia que aceitem compromissos de reduzir suas emissões - já que os chamados emergentes serão responsáveis por 75% do aumento de emissões previsto até 2015 (eles as dobraram em 15 anos, para 12,4 bilhões de toneladas anuais de dióxido de carbono).
    Esta semana foi marcada também pela divulgação de números inquietantes de mortes na China (que tem 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo) por poluição: 750 mil em um ano, segundo o Banco Mundial. Diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) que desde 2000 já morreram mais de 1 milhão de pessoas por causa de mudanças do clima - sem contar as 800 mil que morrem a cada ano em conseqüência da poluição do ar nas cidades.
     A gravidade da situação foi reiterada há poucos dias pelo presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, após visita para verificar o estágio do derretimento dos gelos da Groenlândia. "Precisamos fazer mais", disse ele.
     "A situação é muito dramática." Cientistas estão prevendo que esses gelos poderão derreter-se num período mais curto do que se admitia, o que poderá levar a uma forte elevação no nível dos oceanos (alguns cientistas falam em alguns metros). O derretimento no Círculo Polar Ártico também é considerado muito grave pela Universidade do Colorado (Newsweek, 26/6).
    O Ártico está perdendo 15% do gelo a cada década, o dobro do previsto, diz o meteorologista Michel Belud, assessor do governo canadense. E pode não ter mais gelo em 30 a 40 anos.
    São questões tão dramáticas que o chefe da Defesa no governo britânico, Jock Stirrup, chega a afirmar que "o clima ameaça a segurança no mundo", porque "pode desintegrar Estados, gerar desastres com populações e até trazer o risco de guerras" (entre povos que disputem recursos naturais). Mas ainda assim não se conseguiu até aqui um acordo para reduzir as emissões entre 50% e 66% até 2050, como recomenda o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
    Nestes últimos dias, continuaram as reprimendas mútuas entre China e EUA, quando a Agência Ambiental da Holanda afirmou que a primeira teria superado o segundo em emissões totais, com 6,2 bilhões de toneladas anuais equivalentes de dióxido de carbono (CO2), ante 6,005 bilhões dos EUA.
    Respondeu a China que cada norte-americano emite quatro vezes mais CO2 (42,5 quilos por ano, ante 10,5 de um chinês). E que boa parte das emissões chinesas ocorre na fabricação de produtos consumidos nos EUA.
    Também o Brasil continua a levar suas estocadas. Recente estudo do Banco Mundial, publicado por The Wall Street Journal e reproduzido no Estado (11/6), diz que o Brasil, quarto maior emissor mundial, já contabilizava em 2003 nada menos de 2,316 bilhões de toneladas anuais equivalentes de CO2 (incluindo metano e óxido nitroso), nível bastante superior ao do primeiro inventário oficial brasileiro, que apontou para 1994 emissões de 1.029.706 toneladas de CO2, 13.173 toneladas de metano e 550 toneladas de óxido nitroso.
    Mesmo calculando a equivalência, já que o metano é 23 vezes mais agressivo que o CO2 e o óxido nitroso, mais de 300 vezes, ainda assim as emissões brasileiras entre 1994 e 2003 teriam aumentado mais de 50%. Restaria calcular em quanto a redução no desmatamento na Amazônia terá contribuído para baixar esse total; segundo a ministra do Meio Ambiente, seriam 430 milhões de toneladas.
    O presidente da República tem reiterado (Estado, 8/6) que "a Amazônia é nossa", que o Brasil não aceitará pressões para adotar compromissos de reduzir as emissões e o desmatamento, que os países ricos precisam assumir sua responsabilidade e que "o etanol é a nossa resposta".
    A notícia do plano em mãos do presidente indicaria outra direção, que será preciso conferir. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo no último domingo (A2), afirmou que o Brasil deve aceitar compromissos de redução das emissões e "desmatamento zero", assim como criar regras para que a expansão das culturas de cana-de-açúcar não crie outros problemas.
    As estatísticas continuam muito fortes. A ONU calculou que em 2002 já havia 24 milhões de refugiados, vítimas de "desastres naturais", e que eles serão 50 milhões em 2010. Segundo a Christian Aid, em 2050 já haverá 1 bilhão de pessoas refugiadas por falta de água e quebra de colheitas.
    Segundo a OMS, as "doenças ambientais" (poluição do ar e da água, falta de rede de esgotos e de tratamento) matam 233 mil pessoas por ano no Brasil.
Diante de tudo isso, é importante a notícia do plano em mãos do presidente. Mas é preciso ter mais pressa - e mais abertura para compromissos. 
 
Autor: Washington Novaes  - Jornal da Ciência (06/07/07) - artigo publicado em "O Estado de SP"
Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=48544


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sexta-feira, 6 de julho de 2007

Ciência com foco na Amazônia

    O maior evento científico do Brasil instala-se este ano em Belém, segunda maior cidade da Amazônia brasileira. Nada mais apropriado. Com o tema 'Amazônia: desafio nacional', a 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) pretende enfocar a necessidade de colocar a região no centro do debate político no Brasil. Na próxima semana, a capital paraense deve receber cerca de 15 mil pessoas, incluindo cientistas, professores, estudantes e outros interessados, para debater sobre questões fundamentais para a independência e o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico do país.
     Não é de hoje que a SBPC se mobiliza em torno das questões que envolvem a Amazônia. O presidente da entidade, Ennio Candotti, defende a elaboração de um projeto nacional para a região, que atraia recursos e amplie a presença de empresas inovadoras, comprometidas com o desenvolvimento sustentável. A inclusão da Amazônia na agenda nacional já era debatida em 1983, quando Belém recebeu sua primeira reunião anual da SBPC. Após quase 25 anos, o quadro de desmatamento crescente, ocupação predatória das terras e águas, exploração sem fim das riquezas do solo e subsolo e abandono da cultura permanece, porém agravado.
     Há alguns anos a SBPC se prepara para retomar esse debate. Na reunião anual de Cuiabá (Mato Grosso), em 2004, e nos encontros regionais realizados nos últimos meses em Palmas (Tocantins), Manaus (Amazonas), Rio Branco e Cruzeiro do Sul (Acre), Belém (Pará), Macapá (Amapá) e Altamira (Pará), discutiu-se o modelo amazônico de desenvolvimento e foram propostas alternativas econômicas e tecnológicas apropriadas para a região, o que orientou novas pesquisas científicas.
     Agora, durante cinco dias, o público terá a oportunidade de se reunir com pesquisadores das mais diversas áreas para discutir temas importantes relacionados à Amazônia, como sua diversidade vegetal, agricultura sustentável na região, febre amarela e outras arboviroses, dermatologia tropical e a relação entre os saberes tradicionais e científicos. O evento inclui ainda outros assuntos da ordem do dia da ciência e tecnologia, entre eles, aquecimento global, neurociência no Brasil, o universo e a teoria do Big Bang, desenvolvimento da China e terapias gênicas.
 
     Programação extensa e variada
     Organizada em conjunto com a Universidade Federal do Pará, a 59ª Reunião Anual da SBPC trará 45 conferências, 15 simpósios, 40 minicursos e 57 mesas-redondas. Duas inovações da reunião de 2006 serão reeditadas este ano. Os encontros abertos – 22 ao todo – irão reunir no mínimo seis especialistas com o objetivo de elaborar documentos para nortear as políticas e ações da SBPC durante o ano. Além disso, serão realizados oito grupos de trabalho interdisciplinares, nos quais profissionais de diferentes áreas discutirão questões como planejamento regional e províncias minerais na Amazônia, saúde, sensores biológicos, sistemas espaciais na região amazônica e integração sul-americana. As atividades acontecem no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.
     Além da programação científica, durante a reunião anual ocorrem eventos tradicionais, como a Exposição de Tecnologia e Ciência (EXPOT&C) e a SBPC Jovem – ambas em sua 15ª edição – e a SBPC Cultural, com a apresentação de atividades culturais ligadas à região. A EXPOT&C, que incluirá também uma programação técnica com mesas-redondas e palestras, terá mais de 60 expositores, entre incubadoras de empresas, instituições de fomento, universidades e empresas, que mostrarão a face do conhecimento científico voltado para a inovação.
     Para ampliar o acesso da população às atividades, a SBPC Jovem deste ano irá ultrapassar os limites do local onde acontece a reunião. Sua programação prevê oficinas, minicursos, palestras, feiras de ciências e peças teatrais, que serão realizados em museus, centros de ciência, planetários e universidades.
     A nova diretoria da SBPC tomará posse durante a reunião em uma cerimônia oficial no dia 12 de julho. O cargo de presidente da entidade será ocupado agora pelo matemático Marco Antonio Raupp, da Universidade de São Paulo (USP), eleito ontem, dia 5, após escolha em segundo turno devido ao empate na primeira votação.
     A programação completa da 59ª Reunião Anual da SBPC pode ser consultada pela internet. São centenas de eventos simultâneos, para que os participantes possam escolher de acordo com seus interesses.
     A abertura oficial da reunião será realizada no dia 8 de julho, domingo, às 19h, no auditório do Centro de Convenções da Amazônia. Ao longo da semana, a CH On-line trará para você, direto de Belém e em tempo real, alguns destaques do evento.
Autora: Thaís Fernandes - Ciência Hoje On-line


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Câmara dos Deputados investiga compra de terras na Amazônia por ONG

    A Câmara e o Ministério Público vão investigar as atividades de uma ONG inglesa suspeita de comprar terras irregularmente na região amazônica. Em tese, a ONG Cool Earth promove uma campanha de arrecadação de recursos em seu site para impedir o desmatamento e reduzir as emissões de gases poluentes na Amazônia, mas há suspeitas de que o real objetivo seja tomar posse de grandes áreas da região.
    Na campanha da ONG, cada doador contribui com 35 libras esterlinas - o equivalente a R$ 140 - para a aquisição de meio acre de terra. O argumento da organização é que cada 2 mil metros quadrados de floresta preservados evitam o despejo de cerca de 130 toneladas de gás carbônico na atmosfera. As deputadas Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC) encaminharam uma representação para que a Procuradoria da República no Distrito Federal investigue o caso rigorosamente.
    Segundo Vanessa Grazziotin, que preside a Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, os procedimentos da ONG inglesa estão em desacordo com a legislação brasileira. "Há suspeitas de que eles estejam tomando posse de forma irregular e ilegal das terras da Amazônia. Recentemente, foi divulgado na mídia que eles estariam captando recursos internacionais para adquirir terras na região, e nós temos leis que estabelecem ritos específicos para estrangeiros terem acesso à posse de bens imóveis nessa área. Então, o caso é grave", avaliou.
    A Comissão da Amazônia vai designar um grupo de trabalho coordenado pelo deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA) para acompanhar o caso, junto com representantes do Incra - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e do Ministério das Relações Exteriores.
   
     Intenções 
     Vanessa Grazziotin disse que, se a ONG quisesse mesmo preservar o meio ambiente, poderia fazer convênios legais com o Ministério do Meio Ambiente ou com os governos estaduais, ou colaborar nos investimentos em programas de defesa ambiental. "O que existe mesmo é o interesse de ter a propriedade de grandes glebas na região amazônica. Há notícias de que foi comprada uma área de 160 mil hectares em Itacoatiara, e queremos que isso seja investigado em profundidade, porque temos a convicção plena de que o objetivo maior não é a defesa do meio ambiente", ressaltou.
 
Autor: Agência Câmara - Ambiente Brasil


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quarta-feira, 4 de julho de 2007

PC calcula danos que você causa ao ambiente

Ferramentas on-line trazem questionário adaptado à realidade brasileira.
Programas mostram o que você deve fazer para neutralizar danos causados.


Você sabe quanto carbono despeja na atmosfera? Uma boa forma de se conscientizar sobre práticas sustentáveis e de neutralização desse carbono é usar uma ferramenta específica para calcular o tamanho do problema. E são várias as opções encontradas na internet, geralmente levando em conta os estilos de vida norte-americano ou europeu. No Baixatudo, é possível ter acesso a versões adaptadas para a realidade brasileira.
Desenvolvida pela equipe do projeto Florestas do Futuro, a Calculadora de Emissão de CO2 traz um questionário em português para analisar as atividades cotidianas realizadas pelo público brasileiro, como trajetos de carro, ônibus ou avião, por exemplo. Após o questionário ser preenchido, a ferramenta calcula automaticamente quanto de carbono o usuário emite e mostra o que fazer para neutralizar seus efeitos nocivos na natureza.
A Calculadora Carbono Neutro é outra ferramenta interativa para calcular a emissão de CO² em diversas situações: transporte, eletricidade, gás natural, etc. Você pode adicionar diversos parâmetros e descobrir a quantidade de árvores correspondente ao carbono emitido anualmente por você e sua família.

Autor: Mylène Neno do Baixatudo - G1 Globo
Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL63600-6174,00.html



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Amazônia é grande emissora de metano

Elevada emissão natural do gás reforça necessidade de reduzir participação humana no efeito estufa

A floresta amazônica é um dos maiores focos do mundo de emissão do gás metano (CH 4 ), um dos principais causadores do efeito estufa. A surpreendente descoberta, conseqüência de uma série de estudos realizados em conjunto por cientistas brasileiros e norte-americanos, mostra que a Amazônia contribui, por ano, com cerca de 23% das emissões mundiais do gás. Os cientistas ainda não sabem ao certo o porquê dessas elevadas taxas, que reforçam a necessidade de redução das emissões pelo homem.

Os cientistas recolheram amostras do ar da Amazônia em diferentes alturas e verificaram uma taxa de metano muito maior do que a esperada. (Foto cedida por Luciana Gatti).



















A pesquisa, iniciada em 2003 e publicada recentemente na revista Geophysical Research Letters , é fruto de uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e o órgão norte-americano National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Os cientistas usaram um avião de pequeno porte para recolher amostras do ar da Amazônia em uma faixa vertical, da altura de quatro quilômetros que apresenta um grau mínimo de concentração de gases poluentes até bem perto do solo onde a presença dos gases se mostrou maior.
As amostras de ar foram, então, comparadas com os dados da concentração de gases na atmosfera fornecidos por duas estações globais de monitoramento: na ilha de Ascension, entre o Brasil e a África do Sul, no Oceano Atlântico sul, e em Barbados, na América Central, região que apresenta concentração de gases de efeito estufa mais elevada. Como as correntes de ar desses locais se dirigem à Amazônia, foi possível medir a concentração de gases dos ventos antes de chegarem à região amazônica e após receberem as emissões da floresta. Para garantir que as massas de ar analisadas nesses dois momentos fossem as mesmas, os pesquisadores usaram como parâmetro as taxas de um gás sintético liberado por indústrias, o hexafluoreto de enxofre (SF 6 ), que não é produzido nem consumido pelo ambiente. Com a comparação, os cientistas puderam perceber uma taxa de metano muito maior do que a esperada na Amazônia: 34 ppb (partes por bilhão) por ano.
"Em época de cheias, é normal que haja um aumento na emissão de CH4 para o ar, já que o gás é naturalmente produzido em ambientes com pouca oxigenação, como em regiões alagadas", explica a coordenadora brasileira do estudo, a química Luciana Vanni Gatti, do Ipen. "Como 20% da Amazônia ficam alagados nesse período, o aumento dessa taxa poderia ser explicado. Mas nós descobrimos que essa variação não poderia ser toda proveniente das áreas alagadas, o que gera incerteza sobre sua origem."
Segundo Gatti, um estudo publicado no ano passado indica que as plantas podem emitir metano diretamente. Essa poderia ser uma das explicações para o valor de emissões maior do que o esperado. "Saber de onde vem o gás é importante para que seja possível controlar as emissões", diz. E acrescenta: "Mas não se pode esquecer que as emissões naturais sempre existiram. Não são elas as causadoras do aumento do efeito estufa, e sim a emissão decorrente de atividades humanas. O que deve haver é uma conscientização da sociedade para que a contribuição humana nessas taxas seja diminuída."
A pesquisa, que ainda está em andamento, faz parte do Experimento Biosfera-Atmosfera de Larga Escala na Amazônia (LBA, na sigla em inglês), projeto coordenado pelo Brasil e que reúne dezenas de países. O LBA também desenvolve, no momento, pesquisas envolvendo os outros gases de efeito estufa. O próximo relatório a ser divulgado será sobre o dióxido de carbono (CO 2 ).

Autor: João Gabriel Rodrigues - Ciência Hoje On-line
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/95565



Novo

Bird teria censurado relatório sobre poluição na China

     O Banco Mundial (Bird) está sendo acusado de ter cortado de um relatório a informação de que até 760 mil pessoas morreriam ao ano prematuramente por causa da poluição na China.
     O organismo internacional teria cedido às pressões do governo chinês, que temeria possíveis protestos populares caso as informações se tornassem públicas, segundo o diário britânico Financial Times. Reportagem do jornal diz que a informação foi cortada do relatório, ainda não publicado, após pedidos de dois departamentos do governo chinês.
     O Banco Mundial disse à BBC que a versão final do documento ainda não havia ficado pronta e que as informações do relatório, que estão sendo compiladas em conjunto com o governo chinês, ainda estão sendo revisadas. Uma porta-voz da organização se recusou a dizer se as estatísticas sobre mortes prematuras faziam parte ou não da versão inicial.
 
     Mortes
     O relatório, intitulado "O Custo da Poluição na China", teria indicado em sua versão inicial, segundo o FT, que os altos níveis de poluição do ar nas cidades chinesas provocariam entre 350 mil e 400 mil mortes prematuras ao ano.
     Outras 300 mil mortes prematuras anuais seriam provocadas pela má qualidade do ar em ambientes fechados, enquanto que doenças como diarréia e cânceres provocados pela má qualidade da água, principalmente nas áreas rurais, provocariam a morte de cerca de 60 mil pessoas ao ano.
     Segundo o jornal, o Banco Mundial concordou "com relutância" em cortar as informações depois de autoridades chinesas terem pedido a censura, alegando que eram questões sensíveis e que poderiam provocar protestos. De acordo com o Financial Times, o pedido para a censura do relatório teria partido da agência chinesa de proteção ambiental e do Ministério da Saúde.
 
     Custo
     Apesar da aparente discussão sobre os números, o relatório preliminar do Banco Mundial, publicado em março, sugere que a poluição do ar e da água teriam levado a um aumento no número de mortes na China.
     O documento também diz que o custo total da poluição para o país representa cerca de 5,8% do Produto Interno Bruto. O governo chinês reconheceu no mês passado que 60% das cidades do país sofrem regularmente com a poluição do ar e não têm tratamento adequado de esgoto.
     Um relatório anterior do Banco Mundial também já havia indicado que a China abriga 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo.
 
Autor: BBC Brasil no Terra Notícias


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De quem é o Pólo Norte?

     A Rússia está dando sinais que pretende anexar o Pólo Norte ao seu território. O derretimento do gelo na região aquece a disputa por riquezas escondidas no mar. Segundo cientistas russos, existe evidências que o Pólo está ligado diretamente ao território do país por um bloco geológico submarino. Pela lei internacional, nenhum país é dono do Pólo Norte. Mas um grupo de geólogos russos fizeram uma expedição de seis semanas em um quebra-gelo nuclear para a Dorsal Lomonosov, uma cadeia de montanhas sob o Oceano Ártico.



 
     Os jornais russos estamparam a notícia, com um mapa mostrando um território triangular no Ártico do tamanho da Alemanha e Itália juntas, com a bandeira russa. O que está em jogo é uma área que tem recursos minerais, como petróleo, gás e pedras preciosas.
     Mas alguns cientistas russos estão ironizando. "Acho estranho", diz Sergey Priamikov, do Instituto de Pesquisa Antártica e Ártica de São Petersburgo. "O Canadá poderia usar o mesmo argumento. Os canadenses poderiam dizer que a Dorsal de Lomonosov é parte do Canadá. Isso poderia significar que a Rússia pertenceria ao Canadá, junto com toda a Eurásia."

Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta


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terça-feira, 3 de julho de 2007

10 pontos cruciais para reescrever o presente

     Podemos alimentar duas atitudes face à crise ecológica: apontar os erros cometidos no passado ou resgatar os valores, os sonhos e as experiências que deixamos para trás e que podem ser úteis para a invenção do novo. Prefiro esta segunda atitude.
 
     Durante a ECO-92 no Rio de Janeiro, 1600 cientistas entre os quais havia 102 Prêmio Nobel de 70 paises lançaram o documento Apelo dos cientistas do mundo à humanidade. Aí diziam:"Os seres humanos e o mundo natural seguem uma trajetória de colisão. As atividades humanas desprezam violentamente e, às vezes, de forma irreversível o meio ambiente e os recursos vitais. Urge mudanças fundamentais se quisermos evitar a colisão que o atual rumo nos conduz". Foi uma voz pronunciada no deserto. Mas agora, no contexto atual, quando os dados empíricos apontam as graves ameaças que pesam sobre o sistema da vida, elas ganham atualidade. Não convém menosprezar o valor daquele apelo.
     Podemos alimentar duas atitudes face à crise ecológica: apontar os erros cometidos no passado que nos levaram à presente situação ou resgatar os valores, os sonhos e as experiências que deixamos para trás e que podem ser úteis para a invenção do novo. Prefiro esta segunda atitude. Por isso, importa fazer uma reescritura do momento presente, elencando mais que aprofundando dez pontos cruciais.
     O primeiro é resgatar o princípio da re-ligação: todos os seres, especialmente, os vivos, são interdependentes e são expressão da vitalidade do Todo que é o sistema-Terra. Por isso todos temos um destino compartilhado e comum.
     O segundo é reconhecer que a Terra é finita, um sistema fechado como uma nave espacial, com recursos escassos.
     O terceiro é entender que a sustentabilidade global só será garantida mediante o respeito aos ciclos naturais, consumindo com racionalidade os recursos não renováveis e dar tempo à natureza para regenerar os renováveis.
     O quarto é o valor da biodiversidade, pois é ela que garante a vida como um todo, pois propicia a cooperação de todos com todos em vista da sobrevivência comum.
     O quinto é o valor das diferenças culturais, pois todas elas mostram a versatilidade da essência humana e nos enriquecem a todos, pois tudo no humano é complementar.
     O sexto é exigir que a ciência se faça com consciência e seja submetida a critérios éticos para que suas conquistas beneficiam mais à vida e à humanidade que ao mercado.
     O sétimo é superar o pensamento único da ciência e valorizar os saberes cotidianos, das culturas originárias e do mundo agrário porque ajudam na busca de soluções globais.
     O oitavo é valorizar as virtualidades contidas no pequeno e no que vem de baixo, pois nelas podem estar contidas soluções globais, bem explicadas pelo efeito borboleta.
     O nono é dar centralidade à equidade e ao bem comum, pois as conquistas humanas devem beneficiar a todos e não como atualmente, a apenas 18% da humanidade.
     O décimo, o mais importante, é resgatar os direitos do coração, os afetos e a razão cordial que foram relegados pelo modelo racionalista e é onde reside o nicho dos valores.
     Estes pontos representam visões humanas que não podem ser desperdiçadas, pois incorporam valores que poderão alimentar novos sonhos, nutrir nosso imaginário e principalmente fomentar práticas alternativas. Somos seres que esquecem e recordam e que sempre podem resgatar o que não pôde ter oportunidade no passado e dar-lhe agora chance de realização. Por ai, quem sabe, encontraremos uma saída para a crucificante crise atual.
 
Autor: Leonardo Boff - Especial para a Carta Maior


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ONU cobra de Brasil, Índia e China corte de CO2

     O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, cobrou da China, Brasil e Índia ações para reduzir suas emissões de CO2.
     Anteontem, a ONU publicou um relatório sobre as metas de redução de pobreza e de degradação ambiental pelo qual os países emergentes já são responsáveis por emissões de CO2 equivalentes às dos países ricos.
Para Ban Ki-Moon, está na hora de esses grandes países emergentes também atuarem para reduzir suas emissões. Uma das Metas do Milênio estabelecidas em 2000 é a reversão da degradação do ambiente até 2015, objetivo que não está sendo obtido.
     "A China é um dos mais importantes países emissores e deve participar dos esforços coletivos da comunidade internacional", afirmou. Para Ban, Índia e Brasil também devem assumir essa responsabilidade, já que são "importantes países emissores". "Os países em desenvolvimento e os desenvolvidos têm responsabilidades comuns. Precisamos coordenar ações concretas."
     Para o economista-chefe do Banco Mundial, François Bourguignon, 75% do crescimento das emissões até 2015 será gerado pelos emergentes. "Estão enganados aqueles que acham que a responsabilidade é só dos ricos."
Brasil, China e Índia afirmam que não podem, em seus atuais níveis de desenvolvimento, estabelecer tetos de emissões de CO2, sob o risco de que seus planos de crescimento sejam prejudicados.
     Para a secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, "o efeito desse empate no clima ainda não foi sentido", já que a contribuição histórica dos ricos para o efeito estufa é maior. "Devemos então é analisar a atribuição do ônus e buscar soluções, em parceria, para termos um futuro mais limpo."
Autor: Jamil Chade - "O Estado de SP" (JC, 03 de Julho de 2007)


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