quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bactérias escravizam vírus para fazer 'sexo' com outras espécies

Transferência de DNA acontece entre micróbios com parentesco distante.
Descoberta preocupa porque indica transferência de genes 'tóxicos'.
 
     Os cientistas sabiam há tempos que a promiscuidade domina o mundo das bactérias, mas ainda assim levaram um susto ao descobrir o quanto ela é disseminada. Com a ajuda de um tipo especial de vírus, os micróbios parecem ser capazes de transferir material genético -- em linhas gerais, algo muito parecido com sexo, em termos humanos -- para espécies que têm apenas parentesco distante com os "donos" desse DNA.
     A conclusão está num artigo na última edição da revista especializada americana "Science", e preocupa porque a promiscuidade unicelular poderia abrir caminho para a transferência de genes nem um pouco amigáveis aos humanos de bactéria para bactéria. É de se imaginar que trechos de DNA capazes de conferir resistência a antibióticos ou maior agressividade seriam passados de "mão em mão", pelas espécies bacterianas.
 

Foto: Reprodução

A bactéria Staphylococcus aureus, cujo material genético pode ir parar em outros micróbios (Foto: Reprodução)

 
     John Chen e Richard Novick, do Centro Médico da Universidade de Nova York, estudaram estudaram a função de leva-e-traz desempenhada pelos bacteriófagos, vírus que infectam bactérias. Já se conhecia a capacidade deles de levar certas frações de material genético de um indivíduo bacteriano para outro -- dentro da mesma espécie. O vírus retira pedaços de DNA dos cromossomos das bactérias, faz cópias deles e os leva para outro micróbio.
     A dupla, porém, verificou que a Staphylococcus aureus, bactéria tristemente célebre por suas variedades resistentes a antibióticos e causadoras de infecção hospitalar, também é capaz de passar seu DNA para espécies muito distantes, como a Listeria monocytogenes. Os genes trocados não são nada inocentes, pois têm a ver com a produção de toxinas pelos microrganismos. Aliás, esse troca-troca parece ocorrer até no leite de vaca, o que poderia apresentar risco para os rebanhos bovinos.
 
Autor: Reinaldo José Lopes - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Israel anuncia interrupção diária de bombardeios

     O Exército de Israel anunciou que a partir desta quarta-feira vai interromper os bombardeios nas cidades da Faixa de Gaza durante três horas todos os dias para facilitar a entrada de material humanitário.
     "Decidimos cessar os bombardeios em Gaza entre as 13h (9h de Brasília) e as 16h (12h de Brasília) todos os dias a partir de hoje, quarta-feira", declarou a porta-voz militar Avital Leibovich.
 

Bombardeio a Gaza no 11º dia - Caminhões israelenses carregados com ajuda humanitária esperam para entrar na Faixa de Gaza, em Keren Shalom (foto: EFE)

 
     A decisão foi adotada depois que Israel aceitou abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza, submetida a bombardeios que na terça-feira deixaram pelo menos 43 mortos em uma escola administrada pela ONU.
     Autoridades palestinas na Faixa de Gaza disseram que foram informadas por Israel que os ataques parariam durante esse período para que as lojas abrissem e funerais fossem realizados.
 

Bombardeio a Gaza no 10º dia - Bebê palestino é tratado por médicos no hospital Shifa após ser ferido em ataque de tanques israelenses à Gaza (foto: Reuters)

 
     Crise humanitária
     As agências da ONU e as organizações humanitárias têm denunciado uma crise humanitária "total" em Gaza, um território pobre e superpovoado onde os habitantes se encontram bloqueados, sem a possibilidade de fugir.
     Os hospitais estão lotados. A ajuda de emergência não chega às áreas afetadas pelos bombardeios. A ofensiva provoca escassez de mantimentos, de combustível e de água potável, assim como danos na infra-estrutura.
     Os ataques israelenses mataram pelo menos 680 palestinos e deixaram 3 mil feridos desde 27 de dezembro, quando teve início a operação, segundo os serviços de emergência palestinos.
 

Bombardeio a Gaza no 6º dia - Mulher palestina segura uma criança enquanto senta sobre os destroços de uma das casas atingidas pelo bombadeio israelense que matou pelo menos uma criança e outros três integrantes do Hamas (foto: AP)

 
     Ataques a escolas
     Na terça-feira, três escolas administradas pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) foram bombardeadas. No ataque mais violento, em Jabaliya (norte), 43 palestinos morreram.
     Israel afirmou que sua artilharia abriu fogo contra a escola porque combatentes palestinos haviam se posicionado no local para disparar morteiros contra suas tropas.
     A ONU desmentiu a presença de combatentes em uma escola administrada pela UNRWA. "Depois de uma investigação preliminar, temos 99,9% de certeza que não existiam militares na escola", declarou Chris Gunness, porta-voz da agência das Nações Unidas.
     "Pedimos uma investigação independente. Se as leis da guerra foram violadas, os culpados terão que comparecer à justiça", acrescentou.
 

Bombardeio a Gaza no 1º dia - Enorme nuvem de fumaça é vista sobre a cidade de Rafah após o ataque aéreo (foto: AFP)

 
Fonte: Terra Notícias
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Angola fecha fronteira com Congo para evitar surto de ebola

     O governo de Angola anunciou o fechamento de parte de sua fronteira com a República Democrática do Congo para impedir que um surto do vírus ebola se espalhe para o território angolano.
     Segundo a agência de notícias estatal Angop, todo o movimento de pessoas e comércio entre a província de Lunda Norte, no nordeste do país, e o território congolês foi suspenso. Em Lunda Norte, há uma grande concentração de garimpos.
 

Angola Marburg Virus 2005

Seleção de imagens ligadas aos problemas com o ébola na África

 
     O ministro da Saúde de Angola, José Van-Dúnem, disse que o governo deverá alertar a população sobre como prevenir a infecção. As medidas preventivas deverão se estender às províncias de Moxico, Malanje, Uíge e Lunda Sul.
     Segundo Van-Dénum, cerca de 40 casos de ebola, que causaram 13 mortes, foram detectados nos últimos dois meses na República Democrática do Congo.
     Este é o quarto surto de ebola no Congo desde 1976. O primeiro caso suspeito foi notificado no dia 27 de novembro de 2008 e confirmado no dia 16 de dezembro, de acordo com a Angop. A doença, altamente infecciosa, causa febre, vômito, diarreia e sangramento interno e externo.
 
Fonte: BBC - Uol Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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