sexta-feira, 6 de junho de 2008

Assembléia Legislativa/RS criará comissão para investigar serviço público

Entidades ambientalistas entregaram carta pedindo "investigação profunda dos desmandos e irregularidades na Secretaria do Meio Ambiente" e uma política ambiental séria "que preze a sustentabilidade".

Plenário lotado acompanhou audiência pública (foto: Guerreiro/Ag AL)

     Porto Alegre, RS - A Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul vai criar um grupo para investigar o desmantelamento dos órgãos estatais. A decisão de averigüar  "a fundo" o que tem acontecido com as secretarias e fundações estaduais neste sentido foi anunciada hoje, 05 de junho, em pleno Dia Mundial do Meio Ambiente, durante audiência pública sobre o desmonte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e de suas fundações.

     A reunião foi presidida pela deputada Stela Maris, que resolveu ampliar as investigações para outras estruturas do Estado, devido ao grande número de reclamações. A audiência, uma solicitação do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais (Semapi), reuniu técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental e da Fundação Zoobotânica, além de funcionários de departamentos da secretaria e ambientalistas.

     Para o representante da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), engenheiro químico e geneticista Flávio Lewgoy, a forma como o governo do Estado está conduzindo a gestão ambiental, de privilegiar os interesses de grandes empresas em detrimento da proteção do meio ambiente e da qualidade de vida, é preocupante. "É pior do que nos tempos da ditadura, os membros do Consema foram coagidos a votar de acordo com a vontade do governo", lembra o professor aposentado da Ufrgs, referindo-se à votação do  Zoneamento da Silvicultura no Conselho Estadual de Meio Ambiente.

     Antenor Pacheco, dirigente do Semapi e presidende da Associação dos Servidores da Fepam, entregou em mãos para o secretário adjunto da Sema, Francisco Simões Pires, e para a presidente da comissão, deputada Stela Farias, uma cópia da ata da assembléia geral da Fepam onde constam diversas acusações sobre o desmantelamento do órgão, inclusive sobre as ameaças aos técnicos que discordaram de encaminhamentos adotados pelo governo no processo de licenciamento de empreendimentos altamente impactantes.

Simões Pires falou bastante, mas não respondeu a todas as perguntas feitas pela platéia. Iniciou sua fala se justificando. Argumentou que ele e o atual secretário, Otaviano Brenner de Moraes, são promotores de justiça mas que ambos estão na Sema porque entraram para o Ministério Público antes da legislação de 1988, que não permite promotores de ocuparem cargos públicos. Ele ingressou no MP em 1982 e Brenner em 1980.

     Depois disso, Simões Pires relatou "as adequações, as ações e as perspectivas" para a pasta de meio ambiente. Prometeu que serão chamados 54 técnicos de nível superior, 44 guardas-parque e 60 agentes administrativos do último concurso público. E sobre os licenciamentos declarou: "Todo conhecimento é sujeito a divergências e discussões dentro do processo a fim de se produzir a decisão".

     Pacheco encerrou a audiência com um desabafo e criticou o Ministério Público. "O MP deveria ser o primeiro a observar a lei", alfinetou. Para o sindicalista, as ações de danos contra o meio ambiente não têm sido apuradas com o empenho necessário pelo MP neste governo. "Há tantas irregularidades e com secretários como membros do MP, isso coloca em risco a credibilidade do próprio Ministério Público". E encerrou com a frase conhecida: "Não basta ser honesto, é preciso parecer honesto". Coincidência ou não, o representante do Ministério Público, Alexandre Salz, mesmo confirmando a presença não compareceu à audiência.

Fonte: Texto de Sílvia Franz Marcuzzo - EcoAgência

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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ATÉ QUANDO O VALE TUDO NA ÁREA AMBIENTAL DO RIO GRANDE DO SUL?

     O Estado do Rio Grande do Sul que tem a tradição de pioneirismo nas questões ambientais, destacando-se a presença de ambientalistas como Henrique Luiz Roessler, José Lutzenberger, e o surgimento da primeira entidade ambientalista em nível nacional, a AGAPAN, além de sediar três edições do Fórum Social Mundial, que apontam o caráter de vanguarda do nosso Estado, enfrenta agora um atraso de décadas nestas áreas.

     O governo do Estado do Rio Grande do Sul, desde sua posse, fez questão de implementar uma política de eliminação irrestrita de pseudo-impedimentos ambientais a um desenvolvimento econômico imediatista e insustentável. Em especial, fez de tudo para derrubar o Zoneamento Ambiental da Silvicultura, logrando êxito por meio de subterfúgios no CONSEMA, quando forçou a aprovação de um zoneamento vazio.

     Na lógica da "licenciosidade ambiental", um dos primeiros pontos foi a derrubada da Secretária de Meio Ambiente, Sra. Vera Callegaro, em maio de 2007. A secretária foi atropelada, simplesmente, pelo fato de que respeitaria o zoneamento e os técnicos da SEMA. Na seqüência, foi constituída uma força-tarefa pelo governo para desmanchar a estrutura de proteção ambiental do Estado. Assim, a governadora nomeou para o cargo de secretário da SEMA, um procurador do Ministério Público Estadual, Sr. Carlos Otaviano Brenner de Moraes, sem nenhuma trajetória na área ambiental. Da mesma forma, sem vínculo com a área, foram indicados como secretário-adjunto um promotor de justiça, Sr Francisco Simões Pires, e como presidente da FEPAM, uma administradora egressa da direção geral da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Sra. Ana Pellini, pessoa de confiança do ex-secretário, Sr José Otávio Germano.

     Com estas nomeações inexplicáveis, ficou evidente a intenção do governo: o propósito explícito de criar, a qualquer custo, uma força-tarefa intervencionista para facilitar as licenças ambientais para os grandes projetos, em especial de monoculturas de eucalipto das empresas de celulose. Para tanto, os técnicos do quadro da SEMA foram sendo, paulatinamente, enfraquecidos e acuados, principalmente pela atual direção da FEPAM, como noticiado na Ecoagência ("Pressionei, sim" www.ecoagencia.com.br) e com várias denúncias feitas pelo sindicato SEMAPI ao Ministério Público Estadual e Federal. O ápice da crise se deu quando funcionários foram pressionados pela Sra. Ana Pellini para emitir laudos favoráveis à licença da quadruplicação da fábrica Aracruz, mesmo que superassem os índices de emissões aéreas exigidos pelo do CONAMA. Por não terem aceitado a ordem da presidente, três técnicos foram afastados do setor, de forma autoritária, sendo direcionados para funções de pouca importância. No caso da Fundação Zoobotânica, o secretário da SEMA ordenou aos seus técnicos para que não participassem das últimas reuniões do CONSEMA e, da mesma forma, não apresentassem qualquer documento técnico para discussão.

     O processo inédito de patrolamento na área ambiental foi seguido por uma série de irregularidades que gerariam, em 2007, várias ações do MPE e MPF. Uma destas ações, em novembro de 2007, fez com que a juíza da Vara Federal Ambiental de Porto Alegre, determinasse que a FEPAM deixasse de emitir, temporariamente, qualquer tipo de licenciamento para empreendimentos ligados à silvicultura, passando tal função ao IBAMA. Ainda em 2007, outra irregularidade relacionada a licenças ambientais por parte da FEPAM foi a emissão de LPs para duas grandes barragens de irrigação (Jaguari e Taquarembó), sem a realização de EIA-RIMAs (www.gazetajuridica.com.br "Nulidade de licenças prévias por ausência de EIA/RIMA") o que provocou, por parte do juiz da Comarca de Lavras do Sul, a nulidade das mesmas.

     Para ilustrar a disposição para liberar de forma irrestrita, no dia 12 de maio do corrente ano, a presidente da FEPAM disse em entrevista a rádio Band FM, em assunto relacionado à liberação de projeto de aeroporto em Canela, que "no caso de obras de governo, sempre damos um jeito de licenciar".

     O Estado do Rio Grande do Sul passa por um estado crítico na área socioambiental. Rios, florestas, campos e outros ecossistemas, juntamente com a perda de qualidade de vida do gaúcho, que depende da natureza, agonizam frente a um modelo de esgotamento, insustentável, com forte viés de favorecimento aos interesses dos grandes setores, tradicionalmente mega-impactantes, como: 1) Pólo Energético com ênfase no carvão e em grandes empreendimentos hidrelétricos; 2) Pólo de pasta de celulose para exportação, associado a mega-monoculturas de árvores exóticas; 3) Agricultura calcada em grandes empreendimentos de irrigação para monoculturas do latifúndio.

     O preço desta concepção e as ações que atropelam a lei e a boa convivência com os técnicos da SEMA será, sem dúvida, maior poluição, maior destruição da biodiversidade, maior descaracterização sócio-cultural, maior desemprego, em conseqüência da tradicional concentração econômica associada a grandes empreendimentos que dependerão da bolsa de Chicago.

     Considerando os aspectos destacados no presente documento, as Entidades que aqui o subscrevem, vem por meio deste, clamar:

 - Por uma investigação profunda dos desmandos e das irregularidades na SEMA.
 - Por uma política ambiental séria, sempre associada a uma política econômica que preze a sustentabilidade, invertendo as prioridades, não mais contemplando mega-empreendimentos que concentram riquezas, desempregam pessoas e destroem a natureza.

    Porto Alegre, 05 de junho de 2008

Ingá – Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais

Amigos da Terra – Brasil (NAT/Brasil)

Agapan - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural

ONG - Projeto Mira Serra

Instituto Biofilia
Fonte: EcoAgência

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Saiba o que você pode fazer para combater o aquecimento global

Programa das Nações Unidas lista o que você se fazer para reduzir emissão de carbono.

Pequenas iniciativas podem ter um grande impacto.

     Esta quinta-feira (5) é o Dia Mundial do Meio Ambiente. E quem realmente se preocupa com o assunto se pergunta: o que fazer para ajudar? Salvar o planeta pode parecer uma tarefa muito grande para ser feita por uma só pessoa, mas o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) garante: é possível, sim, fazer a diferença sozinho. Para isso, a agência reuniu uma série de dicas sobre o que fazer para contribuir com a luta contra o aquecimento global.

     Com medidas simples, qualquer pessoa pode cortar pela metade a quantidade de dióxido de carbono que emite na atmosfera. Esse gás é o mais importante do efeito estufa, e o excesso de sua emissão pela atividade humana é considerado o maior responsável pelo aquecimento global.

     Algumas das ações são pequenas, mas se fossem feitas por todos, o impacto seria enorme.

     Por exemplo, se todos os passageiros de aviões mantivessem o peso de suas malas abaixo dos 20 kg, e comprassem o que precisassem no destino, haveria uma redução de 2 milhões de toneladas de dióxido de carbono emitidos por ano.

     Confira outros exemplos AQUI

Do G1, em São Paulo

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Tigres-de-bengala correm risco de extinção na Índia

Número de animais do tipo caiu; ambientalistas alertam para perigo de fim da espécie.

     Reprodução

     Um dos animais mais majestosos do mundo, o tigre-de-bengala, está ameaçado na Índia, país que abriga a maior população da espécie no planeta, de acordo com ambientalistas.

     Há cerca de um século, o número de tigres-de-bengala na Índia ultrapassava os 40 mil. Hoje, cientistas calculam que existem pouco mais de 1,4 mil.

Foto

População caiu para apenas 1.400 animais (Foto: BBC/Reprodução)

     Os culpados pelo declínio acentuado seriam os caçadores. Entre 1999 e 2003, 114 animais teriam morrido nas mãos de caçadores e apenas 59 de causas naturais.

     O problema é tão grave na Índia que recentemente, o primeiro-ministro do país criou uma comissão especial para estudar formas de reduzir o declínio.

     O grupo concluiu que os grandes felinos vivem sob um cerco cada vez mais apertado de caçadores e moradores de povoados dentro de reservas naturais.

     O painel pediu a remoção de milhares de pessoas que moram dentro de 28 reservas.

     Como as estimativas são de que metade dos tigres selvagens do planeta vive na Índia, grupos de proteção dos animais estão preocupados com o futuro.

     "É um milagre que ainda existam tigres", afirma a ativista Belinda Wright, da Sociedade de Proteção à Natureza da Índia. "Considero uma conquista extraordinária a maioria dos tigres ainda estarem na Índia."

     Para Wright, a questão "trágica" da batalha pelos tigres é o fato de os animais valerem mais mortos do que vivos. Além da alta cotação da pele, quase todas as partes do animal são aproveitadas pela medicina tradicional chinesa.

Fonte: BBC - G1

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

IBGE: rios Iguaçu e Tietê são os mais poluídos

     Os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2008 (IDS 2008) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que os rios Iguaçu e Tietê, que atravessam, respectivamente, as regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo, tiveram os Índices de Qualidade da Água (IQA)³ mais baixos.

     Segundo o estudo, em nenhum dos rios e represas brasileiros para os quais foi calculado o (IQA)³ médio anual atingiu nível considerado ótimo (acima de 80). O Iguaçu atingiu 31 e o Tietê, 30.

     Além deles, a situação também é crítica no rio das Velhas, que corta Belo Horizonte, no rio Paraguaçu, que banha parte do Recôncavo Baiano, e no Ipojuca, que atravessa cidades industriais de Pernambuco.

Rio Tietê e o protesto com as garafas gigantes

Fonte: Terra Notícias

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O preço da devastação: rio muda de curso

Estudo feito pela Associação de Geógrafos do Espírito Santo afirma que a atividade da Aracruz causa fortes danos ambientais e também reclama da "apropriação de recursos hídricos" pela empresa papeleira.

     Aracruz, ES - A degradação de nascentes e rios e destruição de matas nativas no município de Aracruz foi registrada em detalhes por estudo feito pela Associação de Geógrafos Brasileiros, seção Espírito Santo. O estudo aponta assoreamento dos cursos d'água, contaminação das águas, a destruição dos rios. "O rápido crescimento urbano da sede de Aracruz produziu grande quantidade de esgoto, que passou a ser despejado sem tratamento nas nascentes dos rios e córregos próximos da área urbana, entre eles os rios Sahy e Guaxindiba. Essa evacuação in natura dos esgotos, somada a outras intervenções, como o represamento, desmatamento, produtos químicos e obstrução dos leitos por obras de engenharia para as estradas de transporte de eucalipto, acabaram com a vida desses rios", diz o documento.

Lauro Martins observa leito seco do riacho Sossego em meio a tocos de árvores (foto: Carlos Vieira/CB)

     Os índios tupiniquins e guaranis conseguiram no ano passado a declaração de posse de 18 mil hectares ocupados pela Aracruz. Mas receberam de volta uma terra degradada. Eles ainda não decidiram o que fazer com os tocos de eucaliptos quando a Aracruz retirar a madeira para produzir celulose. Se tirarem os tocos, restarão os buracos. Nas proximidades da aldeia de Caieiras Velhas, o riacho Sossego está completamente seco. As encostas, tomadas por tocos de eucaliptos.

     O tupiniquim Lauro Martins, 51 anos, afirma que a nascente era nas proximidades. "Começaram a derrubar o mato em 1970, com trator na chapada e a machado nas encostas. Logo, as nascentes começaram a secar. Antes, dava peixes como traíra, jundiá, piaba. Com os eucaliptos, secou tudo."

     Segundo os cálculos da associação de geógrafos, a quantidade de água consumida diariamente pela Aracruz Celulose localizadas na Barra do Riacho, no processamento e branqueamento da celulose, aproxima-se dos 250 mil metros cúbicos, o que eqüivale ao consumo diário de uma cidade de 2,5 milhões de habitantes. Questionada pelo Correio, a empresa não respondeu quanto consome de água, mas informou que, na unidade Barra do Riacho (ES), possui "abastecimento próprio" por represa de 47 milhões de m³ de água.

     Domínio

     O estudo afirma que o projeto Aracruz Celulose "está baseado na apropriação dos recursos hídricos por meio do domínio da terra. Nessa perspectiva, o controle dos recursos hídricos é peça fundamental para a existência e expansão deste empreendimento. O domínio desses recursos se dá pelo monopólio da terra, pelo crescimento urbano e pelas atividades industriais". O trabalho foi coordenado pelo professor Paulo Scarim, na Universidade Federal do Espírito Santo.

     As conseqüências da transposição do Rio Doce também foram analisadas pelos geógrafos. Eles relatam que, na saída do rio para o canal artificial foi construída
uma eclusa, que controla a quantidade de água que entra no canal. Ao longo desse duto existem outras eclusas que controlam a vazante da água. Essas eclusas comandam, portanto, o regime dos rio Comboios e Riacho de acordo com a necessidade da produção da fábrica.

     "Dessa forma entende-se a inundação constante das terras indígenas de Comboios, a mudança da qualidade das águas e a diminuição  dos peixes. De um regime fluvial natural de cheias e vazantes derivou-se um regime industrial", diz o estudo. Fotos aéreas de 1965, antes da chegada da empresa, demonstram que a região detinha a maior parte de sua área coberta pela Mata Atlântica.

     A análise dos estudos de impacto ambiental feitos em 1987 pelo Instituto Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo afirma que, "por meio da análise de fotos aéreas obtidas em 1970, verificou-se que pelo menos 30% do município de Aracruz era coberto por floresta nativa no início da década de 1970, que foi substituída por florestas homogêneas de eucalipto".

     O plantio nos territórios indígenas foi iniciado em 1967 pela Vera Cruz Florestal. Pouco tempo depois, foi criada a Aracruz Florestal (Arflo, que cuidava especificamente dos plantios da Aracruz. No início da década de 1970, é criada a fábrica Aracruz, que começou a produção de celulose com capacidade de 470 mil toneladas/ano.

     Em 1971, o biólogo Augusto Ruschi denunciava que espécies nativas da Mata Atlântica estariam sendo destruídas pela empresa: "As presentes espécies eram abundantíssimas nas matas que ligavam Santa Cruz a Aracruz, onde foram feitas e ainda continuam as derrubadas com dois tratores em paralelo, ligados por um correntão, que avançam sobre a floresta virgem e levam tudo de roldão. A cada dia são centenas de hectares, e após um mês, recebem fogo. Logo, com a calagem do terreno, vem o plantio do eucalipto".

Autor: Lúcio Vaz - Correio Braziliense

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Bird aponta que licenciamento ambiental no Brasil é eficaz mas demorado

     Estudo do Banco Mundial (Bird) que será divulgado na noite de terça-feira (3) mostra que os licenciamentos ambientais realizados no país são eficazes, ou seja, cumprem o papel de evitar impactos ambientais ou sociais negativos de grande proporção. No entanto, o documento aponta que o processo para a obtenção dos licenciamentos é excessivamente demorado.

     De acordo com Garo Batmanian, um dos autores da pesquisa, o estudo Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Hidrelétricos no Brasil: Uma contribuição para o Debate foi realizado com dados colhidos até o ano de 2005. A pesquisa indica que entre as razões da demora estão a falta de clareza da Constituição em definir o papel dos municípios, estados e da federação no licenciamento o que gera entraves judiciais e paralisação do processo.

     A falta de agilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em fornecer aos empreendedores o termo de referência – documento que elenca os dados sobre impacto ambiental necessários para liberação da obra - também é apontado como problema.

     A pesquisa mostra ainda que as análises e discussões com a sociedade dos impactos ambientais e sociais das construções são feitas de forma específica para cada uma das obras, desconsiderando o impacto do conjunto de várias construções nas bacias.

     O Bird ainda afirma que os empreendedores apresentam relatórios deficitários sobre os impactos das construções, o que aumenta o tempo para a execução do processo de licenciamento.

Os estudos ambinetais são importantíssimos para não minimizar os impactos ao meio ambiente mas nem sempra são 100%, um exemplo é na hidrelétrica de Barra Grande onde foram inundados áreas virgens com matas de araucárias

Fonte: Agência Brasil - Ambiente Brasil

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Mais de mil km 2 desmatados em um mês

Áreas desmatadas na Amazônia em abril equivalem quase ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro

     Dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, apenas durante o mês de abril, uma área de 1.123 km 2 foi desmatada na floresta amazônica, o equivalente a quase o tamanho do município do Rio de Janeiro. O campeão do desmatamento é o estado de Mato Grosso, que responde por 794 km 2 desse total. Em segundo lugar está Roraima, com 284 km 2 desmatados.

     Os números, obtidos pelo sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), são bem maiores que os de março, quando foram registrados 145 km 2 de desmatamento na Amazônia legal. Naquele mês, 112 km 2 foram desmatados em Mato Grosso e 18 km 2 em Roraima.

As imagens de satélite usadas pelo sistema Deter mostram uma área desmatada de 1.123 km 2 na floresta amazônica em abril, sendo 794 km 2 em Mato Grosso (fonte: Inpe).

     A explicação para esse aumento significativo nas áreas desmatadas é a melhor condição de visibilidade para os satélites usados no monitoramento da região: enquanto em março 78% da Amazônia estavam cobertos por nuvens, em abril a área encoberta foi reduzida para 53%. No estado de Mato Grosso, em especial, a cobertura de nuvens caiu de 69% em março para 14% em abril. Já em Roraima, essa queda foi mais tímida: de 23% para 18%.

     O sistema Deter também registrou desmatamento no Acre, no Amazonas, no Pará e em Rondônia em abril. Ele identifica as áreas desmatadas por corte raso ou por degradação florestal. Para isso, utiliza dados de sensores dos satélites Terra/Aqua e CBERS, cujas resoluções permitem detectar apenas áreas desmatadas maiores que 25 hectares. Em operação desde 2004, o Deter é um sistema de alerta, que visa auxiliar a fiscalização e o controle do desmatamento.

Autora: Thaís Fernandes - Ciência Hoje On-line

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terça-feira, 3 de junho de 2008

Cresce o desmatamento na Amazônia

     Conforme se esperava, os novos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam uma retomada agressiva no desmatamento da Amazônia. É o que informa o portal O Eco:

     "O Inpe acaba de soltar (em uma nota cuidadosa) os novos dados do desmatamento, referentes ao mês de abril. A nota técnica ressalta várias vezes que houve uma diferença muito grande entre abril e março na capacidade de observação do satélite Modis, que integra o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Enquanto em março, a devastação registrada fora de 145 quilômetros quadrados, pois 78% da Amazônia estavam cobertos por nuvens, em abril o corte de vegetação se elevou para 1123 quilômetros quadrados, sob uma cobertura de nuvens de 53%. Embora o Inpe não fale em crescimento, é bom comparar com os meses de janeiro e fevereiro quando o Deter registrou 690 e 720 quilômetros quadrados".

     Conforme também se esperava, o Mato Grosso é o estado responsável pela maior parte da devastação recente. O Inpe estima que 77% do desmatamento tenha ocorrido no Mato Grosso.

Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

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Água clorada aumenta risco de defeitos de nascimento, diz estudo

Lábio leporino, anencefalia e furos no coração seriam defeitos causados pelo cloro.

     Gestantes que consomem água clorada têm um risco maior de dar à luz bebês com problemas no coração, lábio leporino e defeitos no cérebro, sugere um estudo realizado com crianças em Taiwan.

     De acordo com os pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, a exposição pré-natal aos derivados do cloro, conhecidos como trialometanos e que se formam no contato com a água, pode dobrar as chances de crianças terem defeitos de nascimento.

      Para chegar aos resultados, os cientistas analisaram 400 mil crianças chinesas e compararam o nível de exposição aos derivados do cloro com a presença de 11 dos defeitos de nascimento mais comuns.

     Segundo o estudo, a exposição a 20 microgramas de trialometano por litro de água provocou um aumento de 50% a 100% nas chances de as crianças nascerem com três defeitos considerados comuns: lábios leporinos, anencefalia (cérebro nasce sem o encéfalo) e septo ventricular (furos no coração).

Exposição pré-natal aos derivados do cloro pode causar anencefalia

     Mecanismos

     Apesar de terem analisado água clorada com diferentes concentrações de cloro (alta, média e baixa), os cientistas não encontraram nenhuma relação entre o nível de exposição e a prevalência de um defeito específico.

     "Os mecanismos biológicos que fazem os derivados do cloro causarem defeitos nos bebês ainda são desconhecidos", explica Jouni Jaakkola, principal autor do estudo.

     "No entanto, nossas descobertas não apenas reforçam a teoria de que a água clorada pode causar defeitos de nascimento, mas sugere que a exposição aos derivados do cloro pode ser responsável por defeitos comuns e específicos", afirmou.

     De acordo com Jaakkola, apesar dos benefícios da clorificação da água, é necessário que mais pesquisas sejam desenvolvidas para avaliar os efeitos colaterais desse processo.

     A pesquisa sobre o impacto da exposição ao cloro na gravidez está publicada na edição de junho da revista científica "Journal of Environmental Health".

Fonte: BBC - G1

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Brasil tem 130 espécies de invertebrados que podem desaparecer

Insetos são maioria, ocupando 96 posições, e lideram a lista IBGE divulga mapa de localizações desses animais para facilitar conservação.

     O Brasil pode ver desaparecer 130 espécies de invertebrados terrestres -- pelo menos quatro delas provavelmente já não existem mais. Todas foram localizadas em um mapa que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga nesta segunda-feira (2) para orientar as políticas de conservação e educação ambiental.

     Os insetos são maioria, ocupando 96 posições e liderando a lista, com a formiga baiana Simopelta minima e a libélula carioca Acanthagrion taxaense, que os cientistas acreditam já terem sido extintas. A extinção também já deve ter ocorrido para a minhoca branca (Fimoscolex sporadochaetus) e o minhocoçu gigante (Rhinodrilus fafner), de Minas Gerais.

A extinção também já deve ter ocorrido para a minhoca branca (Fimoscolex sporadochaetus)

     O estado de São Paulo concentra a maioria das ocorrências, com 46 espécies ameaçadas. O Rio de Janeiro vem logo atrás, com 41. Depois vem Espírito Santo e Bahia, com 24 cada; Santa Catarina, com 13; Rio Grande do Sul, 9; Paraná, 7; Goiás, 6; Pernambuco, 5; Mato Grosso, 4; Pará e Paraíba, 3 cada; Mato Grosso do Sul e Amazonas, 2 cada; Acre, Rondônia, Ceará e Alagoas fecham a lista, com uma espécie cada.

     Responsável pela elaboração do mapa, a bióloga Lícia Leone Couto acredita que os invertebrados terrestres, especialmente os insetos, muitas vezes acabam "esquecidos" pelas pessoas quando pensam em conservação ambiental. "Eles são tão pequenos, que muitas vezes sua importância passa despercebida", disse ela ao G1.

Minhocoçu gigante (Rhinodrilus fafner), de Minas Gerais

     A pesquisadora se surpreendeu com as espécies que foram descobertas extintas. "Você nem sabia que aquele inseto existia, e ele já está extinto", afirma.

     O mapa foi feito em cima de levantamentos do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais). O IBGE o oferece por R$ 15 nas livrarias próprias e na loja virtual. Ele também poderá ser baixado no site do instituto: www.ibge.gov.br

Autora: Marília Juste -  G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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