quinta-feira, 30 de abril de 2009

Nota da Aliança Camponesa Ambienta lista sobre a Legislação Ambiental


Legislação ambiental brasileira é compatível com a agricultura familiar camponesa.
Desmonte do Código Ambiental é manobra do agronegócio para destruir o meio ambiente.

    
Ao longo de várias décadas construiu-se na sociedade brasileira o falso antagonismo entre produção de alimentos e preservação ambiental. Falso, porque a produção de alimentos no Brasil está fortemente alicerçada sobre os agricultores camponeses e familiares, quilombolas, comunidades tradicionais, extrativistas e assentados da reforma agrária. E justamente sob o manejo destes povos do campo e da floresta que estão as principais áreas conservadas da biodiversidade florestal brasileira.
     Esse antagonismo interessa apenas ao agronegócio. São os projetos dos latifundiários e grileiros que se confrontam ao meio ambiente nacional, sendo baseados no uso extensivo das áreas, com alto consumo de fertilizantes químico-indústrias e agrotóxicos e, fundamentalmente, na expansão ilegal da propriedade. É a produção para exportação de commodities rurais que necessita da devastação dos biomas, do desmonte das leis ambientais e da institucionalização do grilo, por meio de medidas provisórias - e não a produção que abastece a mesa do brasileiro.
     É a partir deste esclarecimento que a Aliança Camponesa e Ambientalista em Defesa da Reforma Agrária e do Meio Ambiente vem afirmar que a posição dos verdadeiros produtores de alimentos deste país é a de manutenção do código florestal atual.  Entendemos que a atual legislação, da qual os camponeses só conhecem as multas e repressões equivocadamente realizadas pelos órgãos ambientais estaduais, é moderna e permite uma série de adaptações necessárias para a reprodução social da família camponesa. É importante ressaltar alguns pontos:
  • É permitida a utilização da APP para fins não-madereiros, tais como plantios de frutíferas nativas e extrativismo;
  • É função da Reserva Legal promover a utilização racional do recurso florestal. Portanto, para o camponês a reserva legal, se manejada com assistência técnica e recursos financeiros apropriados, pode ser o salto qualitativo para a transição agroecológica;
  • Os pequenos produtores podem ter em sua área de Reserva Legal computada a APP;
  • É tarefa do Estado prover à pequena propriedade assistência técnica para os processos de recuperação ambiental e de manejo florestal.
     No entanto, para alcançarmos uma realidade de desenvolvimento rural sustentável no Brasil, se faz necessário optar-se pelo modelo de agricultura nacional baseado na agricultura camponesa familiar. E, para viabilizar a sustentabilidade da agricultura familiar e camponesa deve-se implementar uma série de medidas que vão de encontro ao fortalecimento do Código Florestal e sua definitiva aplicação:
  • Construção de uma resolução que oriente o manejo florestal e agrosilvopastoril em reserva legal;
  • Construção conjunta com os movimentos sociais do Macrozoneamento Ecológico e Econômico e dos ZEEs estaduais;
  • Criação do Programa Nacional de Adaptação das Unidades Produtivas Camponesas a Legislação Ambiental:
          - o Assistência técnica para os camponeses e povos da floresta de forma continuada e eficiente, com qualificação apurada sobre manejo agroflorestal e florestal;
          - o Fomento para a recuperação do passivo ambiental das unidades produtivas, visando à recomposição por meio de sistemas produtivos sucessionais;
          - o Política robusta de comercialização da produção diversificada:
               § Fortalecimento do PAA com incorporação efetiva dos produtos da sociobiodiversidade;
               § Estabelecimento de preço mínimo para os produtos oriundos do agroextrativismo;
               § Estruturação logística de canais de comercialização populares;
          - o Instituição de uma política de Pagamento de Serviços aos camponeses que preservam as áreas florestadas, de forma que a agricultura convencional não exerça pressão sobre a área preservada.
     Portanto, a compreensão construída coletivamente pelos diversos movimentos sociais e entidades ambientalistas é de que a alteração do Código Florestal que está neste Congresso beneficia apenas aos interesses dos grandes produtores e que, além disto, o Código Florestal é uma arma para o agricultor e sua terra e não ao contrário.
     E, para além disto, refutamos toda e qualquer iniciativa que confronte um estado contra a nação brasileira, tal qual o Código Ambiental recém aprovado em Santa Catarina. Porque os ruralistas não defendem então o Zoneamento Ecológico Econômico, o qual ordena as especificidades de cada estado e região, adequando o Código Florestal as milhares de realidades brasileiras.
     A solução para o equilíbrio entre campo e meio ambiente está na opção clara e definitiva por um modelo popular de desenvolvimento do campo, construído conjuntamente entre os movimentos do campo e ambientalistas. Está nas transformações infra-legais e no reconhecimento do Estado de sua dívida histórica com os agricultores: que ao invés de polícias e multas, sejam enviados às unidades camponesas técnicos e propostas de construção de uma agricultura sustentável e popular.

Autor: Aliança Camponesa e Ambientalista em Defesa da Reforma Agrária e do Meio Ambiente - FBOMS - Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
Fonte: Rebia
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Aquecimento ultrapassará 2 graus Celsius sem cortes radicais de emissões


Pesquisas na revista 'Nature' estimam futuro de concentração de carbono.
Manter regime atual de queima de combustíveis pode significar desastre.

     Ninguém sabe que nível de aquecimento global pode ser tolerado pelo planeta sem repercussões sérias para a humanidade e os ecossistemas da Terra, mas a maioria dos governos estabeleceu como limite "seguro" uma elevação de 2 graus Celsius na temperatura global no fim deste século. A má notícia, dizem dois estudos na revista científica "Nature" desta semana, é que sem cortes radicais nas emissões de gás carbônico -- em torno de 80% até 2050 --, é grande a chance de que o aquecimento global ultrapasse esse limite.


Icebergs se desfazendo perto do cabo York, na Groenlândia (Foto: Reprodução)

     A conclusão foi alcançada independentemente pelas equipes de Myles Allen, da Universidade de Oxford (Reino Unido), e Malte Meinshausen, da Universidade de Potsdam (Alemanha). Usando metodologias diferentes, que levam em conta projeções da queima de combustíveis fósseis e simulações da reação do clima global à entrada de carbono na atmosfera, eles calcularam que tipo de intervenção seria necessária para tentar impedir que seja ultrapassada a barreira dos 2 graus Celsius de aquecimento.
     O trabalho de Meinshausen e colegas mostra, por exemplo, que se 1.400 gigatoneladas de gás carbônico forem produzidas entre o ano 2000 e o ano 2050, teremos uma probabilidade de 50% de que o aquecimento passe o limite de 2 graus Celsius. Como quase 250 gigatoneladas do gás foram produzidas só nos primeiros sete anos do século 21, a emissão total de dióxido de carbono ficaria em torno de 1.750 gigatoneladas até a metade do século.
     O governo Obama já fala em reduções na casa de 80% das emissões. Só o cumprimento dessa mata tem chances consideráveis de evitar o aquecimento catastrófico.



Fonte: G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Degelo de ponte pode separar plataforma gigante da Antártida


     O aquecimento global continua causando sérios prejuízos à plataforma de gelo Wilkins, na Antártida, segundo noticiou nesta terça-feira a ESA, agência espacial européia. Novos pedaços se desprenderam, inclusive uma área de grande importância para o equilíbrio da plataforma, espalhando novos icebergs pela região e derretendo o equivalente em superfície a 700 km² - quase o tamanho de Nova York. As informações são do jornal espanhol El Mundo.


A plataforma Wilkins, situada no oeste da península antártica, perdeu cerca de 700 km² - quase o tamanho de Nova York (ESA/Divulgação)

     De acordo com Angelika Humbert, especialista em geleiras da Universidade de Münster, as perdas no local poderiam chegar a 3,7 mil km² com a ruptura da ponte, que mantinha uma importante função estabilizadora entre a plataforma e o continente antártico. Destes 700 km², cerca de 370 km² se separaram diretamente da Wilkins nos últimos dias, enquanto o restante corresponde ao desmoronamento da barreira de ligação.
     Para alguns cientistas, a importância da ponte era tanta que o rompimento pode indicar que o bloco Wilkins flutuará livremente entre as ilhas de Charcot e Latady. Angelika Humbert, que há anos estuda as placas de gelo da Antártida, advertiu que a fragmentação é uma conseqüência da debilidade da plataforma e das mudanças climáticas.
     A plataforma Wilkins, que fica no oeste da península antártica, sofreu uma redução de quase metade dos seus 16 mil km² desde que o degelo começou a ser registrado em 1990. Os pesquisadores acreditam que seriam necessários vários séculos para que a baixa espessura atual do gelo na região se recupere.


A ponte de gelo antes do derretimento e desabamento

Fonte: Redação Terra
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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EUA divulgam imagem microscópica do vírus da gripe suína


     O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, sediado em Atlanta, divulgou nesta terça-feira uma imagem microscópica do H1N1, conhecido como vírus da gripe suína. De acordo com o centro, a amostra que possibilitou identificar a morfologia estrutural do vírus foi retirada de um paciente atingido pela doença na Califórnia.
     A foto foi divulgada em um momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou de três para quatro a fase de alerta pandêmico por gripe suína, o que significa que o vírus H1N1 pode ser facilmente transmitido de pessoa a pessoa.


Imagem microscópica do vírus H1N1, responsável pela gripe suína

     Segundo cientistas da Universidade de Leicester e de hospitais universitários do Reino Unido, a criação de uma vacina contra qualquer pandemia de gripe, incluindo a suína, demoraria seis meses para demonstrar efetividade, conforme estudo divulgado esta segunda-feira pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences. No entato, ao longo deste período é provável que a primeira onda da pandemia tenha passado, acrescentaram os pesquisadores.

     Gripe Suína
     A gripe suína já teria matado 152 pessoas no México, país mais afetado pelo surto, onde cerca de 2 mil pessoas estão infectadas. Nos EUA, até o momento foram confirmados 64 casos de pessoas com gripe suína - não há registro de mortes.
     No Brasil, 11 pessoas com sintomas da doença estão sendo monitoradas pelo Ministério da Saúde.

Fonte: Reuters - com informações das agências AP e EFE - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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terça-feira, 28 de abril de 2009

Terça Ecológica debate os efeitos nocivos do glifosato


Palestrante será o engenheiro agrônomo Sebastião Pinheiro, que em suas pesquisas constatou a contaminação das águas do Guaíba com essa substância.


     De olho na discussão que está fervilhando na Argentina, o Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS) realiza seu evento mensal com foco no glifosato - princípio ativo do herbicida Roundup, da Monsanto, usado nas lavouras transgênicas Roundup Ready. A discussão acontece dia 5 de maio, às 19h, no Plenarinho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O convidado da noite é o engenheiro agrônomo Sebastião Pinheiro, que em suas pesquisas constatou a contaminação das águas do Guaíba com essa substância.


No Brasil o tema é silenciado, mas o glifosato é o principal causador de intoxicação

     O NEJ/RS quer esclarecer e discutir as conseqüências do abuso de agrotóxicos. Na Argentina, uma pesquisa recente revelou que doses mínimas de glifosato causaram defeitos no cérebro, intestino e coração de fetos de várias espécies de anfíbios - um modelo tradicional de estudo para avaliação de efeitos fisiológicos em vertebrados, cujos resultados podem ser comparáveis ao que aconteceria com embriões humanos.

     O 'inofensivo' glifosato
     Vale lembrar que a Monsanto, que possuiu o monopólio da substância por 30 anos e ainda hoje é líder no mercado dos agrotóxicos, sempre "garantiu" que o glifosato é um produto inofensivo para a natureza, os animais e os seres humanos, possuindo nos rótulos do Roundup a informação de que era "biodegradável". Esse produto começou a ser comercializado em 1973 e apenas em 1997 a empresa foi culpada por propaganda enganosa, sendo obrigada a retirar a inscrição.
     Além disso, o fato do uso de agrotóxicos na soja ser baseada em uma decisão política-comercial e não em um estudo científico-sanitário, denuncia o papel complacente de parte do mundo científico. Os interesses econômicos acabam por suplantar a ética de alguns cientistas.



     O agrônomo Edilson Paiva, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, doutor em biologia molecular e membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), manifestou-se favorável ao uso do glifosato: "A vantagem na segurança alimentar é que os humanos poderiam até beber e não morrer porque não temos a via metabólica das plantas. Além disso, ele é biodegradável no solo" (Valor Econômico, 23/04/2007). Paiva atualmente é o vice-presidente da CTNBio, o órgão que avalia a segurança dos transgênicos e tem autorizado diversos produtos de maneira irresponsável.
     A CTNBio está tomando decisões sem que os produtos transgênicos em votação passem pela comissão setorial de saúde do próprio órgão. A urgência com que o processo é realizado gera esquecimentos, como o da cobrança às empresas dos planos de monitoramento pós-liberação comercial.

     Os efeitos comprovados no mundo
     O estudo argentino, realizado pela Universidade de Buenos Aires, não é o primeiro a comprovar efeitos maléficos do glifosato para a saúde. Em 2005, o pesquisador francês Gilles-Eric Seralini, da Universidade de Caen (França) publicou na revista científica Chemical Research in Toxicology um estudo constatando que doses muito baixas de Roundup provocam morte em células humanas em poucas horas.
     Em 2002, outro pesquisador francês, Robert Belle, diretor da Estação Biológica do Centro Nacional de Pesquisa Social de Roscoff (França) provou através de experimentos que o Roundup altera a etapa de divisão celular, levando-a a um grau de instabilidade que é próprio das primeiras etapas do câncer.
     No Canadá, detectou-se que o uso de glifosato pelos pais acarreta aumento no número de abortos e nascimentos prematuros nas famílias rurais. Estudos laboratoriais também demonstraram inúmeros efeitos do glifosato sobre a reprodução: redução dos espermatozóides em ratos; maior freqüência de espermatozóides anormais e redução do peso fetal em coelhos.



     As conseqüências
     Após a divulgação da pesquisa, a Associação de Advogados Ambientalistas da Argentina entrou na Justiça pedindo a proibição da comercialização do produto, carro chefe de vendas da Monsanto. A ministra da Defesa da Argentina proibiu as Forças Armadas de cultivar soja transgênica em campos do exército situados em zonas urbanas e suburbanas, assim como em adjacências de bairros e instalações residenciais militares.
     Na Alemanha, a ministra da Agricultura proibiu o plantio e venda do milho da Monsanto MON810 (liberado no Brasil), seguindo outros cinco países do bloco europeu. De acordo com a ministra, os dados em que ela baseou sua decisão apontam impactos ambientais negativos. Ainda nesse país, segue a polêmica iniciada por um apicultor amador que teve que destruir toda sua produção de mel após ter descoberto que ela estava contaminada por pólen de milho transgênico de uma estação experimental próxima a seu apiário.
     No Brasil o tema é silenciado, mas o glifosato é o principal causador de intoxicação, apresentando 11,2% das ocorrências entre 1996 e 2002. Segundo o Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul, o número oficial de atendimentos de pessoas intoxicadas pelo herbicida vem aumentando nos últimos anos: em 1999 foram registrados 31 casos e em 2002 as ocorrências já aumentaram para 119.



Autora: Eloisa Beling Loose - Especial para EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Vírus de gripe suína não pode mais ser contido, diz OMS


O vírus da gripe suína detectado pela primeira vez no México não pode mais ser contido e os governos agora devem se focar em medidas para mitigar seus efeitos, disse um representante de alto escalão da Organização Mundial de Saúde (OMS).

     A declaração foi feita pelo diretor-geral-assistente da OMS, Keiji Fukuda, no momento em que organização anunciou que estava aumentando seu nível de alerta para 4 - dois níveis abaixo do referente a uma pandemia.


Turista conversa com médico no aeroporto internacional da Cidade do México, nesta segunda-feira (AFP)

     "Com a disseminação do vírus...fechar fronteiras ou restringir viagens tem muito pouco efeito na contenção desse vírus", disse Fukuda.
      Segundo ele, o aumento no nível de alerta representa "um passo significativo em direção a uma pandemia de gripe", mas ele ressaltou "que uma pandemia não é considerada inevitável".
     Nesta terça-feira pela manhã, a OMS confirmou que 73 casos foram diagnosticados no mundo.
     Inspetores das Nações Unidas foram para o México examinar relatos de que fazendas industriais de criação de suínos teriam sido a fonte do surto. O número de mortes provavelmente causadas pela doença no país aumentou para 152.


Metrô da Cidade do México, que transporta 4,5 milhões de pessoas diariamente, está distribuindo máscaras para evitar o contágio entre os passageiros (Foto: France Press) (fonte)

     Nesta terça-feira, a Nova Zelândia confirmou ao menos três casos, e Israel, um. EUA, Canadá, Espanha e Reino Unido também confirmaram casos, mas não houve mortes registradas fora do México. No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que está acompanhando os casos de 11 pessoas com alguns sintomas da doença. Todas elas tinham feito viagens a áreas afetadas pela gripe suína.
     Notícia completa AQUI.

Fonte: BBC
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 27 de abril de 2009

As manchas solares sumiram! O que está acontecendo com o Sol?


     Não está havendo muita atividade no sol ultimamente, especialmente no que é relativo às manchas solares. Segundo o Físico Dean Pesnell da NASA, "estamos passando por um mínimo solar muito profundo".


Imagem de 31 de março de 2009 (Credit: SOHO, NASA/ESA)

     Em 2008, nenhuma mancha sola foi observada em 266 dos 366 dias do ano. E a contagem de manchas solares está caindo ainda mais em 2009. Até 31 de março manchas foram avistadas apenas em 12 dos 90 dias do ano.
     Quem acompanha o astro afirma que é a calmaria mais aprofundada do sol nos ultimos cem anos. Então, o que tudo isso pode significar?

Fonte: O Cientista
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Filtro solar destrói microrganismos benéficos


Nova pesquisa mostra que nanopartículas encontradas em filtros solares, entre outros produtos, podem afetar ecossistemas

     Nanopartículas presentes em protetor solar, cosméticos e centenas de outros produtos podem oferecer riscos ao meio ambiente, ao danificar microrganismos benéficos, segundo relatos de cientistas.
     Em um estudo realizado pela Universidade de Toledo, na Espanha, pesquisadores descobriram que o nanodióxido de titânio utilizado em produtos de higiene pessoal reduz funções biológicas de bactérias após menos de uma hora de exposição. As descobertas sugerem que essas partículas ─ que acabam sendo levadas pela água do banho para estações de tratamento de água e esgoto − podem matar microrganismos que exercem funções vitais aos ecossistemas e ajudam a tratar o esgoto.


Proteção contra radiação solar: o filtro solar e suas nanopartículas podem não ser tão benéficos quanto se pensava (ISTOCKPHOTO/INKASTUDIO)

     O nanodióxido de titânio é usado em muitos filtros solares e cosméticos pela sua capacidade de bloquear a luz ultravioleta, provável responsável pelo câncer de pele. No entanto, as pesquisas sugerem que esse comportamento benéfico vem acompanhado de um custo ambiental.
     Em artigo apresentado na conferência anual da sociedade americana de química, em Salt Lake City, no mês passado, as pesquisadoras Cyndee Gruden e Olga Mileyeva-Biebesheimer adicionaram quantidades variáveis de nanopartículas em água contendo bactérias. As bactérias foram cultivadas em laboratórios e marcadas com verde fluorescente.
     Notícia completa AQUI.

Autor: Matthew Cimitile - Scientific American
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Estudo demonstra que ação humana afeta ciclo do carbono no Xingu


Bióloga registrou altos índices de carbono orgânico em chuva.
Queimadas e desmatamento alteram ciclo natural da floresta.

     Medições feitas durante um ano numa bacia afluente do Rio Xingu, no município de Canarana (MT) comprovam que a ação humana, como queimadas, desmatamento e agricultura interferem no fluxo de carbono na floresta. A região é de mata de transição entre o cerrado e a floresta tropical, e está sob pressão do avanço da fronteira agrícola.
     "Esse ecossistema está sumindo do mapa quase sem estudo", afirma a bióloga Vania Neu, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).


A bióloga Vania Neu (esquerda) verifica índices de dióxido de carbono em computador acoplado a câmara flutuante em rio. (Foto: Vania Neu/Arquivo Pessoal)

     Ela instalou equipamentos que medem a quantidade de carbono nos rios, no solo e na chuva, com o objetivo de avaliar se a floresta contribui para reduzir a quantidade de gases causadores de efeito estufa na atmosfera.
     "Pudemos observar que na água da chuva entra grande quantidade de carbono orgânico, que vem da agricultura, das queimadas e do desmatamento", explica a cientista.
     Na água pluvial, ela mediu a presença de 8200 kg de carbono por quilômetro quadrado ao ano. O índice é aproximadamente o dobro do registrado em zonas da floresta ainda distantes dos desmatamentos, como a maior parte do estado do Amazonas.
     A bióloga conta que a área pesquisada é próxima ao Parque Indígena do Xingu. "As comunidades indígenas dali dependem do rio e da floresta para sobreviver. Fiz várias visitas para ver como estava a água e qual era o impacto do desmatamento e das queimadas na aldeia", conta.
     "Conversando com os índios soube que algumas atividades deles estão sendo prejudicadas. Com o revolvimento da terra para agricultura a água dos rios fica turva e há mais assoreamento. Eles me contaram que antes pescavam com arco e flecha pois viam os peixes. Agora a água é turva e não conseguem mais vê-los", relata.


Situada na fronteira agrícola, a área estudada pela bióloga já tem plantações muito próximas. (Foto: Vania Neu/Arquivo Pessoal)

     Segundo Vania, o revolvimento da terra com máquinas nas plantações, além de afetar os rios, contribui para a liberação de carbono para a atmosfera. "Quando a terra é revirada pelas máquinas, ocorre maior oxidação do solo", explica.
     Uma alternativa, aponta, é o chamado plantio direto, em que a terra não é revirada para a semeadura. Com esse método, a palha e os demais restos vegetais são mantidos na superfície da lavoura, servindo de cobertura e proteção contra processos prejudiciais como a erosão.
     O solo só é manipulado no momento do plantio, quando são abertos sulcos para a deposição de sementes e fertilizantes. A técnica, explica a bióloga, é comum no Sul brasileiro.

Autor: Dennis Barbosa - Globo Amazônia - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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