quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O dia em que a humanidade esgotou o produto global da Terra

     Na terça-feira, 23 de setembro de 2008, nada mudou no cotidiano dos terráqueos. Não houve nenhuma penúria nas lojas de alimentação, nenhum corte de água ou de eletricidade que fugisse do ordinário. Contudo, segundo os dirigentes da organização não-governamental canadense Global Footprint Network, um evento importante ocorreu em 23 de setembro.
     Aquele foi o "Global Overshoot Day", literalmente "o dia da ultrapassagem do limite global". Isso significa que, entre os dias 1º de janeiro e 23 de setembro, a humanidade consumiu todos os recursos que a natureza pode produzir em um ano. A partir de 24 de setembro, e até o final do ano, a humanidade passou a viver, por assim dizer, acima dos seus meios. Para continuar bebendo, se alimentando, se aquecendo, se deslocando, ela passa a explorar de maneira excessiva o meio natural, e compromete com isso a sua capacidade de regeneração. Portanto, ela está reduzindo e comprometendo seu capital.
 

 
     O "dia da ultrapassagem do limite global", uma imagem destinada a impressionar as mentes, foi inventado pelos criadores do conceito de "rastro" ecológico. Na esteira das conclusões da Cúpula da Terra, que foi realizada no Rio de Janeiro, em 1992, os universitários William Rees e Mathis Wackernagel elaboraram e testaram um método que permite medir o impacto das atividades humanas sobre os ecossistemas. Trata-se de quantificar as superfícies biologicamente produtivas necessárias para a construção de cidades e das suas infra-estruturas, para o fornecimento dos recursos agrícolas, aquáticos e florestais que nós consumimos, e ainda para a absorção dos resíduos que nós produzimos, inclusive o CO2 proveniente da combustão das energias fósseis.
     A unidade de medição que é utilizada para calcular o "rastro" ecológico deixado por um indivíduo, uma cidade ou um país, é o "hectare global", cujas capacidades de produção e de absorção de resíduos correspondem à média mundial.
     Segundo os cálculos da Global Footprint Network, as necessidades da humanidade começaram a exceder as capacidades produtivas da Terra em 1986. Desde então, em conseqüência do aumento da população mundial, a data na qual a humanidade esgota os recursos teoricamente produzidos em um ano vem ocorrendo sempre mais cedo. Em 1996, o nosso consumo ultrapassava 15% da capacidade de produção do meio natural, e o "dia da ultrapassagem" caía em novembro. Em 2007, a ultrapassagem ocorreu em 6 de outubro.
 

 
     Disparidades
     A ferramenta utilizada pela Global Footprint Network permite quantificar a evolução do consumo de recursos no decorrer do tempo, e sensibilizar a opinião para as conseqüências dos excessos da sua exploração. Ela autoriza igualmente fazer comparações entre regiões do mundo. Os habitantes dos Emirados Árabes Unidos apresentam o mais importante de todos os "rastros" ecológicos: cada habitante consome anualmente o equivalente de 12 hectares globais. Eles são seguidos de perto pelos americanos, com um coeficiente de 9,5 hectares por habitante. A França ocupa o 12º lugar deste ranking mundial, com um pouco menos de 6 hectares por habitante. Já, os habitantes do Bangladesh, da Somália e do Afeganistão são aqueles que apresentam o menor consumo de recursos em todo o mundo, com menos de meio-hectare por habitante.
 
Autor: Gaëlle Dupont (tradução de Jean-Yves de Neufville)
Fonte: IBVA / Instituto Anima - Portal do Meio Ambiente
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A gente avisou, o TCU comprovou: Angra 3 tem superfaturamento milionário

Aumentar a ImagemSão Paulo (SP), Brasil — Relatório do TCU aponta superfaturamento de R$ 469,3 milhões nas obras da usina nuclear, 6% do valor total previsto pelo governo.
 
     Atrasada e superfaturada. Essa é a realidade da usina nuclear Angra 3, que não começou suas obras no prazo previsto pelo governo e já apresenta um superfaturamento de R$ 469,3 milhões, segundo relatório apresentado na terça-feira pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Esse valor é cerca de 6% do orçamento previsto da usina, estimado em R$ 8 bilhões. O tribunal recomendou a retenção da quantia e enviará recomendações ao Congresso Nacional para decidir o bloqueio ou não de recursos orçamentários de 2009 para a obra. A paralisação da obra não foi pedida.
     Além de Angra 3, outras obras do governo federal avaliadas pelo TCU também apresentaram problemas de superfaturamento.
 

Ativista protesta em frente à sede da Eletrobrás, no Rio de Janeiro, 
contra o investimento da estatal em energia nuclear. O Greenpeace 
aproveitou a ação para lançar seu relatório Elefante Branco: os 
verdadeiros custos da energia nuclear, que revela quanto realmente vai 
custar a construção de Angra 3.

Ativista protesta em frente à sede da Eletrobrás, no Rio de Janeiro, contra o investimento da estatal em energia nuclear. O Greenpeace aproveitou a ação para lançar seu relatório Elefante Branco: os verdadeiros custos da energia nuclear, que revela quanto realmente vai custar a construção de Angra 3.

 

     O Greenpeace, juntamente com o Partido Verde, entrou com uma representação ao TCU em novembro de 2007, a partir de um parecer feito pelo professor José Afonso da Silva. A representação recomendava que os contratos referentes à Angra 3 fossem invalidados por serem inconstitucionais. A retomada da obra de Angra 3 foi aprovada sem passar pelo crivo do Congresso Nacional. O governo alegou que o projeto era anterior à Constituição de 1988 e, portanto, os decretos e contratos firmados em 1975, durante a ditadura militar, ainda seriam válidos.

     Em resposta à recomendação do Greenpeace e do PV, o TCU informou que revisaria os contratos apresentados pela Eletronuclear e, em setembro de 2008, técnicos do tribunal visitaram as instalações das centrais nucleares em Angra dos Reis.
     "Finalmente uma instância da justiça federal aponta irregularidades em Angra 3, um projeto explicitamente inconstitucional e que está sendo empurrado à força para a sociedade pelo governo Lula", diz Rebeca Lerer, coordenadora da campanha de Energia Nuclear do Greenpeace.
     "O TCU deve continuar investigando os contratos referentes à Angra 3 também sob o ponto de vista da constitucionalidade e do melhor uso dos recursos públicos, já que a Eletronuclear montou a tarifa de 138 R$/MWh de Angra 3 amaparada em baixíssimas taxas de retorno para o investimento de cerca de R$ 8 bilhões nesse elefante branco radioativo", afirma Lerer.
 
Fonte: Greenpeace
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Pesticidas podem matar os girinos

     Um grupo de pesquisadores americanos descobriu que um defensivo agrícola até então considerado praticamente inofensivo pode ter um impacto devastador sobre os anfíbios. O estudo, da Universidade de Pittsburgh, determinou o impacto do inseticida malathion, o mais popular nos Estados Unidos (também usado com frequência no Brasil). Os pesquisadores descobriram que o inceticida pode reduzir as populações de girinos. O estudo foi publicado na revista Ecological Applications.
     Pequenas doses de malathion eram consideradas seguras porque não atacam os animais. Mas os pesquisadores observaram que a substância reduziu a disponibilidade de alimentos para os girinos. Metade deles não atingiu maturidade e morreu.
 

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     As doses de malathion foram jogadas em pequenos aquários, que simulavam as poças d'água onde os girinos crescem na natureza. As doses dos pesticidas foram pequenas demais para afetar diretamente os girinos. Mas exterminaram animais microscópicos, chamados de zooplâncton, que comem as algas flutuando na água. Com a morte do zooplâncton, as pequenas algas cresceram rapidamente – mais do que o normal. Com isso, a água ficou turva. Menos luz podia atravessar a água do aquário (ou da poça), reduzindo o crescimento de algas que crescem no fundo, e são a base da alimentação dos girinos. A cadeia de eventos se estendeu por várias semanas. Espécies de sapos cujos girinos se desenvolvem rapidamente sofreram menos com o impacto do pesticida na água.
     A pesquisa faz parte de um esforço de nove anos para investigar melhor as causas do declínio global de anfíbios. Eles são considerados um bom indicador da qualidade do ambiente porque são muito sensíveis aos poluentes.
 
Fonte: Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Desmatamento na Amazônia cresce 134% em agosto deste ano

Pelo terceiro mês consecutivo, o Pará foi indicado como o Estado com maior devastação
 
     O desmatamento na Amazônia em agosto foi 134% maior que em julho, de acordo com os números do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) divulgados nesta segunda, dia 29, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em agosto, os alertas registraram 756 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas, em comparação com os 323 quilômetros quadrados detectados no mês anterior.
     Se comparado com o mesmo período de 2007, quando o Inpe registrou 230 quilômetros quadrados no mês de agosto, o crescimento chega a 228%.
 

Em agosto, os alertas registraram 756 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas

 
     Pelo terceiro mês consecutivo, o Pará foi indicado como o Estado com maior devastação. Em agosto, o Inpe registrou 435,27 quilômetros quadrados de desmatamento no Estado, 57% do total. Mato Grosso aparece em seguida, com 229,17 quilômetros quadrados de novos desmates, seguido por Rondônia, com 29,21 quilômetros quadrados.
Cálculo do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmatamento completo) e as que estão em degradação progressiva.
     A cobertura de nuvens sobre os Estados da Amazônia Legal no período impediu a visualização de 26% da área, principalmente nos Estados do Amapá e de Roraima, que "não puderam ser monitorados adequadamente", de acordo com relatório do Inpe.
     A taxa anual de desmatamento, medida pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes) deve ser divulgada até o fim do semestre. O número é calculado com base no acumulado de novos desmatamentos verificados pelo Deter entre agosto de 2007 e julho de 2008. No período, o desmate chegou a 8,1 mil quilômetros quadrados, 64% maior que nos 12 meses anteriores.
 
Fonte: AGÊNCIA BRASIL - Click RBS
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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