sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Adiado exame de lei sobre florestas

Projeto polêmico reduz de 80% para 50% obrigação de proprietário recuperar área particular desmatada
 
     Ambientalistas venceram a primeira disputa e conseguiram adiar, em duas semanas, a votação do projeto que altera as regras para a recuperação de florestas em áreas particulares. O projeto, de número 6424/05 e relatado pelo deputado Jorge Khoury (DEM-BA), permite aos proprietários de florestas devastadas na Amazônia recuperar uma área menor do que hoje é recomendado: em vez de 80%, eles teriam de recompor 50%. Nos 30% de diferença, produtores poderão plantar palmáceas (como o dendê) ou outras espécies exóticas à floresta.
     A proposta também traz maiores facilidades para o uso do mecanismo de compensação: se não houver possibilidade de o proprietário recuperar a área devastada, ele se compromete a preservar uma área equivalente, desde que seja no mesmo bioma.
     Nesta semana, o setor produtivo, Ministério do Meio Ambiente e representantes de organizações não-governamentais tentaram chegar a um consenso. Para integrantes do governo, o projeto é uma oportunidade de melhorar o Código Florestal, de 1965, garantir a preservação de florestas intactas e, ao mesmo tempo, incentivar o uso econômico de áreas que já foram destruídas.
     Para um grupo de parlamentares, no entanto, essa é uma medida arriscada. Eles temem que todos os avanços obtidos durante a negociação na Câmara sejam retirados do texto durante a discussão no Senado. O receio se explica. Em outras oportunidades, avanços obtidos na Câmara por ambientalistas foram enterrados ao chegar ao Senado.
     O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) defende a reprovação do projeto. "De fato é preciso fazer alterações no Código Florestal. Mas o melhor é que a proposta de mudança seja feita na Câmara. Se formos apenas os revisores, corremos o risco de ver as alterações totalmente rejeitadas." Para o deputado, há condições de barrar o projeto na próxima reunião da comissão. "Se a proposta fosse votada hoje (ontem), certamente seria rejeitada."
     O relator Khoury tinha a mesma avaliação. Frustrado, afirmou que a versão acordada anteontem em reunião na comissão havia desagradado deputados da bancada ruralista. Ele não esperava, porém, que a ala ambientalista fosse apresentar empecilhos. "Fiz concessões de todos os lados. A proposta traz pontos que desagradam os dois setores. Sinal de que o texto está bom", afirmou.
     O projeto vale para todo o país. Para outros biomas, a área de reserva legal fica mantida em 20%. Mas o proprietário pode fazer a recuperação em outras áreas. "Pelo texto, regiões desmatadas nos vários biomas brasileiros, como a mata atlântica e o cerrado, poderiam ser usadas sem maiores entraves", avalia o coordenador de campanha na Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário. "Por isso passamos a chamar o projeto de Floresta Zero", completou.
     Adário afirma que a proposta discutida tem pontos positivos, como a obrigação de fazer o cadastramento georreferenciado para regularizar o imóvel rural, assim como a possibilidade de autoridades suspenderem autorizações para novos desmatamentos em regiões críticas.
     "Hoje o que temos é um caos fundiário, o que torna difícil punir proprietários que derrubam áreas protegidas de forma irregular." Ele, porém, também considera arriscado deixar o projeto andar. "Não há clima no Senado para que uma versão que amarre o setor produtivo seja aprovada."
Autora: Lígia Formenti (O Estado de SP) - Jornal da Ciência
 
Nota do Blog BioWilson: Mesmo com as discussões sobre as alterações climáticas, aumento do desmatamento na Amazônia Legal e outros problemas ambientais que ocorrem no Brasil, ainda existem "políticos" que tentam facilitar o que já está previsto em Lei. O perigo é que muita coisa ruim passa...  

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O tamanho do estrago

     Algumas semanas atrás, você viu aqui no Blog do Planeta como o aumento da temperatura na Terra está diminuindo a camada de gelo que cobre a Antártida.
 
 
     Agora, a Nasa divulgou imagens do seu satélite Acqua que mostram como diminuiu a extensão do gelo no Ártico nos últimos 30 anos. A linha amarela mostra até onde o gelo chegava, em média, entre 1979 e 2000. O contorno verde marca o antigo recorde de degelo, de 2005, superado pelo deste ano, que aparece marcado em vermelho.
 
Autora: Marcela Buscato - Blog do Planeta

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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Crueldade a animais é investigada

     Dois inquéritos civis abertos na Promotoria de Defesa Comunitária de Pelotas apuram o manejo usado na suinocultura e avicultura
Porcas matrizes impedidas de se movimentar por toda a sua vida, até que sua fertilidade decaia e sejam encaminhadas ao abate. Galinhas poedeiras enjauladas, em prisão perpétua, onde não podem sequer esticar as asas e têm seus bicos removidos para diminuir o "desperdício" de alimento, ficando assim impedidas de selecionar a ração e evitar o canibalismo, tamanho o estresse a que são submetidas. Estes são alguns exemplos de maus-tratos a que são submetidos os animais em estabelecimentos de suinocultura e avicultura no País. Para investigar tal prática em Pelotas, foram abertos dois inquéritos civis na Promotoria de Justiça de Defesa Comunitária.
 
Porcos têm dentes extraídos
 
     Tradição Cultural
     "Podemos dizer que esse tipo de empreendimento, em todo território nacional, não possui qualquer regulamentação quanto ao bem-estar dos animais que lhe servem de mercadoria", afirma o promotor de Justiça Jaime Nudilemon Chatkin, responsável pelos inquéritos. Ele credita a utilização desenfreada de maus-tratos a animais no agronegócio a uma "tradição cultural", já que aves e suínos são destinados ao consumo humano. "Não tenho dúvida que se qualquer pessoa fizesse algo parecido com algum cachorro ou gato, seria imediatamente chamado de cruel e responsabilizado criminalmente", enfatiza. Para o Promotor, o manual de boas práticas, elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e que regula os métodos praticados no agronegócio, "tem foco na produtividade e no lucro dos produtores".
 
Galinhas não esticam as asas em jaulas pequenas
 
     Proteção Constitucional
     O Promotor lembra que os animais experimentam sensações semelhantes a seres humanos, tais como dor, alegria e medo. Assim, muitas vezes são submetidos a um manejo "que não se pode adjetivar de outra forma que não seja com a palavra cruel". Chatkin lembra que a Constituição Federal, em seu artigo 225, e leis federais e estaduais, vedam a prática da crueldade a animais.
Levando os limites legais em conta, os inquéritos civis têm como objetivo, além de apurar as condições de criação dos animais, impor limites aos criadores. A Promotoria pretende, ainda, mostrar como a carne e ovos são produzidos, fazendo com que o consumidor escolha o produto levando em conta as práticas utilizadas pelo agronegócio.
 
Autor: Jorn. Celio Romais - Agência de Notícias do Ministério Público do RS (Fotos: MP de Pelotas)
 
Nota do Blog Biowilson: Parece que está chegando ao fim a época dos maltratos aos animais de corte. Espero que os órgãos ambientais, que se mantém omissos diante desta crueldade, comecem a tomar as devidas medidas legais para coibir tais atitudes.

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Fepam é citada para cumprir decisão

Promotoria do Meio Ambiente executou TAC na parte em que a Fundação ficou obrigada a exigir estudo de impacto ambiental para silvicultura
 
     A diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini, foi citada, nesta terça-feira, 16, para que cumpra a ordem judicial que suspendeu a expedição de novas licenças para a atividade de silvicultura, sob pena de pagamento de multa.
     A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre ajuizou ação de execução do termo de ajustamento de conduta - TAC, que foi celebrado com a Fepam em 12 de maio de 2006, em relação à obrigação de exigir o Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo relatório - EIA/RIMA para todos os empreendedores da atividade de silvicultura que postulassem a implementação de plantios, cujo somatório das áreas próprias, arrendadas ou em parcerias, fossem superiores a mil hectares ou menores, neste caso quando se tratasse de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental.
     A medida, ajuizada em 23 de agosto deste ano, obteve decisão favorável em 13 de setembro último, no sentido de suspender a expedição de novas licenças, sob pena de pagamento de multa no valor R$ 1,5 mil por licença expedida antes de apresentados e aprovados os referidos estudos.
 
Fonte: Agência de Notícias do Ministério Público do RS

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Síndrome de transtorno contra Al Gore

     O que nos traz à maior razão por que a direita odeia Gore: neste caso, a campanha de difamação fracassou. Ele recebeu tudo que jogaram nele, e emergiu mais respeitado, mais crível do que nunca. E isso os deixa loucos
Paul Krugman, colunista do "The New York Times", é professor da Universidade de Princeton, EUA. Artigo publicado no "The New York Times":
Um dia depois de Al Gore receber o Prêmio Nobel da Paz, os editores do "The Wall Street Journal" não conseguiram nem mencionar seu nome. Em vez disso, dedicaram seu editorial a uma longa lista de pessoas que achavam que mereciam mais o prêmio.
     E na "National Review Online", Iain Murray sugeriu que o prêmio deveria ter sido compartilhado com "aquele famoso ativista da paz, Osama Bin Laden, que implicitamente endossou a postura de Gore". Você vê, Bin Laden certa vez disse algo sobre a mudança climática -portanto, qualquer um que fala sobre mudança climática é amigo de terroristas.
 
     O que tem Gore que deixa a direita maluca?
     Parcialmente é uma reação ao que aconteceu em 2000, quando o povo americano escolheu Gore, mas seu oponente, de alguma forma, terminou na Casa Branca.
     Tanto o culto à personalidade que a direita tentou construir em torno do presidente Bush quanto a difamação histérica freqüente contra Gore foram em grande parte motivadas pelo desejo de apagar a mancha de ilegitimidade do governo Bush, acredito.
     E agora que Bush se provou claramente o homem errado para o cargo -e sim, de fato, o melhor presidente que os recrutadores da Al Qaeda poderiam esperar- os sintomas da síndrome de transtorno contra Gore ficaram ainda mais extremos.
     A pior coisa sobre Gore, do ponto de vista conservador, é que ele continua certo. Em 1992, George H.W. Bush zombou dele como o "homem do ozônio". Três anos depois, entretanto, os cientistas que descobriram a ameaça à camada de ozônio receberam o Prêmio Nobel de química.
     Em 2002, ele advertiu que, se invadíssemos o Iraque, "o caos resultante poderia facilmente impor um perigo muito maior aos EUA do que enfrentamos atualmente de Saddam". E assim foi provado.
     O ódio contra Gore, porém, é mais pessoal. Quando a "National Review" decidiu chamar seu blog antiambiental de "Planet Gore", estava tentando desacreditar tanto a mensagem quanto o mensageiro.
     Pois a verdade sobre a qual Gore estava falando, de como as atividades humanas estão mudando o clima, não é apenas inconveniente; para os conservadores, é profundamente ameaçadora.
     Considere as implicações políticas de levar a mudança climática a sério.
"Sempre soubemos que o interesse próprio desmedido era moralmente ruim", disse FDR. "Agora sabemos que é economicamente ruim." Essas palavras se aplicam perfeitamente à mudança climática.
     É do interesse da maior parte das pessoas (e especialmente de seus descendentes) que alguém faça alguma coisa para reduzir as emissões de dióxido de carbono e de outros gases de efeito estufa, mas cada indivíduo gostaria que esse alguém fosse outra pessoa. Deixe ao mercado livre e, em poucas gerações, a Flórida estará submersa.
     A solução para tais conflitos entre o interesse próprio e o bem comum é prover aos indivíduos um incentivo para fazerem a coisa certa. Neste caso, as pessoas têm que receber uma razão para cortar as emissões de gás de efeito estufa, seja requerendo que paguem imposto sobre emissões ou exigindo que comprem licenças de emissão, que tem basicamente o mesmo efeito que um imposto sobre emissões.
     Sabemos que tais políticas funcionam: o sistema americano de "limites e trocas" de licenças de emissão de dióxido de enxofre foi altamente bem sucedido para diminuir a chuva ácida.
     A mudança climática é, entretanto, mais difícil de lidar do que a chuva ácida, porque as causas são globais. O acido sulfúrico nos lagos americanos vem principalmente do carvão queimado nas usinas americanas, mas o dióxido de carbono no ar dos EUA vem de carvão e petróleo queimado em torno do planeta -e uma tonelada de carvão queimada na China tem o mesmo efeito no clima futuro que uma tonelada de carvão queimada aqui.
     Então, lidar com a mudança climática não só exige novos impostos ou seu equivalente, mas também negociações internacionais nas quais os EUA terão dar assim como receber.
     Tudo que acabei de dizer não deveria ser controverso - mas imagine a recepção que teriam um candidato republicano à presidência se admitisse essas verdades no próximo debate. Hoje, ser um bom republicano significa acreditar que os impostos devem sempre ser cortados, nunca aumentados. Também significa que devemos bombardear e provocar os estrangeiros, não negociar com eles.
     Então, se a ciência diz que temos um grande problema que não pode ser resolvido com cortes de impostos ou bombas -bem, a ciência deve ser rejeitada e os cientistas enlameados.
     Por exemplo, o "Investor's Business Daily" recentemente declarou que a proeminência do pesquisador da Nasa James Hansen, o primeiro a fazer da mudança climática uma questão nacional, há duas décadas, deve-se de fato a esquemas nefandos de - quem mais - George Soros.
     O que nos traz à maior razão por que a direita odeia Gore: neste caso, a campanha de difamação fracassou. Ele recebeu tudo que jogaram nele, e emergiu mais respeitado, mais crível do que nunca. E isso os deixa loucos.
 
Autor: Paul Krugman  (Tradução: Deborah Weinberg) - The New York Times, Uol.com/Mídia Global - Jornal da Ciência
 

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Bezerro de seis patas impressiona alemães

Filhote de vaca nasceu no dia 10 de outubro na Alemanha.
Ainda não se sabe a causa da anomalia.
Foto: AFP
A menina Franziska Suttner, de três anos, posa ao lado da bezerrinha Lissy nesta quarta-feira (17) em Hebertsfelden, na Alemanha. Animal nascido no dia 10 tem seis patas (Foto: AFP)
 
Foto: AFP
Os donos da bezerrinha de seis patas, Maria, Alfons Suttner e a filha apresentam Lissy, uma semana após seu nascimento  (Foto: AFP) 
 
Foto: AFP
O nascimento do filhote, na quarta-feira (10), impressionou os donos (Foto: AFP)
 
Fonte: France Presse - G1
 

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Se fosse ilegal seria mais fácil

     Continua fácil arrancar árvores ilegalmente de terra pública na Amazônia e vender para os grandes mercados do Sudeste. Difícil é fazer isso dentro da lei.
Sete ativistas do Greenpeace foram cercados nesta terça-feira por aproximadamente 300 pessoas no município de Castelo dos Sonhos, no oeste do Pará e estão impedidos de sair da cidade.
 
     Segundo o Greenpeace, dezenas de madeireiros, com oito caminhões, 10 caminhonetes e mais de 15 motos se reuniram em frente à base do Ibama, onde os ativistas do Greenpeace se refugiaram. Eles tentariam impedir que o grupo deixe a cidade com uma tora de castanheira que está sendo transportada para uma exposição da ONG no sudeste do país. A operação para transportar esta árvore foi autorizada pelo Ibama.
     A tora de cerca de 13 metros é parte da exposição itinerante "Aquecimento Global: Apague essa Idéia", organizada pelo Greenpeace. A árvore, queimada ilegalmente em terras públicas no oeste do Pará, simboliza destruição da Amazônia e seria exibida em locais de grande visitação pública em São Paulo e no Rio de Janeiro para chamar a atenção da população sobre a necessidade de zerar o desmatamento na Amazônia.
 
 
     O que o pessoal das grandes cidades não vai ter oportunidade de conhecer é a pressão de políticos e empresários do interior da Amazônia para manter a devastação em terras públicas.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

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Arborização, uma questão de harmonia urban a?=

     Com o crescimento dos espaços urbanos tem-se mudado a paisagem natural para um aspecto artificial de plantas em convívio com o concreto. Mas um convívio harmonioso entre os equipamentos urbanos e a vegetação deve seguir padrões rígidos e pré-estabelecidos para se obter uma qualidade ambiental que produza conforto e bem-estar à população.
     Desta forma, discute-se aqui, o projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores na última semana, que estabelece normas para a proteção e promoção da arborização no município de Venâncio Aires. Projeto que, além de ser uma cópia da legislação de Novo Hamburgo, não trata das questões pendentes com a arborização urbana e pública no nosso município.
     Uma lei deve ser elaborada para regrar e regulamentar as deficiências na área em questão, seja por lacunas deixadas por outras leis ou por necessidade de melhorar e adaptar à questão local. Nesse caso, essas lacunas iniciam no Código Florestal Federal, quando se trata de Áreas de Preservação Permanente; no Código Florestal Estadual, quanto as espécies imunes ao corte e demais restrições; no Decreto Estadual n° 38.355/98, que regulamenta o manejo e a reposição florestal; na Lei federal n° 9.605/98 e no Decreto Federal n° 3.179/99, que regulamentam as sanções às más condutas; no Decreto Estadual n° 42.099/02, que define as espécies ameaçadas de extinção; e na Lei Municipal n° 2534/00 (Código de Posturas e Meio Ambiente de Venâncio Aires), que já contempla a arborização pública (árvores das calçadas e em espaços públicos) em alguns de seus artigos, mas que não estabelece critérios específicos para o manejo em área urbana (árvores em área privada), que é de responsabilidade do município.
     Este projeto de lei, assim como está, não resolverá os problemas de manejo da vegetação em área urbana, pois uma Lei que proteja e promova a arborização não pode deixar de definir quais espécies de árvores devem ser plantadas, observado, principalmente, seu porte, suas dimensões e suas características ecológicas; as espécies que não podem ser plantadas, conforme o potencial tóxico de suas folhas, flores e frutos e sua estrutura radicular; os espaçamentos e distâncias de objetos públicos e privados; locais e quantidades de mudas à serem replantadas quando houver necessidade de supressão; como também o tamanho e profundidade do canteiro. Apesar destas informações estarem no Plano Municipal de Arborização, elaborado pelos funcionários do órgão ambiental em 2000, este é um regramento que não tem poder de Lei.
     Caso este projeto de Lei for aprovado, a arborização urbana ainda se constituirá um problema urbano, ainda mais quando aliado a intervenções ineficientes (podas irregulares e sem orientação técnica), falta de informações, capacitação e, também, pesquisa. Logo, muito dos conflitos com a arborização urbana são, naturalmente, o resultado da falta de planejamento e conhecimento técnico.
     No entanto, já vivemos um momento de caos com a arborização desde o plantio excessivo e desordenado das tipuanas (Tipuana tipu) em Venâncio Aires. Esta atitude tem gerado um gasto público e privado altíssimo e não contabilizado, sendo que não houve planejamento ou assessoria de pessoal capacitado para tal, pois vemos tipuanas plantadas em baixo da rede elétrica, ao lado de postes e bueiros, em esquinas e em locais com pouco espaço para o seu desenvolvimento.
     Também se observa que as reposições de pós-corte das árvores públicas, quando acontecem, ainda estão sendo realizadas com espécies impróprias como o ficus (Ficus benjamina e Ficus auriculata) e tipuanas e outras árvores com estrutura radicular de alto poder destrutivo, que, com certeza e é questão de tempo, causarão a obstrução da rede de água e esgoto, quebra da calçada, muros, paredes e do meio-fio, problemas na rede elétrica e telefonia, obstrução da iluminação pública, risco ao trânsito de veículos e de pedestres, gerando problemas ao município e à população.
     Assim, espero que este projeto não seja votado e, sim, reelaborado para o município de Venâncio Aires, pois um projeto de arborização deve-se observar uma série de fatores físicos, químicos, biológicos, ecológicos, urbanísticos e, também, levar em conta o aspecto cultural da população e suas necessidades. Espero, também, poder ver plantadas espécies nativas como camboatá, chal-chal, tarumã, cambará, pitangueira, guabiju, uvaia, araçá, capororoca e muitas outras em plena integração urbana e ecológica, mantendo a harmonia fitossociológica e a fitofisionomia natural, ou seja, plantar as árvores que ocorrem naturalmente na nossa região.

Autor: Wilson Junior Weschenfelder
Nota: Artigo publicado no Jornal Folha do Mate de Venâncio Aires em 16 de outubro de 2007, podendo ser acessado no endreço http://www.folhadomate.com.br/arquivos/pdf/10447.pdf

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Denúncia: Derrubada de árvores urbanas aumentam o aqueciemento local e global

       Está havendo uma verdadeira perseguição às velhas amendoeiras de Cabo Frio, e na Região dos Lagos no Estado do Rio de Janeiro, que estão sendo sacrificadas pelo poder público, com aval das Secretarias de Meio Ambiente, a pretexto de serem árvores exóticas, que levantam calçadas e atingem a rede elétrica, para plantarem  " Árvores Nativas".
 
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O que está acontecendo com as grandes árvores das ruas e  avenidas de Cabo Frio e outras cidades da Região dos Lagos? 
 
     Será que eles estão cegos para toda essa campanha sobre o aquecimento global, ou é discriminação botânica ? Porque as amendoeiras são afrodescendentes.
     Quem arrancar árvores já adaptadas por décadas, para plantar "árvores nativas" deveria ser enquadrado como, "Criminoso Ambiental", uma vez as árvores das vias públicas e até dos quintais residenciais, exóticas ou não, fazem parte da formação vegetal de uma cidade e são patrimônio de utilidade pública. As árvores nativas brasileiras estão adaptadas às outras árvores companheiras e à respectiva fauna acompanhante, incluindo agentes polinizadores, num determinado ecossistema, como o nome já diz, são NATIVAS e não urbanas. Nós é quem somos exóticos e ocupamos o lugar das florestas.
     Nessa falsa ilusão de trazermos árvores nativas para as cidades, deveríamos também trazer os animais nativos que as acompanham por milênios, juntamente com os homens nativos, para formar um equilíbrio ecológico, mas isso é impossível.
     Apesar disso, muitas espécies de pássaros silvestres da fauna brasileira estão adaptadas às árvores exóticas plantadas na área urbana, como as amendoeiras. Constantemente observamos , especialmente nas amendoeiras remanescentes dessa perseguição,  rolinhas, sanhaçus, beija-flores, sabiás, siriris, juritis e mais raramente o pequeno pica-pau-anão-barrado ( Picumnus cirratus), mostrado na foto. Trata-se de  um  exemplar considerado extindo em certas áreas urbanas, que tem hábito solitário e faz um barulhinho, típico do pica-pau, na madeira, ao se alimentar de larvas de besouros e formigas que frequentam as amendoeiras.
     Centenas de metros cúbicos de madeira, de árvores tradicionais, estão sendo retirados pelas administrações municipais, será que é mais um golpe de desvio de verba pública para "Projetos Ambientais", originando firmas de paisagismo fantasmas, especialmente contratadas para esse fim?
     Até quando teremos que assistir ao sofrimento torturante de um filhote de Pau-Brasil, Gerivá, ou Ipê-Amarelo, crescendo solitariamente na insolação de uma árida calçada, entre o trânsito, tendo seus brotos constantemente quebrados por pedestres inescrupulosos ?
 
VAMOS LUTAR POR UMA DECLARAÇÃO UNIVERSAL PELO DIREITOS DAS ÁRVORES, FAÇAMOS ALGUMA COISA, ANTES QUE SEJA TARDE.
 
     Segue abaixo alguns detalhes desta frondosa e maravilhosa árvore, AMENDOEIRA:
Nomes populares: Amendoeira; castanheira; chapéu de sol.
Classificação Botânica:
Divisão: Angiospermae
Classe : Dicotiledoneae
Ordem: Myrtales ou Mirtiflorae
Família: Combretácea
Gênero/Espécie: Terminalia sp.
Função ecológica:
Suas folhas, ricas em sais minerais e vitaminas, nutrem várias espécies da fauna herbívora, assim como o epicarpo (parte mole externa à semente) dos seus frutos. Floresce duas a três vezes ao ano, em cachos de pequenas flores pentâmeras (em formato de estrelinhas de cinco pontas), ricas em néctar e pólen, favorecem a vida de inúmeros insetos polinizadores. A densidade da copa, com farta galhada, favorece abrigo para nidificação de várias espécies de pássaros silvestres. A queda anual de grande quantidade de folhas fornece nutrientes minerais para os ciclos biogeoquímicos, responsáveis pela reciclagem dos nutrientes minerais contidos no húmus, basta colher as suas folhas num local a parte, molhar e cobrir com lona plástica.

     Relações com o homem:
     Árvore introduzida da África, foi largamente utilizada no litoral brasileiro, pela sua estética frondosa, rápido desenvolvimento e capacidade de sombreamento. Em condições ideais de nutrientes do solo, umidade e temperatura, sua copa pode atingir 7m de diâmetro em 5 anos e chega a ultrapassar 10m de altura e sua copa 15m de diâmetro em quinze anos.
 
Autor: Geraldo Monteiro, Biólogo/Gestor Ambiental, Diretor de Turismo Ecoarqueológico da ONG A TEIA - Portal do Meio Ambiente

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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Chuva traz fuligem semelhante a carvão no oeste gaúcho

     Não foi apenas um possível episódio de heat burst que impressionou a população do noroeste do Rio Grande do Sul. Uma fuligem que apareceu sobre automóveis e a vegetação também assustou os moradores de cidades da região. A aparência era de carvão sobre as superfícies, como mostram as fotos de Olavo Ciotti do jornal A Gazeta do Povo de Cândido Godói.
 
 

     O que poderia ter provocado o acúmulo da fuligem escura sobre carros e vegetação no noroeste do Rio Grande do Sul ? Os meteorologistas da empresa MetSul Meteorologia examinaram uma série de hipóteses e foram eliminando uma a uma. Inicialmente, o Rio Grande do Sul tem precedente de precipitação de cinzas de natureza vulcânica. Em 21 de abril de 1993, diversas cidades do estado registraram a queda de cinzas oriundas do vulcão Lascar no Chile e que foram levadas pelo vento para a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil. Ocorre que desta vez a equipe da MetSul Meteorologia não localizou notícia alguma de erupção nos Andes nem tampouco as fotos da fuligem encontrada no noroeste do Rio Grande do Sul são semelhantes às cinzas vulcânicas. Uma segunda hipótese seria que a chuva que caiu na região estivesse contaminada por poluição industrial, entretanto a região é agrícola e não existem grandes plantas industriais ou químicas no noroeste gaúcho ou áreas vizinhas que pudessem gerar a fuligem registrada. A hipótese mais plausível encontrada pelos meteorologistas da MetSul foi mesmo a fumaça das queimadas. O número de focos de incêndio bate recordes na América do Sul neste ano, especialmente nos últimos dois meses, a ponto de áreas da Bolívia e do Paraguai terem sido declaradas zonas de desastre. Veja no mapa da NASA a enorme concentração de focos de incêndio na região na semana anterior ao evento no noroeste do Rio Grande do Sul.
 
 
 
     A quantidade de fumaça que vem chegando ao Rio Grande do Sul é tão grande que em alguns dias foi possível sentir o odor de queimado no ar com redução da visibilidade. Imagem de satélite de alta resolução do começo de setembro mostrava a fumaça das queimadas na Argentina, Paraguai, Bolívia e o Centro-Oeste do Brasil ingressando pelo Rio Grande do Sul a partir justamente do oeste e do noroeste do estado (clique para ampliar).
 
  

     De acordo com o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, o noroeste do Rio Grande do Sul esteve nos últimos dias sob influência direta de correntes de vento do quadrante norte que transportam o ar mais quente de origem tropical para o estado. O ar mais quente que chega ao Rio Grande do Sul passa justamente pelas áreas mais afetadas por queimadas como o norte da Argentina, Paraguai, Bolívia e o Centro-Oeste do Brasil. A MetSul Meteorologia, assim, não afasta a possibilidade de que a enorme concentração de partículas associadas à fumaça densa na região possa ter interagido com as nuvens que se desenvolveram na região, dando origem à precipitação de chuva com fuligem. Nesse sentido, não houve relatos pela população local de precipitação exceto de chuva. Logo, é provável que as partículas tenham se precipitado juntamente com as gotículas de chuva e que a fuligem tenha somente se tornado mais visível quando a água secou e a "sujeira" permaneceu sobre as superfícies. A MetSul, entretanto, pondera a importância de análises químicas da fuligem semelhante a carvão que foi encontrada na região para se precisar com exatidão o que realmente ocorreu. Meteorologistas do SIPAM, em Porto Velho, Rondônia, consultados pela MetSul, disseram que não há precedentes na região - uma das mais afetadas pelas queimadas no continente - de precipitação com fuligem. Segundo os especialistas do centro de referência meteorológica da região amazônica, em alguns casos o vento transporta restos da vegetação da queimada, mas não há relatos de chuva com resíduos das queimadas. O que torna ainda mais intrigante o episódio no noroeste gaúcho.
 
Autor: Alexandre Amaral de Aguiar - Metsul

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Exposição mostra anatomia de corpo humano sem pudores

Corpos humanos dissecados podem ser observados em exposição na China.
Organizadores esperam levar informações sobre saúde a todas as faixas etárias.
 
     Uma exposição realizada na China quer mudar a maneira das pessoas olharem para elas mesmas. Corpos humanos dissecados mostram músculos, tendões e órgãos de maneira jamais vista por uma população. A mostra acontece em Hefei, na província central de Anhui, e pretende ajudar pessoas de todas as idades a aprenderem sobre saúde.
 
Foto: AFP 
Visitantes observam a anatomia de um corpo humano durante exposição na China, neste domingo (14) (Foto: AFP)

 Foto: AFP
 Visitantes observam um pulmão (Foto: AFP)
 
 Foto: AFP 
Crianças tocam em cadáver durante exposição na China neste domingo (14) (Foto: AFP)
 
Fonte: France Presse - G1 Globo

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