sábado, 27 de dezembro de 2008

"Homem-árvore" indonésio será operado novamente

     Um indonésio de 37 anos, que sofre de uma grave doença que transformou suas mãos e pés em aglomerados de verrugas semelhantes a raízes de árvores, voltou a piorar quatro meses depois de receber alta de um tratamento médico. Dede Koswara deve passar por novas operações até o final de dezembro ou no início de 2009 para tentar remover e reduzir as verrugas. As informações são da Reuters.
 

Após retornar para casa de tratamento médico em agosto, as verrugas do indonésio voltaram a aparecer

Após retornar para casa de tratamento médico em agosto, as verrugas do indonésio voltaram a aparecer (foto: Reuters)

 
     O "homem-árvore", como ficou conhecido, estava esperançoso de que poderia se recuperar e encontrar um emprego depois de retornar para casa de um tratamento em agosto. Na época, os médicos removeram 6 kg de verrugas do seu corpo e ele passou a ser atendido em sua residência como paciente ambulatorial.
     Desde então, parece que o tratamento não surtiu o efeito esperado. "As (verrugas) que foram removidas estão crescendo novamente e começaram a reaparecer depois que voltei pra casa", afirmou Dede. Por algum tempo, Dede lembrou que pôde ir pescar e até mesmo utilizar um telefone celular, mas novamente passou a necessitar de apoio para realizar atividades diárias.
     "Alertamos que a enfermidade poderia não ter 100% de cura. Na cirurgia inicial, tratamos somente de melhorar a sua qualidade de vida", destacou Rachmat Dinata, um dos médicos responsáveis pelo tratamento. Segundo ele, o paciente precisaria de pelo menos duas operações por ano.
 

Após retornar para casa de tratamento médico em agosto, as verrugas do indonésio voltaram a aparecer  (foto: Reuters)

 
     Doença
     O dermatologista americano Anthony Gaspari, que estuda o caso, informou há algum tempo que Dede aparentemente sofre com uma variação do vírus do HPV. O HPV, ou vírus do papiloma humano, infecta os queratinócitos da pele ou mucosas, e possui mais de 200 variações.
     Uma das formas mais conhecidas de propagação da doença é pela relação sexual. Mas no caso de Dede, a doença se agravou por um problema genético do ex-pescador: seus anticorpos são incapazes de combater ou simplesmente deter o crescimento das verrugas. Em depoimento ao canal Discovery - que exibiu recentemente um documentário sobre o problema - Gaspari diz acreditar que uma severo tratamento com vitamina A pode ajudar a determinar a origem do problema.
     O indonésio começou a desenvolver a doença ainda na adolescência, após sofrer um profundo corte no joelho. A doença limitou a vida de Dede, que perdeu a mulher e o emprego desde que as verrugas começaram a crescer sem parar. Ele também tem dois filhos. "Não estou desesperado, mas quero me recuperar", desabafou ele em sua casa, na localidade de Tanjung Jaya.
 

Ele passará por novas operações até o final de dezembro ou no início de 2009 (foto: Reuters)

 
Fonte: Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Cientistas estudam o medo da nanotecnologia

     Nanocientistas sempre sentiram certo nervosismo sobre como sua ciência é vista pela opinião publica. Esse desconforto se baseia em uma série de pressupostos acerca da reação das pessoas frente a novas tecnologias em geral. Algumas dessas suposições foram testadas por três estudos publicados na Nature Nanotechnology, que abordaram as atitudes do público em relação à ciência.
     Com bastante freqüência, os cientistas tratam o público como uma massa indiferenciada. De fato, Arie Rip, sociólogo da ciência da Universidade de Twente, Holanda, chega a detectar uma "nanofobia-fobia" disseminada entre pessoas envolvidas com nanotecnologia - uma convicção irracional e exagerada de que um público ignorante cientificamente, sem interesse em pesar riscos e benefícios, vai rejeitar uma tecnologia promissora em função de meios de comunicação irresponsáveis.
 

Mesmo entre nanocientistas pode haver diferenças sérias sobre o que constitui a nanotecnologia

Mesmo entre nanocientistas pode haver diferenças sérias sobre o que constitui a nanotecnologia (imagem: Nature)
 
     Uma análise mais sofisticada precisa reconhecer que o público é formado por diferentes pessoas com suas próprias ideologias, através das quais filtram as informações sobre tecnologias e seus riscos.
     Talvez a mais comum pressuposição entre cientistas é a idéia de que o temor à tecnologia surge da ignorância, e que a aceitação pública aumentará inevitavelmente à medida que as pessoas souberem mais a respeito da tecnologia. Dan Kahan, da Escola de Direito de Yale em New Haven, Connecticut, e seus colegas chamam isso de hipótese da familiaridade e demonstraram que ela é falsa.
     A opinião das pessoas pode se tornar mais ou menos favorável à medida que seu conhecimento sobre nanotecnologia aumenta, descobriram os autores, dependendo de seu ponto de partida ideológico. Os chamados individualistas hierárquicos, que apreciam o livre mercado e respeitam a autoridade de elites sociais, parecem aprovar mais a nanotecnologia à medida que se familiarizam com ela. Ao contrário, mais informação parece dar aos "comunitaristas igualitários" mais razões para se preocupar.
     Notícia completa AQUI.
 
Autor: Richard Jones (Amy Traduções) / Nature - Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Grandes criaturas do mar, como lulas, podem sentir efeitos do CO2

     O aumento das emissões de dióxido de carbono afeta mais que a atmosfera. Grande parte do CO2 é absorvida pelos oceanos, tornando-os mais ácidos.
     Pesquisas recentes examinaram o impacto da acidificação em corais e outros pequenos organismos calcificados. Mas o aumento de CO2, combinado ao gradual aquecimento dos oceanos, pode ter outros efeitos e afetar criaturas maiores – porque haverá menos oxigênio na superfície, e zonas profundas com pouco oxigênio se expandirão verticalmente.
 

Lula Humboldt

 
     Um estudo no The Proceedings of the National Academy of Sciences observa os efeitos potenciais em uma das maiores criaturas, a lula Humboldt, que pode ter quase dois metros de comprimento e pesar mais de 45 quilos. Rui Rosa e Brad A. Seibel, da Universidade de Rhode Island, colocaram lulas em um respirômetro que permitia medições de metabolismo à medida que as concentrações de gases na água eram alteradas.
     Próximo da superfície, essas criaturas precisam de muito oxigênio, em parte por estarem sempre caçando peixes e seus sistemas respiratório e propulsor serem de eficiência limitada. Durante a noite, elas migram para águas mais profundas e com menos oxigênio, onde seu metabolismo desacelera e elas podem se recuperar.
 

Pesca de lula Humboldt na Califórnia

 
     Os pesquisadores descobriram que sob condições de CO2 elevado, similares àquelas previstas para as águas da superfície no final do século, as taxas de atividade e metabólicas das lulas desaceleraram significativamente. Então, uma boa hipótese é que essas lulas ficarão mais letárgicas, menos adeptas a caçar e menos capazes de fugir de predadores como focas, tubarões, peixes-espada, merlins e baleais cachalotes.
     Os pesquisadores afirmam que o aquecimento das águas significa que as zonas com menos oxigênio, habitadas pelas lulas durante a noite, se tornarão mais rasas. O efeito final é um grande aperto no habitat das lulas, com potenciais efeitos para suas presas e predadores.
 
Autor: Henry Fountain / New York Times - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Metano sob o Ártico comecou a vazar. Isso é um perigo

     Existe um fenômeno pouco divulgado, que começou a ser identificado pelos pesquisadores. Os gigantescos depósitos de metano, localizandos embaixo da camada de solo congelado (permafrost) sob o oceano Ártico, começaram a vazar. E eles podem fazer o aquecimento global mergulhar em um processo de aceleração irreversível. É o que relatam pesquisadores da Universidade do Alasca.
     Um grupo coordenado pelo cientista Igor Semiletov descobriu que o metano está borbulhando no mar cada vez mais quente do Pólo Norte. O gás escapa em bolhas de buracos na camada de gelo no leito do oceano. Mais de mil medições feitas para avaliar o metano dissolvido na água na costa da Sibéria, feitas durante o verão, revelaram que os níveis do gás estão altos como nunca.
 

metaneship21.jpg

 
     "As concentrações de metano são as mais altas já medidas no verão no Oceano Ártico", diz Semiletov. Esse vazamento de metano é preocupante por vários motivos.
Primeiro, muitos pesquisadores temem que um grande vazamento de metano do Ártico esteve ligado às transformações climáticas que provocaram uma das maiores ondas de extinção da Terra, há 250 milhões de anos, entre os períodos Permiano e Triássico. Na ocasião, 96% das espécies marinhas desapareceram e 70% dos vertebrados terrestres também sumiram. Um vazamento como esse também é associado a um período extremamente quente há 55 milhões de anos, chamado Termal Máximo do Paleoceno-Eoceno. Foi uma onda de extinções também grande, que abriu caminho para o desenvolvimento dos mamíferos atuais.
     A segunda razão para preocupação é que os depósitos de metano sob o oceano são tão grandes e esse gás tem um poder tão alto para aquecer a atmosfera. Segundo alguns pesquisadores, basta soltar uma pequena fração desses depósitos para que qualquer esforço para estabilizar as emissões em níveis não catastróficos fique impossível.
     A terceira causa para preocupação é que a agência americana responsável por oceanos e atmosfera, a NOAA, revelou que os níveis de metano na atmosfera da Terra subiram acentuadamente pela primeira vez desde 1998, quando esse acompanhamento começou. Isso indicaria que o vazamento de metano provocado pelo derretimento do Ártico já estaria alterando a química da atmosfera rapidamente.
 

methane21.jpg

 
     Esse metano foi gerado pela decomposição de matéria orgânica – plantas e animais – há milhões de anos, em períodos em que a Terra esteve mais quente. E esteve aprisionado sob a camada de gelo embaixo do mar durante todo esse tempo.
     Semiletov mede os níveis de metano na costa da Sibéria desde 1994. Nunca havia detectado elevações nos níveis de metano na década de 90. Mas desde 2003 ele diz que vem observando pontos de concentração excessiva do gás no oceano. Segundo ele, o derretimento do permafrost submarine pode ser consequência do crescente volume de água mais quente que vem dos rios siberianos. O volume deles têm aumentado devido ao derretimento do permafrost em terra firme.
     A linha vermelha do gráfico abaixo mostra como a descarga de metano do Ártico pode estar provocando uma elevação dos níveis de metano na atmosfera da Terra. A linha vermelha mostra o nível de metano na atmosfera desde 2004. Além da oscilação sazonal de cada ano, há uma clara elevação no último ano medido.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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