quarta-feira, 13 de maio de 2009

EUA proíbem o uso do agrotóxico Carboruran em culturas alimentares

veneno


     A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) emitiu, nesta segunda-feira 11/5, uma regulamentação proibindo o uso do inseticida/acaricida Carbofuran na produção de alimentos, em razão de risco inaceitável para a saúde, especialmente para as crianças.

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Fonte: Henrique Cortez, do EcoDebate
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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ScienceBlogs Brasil ‘Chi vó, non pó’: O alto impacto das atividades humanas na Costa Oeste dos EUA


Mudanças climáticas, pesca e navegação comercial encabeçam a lista de ameaças ao oceano ao largo da Costa Oeste dos EUA.

     Ben Halpern, um ecologista marinho no Centro Nacional para Análise e Síntese Ecológicas (National Center for Ecological Analysis and Synthesis  = NCEAS) na Universidade da Califórnia em Santa Barbara, declarou:   "Cada ponto do oce­ano ao longo da Costa Oeste é afetado por entre 10 a 15 atividades humanas diferentes, anual­mente".


Os cientistas criaram um mapa que mostra as áreas oceânicas da Costa Oeste mais afetadas pelas atividades humanas…

     Em um estudo de dois anos para documentar as maneiras com que os humanos estão afetando o oceano nessa região, Halpern e seus colegas sobrepuseram dados sobre as localizações e a intensidade de 25 fontes de estresse ecológico, geradas por atividades humanas, que incluiam mudanças climáticas, navegação comercial e pesca recreativa, fontes de poluição com base em terra e atividades comerciais com base no oceano.
     Com as informações, eles produziram um mapa composto dos ecossistemas marinhos da Costa Oeste.
     O trabalho foi publicado online hoje na revista Conservation Letters e foi realizado no NCEAS. O NCEAS é financiado principalmente pela Divisão de Biologia Ambiental da NSF.
     Phillip Taylor, chefe de seção na Divisão de Ciências Oceânicas da NSF, disse: "Essa importante análise da geografia e da magnitude dos estressantes com base em terra deve auxiliar a focalizar a atenção nos pontos críticos onde são necessários um gerenciamento coordenado das terras e das atividades oceâ­nicas".
     Os principais cientistas deste estudo conduziram uma análise similar em escala global, cujos resultados foram publicados no ano passado na Science.
     Refinando os métodos usados no estudo global e os aplicando em escala regio­nal, os cientistas puderam avaliar quão bem os resultados previam a saúde do oceano em nível regional.


Mapa de satelite da costa da Califórnia, uma das áreas da Costa Oeste mais afetadas pelas atividades humanas

     "Descobrimos dois resultados notáveis e inesperados nesta pesquisa", disse Halpern.
     "O gerenciamento do oceano precisa deixar de ser um gerenciamento de um único setor e passar a ser um gerenciamento compreensivo com base em ecossistemas, se queremos que ele seja eficaz na proteção e manu­tenção da saúde do oceano".
     "Igualmente, os resultados globais para essa região fica­ram altamente correlacionados com os resultados regio­nais, o que sugere que os resultados globais podem for­necer um guia valioso para os esforços regionais por todo o mundo".
     Os resultados do estudo mostram que os pontos críticos de impacto cumulativo ficam nas áreas costeiras próximas a centros urbanos e bacias de drenagem altamente poluídas.
     A pesquisa foi um processo com quatro etapas.
     Na primeira, os cientistas recolheram informações para quantificar e comparar como as diferentes atividades humanas afetavam cada ecossistema marinho. Por exemplo, constatou-se que eflúvios de fertilizantes tinham um grande efeito sobre manguezais salgados, mas tinham um impacto muito menor sobre recifes rochosos.
     Então, os pesquisadores recolheram e processaram dados sobre ecossistemas marinhos e as influências humanas.
     A seguir, eles combinaram os dados dos dois primeiros passos para estabelecer "escores de impacto humano" para cada ponto ao longo da Costa Oeste.
     Finalmente, eles compararam os resultados regionais com os resultados globais para as mesmas áreas, tirados das análises anteriores.


As populações de peixes da Costa Oeste dos EUA sofrem um grande impacto causado pelas atividades humanas.

     O biólogo e co-autor do artigo, Kim Selkoe, também do NCEAS, disse: "Comparar a versão global do mapa às versões em escala regional nos permite verificar onde eles se saem melhor".
     "A alta correlação é uma boa notícia para os gestores ambientais marinhos nas áreas do mundo que podem necessitar de mapas de impacto humano, mas não têm os recursos para realizar suas próprias análises".
     O estudo fornece informações críticas para a avaliação de onde certas atividades podem prosseguir com pouco efeito sobre o oceano e onde outras atividades podem ter que cessar ou serem deslocadas para áreas menos sensí­veis, segundo Taylor.
     Na medida em que o gerenciamento e a consevação dos oceanos se volta na direção da criação de áreas marítimas de proteção ambiental, o gerenciamento com base em ecossistemas e o zoneamento oceânico para contrabalançar as influências das atividades humanas, tais informações podem se provar inestimáveis para os gestores e os responsáveis pelas políticas, afirma Halpern.
    "Os resultados são um toque de alerta", disse ele. "Nós estamos afetando significativamente os oceanos".

Fonte: Artigo originalmente publicado no ScienceBlogs Brasil 'Chi vó, non pó' - EcoDebate
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Novo estudo documenta tristes consequências do estupro na África


Estudo foi feito com 1.244 garotas e mulheres da Suazilândia.

Lá, 26% da população adulta está infectada com o HIV.

     O estupro e o ato sexual coagido com jovens meninas e adolescentes estão associados a uma série de problemas no decorrer da vida, de acordo com um novo estudo, realizado na Suazilândia (pequeno país da África) pela UNICEF e pelo Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças.
     O estudo, baseado em entrevistas com 1.244 garotas e mulheres do pequeno reino, localizado na fronteira da África do Sul com Moçambique, foi publicado na semana passada no "The Lancet".



     A Suazilândia é um dos países mais atingidos pela Aids: 26% da população adulta está infectada. O mito, persistente na África, de que um homem pode ser "purificado" da Aids ao ter relação sexual com uma virgem coloca as garotas em risco, disseram os autores do artigo que acompanha o estudo.
     As vítimas desse tipo de violência tiveram riscos de sofrer com doenças venéreas, complicações na gravidez e depressão, mais tarde na vida. Cerca de 5% das entrevistadas disseram que foram forçadas ao ato sexual antes dos 18 anos. Um terço delas contou que os homens tentaram estuprá-las ou pressioná-las a fazer sexo, sem seu consentimento.
     Os vilões mais comuns não eram desconhecidos, mas homens ou garotos da própria vizinhança. Dezessete por cento eram parentes homens ou amigos da família, quase 3% eram professores ou diretores da escola.



     Esse padrão, de que a maioria dos estupradores são conhecidos ou parentes das vítimas, "é comum em muitas culturas", escreveram os autores.
     Estudos anteriores se concentraram no abuso sexual na escola, e matérias de jornais sobre garotas pressionadas por seus professores a fazer sexo são comuns na África. Porém, o estudo descobriu que a maioria dos incidentes ocorreu em casa, na casa dos parentes ou amigos, ou em áreas públicas, incluindo pastos ao redor de vilas rurais.
     Mais de 99% das garotas afirmou não ter bebido ou usado drogas quando a violência aconteceu. Em mais de um terço dos casos, elas suspeitaram que o estuprador estivesse bêbado.



Autor: Donald G. McNeil Jr. - 'New York Times' - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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terça-feira, 12 de maio de 2009

Se lixando para a ética e o meio ambiente


     O deputado federal Sérgio Moraes, do PTB gaúcho, tornou-se esta semana uma celebridade nacional por conta de uma frase em que expressa de forma arrogante um desprezo pelo eleitor que infelizmente tem sido corrente na política brasileira. Moraes é o relator no Conselho de Ética da Câmara do processo por quebra de decoro contra Edmar Moreira, o deputado do castelo de R$ 25 milhões em Minas Gerais.
     "Estou me lixando para a opinião pública", ele disse ao ser questionado sobre a repercussão da sua fala no começo dos trabalhos do Conselho, quando afirmou que não encontrou indício que aponte para a quebra de decoro por parte do colega.
     Em seguida, o deputado partiu para o ataque à postura crítica da imprensa em relação aos desvios éticos na política brasileira e fez a conhecida relativização da moral e da ética com a justificativa de que não haveria a proibição para que parlamentares usassem verba indenizatória para pagar despesas com empresas de sua propriedade.


O deputado federal Sérgio Moraes, do PTB

     Como se dependesse de uma norma explícita a compreensão sobre a imoralidade que é o uso do dinheiro público em proveito próprio.
     O caso do deputado que se lixa para a opinião pública ? que afinal é constituída dos contribuintes que pagam seu salário e benefícios ? poderia ser tomado como mais um dentre os tantos episódios pitorescos gerados em nosso Congresso Nacional, não fosse o fato de ter se tornado comum esta oportunista relação dos políticos com regulamentos de qualquer espécie.
     Claro que, pelo teor oportunista, esta é uma atitude de duas mãos. O que vale é extrair vantagens e lucro rápido. Desse modo, quando a legislação é de menos, perdoa-se o criminoso. Porém, se esta fecha o cerco sobre os crimes, então é uma legislação que atrapalha.
     O meio ambiente tem sofrido bastante com este raciocínio que se instala entre os políticos. Assim como se lixam para a ética, muitos dos nossos políticos tampouco respeitam o meio ambiente.
     No Congresso Nacional, sempre com uma boa empurradinha do Governo Federal, se operam graves mudanças em nossa legislação ambiental, muitas vezes buscando alterar para pior leis com dezenas de anos, agravando mais os impactos ambientais em nosso país.



     Há menos de um mês, por exemplo, os deputados aprovaram uma emenda vinda do Palácio do Planalto que dispensa de licença ambiental prévia as obras em rodovias brasileiras. Neste caso, não havia dúvida alguma: a legislação defendia com clareza a natureza. No entanto, Executivo e Legislativo se juntaram para desmanchar o que estava feito.
     E a exemplo do que aconteceu agora com o caso do deputado que se lixa para a opinião pública, também na questão do meio ambiente tentam impor um debate dominado pela arrogância, o deboche e o desprezo aos que se opõem ao desmanche da legislação.
     E este desrespeito às leis e a comportamentos morais básicos está presente tanto no campo da ética quanto do meio ambiente, sempre movido pela ganância e a desconsideração com o bem comum.
     O caso do próprio deputado que achincalha a preocupação com a ética no Congresso é um exemplo disso. Pesquisando a carreira do deputado Sérgio Moraes, descobrimos uma página sua na internet do tempo em que ele ainda era deputado estadual no Rio Grande do Sul.
     Na página pessoal, Moraes gaba-se de ser o autor do "projeto de lei que permite ao pequeno produtor promover a roçada de capoeiras em sua propriedade, sem ter que passar por toda a burocracia do Ibama".
     É desse modo que querem as coisas. Sempre levando vantagem. No caso do colega pego em falta de decoro, ele estaria inocente em razão de não existir uma lei específica. Já no caso do meio ambiente a lei é desqualificada com a acusação de não passar de mera burocracia.

Fonte: Colaboração do Movimento Água da Nossa Gente - EcoDebate
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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