sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lixo plástico forma mancha no Atlântico, diz estudo


     Cientistas da Sea Education Association (SEA, na sigla em inglês) anunciaram a descoberta de uma região no Atlântico Norte onde detritos de lixo plástico parecem se acumular. A área está sendo comparada com a já bem documentada "grande mancha de lixo do Pacífico".
     Kara Lavender Law, da SEA, disse à BBC que o tema dos resíduos plásticos vem sendo "amplamente ignorado" no Oceano Atlântico. Ela anunciou os resultados da pesquisa, feita ao longo de duas décadas, em um encontro científico em Portland, nos Estados Unidos.
     "Nós encontramos uma região mais ou menos ao norte do Oceano Atlântico onde estes resíduos parecem estar concentrados e permanecem durante longos períodos", explicou Kara Lavender Law. "Mais de 80% dos detritos plásticos foram encontrados na região entre 22 e 38 graus norte. Ou seja, temos uma latitude onde o lixo parece se acumular", completou.

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Cientistas coletaram plásticos e outros resíduos marinhos em redes de malha fina arrastadas pelo barco de pesquisa (Foto: BBC Brasil)

     Estudo aprofundado
     O estudo é o mais longo e aprofundado já feito para determinar a presença de resíduos de plástico nos oceanos. Cientistas e estudantes da SEA coletaram plásticos e outros resíduos marinhos em redes de malha fina arrastadas pelo barco de pesquisa.
     As redes permaneceram parte submersas e parte fora da água, coletando assim resíduos e pequenos organismos da superfície marítima. Os cientistas fizeram 6,1 mil reboques na região do Caribe e do Atlântico Norte, na costa americana. Mais da metade destas expedições revelaram pedaços de plástico flutuando na superfície da água ¿ resíduos de baixa densidade usados na fabricação de diversos produtos, inclusive sacos plásticos.
     O impacto deste acúmulo de lixo no ambiente marinho ainda não é conhecido, acrescentou Kara Lavender Law. "Mas nós sabemos que muitos organismos marinhos estão consumindo este plástico e também que isso tem um efeito adverso sobre aves marinhas em particular", disse a pesquisadora à BBC.
     O estudo revelou também que os detritos plásticos são normalmente pequenos e não formam uma mancha heterogênea, ou seja, estão dispersos em uma grande área.

Fonte: BBC - Terra



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Iceberg gigante pode alterar correntes oceânicas, dizem cientistas


Fragmento se desprendeu após choque com outro iceberg.
Fluxo de águas geladas profundas seria bloqueado.

     Um iceberg de 2,5 mil km² de superfície e 400 metros de altura que se desprendeu do Glaciar Mertz (Antártida) há duas semanas pode alterar as correntes oceânicas em longo prazo, afirmam cientistas. O efeito da lenta jornada do superfragmento, que está flutuando ao sul da Austrália, seria um bloqueio do fluxo de águas profundas, geladas e ricas em sal. Além disso, o iceberg pode perturbar a biodiversidade excepcionalmente rica da região, especialmente colônias de pinguins.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,36849469-FMM,00.jpg
Em imagem de satélite divulgada pelo governo australiano, o iceberg B8B, com 97 km² (à dir.), se aproxima da 'língua' do Glaciar Mertz (à esq.). A colisão posterior criou um novo iceberg, com 78 km² (Foto: Governo da Austrália / AP 07-01-2010)

     O iceberg se desprendeu após um choque com outro, conhecido por B9B, que se separou do continente antártico em 1987.
     Os glaciares são "rios de gelo" que escoam das montanhas para regiões mais baixas, onde o gelo pode derreter, se romper na forma de icebergs ou reforçar uma plataforma. Plataforma é a extensão plana, flutuante, dos mantos de gelo, com espessura de 100 a 1.000 metros. Um manto de gelo é a capa de até 4 quilômetros que cobre a rocha. Flui do centro do continente em direção à costa, onde alimenta plataformas.
     "A língua de gelo (o Glaciar Mertz) estava quase desprendida, pendurada como um dente frouxo", afirmou Benoit Legresy, glaciologista do Laboratório de Geofísica e Investigação Oceanográfica de Toulouse que monitora o Glaciar Mertz há uma década, em estudo realizado em parceria com cientistas australianos.

Fonte: G1, com agências internacionais



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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Agência dos EUA aponta degelo de plataformas da Península Antártica


Organismo é a mais confiável fonte de informes sobre terremotos.
Estudo documentou encolhimento entre 1947 e 2009.

     A Agência de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) publicou nesta segunda-feira (22) relatório sobre o derretimento de plataformas de gelo na Península Antártica. O USGS é a mais confiável fonte de informes sobre terremotos.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,36671268-FMM,00.jpg
Foto divulgada pela British Antarctic Survey, parceira do USGS no projeto, mostra bloco de gelo rompendo e se descolando da Plataforma Wilkins (Foto: Jim Elliott / British Antarctic Survey via France Presse 25-03-2008)

     Segundo a agência, as plataformas estão recuando na seção sul da península. A causa, afirma o organismo americano, é mudança climática. O processo pode resultar em recuo de glaciares e aumento do nível do mar, se a alta de temperatura continuar.
     Os glaciares são "rios de gelo" que escoam das montanhas para regiões mais baixas, onde o gelo pode derreter, se romper na forma de icebergs ou reforçar uma plataforma. Plataforma é a extensão plana, flutuante, dos mantos de gelo, com espessura de 100 a 1.000 metros. Um manto de gelo é a capa de até 4 quilômetros que cobre a rocha. Flui do centro do continente em direção à costa, onde alimenta plataformas.
     A agência documentou esse encolhimento no período de 1947 a 2009. As "mais dramáticas alterações" ocorreram a partir de 1990.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,36670011-FMM,00.jpg
As 'mais dramáticas alterações' ocorreram a partir de 1990, afirma USGS (Foto: USGS)

Fonte: G1



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