sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Como o vento pode alimentar a China (e salvar o clima da Terra)


     A China, hoje a maior emissora de gases responsáveis pelo aquecimento global, está caminhando rapidamente para reduzir seu impacto ambiental. Nos últimos cinco anos, o país dobrou anualmente sua capacidade instalada de gerar energia a partir do vento (com parques eólicos). E isso não tem um potencial pequeno. Segundo um novo estudo feito por pesquisadores de Harvard, nos EUA, e da Universidade Tsinghua, de Pequim, a China pode atender toda a sua demanda de eletricidade só com o poder dos ventos até 2030.

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     Os pesquisadores fizeram estimativas considerando as projeções econômicas de crescimento do país. Também avaliaram o potencial meteorológico e a disponibilidade de ventos constantes. No mapeamento do potencial eólico, excluíram as áreas urbanas e os terrenos impraticáveis. Igualmente, avaliaram o custo do investimento em eólicas. Descobriram que, em várias áreas do país, é possível gerar energia dos ventos a algo entre 6 e 8 centavos de dólar por killowat hora (kWh). Isso significaria a geração lucrativa de 9,96 trilhões de kWh. Essa energia é o dobro da demanda atual da China. Mas é o que se espera que seja o consumo em 2030.
     São ótimas perspectivas para um país que hoje depende da queima de carvão mineral (o combustível mais poluente de todos) para gerar a maior parte de sua eletricidade. A passagem para energia eólica vai exigir um investimento pesado em infraestrutura de transmissão elétrica para ligar os grandes centros de consumo aos terrenos com maior potencial de geração, situados no norte e no oeste do país. Mas, se os pesquisadores estiverem certos, é uma forma economicamente viável de evitar que o desenvolvimento do país mais populoso do mundo acabe com o clima da Terra.
     Também pode ser um exemplo para o Brasil, que descansa sobre sua bem sucedida política de álcool e esquece outros problemas, como a dependência no transporte de caminhão a diesel para cargas. Além disso, o Brasil tem uma das maiores empresas produtoras de cataventos eólicos, um potencial imenso, mas praticamente não investe nessa opção. E agora sonha com uma economia movida a petróleo do pré-sal, mas não tem planos para usar parte dos lucros para investir em fontes energéticas mais limpas, e com futuro mais longo.

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A China puxa a poluição global (fonte)

Fonte: MIT Technology Review - Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Minc defende que países ricos paguem para reduzir desmatamento no Brasil


Nações desenvolvidas têm 'dever de casa' a fazer, diz o ministro.

     Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e governadores dos nove estados da Amazônia Legal, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu que os países ricos devem financiar a redução do desmatamento brasileiro, segundo informa a Agência Brasil. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (17).

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Floresta ainda conservada no interior do Amazonas. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)

     Minc disse que a delegação brasileira vai "falar grosso" na Conferência sobre Mudanças Climáticas que acontecerá em dezembro em Copenhague, na Dinamarca.
     Segundo o ministro, os países mais ricos têm "um dever de casa" a fazer, por serem os principais responsáveis pelos problemas que levam ao aquecimento global.
     Minc informou que houve consenso, durante a reunião, de que os estados do Norte precisam receber recursos para "manter a floresta em pé". Segundo ele, o Brasil vai propor a criação de um "mecanismo de mercado" para financiar um adicional de redução de carbono para os países ricos.

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Recentemente foram encontrada balsas com 1.600 metros cúbicos de madeira ilegal são apreendidas no Pará  (Foto: ICMBio/Divulgação) (fonte)

     Compensação
     "A Europa, por exemplo, diz que vai reduzir em 30% suas emissões. Nós achamos que deveria ser em 40%. Então esse fundo de mercado iria financiar essa diferença de 30% para 40%", explicou o ministro à Agência Brasil, sem dar mais detalhes sobre como funcionará o financiamento.
     O governador do Amapá, Waldez Góes, também defendeu o financiamento para os estados da Amazônia. "Nós preservamos 97% [da área de floresta no estado] e não recebemos um centavo para isso", afirmou. Ele argumentou que os países ricos precisam diminuir suas emissões e "acabar com essa história de que a Amazônia é a vilã".
      O Brasil já dispõe de uma forma de financiamento externo para contenção da devastação, o Fundo Amazônia. A Noruega assinou contrato para doação de US$ 1 bilhão em sete anos - dos quais US$ 110 milhões já foram transferidos. A liberação do restante é condicionada à redução da devastação.

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Em setembro uma peração desmontou esquema de 'lavagem' de madeira ilegal (Foto: ICMBio/Divulgação) (fonte)

Fonte: Globo Amazônia
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Custo do passivo ambiental no Brasil ultrapassa R$ 15 bilhões


De acordo com a estimativa da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas), número de áreas degradadas já ultrapassa 30 mil no País.

     O conjunto de obrigações que as empresas têm com relação ao meio ambiente e com a sociedade, denominado passivo ambiental, tem se tornado, cada vez mais, alvo da preocupação das empresas, especialmente, por conta de seus onerosos desdobramentos. Uma contaminação de solo ou água subterrânea pode levar à desvalorização da empresa, de imóveis e a problemas de saúde pública, além de onerar e até mesmo alterar projetos de obras públicas, como a expansão do metrô, por exemplo.
      Segundo dados da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas), o valor econômico do passivo ambiental no Brasil ultrapassa R$ 15 bilhões de reais. Resultado obtido por meio da multiplicação do número aproximado de áreas contaminadas pelo valor médio do custo de um trabalho de remediação. Atualmente, o valor médio de uma descontaminação é de R$ 500 mil, incluindo as diversas etapas do trabalho, de acordo com a Abas. O valor da recuperação do local é bastante caro e, também, variável, já que cada metro cúbico de água contaminada, por exemplo, tem um custo para ser tratado, pois é preciso verificar o tipo de contaminação e a profundidade do local, afirma o hidrogeólogo Everton de Oliveira, presidente do I Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo, evento inédito, que começa na próxima semana, em São Paulo. Segundo Oliveira, esta situação é resultado de longos anos de urbanização e industrialização no Brasil.

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     Principais poluentes e poluidores
     Entre os muitos e variados tipos de poluentes encontrados em áreas contaminadas, há uma predominância do nitrato, proveniente do esgoto não tratado e de derivados do petróleo, como BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos).sendo os postos de combustíveis os principais agentes causadores da contaminação. Estes gastam em média R$ 300 mil para diagnosticar e remediar contaminações, conforme exigência da licença ambiental, podendo alcançar, em alguns casos, valores ainda mais altos. O tempo para se remediar nestes casos varia, em média, de um a quatro anos. No Brasil, os locais mais afetados pela contaminação encontram-se no Estado de São Paulo, na Região Metropolitana da Capital, na cidade de Ribeirão Preto, e em Campinas e seu entorno.

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     Além destes, existem muitos outros contaminantes de origem industrial que podem provocar contaminações de dimensões muitas vezes superiores, com riscos associados bem elevados e com custos de tratamento significativamente elevados, muitas vezes sem solução através de remediação, requerendo medidas institucionais, como a proibição do uso da água subterrânea, por exemplo.

Fonte: EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Não se pode separar economia e ecologia, diz Jeffrey Sachs


Economista afirma que planeta segue 'trajetória insustentável e perigosa'.

     O renomado economista americano Jeffrey Sachs, professor da Universidade Columbia, afirmou na quarta-feira (16) que o planeta está em uma "trajetória totalmente insustentável e profundamente perigosa" e que não é mais possível separar economia e ecologia.
     "Não podemos mais pôr economia e ecologia em categorias separadas. Elas nunca estiveram em categorias separadas", afirmou Sachs, que presta consultoria a vários governos, durante uma conferência em Genebra, na Suíça.

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Professor Jeffrey Sachs

     Na palestra, promovida pela agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Sachs criticou o formato do atual processo de negociações sobre mudança climática.
      'Estamos vivendo apenas a metade daquilo que já provocamos'
     Para ele, em vez de diplomatas, engenheiros e cientistas deveriam sentar-se à mesa para discutir.
     "O problema das mudanças climáticas não é uma negociação de comércio. É simplesmente o problema mais complexo de engenharia, economia e social que a Humanidade jamais enfrentou", afirmou o estudioso.
     A pouco mais de dois meses do início da conferência de Copenhague que deve criar uma política de combate ao aquecimento global para o mundo a partir de 2012, o economista não poupou críticas às negociações - atualmente paradas em impasses.

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"O problema das mudanças climáticas (...) é simplesmente o problema mais complexo  (...) que a Humanidade jamais enfrentou", afirmou o estudioso (foto: AP)

     'Bobagem'
     "A questão sobre uma meta nacional ser obrigatória ou não é uma das questões menos interessantes. De que adianta ser obrigatória se você não é capaz de cumpri-la? É bobagem. Deveríamos estar discutindo o que podemos fazer, não o que é obrigatório, o que podemos fazer agora, em cinco, dez anos."
     O economista fez um apelo por um esforço coordenado de especialistas para que se saiba o que pode ser feito para permitir desenvolvimento econômico e melhoria das condições de vida de milhões de miseráveis, ao mesmo tempo em que são enfrentados problemas ambientais já "insustentáveis, ressaltados pelas mudanças climáticas".
     Para abordar um problema tão complexo, em vez de discutir metas de emissões, Jeffrey Sachs afirma que a convenção da ONU para mudanças climáticas deveria criar um corpo técnico que analisaria opções e custos para ações de curto prazo em cada país.
     Em sua palestra, Sachs sugeriu uma nova parceria público-privada para criar os grandes sistemas técnicos necessários.

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     "Podemos alcançar um crescimento econômico com impacto muito menor se pensarmos claramente, sistematicamente, em termos de sistemas, e baseados em objetivos globais."
     O economista criticou a falta de sustentabilidade não só na área de meio ambiente. Para ele o mundo atual é "socialmente insustentável".
     "A distância entre os ricos e os pobres está aumentando. Muitas das pessoas mais miseráveis do planeta estão morrendo por causa de sua pobreza, e se não morrem, sofrem e ficam cada vez mais para trás."
     Jeffrey Sachs concluiu que a mensagem da comunidade científica é de que o mundo está à beira de um futuro quadro potencialmente catastrófico. "Mais cedo ou mais tarde, cientistas vão nos dizer que essa área é inabitável."
     O economista afirmou ainda que então será "tarde demais", porque mesmo que as emissões sejam cortadas a zero, o atual acúmulo de gases na atmosfera terá efeito durante um longo tempo. "Estamos vivendo apenas a metade daquilo que já provocamos", concluiu.

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Fonte: BBC - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cientistas apresentam descoberta de vírus perigoso na África


     Um vírus perigoso até agora desconhecido, similar ao ebola, que pode provocar hemorragias generalizadas, foi detectado ano passado na África do Sul, diz um estudo apresentado por um cientista sul-africano em São Francisco, Estados Unidos.
     A primeira pessoa afetada por este vírus foi uma guia turística de Lusaka (Zâmbia), que foi levada de avião para um hospital de Johannesburgo depois de um agravamento de seu estado.

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O novo vírus seria similar ao ebola (na imagem acima) e pode provocar hemorragias generalizadas (Foto: Reprodução/Terra Chile)

     A doença infectou quatro trabalhadores da área da saúde. Quatro dos cinco casos conhecidos terminaram em mortes, segundo o estudo. O quadro começa com febre, dores musculares, brotoejas e diarreia, que podem derivar em uma falência do fígado e estado de choque.
     A descoberta foi apresentada pelo cientista Nivesh Sewlall, da Universidade de Witwatersrand (Johannesburgo), no Congresso Interdiciplinar de Agentes Antimicrobianos e de Quimioterapia.

Fonte: AFP - terra
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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