sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Temperaturas no Ártico atingem nível recorde, diz relatório

Segundo estudo, temperatura está 5º C acima do normal, e gelo derrete a taxa acelerada.
 
     A região do Ártico está neste ano registrando temperaturas de outono recordes e a segunda maior perda de gelo oceânico da história, segundo o relatório anual da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
     O Annual Arctic Report Card, compilado por 46 cientistas de dez países, ressalta ainda que o Oceano Ártico está mais quente e menos salgado à medida que o gelo derrete, e que as populações de rena parecem estar em declínio.
     "As temperaturas de outono estão 5º C acima do normal, um recorde, em conseqüência da grande perda de gelo oceânico nos anos recentes, que permite maior aquecimento do oceano", atesta o relatório.
 

Foto originalmente pertencente à Universidade do Illinois. Animação em flash mostra esse derretimento nos últimos 4 anos do NO NY Times (fonte)

 
     Segundo o estudo, o ano de 2007 foi o mais quente já registrado no Ártico. Neste ano, as temperaturas de inverno e primavera "permanecem relativamente altas" em toda a região, "em contraste com as do século 20 e em consistência com uma influência emergente do aquecimento global".
     Imagens obtidas por satélite indicam que, após um verão em derretimento, a extensão mínima do gelo ártico atingiu 4,7 milhões de quilômetros quadrados.
     É apenas "um pouco" melhor do que o recorde mínimo de 4,3 milhões de quilômetros quadrados registrado há apenas um ano, em setembro de 2007, quando a cobertura de gelo do oceano ficou 39% abaixo da média de 1979-2000, e 50% abaixo da média 1950-70.
     "A extensão mínima (do gelo) no verão de 2008 reforça ainda mais as fortes tendências negativas em relação ao derretimento da cobertura observado nos verões dos últimos 30 anos", diz o estudo.
 

O jornalista Alun Anderson, da revista Nature, respondeu literalmente à altura (em inglês), mostrando in loco - nas colinas da Groenlândia - como o gelo está sumindo (foto acima). "A mudança de clima chegou", diz ele (fonte)

 
     Conseqüências
     Como conseqüência do derretimento, o Oceano Ártico continua a se aquecer e se tornar mais doce. Outro efeito é que a taxa de elevação das águas chegou a quase 0,1 polegada (25 milímetros) por ano, uma taxa considerada "sem precedentes".
     "As mudanças no Ártico mostram mais claramente do que em outras regiões um efeito dominó em decorrência de múltiplas causas", disse o oceanógrafo James Overland, do Laboratório Ambiental Marinho do Pacífico da Noaa.
     "É um sistema sensível e normalmente reflete mudanças de modo relativamente rápido e dramático."
     As mudanças têm efeito sobre o ecossistema da região. Manadas de renas, que vinham aumentando desde os anos 1970, agora mostram sinais de estabilidade ou declínio, de acordo com o estudo.
     Além disso, populações de ganso estão aumentando e tomando outras regiões dentro do ecossistema do Ártico.
 

Urso polar se alimenta em região costeira do Alasca (fonte)

 
 
Fonte: BBC - G1
Postado a adaptado por Wilson Junior Weschenfelder

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Assista ao derretimento das geleiras ao vivo. E não durma

     O site dinamarquês Sermitsiaq teve uma idéia ousada para registrar o aquecimento global. Eles instalaram uma câmera no glaciar Ilulissat, na Groenlândia. Você pode assistir ao vivo pela internet o processo de derretimento das geleiras de lá. Em tempo real. Não é emocionante? Bom, na verdade é chato. Mas não deixa de ser uma idéia brilhante.
 

groenlandiarrent.jpg

 
     A geleira se move 22 metros por dia. Cada uma das fraturas da geleira pode ter uma parede de gelo com mil metros de altura. Se todas as geleiras como essa continuarem derretendo, o nível do mar pode subir 7 metros.
     Não vai acontecer do dia para a noite, como se pode ver na câmera do site. Além de servir como conscientização para o problema do aquecimento global, a transmissão ao vivo da geleira também é um bom remédio para noites de insônia.
 

 
Fonte: Gizmodo - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Suíça encontra alta concentração de melamina em biscoito da Tailândia

     Autoridades sanitárias da Suíça afirmaram ontem ter encontrado altas concentrações de melamina em biscoitos produzidos na Tailândia e Sri Lanka e alertaram outros países europeus a retirar os produtos de seus mercados.
     Em comunicado oficial, as autoridades suíças afirmaram que os distribuidores dos biscoitos contaminados na Europa já foram identificados. Ainda segundo o comunicado, testes de uma dúzia de produtos lácteos para bebês não revelaram qualquer tipo de contaminação.
 
O número de crianças chinesas vítimas do leite contaminado com melamina aumentou, anunciou o Ministério da Saúde chinês
 
     Na China quatro crianças morreram e mais de 54 mil ficaram doentes na China por causa da melamina. Funcionários do setor de laticínios são acusados de misturar água ao leite para aumentar seus ganhos. Para fraudar testes de proteínas, adicionavam a melamina à mistura.
     A melamina é usada no setor de plásticos e na fabricação de fertilizantes. Em grandes quantidades, o produto pode formar pedras nos rins e até levar à morte por falência renal.
 
Fonte: O Estado de S.Paulo - AE-AP - Uol
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Relatório: concentrações de ozônio continuam subindo

As concentrações de ozônio ao nível do solo continuam a subir a despeito das regulamentações cujo objetivo é controlar o nível desse gás, de acordo com a Royal Society, a academia britânica de ciências.
 
     O impacto dos poluentes sobre a saúde humana e o rendimento das safras também é pior do que se imaginava anteriormente, alerta o estudo.
     Os níveis de ozônio subjacente subiram em cerca de duas partes por bilhão (ppb) a cada década, depois dos anos 80, e chegaram a 35/40 ppb, um patamar prejudicial, na maioria dos países industrializados do mundo.
     "No passado visto como questão de escala local ou regional, o ozônio ao nível do solo emergiu como poluente mundial", afirma o relatório. Um acordo mundial para controlar o crescimento do ozônio ao nível do solo se tornou necessário a fim de evitar potenciais ameaças à segurança alimentar mundial e um crescente número de mortes, conclui o estudo.
 

De acordo com a academia britânica de ciências, as concentrações de ozônio ao nível do solo continuam subindo

De acordo com a academia britânica de ciências, as concentrações de ozônio ao nível do solo continuam subindo (imagem: Nature)

 
     Amigo e inimigo
     O ozônio é um elemento natural da atmosfera. Na estratosfera, ela serve como filtro solar protetor que protege a Terra contra os níveis elevados de radiação ultravioleta vinda do sol.
     Mas o ozônio em nível do solo é formado por reações químicas propelidas pela radiação solar entre compostos orgânicos voláteis, como os hidrocarbonetos combustíveis, e óxidos de nitrogênio que são emitidos em larga medida pelos escapamentos de veículos.
     A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu que o ozônio em concentração superior a 50 ppb tem efeito sobre a saúde humana. Mas o estudo da Royal Society diz que concentração de 35 ppb já gera impactos, e de acordo com a Agência Ambiental Européia mais de 21 mil mortes prematuras a cada ano estão associadas com o ozônio na União Européia.
     O impacto sobre a vegetação começa em concentração de 40 ppb. Na União Européia, em 2000, estima-se que 6,7 bilhões de euros (US$ 9 bilhões) em produção agrícola tenham sido perdidos por conta do ozônio, segundo o estudo.
 

Gás existente em geladeiras, se liberados, acabam atacando a camada de ozônio (Ilustração: Arte/G1)

 
     Choque para as safras
     O estudo revisou os mais recentes dados disponíveis e executou novos trabalhos de modelagem, para avaliar possíveis mudanças nos níveis de ozônio entre 2000 e 2050.
     Se todos os regulamentos existentes forem obedecidos, as concentrações de ozônio cairiam em até 15 ppb nos países desenvolvidos, até 2050. Mas nos países em desenvolvimento, onde existem poucos controles legislativos em vigor, os níveis de ozônio podem crescer em ate 3 ppb no mesmo período.
     Peter Cox, cientista do clima na Universidade de Exeter, no Reino Unido, e um dos autores do estudo, diz que "constatamos que o ozônio terá impacto significativo sobre a saúde humana e das safras, o que vai se tornar especialmente importante à medida que tentamos descobrir como manter o mundo alimentado".
     Stephen Long, especialista em safras agrícolas na Universidade do Illinois em Urbana-Champaign, recebeu positivamente o relatório. "Em termos gerais, ele pode ser considerado excelente. Destaca, com mais clareza do que em estudos precedentes, o ozônio pode causar grandes problemas", diz. "Sabíamos que ele era capaz de afetar a saúde, mas o relatório ressalta os efeitos sobre a vegetação e as safras agrícolas".
 

Esquema mostrando a quantidade de radiação ultravioleta (setas vermelhas) que chega à superfície terrestre: à esquerda, com a camada de ozônio preservada; à direita, com ela destruída (Adaptado de Raven, P.H; Berg, L.R; Johnson, George B. 1998. Envinroment - 2nd edition . Pg. 471 - fonte)

 
Autora: Natasha Gilbert - Nature
Tradução: Paulo Migliacci - Terra Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Especialistas: governos devem fracassar com biodiversidade

Os governos não conseguirão cumprir a meta de reduzir a perda de biodiversidade até 2010, afirmam especialistas ouvidos pela BBC News.
 
     O acordo da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas (CBD, na sigla em inglês) foi fechado durante a Eco-92, mas assinado apenas em 2002.
     Segundo o documento, firmado por cerca de 200 países, a meta é "atingir até 2010 uma redução significativa no atual índice de perda de biodiversidade a nível global, regional e nacional, como uma contribuição para a redução da pobreza e para o benefício de toda a vida na Terra".
     No entanto, dez especialistas presentes no Congresso Mundial de Preservação são unânimes em afirmar que a meta não será cumprida. Eles dizem que os indicadores de progresso globais não indicam melhorias e poucos governos adaptaram a meta às suas legislações nacionais.
     Nem todos os especialistas questionados pela BBC quiseram tornar públicas suas opiniões e alguns dizem que há certa relutância em "envergonhar" os governos sobre seus fracassos nessa questão. Outros sugerem ainda que a meta já não era "atingível" quando o documento foi assinado, há seis anos.
 

Situação da Mata Atlântica

 
     Indícios
     Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da CBD, disse à BBC que a meta para 2010 só seria cumprida através de ações de urgência dos governos, o que "segundo todos os indicadores, seria pouco viável".
     Na semana passada foi divulgada a Lista Vermelha das Espécies em Extinção, que revela que cerca de 25% dos mamíferos no planeta estão ameaçados de extinção.
     Também na semana passada, uma revisão da ONU sobre a economia da perda de biodiversidade mostrou que a degradação das florestas ao redor do mundo custa mais à economia global todos os anos do que a atual crise no sistema bancário.
     Georgina Mace, diretora do Centro para Biologia da População do Imperial College, em Londres, acredita que não há chances de atingir a meta prevista em 2002.
     Ela cita algumas formas usadas para medir a biodiversidade e afirma que "virtualmente todas as tendências que causam a perda das espécies e ecossistemas continuam em nível global".
     O diretor de políticas globais Congresso Mundial de Preservação, Gordon Shepard, ressalta ainda que a convenção não trata de assuntos multilaterais como a construção de estradas, a mudança climática, a poluição e a expansão agrícola.
     "Na realidade, as pessoas com poder de decisão nessas áreas, sejam os governos ou empresas, têm muito mais poder que os ministros de Meio Ambiente, que não possuem as ferramentas para combater o abuso dos recursos naturais ou do consumo", disse.
 

A diversidade biológica sustenta a vida humana

 
     Progresso
     Para Thomas Lovejoy, presidente do centro de estudos Heinz Center, em Washington DC, nos Estados Unidos, há sinais de progresso no cumprimento da meta em diferentes lugares do mundo, como Costa Rica e Butão.
     "Em 43 anos nós passamos de apenas uma floresta protegida, a Amazônia, para 40% de áreas que estão de alguma forma protegidas", afirmou.
     "Não é o suficiente para manter a integridade do ecossistema, mas é uma grande conquista", disse Lovejoy.
     A Europa foi o continente que demonstrou o maior progresso para atingir a meta. De acordo com um estudo recente, os países europeus estão trabalhando para conter a perda de biodiversidade - mas até 2050, e não 2010.
     Segundo Djoghlaf, a meta de 2010 serviu pelo menos para colocar a questão da diminuição da biodiversidade em destaque nos âmbitos público e político.
     "As pessoas estão mais alertas, prontas para se envolver na questão, o comportamento nas empresas está mudando e a biodiversidade está se tornando um assunto de negócios porque os empresários sabem que o mercado futuro é verde e eles têm que se adaptar", disse.
     No entanto, Lovejoy afirma que, apesar das iniciativas, os ecossistemas e diversas espécies já foram irremediavelmente ameaçados.
     "Não é mais uma questão sobre a possibilidade de uma sexta grande extinção na história da Terra. Ela já está acontecendo e a questão é quão grande vamos deixar que ela se torne", disse.
 
Autor: Richard Black - BBC Brasil - Terra Notícias
Postado por adaptado Wilson Junior Weschenfelder


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domingo, 12 de outubro de 2008

Gibraltar: naufrágio de cargueiros causa maré negra

     Os dois cargueiros que naufragaram sexta-feira no sul da Espanha, perto do estreito de Gibraltar, provocaram uma pequena maré negra, com vazamento de diesel de seus tanques, denunciou neste domingo uma associação de defesa do meio ambiente.
     "O cargueiro de transporte que partiu em dois sábado depois de afundar na costa da colônia britânica de Gibraltar deixou uma mancha de petróleo que vai até o mar de Alborão", destacou em um comunicado a organização Verdemar-Ecologistas em Ação.
     O segundo cargueiro que naufragou ali perto, mas em águas espanholas, começou a jogar "hidrocarbonetos leves na Baía de Algeciras", denunciou a mesma organização, dizendo que o navio transportava 1.000 toneladas de diesel quando sofreu o acidente.
     Veja as imagens:
 

Navio encalhado começou a vazar diesel neste domingo

Navio encalhado começou a vazar diesel neste domingo (imagem: EFE)

 

Ondas gigantes se chocam contra o casco do navio (imagem: EFE)

 

Ondas se chocam contra navio que encalhou na Baía de Algeciras, no Estreito de Gibraltar (imagem: EFE)

 

O navio se partiu em dois neste sábado (imagem: EFE)

 

O navio cargueiro de bandeira liberiana Fedra estava com 31 pessoas a bordo (imagem: EFE)

 
Fonte: AFP - Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Ar da Terra é dividido por "equador químico"

Uma "barreira" climática mundial capaz de impedir que a poluição do ar viaje para o sul foi descoberta, de acordo com um novo estudo. Conhecida como "equador químico", a fronteira de 50 quilômetros de largura separa o ar poluído do Hemisfério Norte do ar menos poluído do Hemisfério Sul.
     O monóxido de carbono, um gás tóxico gerado por incêndios em florestas e motores de combustão interna, cresce de 40 partes por bilhão ao sul da barreira para 160 partes por bilhão ao norte dela, os cientistas constataram. As partículas de aerossol, produzidas pela queima de combustíveis fósseis, também aumentam dramaticamente.
     A constatação foi reportada em estudo publicado pelo Journal of Geophysical Research - Atmospheres.
 

Conhecida como

Conhecida como "equador químico", a fronteira separa o ar poluído do hemisfério norte do ar menos poluído do hemisfério sul (imagem: The New York Times)

 
     Descoberta acidental
     O equador químico era uma suposição científica já antiga. Mas os cientistas esperavam localizá-lo na Zona de Convergência Intertropical, uma faixa marcada por tempestades e nuvens que circulam o globo perto da linha real do Equador terrestre. Mas ela na verdade foi localizada em céus claros mil quilômetros ao norte da zona, demonstrando que a divisão química e meteorológica entre os hemisférios difere.
     "Seria de esperar certa dose de isolamento químico, mas não a esse ponto, e mais próxima da zona", disse Peter May, cientista atmosférico do Centro Australiano de Pesquisa do Clima e Meteorologia, em Melbourne, Austrália. Ele auxiliou a pesquisa pelo lado logístico mas não esteve envolvido no estudo em si.
     O grupo de climatologistas que localizou o equador químico não tinha esse objetivo em mente ao iniciar o trabalho. Na verdade, a equipe estava estudando de que maneira tempestades transportavam produtos químicos de Darwin, na costa norte da Austrália, quando o céu de repente ficou límpido, e um vento forte começou a soprar.
     "Não era o clima certo para o nosso estudo, de modo que decidimos realizar um vôo de pesquisa rumo ao norte para descobrir o que estava acontecendo", explicou Jacqueline Hamilton, da Universidade de York, na Inglaterra, a diretora científica do estudo. "Foi então que descobrimos o equador químico", ela conta.
      Enquanto o avião dos cientistas, equipado com detectores químicos, viajava rumo ao norte, seus sensores detectavam uma tremenda diferença em níveis de poluentes.
 
     Não impermeável
     Mas nem todos os produtos nocivos são bloqueados, no entanto. "Os produtos químicos conseguem atravessar a barreira, por fim, caso se mantenham intactos no ar por mais que cerca de um ano", acautelou Hamilton. Embora o monóxido de carbono e diversos aerossóis sejam mantidos do outro lado da barreira, os químicos que persistem por mais tempo na atmosfera, como o dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito-estufa, conseguem atravessar.
      "Essa constatação significa que, quando o equador químico foi observado, a poluição não estava chegando à camada mais alta da atmosfera, onde poderia alterar a química das nuvens e da camada de ozônio", disse May.
      O fenômeno poderia facilitar o mapeamento de poluentes, para os pesquisadores, mas continuam a existir muitas outras incógnitas. "Estamos ainda bem no começo do estudo. Ainda temos de saber muito mais sobre como o clima e a química atmosférica interagem, antes que possamos avaliar as implicações reais dessa descoberta", ela disse.
 
Tradução: Paulo Migliacci
Fonte: National Geographic - Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Doenças raras ameaçam sobrevivência de espécies

     Numerosas espécies animais, já ameaçadas pelo desaparecimento de seu meio natural, vêm sendo obrigadas, também, a enfrentar enfermidades pouco conhecidas, às vezes vinculadas à mudança climática com conseqüências potencialmente graves para os seres humanos.
     "A maior ameaça da mudança climática provavelmente seja a propagação de enfermidades emergentes", declarou em Barcelona Steven Sanderson, presidente da Wildlife Conservation Society, WCS, com sede em Nova York.
 

Alga (Karenia brevis) produtora das "marés vermelhas"

 
     "Toda a perturbação no meio ambiente tem efeitos imediatos sobre os animais selvagens porque não podem se adaptar rapidamente", destacou o médico William Karesh, diretor de programas de saúde da WCS.
     Um estudo da Sociedade apresentado no congresso da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) mostra uma lista de 12 agentes patógenos, como a peste e o cólera, que um aumento das temperaturas e das precipitações contribuiria para propagar rapidamente entre a fauna selvagem.
     Entre as doenças citadas, figuram também a tuberculose e a febre amarela, o vírus Ebola, causadores de epidemias mortais em homens e primatas na África Equatorial, os parasitas externos e intestinais, o Mal de Lyme, transmitido pelo carrapato nos mamíferos, ou as "marés vermelhas" fatais para a vida marinha, devido à proliferação de uma alga (Karenia brevis) produtora de uma neurotoxina.
 

Bloom de algas (Karenia brevis) formando "maré vermelha"

 
     A mudança climática poderia também contribuir indiretamente para a propagação do vírus H5N1 da gripe aviária levando as aves migratórias a modificar suas rotas, entrando em contacto, assim, com aves domésticas, explicou.
     Esta lista de enfermidades mortais da fauna selvagem é apenas "uma mostra", elaborada em função de seu impacto potencial sobre a saúde humana, destacou o doutor Karesh.
     Assim, o chamado diabo da Tasmânia (Sarcophilus harrisii), um marsupial carnívoro, viu cair sua população em 60% nos últimos dez anos, devido a um misterioso tumor cancerígeno facial de que ninguém sabe a origem.
 

Diabo da Tasmânia (Sarcophilus harrisii) em risco de extinção

 
Fonte: AFP - terra Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Destruição da Amazônia preocupa mais Europa do que Brasil, diz especialista

     O processo de desmatamento pelo qual passa a Amazônia brasileira preocupa mais a Europa do que o Brasil, e são os próprios brasileiros quem a exploram, não as multinacionais, disse à Agência Efe Ariovaldo Umbelino de Oliveira, professor de Geografia da Universidade de São Paulo (USP).
     Oliveira inaugurou esta semana o ciclo de conferências "Amazônia ferida - é possível um desenvolvimento sustentável?", organizado pelo museu CosmoCaixa, em Barcelona.
Fazendeiros locais e empresas privadas brasileiras se encarregam da exploração do leito do Amazonas, enquanto as multinacionais só se dedicam à comercialização e à distribuição, segundo o professor.
 

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     Oliveira afirma que a soja dessa região é destinada para o resto do país em forma de óleo e margarina, mas não para a Europa, que alimenta o gado com o que chega de outras áreas do Brasil.
     Atualmente, 20% dos 7 milhões de quilômetros quadrados dessa reserva do planeta ficaram sem árvores, e, apesar de o ritmo de desmatamento ter diminuído nos últimos cinco anos, "quase não restará floresta dentro de 50 anos", caso continue esta tendência.
     Entre 10 mil e 20 mil hectares de árvores são explorados por mês pela indústria madeireira, ou são trocados por cana-de-açúcar, plantações de soja ou estradas para o transporte dos produtos.
     O problema é que o Governo brasileiro "não assume o controle" de dois terços da Amazônia, portanto, as áreas são ocupadas de forma gratuita por fazendeiros sem documentos legais de propriedade, mas com muita influência no partido governante.
     É uma situação contraditória, pois o partido no poder proibiu o desmatamento de espécies como o mogno ou o castanho e é "o que mais fez pelos pobres", segundo Ariovaldo.
     O analista garante, no entanto, que no leito do Amazonas estão "as maiores propriedades de terra na história da humanidade", e algumas chegam a 100 mil quilômetros quadrados.
 

 
     A maioria dos 600 mil indígenas brasileiros vive na região, mas o professor descarta o desaparecimento desses povos, porque o "Brasil cuidou deles tradicionalmente".
     Outro problema para a floresta vem das mãos da indústria de soja, que utiliza agrotóxicos e adubos para combater pragas.
     O processo consiste em retirar a vegetação anterior, tirar as raízes, plantar a soja e adicionar produtos químicos. O solo fica saturado de água (pois chove muito) e os ácidos e adubos emergem à superfície, o que impede que outro tipo de vegetação se forme no terreno, segundo o professor.
     O cultivo da soja começou no centro do Brasil, sul da Amazônia, e obrigou os criadores de gado a se transferirem para a bacia amazônica, no norte.
     Oliveira considera que o consumo excessivo de carne e a grande utilização de madeira, assim como a crise alimentícia, que incentiva o cultivo de grão, são as principais causas do problema.
 
Fonte: EFE - Terra Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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