quinta-feira, 19 de março de 2009

População de insetos declina perto de Chernobyl

     Duas décadas depois do acidente nuclear na usina de Chernobyl, na antiga União Soviética, a radiação ainda provoca um declínio na população de insetos e aranhas da região, segundo estudo publicado na revista especializada Biology Letters.
     De acordo com os pesquisadores que trabalham na zona de exclusão estabelecida em torno da usina, há "um forte sinal de declínio associado à contaminação".
     Os cientistas concluíram que as populações de espécies de abelhas, borboletas, gafanhotos, libélulas e aranhas foram afetadas.
 

Zona de exclusão de Chernobyl

A região permanece praticamente não-populada, mas ainda está contaminada com radiação

 
     O estudo foi liderado pelo professor Timothy Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e por Andrés Moller, da Université Paris-Sud. Os dois já haviam publicado uma pesquisa mostrando que a radiação da área teve impacto negativo sobre as populações de passarinhos.
     "Nós queríamos expandir a cobertura de nosso estudo para incluir insetos, mamíferos e plantas", disse Mousseau. "Este estudo é o próximo da série".
 
     Zona fantasma
     O professor Mousseau trabalha há quase uma década na zona de exclusão - a área contaminada em torno da usina que foi evacuada e onde hoje não há praticamente ninguém morando.
     Neste estudo, os cientistas usaram o que Mosseau descreveu como "técnicas ecológicas padrão" - usando "linhas" em áreas selecionadas e contando o número de insetos e teias de aranhas que eles encontram ao longo destas linhas.
     Ao mesmo tempo, os pesquisadores usaram unidades manuais de GPS e aparelhos para monitorar os níveis de radiação.
     "Usamos as linhas nas áreas contaminadas em Chernobyl, em terra contaminada na Bielorrússia e em áreas livres de contaminação", disse Mousseau.
 

Pesquisadores em Chernobyl

Pesquisadores contaram os insetos e teias de aranha na zona de exclusão


"Encontramos o mesmo padrão básico nessas áreas - os números de organismos declinam com o aumento da contaminação."
     Segundo o pesquisador, esta técnica de contagem de organismos é mais eficiente porque leva em conta as diferenças entre os níveis radiação na zona estudada.
     "Nós podemos comparar áreas relativamente limpas às mais contaminadas", explicou ele.
 
     Florescendo ou morrendo?
     Mas alguns pesquisadores questionaram as conclusões, afirmando que a falta de atividade humana na zona de exclusão beneficiou a vida selvagem.
     O pesquisador Sergii Gashchak, do Centro Chernobyl, na Ucrânia, afirmou que sua equipe chegou a "conclusões opostas" com os mesmos dados coletados sobre pássaros. "A vida selvagem realmente floresce na área de Chernobyl por causa do pequeno nível de influência humana", disse Gashchak à BBC.
     Depois do acidente, os organismos vivos não conseguiram suportar a radiação no local, "mas 10 anos depois do acidente, as doses (de radiação) caíram de 100 a mil vezes".
     O professor Mousseau respondeu que seu objetivo é usar o local para descobrir os verdadeiros efeitos da contaminação por radiação sobre o ambiente a longo prazo.
     "Os estudos de longo prazo no ecossistema de Chernobyl oferecem uma oportunidade única de explorar esses riscos potenciais que não devem ser ignorados."
 

Sinal indica radioatividade em volta do antigo reator de Chernobyl

Pesquisa mostra que população de espécies estaria diminuindo em zona contaminada por radiação

 
Autora: Victoria Gill - BBC News
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Cientista britânico prevê 'catástrofe' mundial em 2030

Principal assessor do governo afirma que vão faltar água, alimentos e energia para toda a população.
 
     O aumento da população mundial e das demandas por água, energia e alimentos poderão provocar uma "catástrofe" em 2030, segundo previsões do principal conselheiro científico do governo britânico.
     John Beddington descreveu a situação como uma "tempestade perfeita", termo usado quando uma combinação de fatores torna uma tempestade que, por si só, não teria tanto efeito, em algo muito mais poderoso. A analogia também é usada para descrever crises econômicas.
     Segundo Beddington, com a população mundial estimada em 8,3 bilhões de pessoas em 2030, a demanda por alimentos e energia deve aumentar em 50%, e por água potável deve aumentar em 30%.
 

 

     As mudanças climáticas devem piorar ainda mais a situação, vai advertir o cientista nesta quinta-feira, na conferência Desenvolvimento Sustentável RU 09, em Londres.
     "Não vai haver um colapso total, mas as coisas vão começar a ficar realmente preocupantes se não combatermos esses problemas", afirma Beddington.
     Segundo ele, esta crise por recursos vai ser equivalente à atual crise no setor bancário.
     "Minha principal preocupação é com o que vai ocorrer internacionalmente, vai haver falta de alimentos e de água", prevê o cientista.
     "Nós somos relativamente sortudos no Reino Unido; pode não haver falta, mas podemos esperar um aumento de preço dos alimentos e de energia."
     O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê falta de água generalizada na África, Ásia e Europa até 2025.
     A quantia de água potável disponível por habitante deve diminuir dramaticamente neste período.
 

 
     A questão da segurança alimentar e energia chegou a entrar no topo da agenda política no ano passado, durante a alta do preço do petróleo e de commodities.
     Segundo Beddington, a preocupação agora que os preços voltaram a cair é de que essas questões saiam da agenda doméstica e internacional.
     "Não podemos ser complacentes. Só porque os preços caíram, não significa que podemos relaxar", diz ele.
     Melhorar globalmente a produtividade agrícola é uma forma de combater o problema, afirma Beddington.
     Atualmente, se perdem entre 30% e 40% de toda a produção, antes da colheita, por causa de pragas e doenças.
     "Temos que procurar uma solução. Precisamos de mais plantas resistentes a pragas e doenças, e de melhores práticas agrícolas e de colheita", afirma Beddington.
     "Os alimentos transgênicos também podem ser parte da solução. Precisamos de plantas que sejam resistentes à seca e à salinidade - uma mistura de modificações genéticas e cruzamento convencional de plantas."
     De acordo com o cientista, também são essenciais melhorias na estocagem de água e fontes de energia mais limpas.
     John Beddington está a frente de um subgrupo de um novo departamento do governo criado para combater a segurança alimentar.
 

 
Fonte: BBC - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Vulcão submerso entra em erupção no oceano Pacífico

Evento aconteceu nas proximidades do arquipélago de Tonga.
Não há relatos de danos a seres humanos ou vida marinha.
 
     Cientistas filmaram a erupção de um vulcão submerso no oceano Pacífico, perto do arquipélago de Tonga.
 

Foto: BBC

Não há relatos de efeitos negativos do evento (Foto: BBC)

 
     O vulcão está lançando fumaça, vapor e cinzas há dias, mas as autoridades disseram que erupção não apresenta perigo por enquanto para os moradores das ilhas próximas.
     Também não há relatos de peixes ou outros animais sendo afetados.
     Moradores da região disseram que a coluna de vapor e cinzas apareceu pela primeira vez na manhã de segunda-feira, depois que vários terremotos foram sentidos na capital, Nuku'alofa.
 
Fonte: BBC - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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terça-feira, 17 de março de 2009

As piores previsões estão se confirmando. Por que a sociedade não está reagindo?

     Os principais pesquisadores do mundo vivem hoje um impasse terrível. Nos últimos anos, eles fizeram o maior esforço conjunto para entender melhor o comportamento do clima no passado e desenvolveram modelos para antecipar o futuro. As conclusões são inequívocas e dramáticas. Estamos caminhando para um mundo mais quente, com conseqüências inevitáveis. Mas ainda temos tempo – e obrigação – de agir rápido para evitar o pior. O problema é que esta mensagem não está chegando na velocidade correta aos líderes políticos e empresários.
 

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     Na semana passada, representantes dos principais centros de pesquisa do mundo se reuniram em um congresso em Copenhague, na Dinamarca, para reunir o conhecimento científico e chegar a consensos sobre o clima. O relatório final dos pesquisadores será divulgado em junho, início do calor no Hemisfério Norte, numa tentativa de mobilizar a opinião pública. Antes dele, os cientistas já divulgaram um documento com um resumo de suas posições.
     O primeiro ponto do documento é bem claro. É a principal conclusão do grupo de elite de pesquisadores e resume a principal mensagem que eles querem passar nos próximos meses. Ela diz o seguinte:
     "Observações recentes confirmam que, dados os altos índices de emissões observados, os piores cenários do IPCC (ou mesmo pior) estão se confirmando. Para vários parâmetros, como o sistema climático já está se movendo para além dos padrões de variabilidade natural, dentro dos quais nossas sociedade e economia se desenvolveram. Esses parâmetros incluem temperatura média da superfície, nível dos oceanos, dinâmica das calotas polares, acidez dos mares e eventos climáticos extremos. Existe um risco significativo de que várias tendências se acelerem, levando a uma chance elevada de mudanças abruptas ou transformações climáticas irreversíveis".
 

 
     O pior cenário do IPCC que eles dizem estar se confirmando significa que até 2100 (ou antes) teremos uma temperatura média 5 graus acima da atual, oceanos ácidos demais para suportar a vida, o nível do mar alguns metros mais alto e eventos extremos, como furacões, secas, tempestades e ondas de calor além do que conhecemos na história da civilização. Isso se não começarmos agora a reduzir os níveis de emissão radicalmente.
     Apesar da clareza e da urgência da mensagem acima, ela não tem recebido a atenção que os cientistas esperam. Para frustração de alguns dos próprios jornalistas. "Acho que a imprensa tem contribuído para a sensação de que não é um problema urgente porque as mudanças climáticas não estão nas manchetes todo dia", lamenta Elizabeth Kolbert, da revista New Yorker, uma das jornalistas mais premiadas da área.
     O que torna essa mensagem difícil de ser transmitida é que a própria imprensa já não consegue mais dar notícias de previsões catastróficas sem gerar alguma reação de ceticismo ou insensibilidade. Uma pesquisa recente do Gallup nos EUA mostra que parte expressiva do público acha que a imprensa exagera na gravidade das mudanças climáticas. A proporção de americanos que vê a cobertura como correta caiu de 66% em 2006 para 57% hoje. E os que acham que a mídia é alarmista foram de 30% para 41%. É a taxa mais alta de ceticismo público desde que a pesquisa começou a ser feita, em 1998. Pode ser conseqüência do governo negacionista republicano recente. Mas também deve indicar algo a mais do que isso. As pessoas devem estar cansadas de más notícias. Agora elas querem um caminho.
 

 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 16 de março de 2009

Ibama inicia megaoperação contra desmatamento na Amazônia

Mais de 300 ações de fiscalização estão previstas para 2009.
Operação Arco Verde também busca criação de empregos na região.
 
     O Ibama retoma nesta segunda-feira (16) a Operação Arco Verde, que busca combater o desmatamento na Amazônia e criar alternativas econômicas sustentáveis para a região. Segundo o coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Luciano Evaristo, em 2009 estão previstas 300 ações de repressão, um aumento de 50% em relação ao ano anterior. As informações são da Agência Brasil.
 

Foto: MMA/Divulgação

Madeira apreendida em Altamira (PA) no final de 2008. Para este ano, governo pretende aumentar em 50% as ações de fiscalização do Ibama. (Foto: MMA/Divulgação)

 
     O esforço envolve 14 ministérios mais a Casa Civil. Entre as medidas previstas para diminuir o impacto econômico das operações está o pagamento de seguro-desemprego aos operários que perderem seus empregos em serrarias e madeireiras.
     Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, Evaristo afirmou que o orçamento do Ibama será maior neste ano, passando de R$ 60 milhões para R$ 80 milhões. "Mas esse valor pode aumentar, se for necessário, para o combate ao desmatamento na região amazônica", disse ele.
 
Fonte: Globo Amazônia
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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20 de Março – Dia Mundial Sem Carne

     Iniciativa lançada nos EUA em 1985 pela FARM (Farm Animal Reform Movement), o Dia Mundial Sem Carne é actualmente uma das maiores campanhas de sensibilização à dieta vegetariana realizada a nível mundial.
     Neste dia, as pessoas são convidadas a fazer uma alimentação alternativa, à base de vegetais e frutas e sem a ingestão de qualquer tipo de carne ou peixe.
 

[diamundialsemcarne.jpg]

 
     Vantagens de uma alimentação sem carne:
- Diminui o colesterol, reduzindo assim o risco de desenvolver doenças cardíacas, como um ataque cardíaco ou aterosclerose;
- Ajuda na prevenção do cancro, diabetes, obesidade e outras doenças crónicas;
- Evita que os animais sejam capturados, enclausurados, torturados, drogados e abatidos de forma agonizante.
- Preserva as fontes de produção de alimentos e água utilizadas na alimentação dos animais, permitindo assim alimentar a fome mundial;
- Diminui a poluição gerada pela utilização de pesticidas e adubos e libertação de gás metano (produzido pela fermentação do adubo orgânico) e gás de amónia (produzido pelo excremento dos animais);
- Aumenta o nosso nível de energia, tornamo-nos então mais felizes e saudáveis.
 
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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IBAMA do Amapá é condenado pela Justiça Federal por omitir informações sobre massacre de golfinhos

     Em julho de 2007, o Instituto Sea Shepherd Brasil ingressava com pedido liminar de exibição de documentos na Justiça Federal do Amapá, visando a obtenção do nome do proprietário da embarcação responsável pelo massacre ilegal de 83 golfinhos. O fato havia sido noticiado pelo Jornal Nacional da Rede Globo dias antes, com repercussão mundial.
 

Matança de golfinhos ainda é uma prática que ocorre em alguns estados do Brasil

 
     O juiz federal José Renato Rodrigues, da 2ª Vara da Circunscrição do Amapá, deferiu ordem liminar contra o IBAMA para fornecer imediatamente os documentos referentes ao proprietário da embarcação envolvida, e ainda, condenou o órgão a pagar R$ 500 a título de honorários advocatícios. "Vamos recorrer. Acreditamos que o fraco efeito pedagógico produzido por essa quantia não cumpre o objetivo de constranger o órgão pelo ato ilegal de sonegar informações, já que é sabido que a instituição não pode negar a apresentação de documentos, pelo contrário, é obrigada a fornecê-lo para qualquer cidadão, por força de lei. Foi um longo e penoso trabalho até a obtenção das informações, sem nenhum apoio voluntário no local do massacre, ou seja, diligenciamos tudo por telefone e correio", explica Cristiano Pacheco, diretor executivo do Instituto Justiça Ambiental, organização não-governamental que atua em defesa do meio ambiente apoiando a Sea Shepherd Brasil, ONGs e o Poder Público.
     "Vamos recorrer a decisão porque o IBAMA e os cidadãos brasileiros que lutam pela justiça ambiental precisam saber que a lei nos pertence, que o país é nosso, e é nossa a responsabilidade de garantir um futuro saudável para nossos filhos e para a biodiversidade marinha", comenta Daniel Vairo, presidente do Instituto Sea Shepherd Brasil.
 

Matança ocorrida no Japão em 2006

 
     A Sea Shepherd lembra que a pesca predatória ilegal e o massacre de golfinhos se estende por todo o litoral brasileiro, de forma descontrolada. Golfinhos são capturados, mortos e vendidos ainda em alto-mar por criminosos ambientais, para fazerem de sua carne uma isca para captura de tubarões. Tubarões são sacrificados por suas barbatanas, que são vendidas ilegalmente ao mercado asiático para fazer sopa e para o mercado farmacêutico - as pílulas de cartilagem. No Brasil, ainda há a crendice popular de que o olho do golfinho, quando carregado no bolso, 'atrai dinheiro e mulher ', além do uso dos dentes para a fabricação de colares.
 
Fonte: Rebia - Sea Shepherd
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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