sábado, 22 de novembro de 2008

Grávidas que usam laquê podem ter bebês com deformações

     A exposição ao laquê durante a gravidez pode aumentar o risco de bebês nascidos com más-formações no sistema genital-urinário, segundo um estudo do Imperial College, de Londres, publicado pela revista Environmental Health Perspectives.
     Os autores do estudo asseguram que as mulheres que são expostas aos ftalatos, compostos químicos presentes no laquê, poderiam correr maior risco de ter filhos com hipospádia, uma anomalia congênita que evita que o pênis se desenvolva corretamente.
 

Exposição ao laquê durante a gravidez pode aumentar o risco de má-formação no sistema genital-urinário

 
     As crianças que sofrem desta má-formação costumam apresentar o meato urinário (orifício da uretra) em algum lugar da parte inferior da glande, no tronco ou na área de união entre o escroto e o pênis.
     Os pesquisadores esclarecem que o perigo não está no uso doméstico do laquê, mas no caso das mulheres grávidas que estão expostas a maiores doses por razões de trabalho, como no caso das cabeleireiras e funcionárias de centros de beleza.
     O estudo examinou o caso de 471 mulheres que tinham tido filhos com hipospádia e de um número similar de mulheres com bebês sem más-formações, e chegou à conclusão que a exposição ao produto nas mulheres do primeiro grupo tinha dobrado os casos em relação ao do segundo.
 

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Resultado final de tratamento cirúrgico de hipospádia, com uso de curativo aberto com hidrocolóide gel

 
Fonte: EFE - Terra Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Autora de livro sobre Monsanto diz que sua obra "dá muito medo"

     A jornalista francesa Marie-Monique Robin, que acaba de publicar na Espanha um ensaio sobre a multinacional de sementes transgênicas Monsanto, à qual acusa de práticas "mafiosas", diz que não sabe se seu livro "é de terror, mas dá muito medo, pois, infelizmente, tudo o que está lá é verdade".
 

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Marie-Monique Robin

 
     Le Monde Selon Monsanto (O Mundo Segundo a Monsanto) é o irônico título escolhido para um livro no qual a jornalista denuncia, com documentos inéditos e testemunhos de muitas "vítimas", a "impunidade diabólica" desta multinacional americana que comercializa "produtos tóxicos", afirmou a autora.
     As acusações de Robin a Monsanto são infinitas: vender sementes geneticamente modificadas que não demonstraram sua inocuidade tóxica e que têm de ser tratadas com adubos e pesticidas da mesma empresa, igualmente tóxicos, em um ciclo monopolístico.
Segundo a especialista, este ciclo não acaba somente com a biodiversidade do local onde é implantado, mas também não garante melhores colheitas e empobrece os terrenos. A jornalista se reuniu durante três anos com políticos, camponeses e cientistas, alguns dos quais sofreram na própria pele o "efeito Monsanto".
     Muitos deles sofreram represálias e foram despedidos devido às investigações sobre o risco dos produtos geneticamente modificados e outros adquiriram algum tipo de câncer pelo contato com eles.
 

 Le Monde Selon Monsanto (O Mundo Segundo a Monsanto)

 
     A companhia, lembra Robin, comercializa 90% dos cultivos transgênicos do mundo, com 8,6 bilhões de euros (US$ 10,7 bilhões) de faturamento em 2007.
     É a maior vendedora de sementes na América Latina, Ásia, Estados Unidos e Canadá, e entre seus "feitos" químicos está a fabricação do "agente laranja", um devastador pesticida utilizado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
     Robin afirma que a multinacional tem dezenas de processos penais contra ela no mundo todo, devido a problemas de saúde gerados por seus produtos, mas também por causa de práticas de monopólio.
     Segundo a jornalista, a multinacional se comporta como uma estrutura saída da mente de George Orwell - autor do livro 1984, que retrata um regime autoritário de uma sociedade de vigilância -, já que tem uma "meta totalitária e monopolística" e utiliza métodos muito semelhantes aos da máfia.
     O livro faz um percurso pelas relações entre os políticos encarregados de redigir a regulamentação sobre transgênicos e as empresas do setor, com casos de membros da administração pública nos EUA que, após promover leis permissivas a estes produtos, para reduzir os testes toxicológicos, passaram para o outro lado, um inclusive como "vice-presidente" da multinacional.
 

A Monsanto é acusada de vender sementes geneticamente modificadas que não demonstraram sua inocuidade tóxica e que têm de ser tratadas com adubos e pesticidas da mesma empresa, igualmente tóxicos, em um ciclo monopolístico

 
Fonte: EFE - Terra Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Desmatamento da Amazônia já pode ter causado seca no Sul

     Em 2004, a região Sul do Brasil foi atingida por uma seca que comprometeu a produção agrícola. Famílias perderam toda a colheita e o governo teve que fazer uma espécie de bolsa-seca para ajudar os produtores. A conseqüência foi a perda de mais da metade da produção de soja da região.
     Quase quatro anos depois, pesquisadores podem ter descoberto a causa para a seca e ela está muito distante do sul: o desmatamento da Amazônia. Um estudo que será lançado nesta quinta-feira (20) na Conferência Amazônia em Perspectiva afirma que, mesmo que ainda não haja uma certeza, as chances de ligação entre o desmatamento da Amazônia e a seca do sul são grandes. O estudo foi financiado pela Global Canopy Programme em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a empresa Plant Inteligência Ambiental.
 

Rios voadores causam cerca de 70% das chuvas do sudeste e sul do Brasil (foto: Margi Moss)

 
     Os pesquisadores partiram do conceito dos rios voadores: massas de umidade que nascem da transpiração das árvores amazônicas, locomovem-se em direção ao sul e causam cerca de 70% das chuvas do sudeste e sul do Brasil. É possível que, com a diminuição da quantidade de árvores na Amazônia, haja menos transpiração e, portanto, menos umidade trazida para o sul. "Afunilando as possibilidades de causa da seca, estamos caindo na tese dos rios voadores", afirma Warwick Manfrinato, engenheiro agrônomo que participou do estudo.
     Ainda não é possível dizer com toda a certeza que o desmatamento na Amazônia foi a única causa da seca, diz Warwick, mas não há por que esperar para diminuir o ritmo da derrubada de florestas. "O dia  em que tivermos números precisos relacionando o desmatamento com a queda na precipitação, será tarde demais. Será um desastre tão grande que teremos perdas de safra de 100%".
 

A seca na região sul do Brasil pode ser por causa do desmatamento da Amazônia.

 
     Para Warwick, o grande diferencial de seu estudo foi que, pela primeira vez, pesquisadores tiveram coragem de associar o que acontece na Amazônia com as conseqüências na produção do sul do país. Eles levantaram dados de chuvas desde 1940 e compararam com a produtividade da agricultura. Notaram três períodos em que o regime de precipitação foi anormal e desequilibrado, um deles em 2004. A causa da alteração é, segundo Warwick, o aquecimento global – fenômeno causado pela emissão de gases de efeito estufa causada, entre outros fatores, pelo desmatamento.
     O estudo tem como objetivo mostrar que a vulnerabilidade da produção agrícola é grande e que, se a teoria estiver correta e nada for feito para salvar a floresta, os danos à produção agrícola no sul devem ser muito maiores. "Já podemos dizer que o sistema de precipitação e produção é muito mais vulnerável do que imaginávamos", diz Warwick.
 
Autora: Thaís Ferreira - Blog do Planeta
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Indenização por ter maltratado cão

Aposentado amarrou o cachorro no pára-choque de seu Fusca e arrastou o animal por 100 metros
 
     Uma nova audiência foi realizada no Ministério Público de Santa Maria, sobre o caso do idoso que maltratou um cachorro de rua. Alceu Pozzati, 78 anos, tem até o dia 30 deste mês para responder se aceita o termo de audiência por maus-tratos aos animais. O termo propõe o pagamento de uma indenização ambiental, a ser destinada ao ressarcimento das despesas com a recuperação do cão, no valor de R$ 500.
 

Promotor João Marcos Adede Y Castro (foto: Arquivo/MP)

 
     O promotor de Justiça João Marcos Adede y Castro, da Promotoria de Defesa Comunitária, pediu a anulação da audiência ocorrida no Juizado Especial Criminal. O motivo alegado foi de que o Ministério Público não tinha sido avisado da antecipação do horário, conseqüentemente não estava presente na ocasião. O crime aconteceu no dia 16 de outubro, quando Alceu amarrou o cachorro no pára-choque de seu Fusca e arrastou por 100 metros. O idoso explicou que cometeu esse delito na tentativa de tirar o cão feroz de perto do seu poodle de estimação.
     Quando teria tentado pegar o cachorro ele ameaçou mordê-lo. Por isso, amarrou o animal no pára-choque. Por ter dificuldades auditivas, o idoso não ouviu as manifestações das pessoas que tentaram fazer ele parar o carro. O animal foi socorrido pela veterinária Marlene Nascimento. E o Ibama aplicou uma multa de R$ 3 mil para o infrator. A indenização ambiental proposta pelo Ministério Público deve ser paga em dez parcelas de R$ 50, pois o idoso apresentou uma declaração, assinada por vizinhos, dizendo que não possui condições financeiras. Ele recebe apenas uma aposentaria de um salário-mínimo.
 
Autora: Francine Herpich - Agência de Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Sapos-cururus ameaçam crocodilos na Austrália

     Sapos venenosos estão provocando uma considerável mortalidade de crocodilos de água doce na Austrália, o que coloca a espécie em risco, advertiram especialistas.
     Os sapos-cururus Bufo marinus, com a cabeça salpicada de veneno, provocaram o desaparecimento de mais da metade dos crocodilos em alguns rios dos Territórios do Norte, anunciou o professor Keith Christian, da Universidade Charles Darwin.
 

Os sapos-cururus <i>Bufo Marinus</i>, possuem a cabeça salpicada de veneno

Os sapos-cururus Bufo marinus, possuem a cabeça salpicada de veneno (foto: Getty Images)

 
     "Um estudo recente no rio Victoria revelou que, em um ano, 77% dos crocodilos morreram depois de ingerir sapos-cururus", declarou.
     Esta espécie de sapo, originária da América Central e do Sul, foi introduzida em 1935 na Austrália para erradicar os coleópteros que arrasavam as plantações costeiras de cana-de-açúcar.
     Os sapos se proliferaram até constituir uma população de milhões de animais que representam uma ameaça para a fauna e a flora.
     Os anfíbios têm atrás da cabeça pequenos depósitos que contêm um veneno tão potente que pode provocar a morte em questão de minutos a crocodilos, cobras e outras espécies.
 
Fonte: AFP - Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Espécie de pingüim extinta há 500 anos é descoberta

     Cientistas da Universidade de Adelaide, no sul da Austrália, encontraram provas da existência de uma espécie de pingüim extinta na Nova Zelândia há 500 anos.
     De acordo com a imprensa local, até pouco tempo, os especialistas consideravam que o pingüim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes) era a única espécie do país. No entanto, a descoberta de novos fósseis demonstrou que outras existiram anteriormente.
 

A descoberta de fósseis demosntrou que outras espécies existiram no país há, pelo menos, 500 anos.

A descoberta de fósseis demosntrou que outras espécies existiram no país há, pelo menos, 500 anos. (foto: AP)

 
     Segundo a tese dos pesquisadores, o pingüim-de-olho-amarelo foi o responsável pelo desaparecimento das outras espécies.
     Jeremy Austin, um dos cientistas envolvidos na pesquisa, indicou que a descoberta pode abrir as portas para novas informações sobre espécies já extintas.
     Austin assinalou que o estudo poderia demonstrar "que algumas espécies podem se beneficiar da extinção de outras" e acrescentou que, deste modo, poderiam "mudar a forma de entender como o desaparecimento de determinadas espécies afeta seu ecossistema e a fauna que o cerca".
 
Fonte: EFE - Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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O tamanho do buraco

     As extensas áreas vermelhas da figura acima são (ou eram) parte da floresta amazônica – vista a partir do satélite Landsat 5, da agência espacial americana, a Nasa. A imagem retrata uma porção do Estado do Mato Grosso e foi tirada em 1992.
 

matogrosso.jpg

 
     A imagem abaixo, feita pelo mesmo satélite, mostra exatamente a mesma região. Quatorze anos depois, em 2006. Os espaços em cinza são as áreas desmatadas, a floresta de 1992 que desapareceu. O principal eixo da devastação é em torno da rodovia MT-419. A destruição é causada principalmente pela abertura de áreas de pastagem e pelo avanço da agricultura, como as plantações de soja. Entre 2001 e 2004, a área cultivada cresceu 1,3 milhão de acres só no Mato Grosso.
 

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Autora: Marcela Buscato - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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