sexta-feira, 26 de março de 2010

Poluição da Ásia sobe à estratosfera e circunda a Terra por anos, alerta estudo


Monções transportam substâncias nocivas a 40 km de altura.
Problema tende a piorar com o desenvolvimento industrial da região.

     A poluição, em forte aumento na Ásia com a recente explosão do crescimento econômico da região, é transportada para a estratosfera durante a temporada das monções e circula ao redor do planeta por anos, alertou um estudo publicado nos Estados Unidos.
     Com base em observações por satélite e modelos informáticos, cientistas determinaram que, por causa das monções, a circulação do vento no verão transporta rapidamente o ar da superfície da Terra para a alta atmosfera.

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Altos índices de poluição atmosférica da China ficaram evidentes durante a Olimpíada de Pequim, em 2008. (Foto: pjmorse/Flickr - Creative Commons by-sa 2.0)

     Estes movimentos ascendentes fazem com que as partículas de carbono, óxido de enxofre e de nitrogênio, bem como outros contaminantes, alcancem a estratosfera, a uma altitude entre 32 e 40 km.
     "A monção é um dos sistemas mais potentes de circulação atmosférica no planeta e este fenômeno sazonal ocorre justo sobre uma região muito contaminada", explicou William Randel, do Centro Americano para Pesquisa Atmosférica (NCAR), principal autor do trabalho, que será publicado na edição desta sexta-feira da revista Science.
     "A consequência é que a monção oferece um meio de transporte destes contaminantes para a estratosfera", acrescentou.

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Imagem de satélite de 30/10/09 mostra extensão da poluição sobre a China ocorrida naquela época (leia AQUI) (Foto: Jeff Schmaltz, MODIS Rapid Response Team / Nasa GSFC)

     Uma vez na estratosfera, os contaminantes circulam ao redor da Terra durante vários anos antes de cair na atmosfera e se desintegrar.
     Segundo o estudo, o impacto da contaminação da Ásia na estratosfera poderá aumentar consideravelmente nas próximas décadas devido ao crescimento da atividade industrial na China e em outras economias em desenvolvimento na região.
     Além disso, as mudanças climáticas poderiam afetar as monções na Ásia, sem que se saiba ainda se o fenômeno reforçaria ou enfraqueceria as correntes ascendentes que transportam os contaminantes para a estratosfera, concluíram os pesquisadores.

Fonte: France Presse - G1



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Aquecimento global afetará fortemente a América Latina, diz Banco Mundial


Relatório aponta extinção da floresta amazônica e seca grave.
Em 2020, 77 milhões de pessoas na seriam prejudicadas.

     O aquecimento global pode provocar a drástica extinção da floresta amazônica e uma escassez de água que afetará 77 milhões de pessoas na América Latina e Caribe em 2020, segundo um relatório do Banco Mundial apresentado nesta quinta-feira (25) em Lima.
     O relatório "Desenvolvimento Mundial 2010: Desenvolvimento e Mudança Climática" adverte que os ecossistemas mais importantes estão sendo ameaçados nas nações latino-americanas e caribenhas.
     O Bird destaca que ninguém está imune aos efeitos das variações do clima, mas que os países em desenvolvimento serão mais vulneráveis. Segundo as estimativas, esses países deverão arcar com de 75% a 80% dos custos causados pelos danos provocados pelo fenômeno.
     Para os países dessa região, as mudanças climáticas representam "a ameaça de multiplicar as vulnerabilidades, destruindo os progressos conseguidos com tanto esforço e prejudicando fortemente as perspectivas de desenvolvimento".
     Notícia completa AQUI.

Fonte: France Presse - G1



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quinta-feira, 25 de março de 2010

Em reação à campanha ‘Exterminadores do Futuro’ ruralistas ameaçam boicote a patrocinadoras de ONGs


A bancada ruralista na Câmara reagiu ontem ao lançamento da campanha "
Exterminadores do Futuro", criada pelos ambientalistas identificar os principais líderes do movimento de alteração das leis ambientais do país na tentativa de retardar a tramitação de propostas de mudança no Código Florestal Brasileiro.

     A Frente Parlamentar Nacionalista, composta em sua maioria por ruralistas, ameaçou iniciar um boicote a produtos de empresas patrocinadoras de ONGs ambientalistas. "Se querem nos intimidar, estamos para aqui reagir. Se não sabem dialogar, certamente o Bradesco saberá", disse o coordenador do movimento suprapartidário, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Relator da comissão especial de reforma do Código Florestal, ele sugere que a pressão comece pelos produtores rurais. "As cooperativas podem sugerir aos seus produtores que fechem suas contas no Bradesco", afirmou, em referência à parceria mantida pelo banco e a Fundação SOS Mata Atlântica, a ONG que lidera a campanha para identificar os "exterminadores" ruralistas.
     No mesmo tom usado pelas ONGs para constranger os ruralistas, a nova Frente Nacionalista lançou o "Prêmio Joaquim Silvério dos Reis", sugerindo uma ligação entre o delator do movimento patriótico Inconfidência Mineira e as motivações políticas de ONGs ambientalistas que atuariam em favor de interesses estrangeiros. "Vamos dar essa medalha a quem tiver interesse em prejudicar o Brasil", disse Rebelo. "Quem patrocina essas ONGs são a Volkswagen, a Coca Cola, a Colgate-Palmolive, estimuladas pelos chiques e famosos de São Paulo". O deputado Sarney Filho (PV-MA) foi apontado como principal articulador parlamentar do movimento. Procurado pela reportagem, ele não foi localizado ontem.
     Os ruralistas acusam uma tentativa de intimidação por parte dos ambientalistas às vésperas das eleições de outubro. "É uma campanha difamatória, claramente intimidatória", disse o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da comissão especial do Código.
     Parceira do Bradesco na emissão de 200 mil cartões de crédito e 2 milhões de títulos de capitalização, a SOS Mata Atlântica afirma que os parlamentares estão "trilhando um caminho perigoso" ao tentar rotular as ONGs como inimigas do setor rural. "Estão apelando, é um caminho perigoso porque tem deputados patrocinados pelas empresas do Klabin", afirmou o diretor de Políticas Públicas, Mario Mantovani, em alusão ao grupo produtor de papel, celulose e embalagens do presidente da organização, Roberto Klabin. "Sabíamos que era um ano eleitoral e que viria a reação. O Bradesco é um parceirão de 20 anos, mas não temos patrocínio deles. Trabalhamos com direitos difusos e eles com interesses específicos".
     Os ambientalistas afirmam que a reação dos ruralistas é "desproposital, descabida" porque a lista dos parlamentares ainda não está concluída. "Não queremos encrenca nem briga. Não tem lista, foi só uma indicação. Eles ainda serão informados antes do fim do processo. Não somos irresponsáveis", disse Mantovani. "É uma reação muito maior do que a nossa ação, desproposital, descabida. Essa campanha pode ser um fiasco, está mais na mão deles".
     O diretor da SOS Mata Atlântica afirmou que os deputados ruralistas romperam acordos firmados antes do início da tramitação da proposta de um novo Código Florestal. " Quem rompeu os debates foi uma parte dos ruralistas. Por isso, deixamos de ir a debates. Não vamos legitimar isso", afirmou Mantovani. O diálogo ficou insustentável, segundo ele, porque o projeto do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que prevê a criação do Código Ambiental, acabaria com as principais regras e instituições ambientais do país. "O Colatto quer acabar com o Conama, o Sisnama e as unidades de conservação", disse Mario Mantovani, em referência ao colegiado de representação paritária e o sistema nacional que decide as regras ambientais brasileiras.

Autor: Mauro Zanatta e publicada pelo jornal Valor - publicado pelo IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.



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quarta-feira, 24 de março de 2010

Aquecimento global faz sumir ilha no Oceano Índico


     Fotos recentes de satélite indicam que uma ilha disputada pela Índia e por Bangladesh no Oceano Índico desapareceu sob as águas. O território, no Golfo de Bengala, era conhecido como Ilha New Moore pelos indianos e chamado de Talpatti do Sul pelos bengaleses e ficava ao sul do Rio Hariabhanga.


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Mapa geográfico mostra o local onde ficava a ilha New Moore (Foto: AP)

De acordo com cientistas da Escola de Estudos Oceanográficos da Universidade Jadavpur, de Calcutá, Índia, a causa do sumiço da ilha foi o aumento do nível do oceano - um dos efeitos do aquecimento global. O local, com uma área de cerca de 10 km², nunca foi habitado de forma permanente e nunca ficou mais do que dois metros acima do nível do mar.

Fonte: BBC - Terra



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Outdoor na Rússia compara fumar perto de criança a torturar um bebê


Blog critica mau gosto de campanha antitabagista.
Segundo médico, 73% dos garotos e 65% das garotas de Moscou fumam.

     "Fumar na presença de uma criança é mais grave que torturá-la." Mais que pelos dizeres, o outdoor acima segue a política de tentar combater o tabagismo com imagens chocantes: nele se vê um nenê servindo de cinzeiro. Em vermelho, um apelo: "você não se importa?"

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Nenê vira cinzeiro em mais uma campanha de saúde pública que tenta reduzir o número de fumantes na Rússia (Foto: English Russia / reprodução)

    A campanha é alvo de crítica do blog English Russia: "quem sabe a ideia original tenha sido mostrar pedaços de cérebro grudados numa parede e esguichos de sangue jorrando de uma artéria carótida, para passar a mensagem de que só aqueles que não têm miolos fumam na presença de crianças."

Fonte: G1



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segunda-feira, 22 de março de 2010

Ativistas espalham 4 mil mamadeiras com água poluída em praça na Suíça


Objetivo é chamar a atenção para o Dia Mundial da Água.
Protesto ocorreu em Berna, capital do país.

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Chamando atenção para o Dia Mundial da Água, ativistas da cidade de Berna, capital da Suíça, espalharam 4 mil mamadeira carregadas de água poluída em uma praça pública nesta segunda-feira (22). Segundo relatório divulgado pela ONU, poluição dos rios e mares mata mais pessoas no mundo do que a violência. (Foto: Peter Klaunzer/AP)

Fonte: G1



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Água poluída mata mais que violência no mundo, diz ONU


Anualmente morrem 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos.
Cerca de 2 bilhões de toneladas de água são sujas diariamente.

      A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU nesta segunda-feira (22).
     "A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).

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Dois milhões de toneladas de resíduos contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente. (Foto: Magnus Franklin/Flickr - Creative Commons by 2.0)

     Em um relatório intitulado "Água Doente", lançado para o Dia Mundial da Água nesta segunda-feira, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e peixes.
     O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.
     Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90 por cento da água de esgoto sem tratamento.
     A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e "mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada."
     O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.
     Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.
     "Se o mundo pretende... sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", disse o diretor da Unep, Achim Steiner. "O esgoto está literalmente matando pessoas."

Fonte: Reuters - G1



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Contaminantes na água comprometem reprodução de várias espécies


No Brasil, ação de interferente endócrino gera molusco com dois sexos.

Danos da poluição hormonal à saúde humana são objeto de pesquisas.

     Os ursos polares do Ártico estão tendo menos filhotes, assim como os pinguins-de-adélia da Antártida. No litoral brasileiro, é possível encontrar moluscos com dois sexos, tal como ocorre com alguns crocodilos da Flórida. Alterações dos órgãos sexuais e problemas reprodutivos como esses vêm sendo cada vez mais observados em diversas espécies ao redor do mundo. A causa é um tipo de poluição ainda pouco comentado fora da academia, mas que é objeto de estudo de um número crescente de cientistas. São contaminantes que se disseminaram em grande escala pelo planeta a partir do século 20, pondo em risco a biodiversidade e, suspeita-se, também a saúde humana.

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Na Islândia, o abundante rio Kolgrima delineia na terra escura seu sinuoso trajeto até o mar (Foto: Foto de Divulgação / Edição Azul de National Geographic Brasil - Abril de 2010)

      Conhecidos como interferentes endócrinos, eles mimetizam a ação do estrógeno, o hormônio sexual feminino. De plásticos a pesticidas, de cosméticos a substâncias de uso industrial, passando por detergentes e até pela urina humana, as fontes são inúmeras e difusas. São moléculas quimicamente muito distintas entre si, mas que têm em comum a capacidade de interagir com os receptores de estrógenos que a maioria dos animais carrega na membrana de suas células. "Disfarçadas" de hormônio, elas produzem uma mensagem enganosa que pode fazer a célula se multiplicar, morrer ou produzir certas proteínas na hora errada, por exemplo.
     Em animais, o efeito mais evidente é a feminilização de machos, e, com menor frequência, a masculinização de fêmeas. "Tudo depende do composto, da espécie e da fase do desenvolvimento em que o organismo é exposto", diz Mary Rosa Rodrigues de Marchi, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara. O período crítico de exposição é a fase de desenvolvimento, quando o estímulo hormonal certo na hora certa define os processos que darão origem a caracteres e comportamentos sexuais que se perpetuarão por toda a vida.
     Notícia completa AQUI.

Fonte: Luciana Christante Da 'Unesp Ciência' - G1



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