quarta-feira, 24 de junho de 2009

Amazônia perde 124 km² de florestas em maio, diz Inpe


Área equivale a sete vezes a Ilha de Fernando de Noronha.
Houve queda de 89% em relação a mesmo mês de 2008.

     A Amazônia perdeu pelo menos 123,7 km² de florestas no mês de maio – área equivalente a sete vezes a Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma redução de 89% se comparado com o mesmo mês de 2008, quando foi registrado desmatamento de 1.096 km².



Veja mapa com a cobertura de nuvens na Amazônia. (Foto: Inpe/Divulgação)

     A leitura dos satélites foi prejudicada pelas nuvens, que cobriram 62% da Amazônia Legal. Em maio do ano passado, a área coberta por nuvens era de 46%.
     O estado onde foram encontradas mais áreas desmatadas foi Mato Grosso, que teve 61,2 km² de florestas derrubadas. Em segundo lugar está Roraima, com 17,7 km², seguido pelo Maranhão, com 17,6 km².
     Desde o início do ano, a Amazônia acumula desmatamento de 543,2 km², uma queda de 85% em comparação com o mesmo período de 2008, quando os satélites do Inpe mediram 3.730,1 km² de devastação.

Desmatamento da Amazônia em maio de 2009

Estado

Área desmatada (km²)

(% do estado coberta por nuvens)

Mato Grosso

61,2

7 %

Roraima

17,7

53 %

Maranhão

17,6

32 %

Rondônia

11,8

27 %

Pará

10,6

83 %

Tocantins

4,8

7 %

Acre

-

84 %

Amapá

-

99 %

Amazonas

-

92 %

Amazônia Legal

123,7

62%

Fonte: Inpe. A Amazônia Legal é uma região formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

     Alerta
     A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas focos de devastação com área maior que 2.500 m². Para o cálculo das áreas desmatadas, são consideradas tanto as matas que foram completamente destruídas – que sofreram o chamado 'corte raso' – quanto os locais em que houve degradação parcial.
     Em breve, os focos de desmatamento detectados pelo Inpe poderão ser vistos de forma simples e amigável no mapa interativo do Globo Amazônia, que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos.


Fiscais do Ibama medem madeira apreendida no Pará. Nuvens cobriram 83% do estado, prejudicando a leitura feita pelos satélites. (Foto: Ibama-PA/Divulgação)

     O sistema Deter é desenvolvido para dar apoio às fiscalizações contra crimes ambientais. Como consegue detectar áreas em que a floresta ainda não foi totalmente derrubada, ele permite que providências sejam tomadas antes que toda a mata seja destruída.
     O balanço anual e consolidado do desmatamento na Amazônia é medido pelo sistema Prodes, também do Inpe, que tem resolução melhor e consegue detectar focos menores de destruição. Os dados desse sistema são divulgados pelo instituto no final do ano.

Fonte: Globo Amazônia - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Mucajaí (RR) lidera lista do desmatamento da Amazônia em maio


Município teve 16,7 km² de florestas destruídas no mês.
Das dez cidades que mais desmataram, cinco estão em MT.

     O município de Mucajaí, em Roraima, é o local onde foi detectada a maior área de desmatamento em maio. Segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mede a degradação florestal na Amazônia, foram identificados 16,7 km² de destruição no município. A área equivale a cerca de dez vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo.


Imagem de satélite obtida em maio mostra a região de Mucajaí (RR). O município está na transição entre a floresta amazônica e o cerrado, que pode ser visto em cima, ao lado direito. (Foto: Inpe/Divulgação)

     Segundo a secretária de Meio Ambiente de Mucajaí, Luzinete Mesquita dos Anjos, o município sofre desmatamento desde a sua criação, mas a degradação mais recente tem sido causada principalmente pela abertura de novos pastos para o gado.
     "Temos quatro projetos de assentamentos. Para esses projetos não existem políticas, planejamento. Um incentivo que esses agricultores recebem é o crédito de apoio ao produtor. Com isso eles compram ferramentas, arame e capim. É um incentivo à pecuária. Não existe um plano, uma política pública para o agricultor", critica a secretária.
     Para tentar reverter a devastação, a prefeitura tem planos de diversificar a produção agrícola. "Vamos incentivar sistemas agroflorestais [mistura de agricultura com florestas], piscicultura, cultura de pequenos animais e extração do inajá [espécie de palmeira], para produção do biodiesel. A proposta é que, nos próximos quatro anos, possamos chegar ao desmatamento zero em Mucajaí", espera Luzinete.
     Confira abaixo a lista dos dez municípios amazônicos com maior índice de desmatamento detectado em maio. O cruzamento dos dados foi feito pelo Globo Amazônia utilizando os pontos de desmatamento identificados pelos satélites do Inpe.

Municípios líderes do desmatamento em maio de 2009

Município

UF

Área desmatada (km²)

Mucajaí

RR

16,7

Itanhangá

MT

9,8

Santa Carmem

MT

6,7

Nova Bandeirantes

MT

6,5

Itinga do Maranhão

MA

6,5

Grajaú

MA

5,7

Pimenta Bueno

RO

5,1

São José do Xingu

MT

4,8

Novo Progresso

PA

4,7

Ipiranga do Norte

MT

3,6


     O Inpe ressalta que nem todo o desmatamento identificado nesse período pode ter sido realizado durante esses três meses, pois a cobertura de nuvens muitas vezes impede que os satélites detectem áreas devastadas. Por isso, derrubadas ocorridas em meses anteriores podem ter aparecido só agora, assim como desmatamentos realizados entre fevereiro e abril podem aparecer nas próximas medições.

Autor: Iberê Thenório do Globo Amazônia - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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terça-feira, 23 de junho de 2009

ONU pede "revolução energética" contra mudança climática


     Mais de 1,6 bilhão de pessoas não têm acesso à eletricidade e o planeta enfrenta uma mudança climática por causa do uso excessivo dos combustíveis fósseis, uma dupla realidade que a ONU pediu nesta segunda-feira que seja enfrentada através de uma "revolução energética" para abrir o mundo às energias limpas. Criar uma agenda mundial que permita essa transformação é o objetivo dos 500 especialistas que se reúnem até quarta-feira em Viena para tentar desenhar um futuro com menos emissões poluentes e com mais "justiça energética".



     O pedido foi feito por Kandeh Yumkella, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi), na abertura do encontro. Ao falar sobre as medidas adotadas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, o diplomata leonês citou o Brasil como um exemplo de aplicação das atuais tecnologias para reduzir o problema.
     Por outro lado, ele destacou o "vínculo entre baixa renda e pobreza energética" e assegurou que o acesso à energia é o "objetivo perdido" dentro dos Objetivos do Milênio da ONU, com os quais a organização quer combater a pobreza e o subdesenvolvimento antes de 2015. Yumkella afirmou que "acesso à energia e mudança climática são duas faces de uma mesma moeda".
     Notícia completa AQUI.

Wilson Junior Weschenfelder
Biólogo/Bacharel em Ecologia
Especialista em Licenciamento Ambiental
Doutorando em Desenvolvimento Regional
http://biowilson.blogspot.com/


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Cientistas criam plantas que crescem mais rapidamente


     Usando uma combinação de três mutações genéticas, pesquisadores especialistas em plantas conseguiram perturbar o processo de recombinação genética durante a formação de células reprodutivas - o pólen masculino e os óvulos femininos. As plantas com tripla mutação produzem pólen e óvulos geneticamente idênticos aos da planta mãe, por meio de simples divisão celular mitótica.


Uma combinação de genes ou mutações específicas será necessária para gerar uma safra agrícola que se reproduza por apomixia

     O estudo, publicado pela revista PLoS Biology, pode ajudar os criadores de plantas a se aproximar da geração de safras agrícolas capazes de produzir sementes de maneira completamente assexuada, um processo conhecido como apomixia.
     Esse tipo de planta vem sendo procurado há muito tempo porque o uso da apomixia permitiria acelerar muito o crescimento de plantas. Os descendentes híbridos de cruzamentos entre duas versões diferentes de uma planta tendem a produzir rendimento mais alto.
     Notícia completa AQUI.

Fonte: Nature - Terra
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Estudo mostra que 12% do gelo dos Alpes suíços derreteu


'Neves eternas' da cadeia de montanhas devem sumir ainda mais.
Enchentes, falta de energia elétrica e prejuízo ao turismo podem vir.

     Cientistas da Universidade de Zurique anunciaram ontem o resultado de pesquisa de uma década mostrando que as "neves eternas" dos Alpes desaparecem rapidamente. Em dez anos, 12% do gelo nas montanhas suíças derreteu. O fenômeno é registrado em várias regiões. Há dois anos, no Monte Kilimanjaro (Tanzânia), a neve desapareceu no verão pela primeira vez em 11 mil anos. Mas até agora não se sabia que o fenômeno era tão intenso, também na Europa.


Monte Kilimanjaro

     O que se conhece popularmente como neves eternas são os glaciais, estruturas de gelo que não derretem - ou não derretiam - o suficiente no verão a ponto de desaparecer. Dois fatores pesariam nesse fenômeno: a elevação média da temperatura no verão e a queda de neve mais suave no inverno. A universidade alerta que nunca o ritmo de derretimento do gelo dos Alpes foi tão rápido. "A última década foi a pior desde que começamos a registrar os dados, há 150 anos", disse Daniel Farinotti, um dos pesquisadores.
     Segundo ele, há dez anos a Suíça contava com uma cobertura de gelo de 1.063 quilômetros quadrados. Desde 1999, os glaciais suíços perderam 9 quilômetros cúbicos de gelo. A maior queda ocorreu em 2003, quando a redução foi de 3,5% em 12 meses. Até 2050, os pesquisadores estimam que os invernos nos Alpes serão 1,8°C mais quentes; os verões terão temperatura 2,7°C superior. O derretimento das neves eternas pode causar, na Suíça, mais avalanches e deslizamentos de terra, além de prejudicar o abastecimento de energia, pois as hidrelétricas são abastecidas pelo derretimento sazonal dos glaciais. O turismo também sofreria perdas. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


Sinais do derretimento da geleira de Morterat, perto de Pontresina, no estado dos Grisões - Suíça (fonte) (foto: Wikipedia)

Fonte: Agência Estado - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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