terça-feira, 3 de julho de 2007

ONU cobra de Brasil, Índia e China corte de CO2

     O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, cobrou da China, Brasil e Índia ações para reduzir suas emissões de CO2.
     Anteontem, a ONU publicou um relatório sobre as metas de redução de pobreza e de degradação ambiental pelo qual os países emergentes já são responsáveis por emissões de CO2 equivalentes às dos países ricos.
Para Ban Ki-Moon, está na hora de esses grandes países emergentes também atuarem para reduzir suas emissões. Uma das Metas do Milênio estabelecidas em 2000 é a reversão da degradação do ambiente até 2015, objetivo que não está sendo obtido.
     "A China é um dos mais importantes países emissores e deve participar dos esforços coletivos da comunidade internacional", afirmou. Para Ban, Índia e Brasil também devem assumir essa responsabilidade, já que são "importantes países emissores". "Os países em desenvolvimento e os desenvolvidos têm responsabilidades comuns. Precisamos coordenar ações concretas."
     Para o economista-chefe do Banco Mundial, François Bourguignon, 75% do crescimento das emissões até 2015 será gerado pelos emergentes. "Estão enganados aqueles que acham que a responsabilidade é só dos ricos."
Brasil, China e Índia afirmam que não podem, em seus atuais níveis de desenvolvimento, estabelecer tetos de emissões de CO2, sob o risco de que seus planos de crescimento sejam prejudicados.
     Para a secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, "o efeito desse empate no clima ainda não foi sentido", já que a contribuição histórica dos ricos para o efeito estufa é maior. "Devemos então é analisar a atribuição do ônus e buscar soluções, em parceria, para termos um futuro mais limpo."
Autor: Jamil Chade - "O Estado de SP" (JC, 03 de Julho de 2007)


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