sexta-feira, 3 de julho de 2009

Gases de refrigeração podem acelerar aquecimento, diz estudo


     Os modernos gases utilizados em refrigeradores, que foram desenvolvidos com o objetivo de proteger a camada de ozônio, devem se tornar um fator importante para a aceleração do aquecimento global devido ao futuro crescimento explosivo que devem registrar nos países em desenvolvimento, avaliam cientistas.
     Os gases conhecidos como hidrofluorcarbono, ou HFC, foram desenvolvidos para substituir os gases anteriormente utilizados em refrigeradores, porque estes exerciam efeito destrutivo sobre a camada de ozônio. A substituição foi uma das principais realizações do Protocolo de Montreal para o combate à destruição da camada de ozônio.


Os modernos gases desenvolvidos para proteger a camada de ozônio poderão ter efeitos prejudiciais ao ambiente

     Mas esses gases podem ser centenas ou milhares de vezes mais poderosos do que o dióxido de carbono em termos de potencial de aprisionamento de calor. O HFC é utilizado tanto em refrigeradores quanto em aparelhos de ar condicionado e as projeções são de que seu uso se amplie vigorosamente ao longo das próximas décadas.
     No novo estudo, uma equipe dirigida por Guus Velders, da Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, em Bilthoven, analisou as mais recentes tendências do setor de refrigeração e depois modelou a produção de HFC no ano de 2050. Os resultados dos cálculos da equipe sugerem que as emissões mundiais de HFC podem atingir o equivalente a entre 5,5 bilhões e oito bilhões de t de dióxido de carbono ao ano, por volta de 2010 - o equivalente, a grosso modo, de cerca de 19% das emissões projetadas de dióxido de carbono naquele ano, caso a expansão nos gases causadores do efeito-estufa continue a acontecer sem controle.
   Notícia completa AQUI.

Autor: Jeff Tollefson, da Nature  - The New York Times - Terra
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Floresta amazônica tem 157 km² devastados em maio, aponta Imazon


Área equivale a cem vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Cobertura de nuvens impossibilita monitoramento em 43% da região.

     Relatório divulgado nesta sexta-feira (3) pela ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) aponta que a Amazônia perdeu 157 quilômetros quadrados de floresta em maio. A área equivale a cerca de cem vezes a área do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Isso representa uma queda de 47% em relação a maio de 2008, quando o desmatamento detectado foi de 294 quilômetros quadrados.
     O desmatamento acumulado de agosto de 2008 a maio de 2009 é de 1.084 quilômetros quadrados. Em relação ao desmatamento ocorrido no mesmo período do ano anterior (4.143 quilômetros quadrados) houve uma redução de 74%.


Balsa apreendida em maio pelo Ibama com toras cortadas ilegalmente  no Pará. (Foto: Divulgação/Ibama)

     O Imazon ressalva que devido à cobertura de nuvens, não foi possível monitorar 43% da Amazônia Legal. A região não mapeada corresponde à quase totalidade do Amapá, 68% do Pará, 48% do Amazonas, 41% do Acre, 38% de Roraima e 35% de Rondônia. Por outro lado, apenas 5% do território do Tocantins e de Mato Grosso estavam cobertos. Além disso, parte do Maranhão que integra a Amazônia Legal não foi analisada.
     Segundo o relatório da organização, em maior de 2009 o desmatamento foi maior no Pará (37%), seguido de Mato Grosso (27%), Roraima (20%) e, menor em Rondônia (8%), Amazonas (5%), Tocantins (2%) e Acre (1%).
     O Imazon monitora também as florestas degradadas (que estão sendo exploradas pelo homem, mas ainda não foram totalmente derrubadas). Elas somaram em maio de 2009 215 quilômetros quadrados. Desse total, 81% ocorreram no Mato Grosso, 13% no Pará, 4% em Rondônia e 2% no Amazonas.
     O instituto observa que Roraima permanece a maior parte do ano coberto por nuvens, dificultando o monitoramento do desmatamento. No entanto, em maio de 2009, houve uma redução da cobertura, possibilitando o monitoramento em 62% do seu território. Por isso, parte do desmatamento detectado nesse período pode ter ocorrido em meses anteriores.
     Do ponto de vista fundiário, a maioria do desmatamento (67%) ocorreu em propriedades privadas ou em diferentes estágios de posse, e terras devolutas. O restante aconteceu em assentamentos da reforma agrária (15%), unidades de conservação (17%) e terras indígenas (1%).

Evolução do desmatamento por estado

Estado

agosto de 2007

a maio de 2008

agosto de 2008

a maio de 2009

Variação

(%)

Acre

17

24

+39

Amazonas

92

75

-19

Mato Grosso

2.001

357

-82

Pará

1.552

460

-70

Rondônia

383

79

-79

Roraima

66

77

+16

Tocantins

29

12

-58

Amapá

3

-

-

Total

4.143

1.072

-74

* Dados do Imazon. O Maranhão não foi monitorado.

Fonte: Globo Amazônia - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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domingo, 28 de junho de 2009

Ministério da Saúde investiga e confirma 33 casos da Doença do Tabaco Verde no Rio Grande do Sul


     A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) realizou no município Candelária (RS), nos meses de novembro e dezembro de 2008, uma investigação de surto de doenças na época da colheita nas lavouras de tabaco e o resultado aponta para a ocorrência da Doença do Tabaco Verde entre os trabalhadores também no Brasil.
     A equipe de investigadores permaneceu 50 dias no município de Candelária(RS), onde quatro mil famílias que se dedicam ao cultivo do tabaco. Nesse período foram detectados 46 casos suspeitos, com sintomas de encefaléia, náuseas, vômitos, fadiga muscular, zonzeira e alterações repentinas de pressão arterial.


Plantação de tabaco

     Após a identificação dos casos suspeitos foram coletadas informações dos pacientes e amostras de urina para exames de resíduos de cotinina (identifica absorção dérmica de nicotina). Para cada caso suspeito foram coletadas informações e exames de vizinhos para comparações. Dos 46 casos investigados 33 tem a confirmação de Doença do Tabaco Verde.
     Os resultados foram apresentados no último dia 19 de junho na Associação Comercial e Industrial de Candelária para representantes da comunidade e ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul na capital gaúcha. Nos próximos dias o Ministério da Saúde emitará um comunicado a toda rede de saúde alertando para a ocorrência da doença nas regiões fumicultoras, fazendo com que médicos e equipes de saúde fiquem atentos aos sintomas e solicitando a notificação de ocorrência de casos suspeitos. O Ministério também deve expedir uma orientação aos trabalhadores na cadeia produtiva do tabaco.
     Para a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), a identificação dos casos em Candelária aponta para a necessidade de uma investigação mais aprofundada para medir a prevalência entre os trabalhadores. Estudo realizado na Índia aponta para 54% de prevalência entre os trabalhadores, os sintomas são mais agudos em períodos chuvosos, quentes e a absorção dérmica amplia em caso de suor.
     Para o Secretário Geral da Fetraf-Sul, Marcos Rochinski, esse resultado não surpreende. "Esse resultado é um indicativo de um grande mal que assola os fumicultores e talvez esse seja um indicativo de porque 72% dos fumicultores afirmam que não gostam de plantar fumo"



     "Uma informação como essa pode acelerar a decisão de diversificar a produção, levando os agricultores a buscar outras fontes de renda e evitar assim a dependência de uma única fonte de renda. É necessário ampliar o Programa de Diversificação das Áreas Cultivadas com Fumo", comenta técnico agrícola da Fetraf-Sul, Albino Gewehr.
     O coordenador Geral da Fetraf-Sul, Altemir Tortelli pretende discutir o tema com a Casa Civil da Presidência da República e Ministério da Saúde nos próximos dias. "Com saúde não se brinca. O lucro das fumageiras vem do suor dos agricultores e este suor é porta de entrada dessa grave doença. Providências urgentes devem ser tomadas com urgência", diz Tortelli.

     Dados técnicos:
Índices padrões de cotinina:
   - Não fumantes – menos de 10 ng/ml (nanogramas por milímetro)
   - Fumantes – mais de 50 ng/ml ( nanogramas por milímetro).
Índices encontrados:
   - Não fumantes trabalhadores na colheita do fumo – de 68 a 380 ng/ml
   - Fumantes trabalhadores na colheita do fumo – índices alarmantes de 180 até 800 ng/ml.

Autora: Luciane Bosenbecker, da Fetraf-Sul, enviado por Albino Gewehr, Técnico Agrícola, Assessor Técnico da Fetraf-Brasil e publicada pelo EcoDebate, 27/06/2009
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelde


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ONU adota tom pessimista em relação a acordo climático


     O secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Yvo de Boer, disse nesta quinta-feira, em tom pessimista, que o andamento das negociações preparatórias para a cúpula de Copenhague (Dinamarca) não permitem "dizer que esta geração será capaz de evitar a mudança climática". Numa sessão da Comissão Mista para a Mudança Climática do Parlamento espanhol, De Boer afirmou que é uma questão de sobrevivência para a humanidade combater o fenômeno.



     Hoje, não há dúvida que "é preciso reduzir radicalmente a emissão de gases causadores do efeito estufa para que não ultrapassemos o limite do caos climático, porque, quando o cruzarmos, não haverá lugar na Terra onde se esconder. Para ninguém", disse o especialista. Apesar das advertências, De Boer disse acreditar que ainda há tempo para evitar "o caos". Porém, será preciso utilizar este período disponível "sabiamente", já que a cúpula de Copenhague é "a oportunidade desta geração para o alcance de um pacto decisivo para o clima".
     O encontro na Dinamarca, que acontecerá em dezembro, tentará estabelecer um novo acordo global em substituição ao Protocolo de Kioto, cuja vigência termina este ano. De Boer se referiu às negociações preparatórias para a cúpula no fim do ano. Segundo ele, o processo encontra-se agora numa "fase crítica".
     Até agora, explicou, houve "progressos, propostas claras, muitas ideias interessantes" e "avanços importantes", como o compromisso demonstrado pelos Estados Unidos, que não assinaram o Protocolo de Kioto, e o estabelecimento de um "diálogo construtivo" com a China, o maior emissor mundial de gás carbônico (CO2). No entanto, ressaltou o especialista, agora é preciso "mais ação" de todos os envolvidos. Só assim será possível um acordo que alie a redução das emissões e a geração eficiente de energia.



     Para De Boer, o acordo terá que definir "com uma clareza inequívoca" em quanto os países industrializados reduzirão suas emissões. Deverá também, acrescentou, deixar "muito claro" o que os países em desenvolvimento terão que fazer. Outro ponto importante, de acordo com o especialista, é o estabelecimento de um compromisso financeiro "estável" para que os países mais pobres possam se adaptar e ajudar a minimizar os efeitos da mudança climática.
     Por fim, é preciso que o acordo dê voz e voto às nações em desenvolvimento na gestão desses recursos financeiros. Para isso, as partes terão que decidir quem administrará o dinheiro: a Convenção das Nações Unidas - como querem os países em desenvolvimento - "ou outros canais" - como pretendem os industrializados.



Fonte: EFE - Terra
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Walabis invadem plantação de papoula e agem estranhamente


     Grupos de walabis, um tipo de marsupial semelhante aos famosos cangurus, andam aprontando peripécias em plantações de papoula na Tasmânia, uma ilha a 240 km ao sul da Austrália. Depois de comer as plantas - cultivadas legalmente por uma empresa que produz medicamentos a partir da papoula -, os animais pulam em círculos e destróem o terreno de plantio, conforme as autoridades locais. As informações são do site da BBC.


Os walabis, um tipo de marsupial semelhante aos cangurus, são um pouco menores que os primos famosos (foto: AP)

     Rick Rockliff, porta-voz da Tasmanian Alkaloids, empresa autorizada a produzir papoula na ilha, disse que as invasões não eram comuns, mas outras espécies de animais já foram vistas agindo anormalmente após o consumo das plantas. "Temos ouvido muitas histórias sobre carneiros que comeram da plantação e ficaram andando em círculos", afirmou Rockliff a BBC.
     Um agricultor também confirmou ter observado o estranho comportamento dos walabis. Segundo as autoridades locais, os pulos dos marsupiais chegam tão alto "como pipas".
     A Austrália, principalmente o Estado da Tasmânia, fornecem cerca de 50% da produção mundial de ópio (substância presente na planta da papoula) para a produção farmacêutica de morfina e outros analgésicos.

Fonte: Redação Terra
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Estação Espacial fotografa erupção de vulcão da Rússia


Nave sobrevoava remota ilha russa de Matua, no Pacífico, quando flagrou fenômeno no vulcão Sarychev.

     A câmera da Estação Espacial Internacional registrou um flagrante de uma erupção do vulcão Sarychev, em Matua, uma remota ilha russa a nordeste do Japão, observando a Terra de uma altitude de cerca de 350 quilômetros.


A imagem é de um vulcão numa remota ilha da Rússia (Foto: Nasa)

     A força da erupção, no dia 12 de junho, abriu um buraco nas nuvens, proporcionando um espetáculo para os astronautas a bordo. A última erupção do Sarychev foi em 1989.
     As imagens capturadas pela nave despertaram grande interesse entre estudiosos de vulcões porque elas registram vários fenômenos observados nos primeiros estágios de uma erupção forte. A coluna de fumaça parece ser uma combinação de cinzas de coloração marrom e vapor esbranquiçado.
     Em cima da nuvem há uma camada de nuvens brancas, quase como uma camada de neve sobre um cogumelo. Esta camada de ar condensado é consequência da elevação rápida da coluna sobre o ar frio que está sobre ela.
    A ilha de Matua é desabitada.

Fonte: BBC - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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