quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Contêineres de lixo enviados ao Brasil são repatriados ao Reino Unido


     Os contêineres de lixo enviados pela Inglaterra aos portos brasileiros foram quase integralmente encaminhados ao Reino Unido, segundo informou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), nesta quarta-feira (5). O instituto indicou ainda que o navio da companhia MSC Mediterranean Ship partiu às 14h do Porto de Santos (litoral de São Paulo).



     Segundo Ingrid Maria Furlan Oberg, chefe regional do Ibama em Santos, os 41 contêineres no porto da cidade foram juntados a outros 40 provenientes do Rio Grande do Sul, em um total de 1.477 toneladas. O carregamento do Rio Grande do Sul saiu do Estado na última segunda-feira.
     Agora, o lixo ruma, definitivamente, para o Porto de Felixtowe, na Inglaterra. O destinatário, entretanto, é desconhecido pelo Ibama. "Cabe às autoridades de lá definirem", afirmou à Folha Online.
     Ela informa que ainda há oito contêineres que permanecem em Caxias do Sul (150 km de Porto Alegre), cujo embarque está indefinido, devido à necessidade de deslocamento para o porto gaúcho.
     "Para nós do Ibama, esse lixo indo embora é a conclusão de um trabalho. A sensação é boa, deu os resultados que esperávamos. E é simbólico, porque mostra que o Brasil não aceita esse tipo de procedimento. Que sirva de exemplo para outros países", comemora Ingrid.



     De acordo com ela, a Superintendência do Ibama acompanhou o processo de embarque do lixo. Como medida de prevenção para que esse tipo de procedimento seja coibido pelas autoridades, o Ministério do Meio Ambiente, junto a órgãos portuários e à fiscalização da Receita Federal, pretende montar uma comissão permanente, a fim de aprofundar as formas de fiscalização.
     Os contêineres de lixo chegaram ao país a partir do mês de novembro. Presente na primeira remissão dos contêineres ao Reino Unido no Rio Grande do Sul, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que "o Brasil não será a lata de lixo do planeta. Teremos um papel de protagonista nesta questão, exigindo mudança neste tipo de comportamento por parte dos países ricos."

Fonte: Folha Online - Portal do Meio Ambiente
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Código Florestal / ONGs


     Nesta segunda-feira (03/08), mais de 2 mil ONGs e movimentos sociais protocolaram na Casa Civil e ministérios uma carta com contribuições ao debate sobre a alteração do Código Florestal Brasileiro. O documento indica que modificações negativas no Código Florestal podem afetar o clima, o patrimônio natural do País e, ainda, a imagem do Brasil no exterior.



     Entre as propostas contidas na carta, está o cadastramento georreferenciado dos imóveis rurais em todo o País e a limitação do desmatamento de novas áreas. ONGs e os movimentos sociais defendem que já existem áreas suficientes para produção agrícola e expansão urbana e que seus usos devem ser aprimorados. Outra mudança sugerida é que toda bacia hidrográfica, em todos os biomas, tenha um índice mínimo de vegetação nativa.
     No documento, as ONGs analisam propostas apresentadas pela bancada ruralista e Ministério da Agricultura e de líderes ruralistas como prejudiciais ao meio ambiente e defende o fim de novos desmatamentos. Também fazem um estudo dos pontos apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com algumas organizações ligadas à agricultura familiar, a serem incorporados na legislação florestal.

Veja aqui a íntegra da carta e um resumo das propostas apresentadas.

     Assinam a carta: Articulação do Semi-Árido Brasileiro, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia, Rede Cerrado e Rede de ONGs da Mata Atlântica.

Fonte: ISA / Ivan Marcelo Neves - Portal do Meio Ambiente
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Mundo entrará em colapso com aquecimento, dizem cientistas


     "Se o planeta não reduzir em até 80% a emissão de gás carbônico na atmosfera até 2020, e não até 2050, como está estabelecido, em breve teremos verdadeiras tragédias nunca antes vistas. Grande parte da população mundial corre o risco de desaparecer." A previsão sombria é da diretora e coordenadora da State of the World Forum/Brasil 2020, Emília Queiroga Barros. A conferência mundial Brasil 2020 acontece até a próxima sexta-feira em Belo Horizonte.
     No encontro, mais de 150 cientistas e especialistas de várias nacionalidades, divididos em pequenos grupos, discutem os estragos provocados pelo aquecimento global e tentam traçar metas para a redução imediata dos gases que provocam o efeito-estufa.
     "É como se a Terra estivesse com febre. A pessoa quando tem a temperatura aumentada em 0,5º C, ela já começa a não se sentir bem. Assim é o planeta. Já estamos sentindo todos os efeitos desse aumento da temperatura. No Rio de Janeiro, por exemplo, e em outras cidades do litoral brasileiro, há estudos que indicam um aumento de 0,5 cm do nível do mar. Isso já traz transtornos incalculáveis. Já há cidades desaparecendo," explica Emília.



     A diretora e coordenadora da conferência traça, juntamente com o presidente do Earth Policy Institute, Lester Brown, um futuro, no qual, em pouco tempo a escassez de água e de alimentos tornará a sobrevivência insuportável.
     Brown explica que se a Terra tiver a temperatura aumentada em 1º C (atualmente está aumentada em quase 0,6º C), haverá uma queda de cerca de 10% na produção de alimentos, principalmente grãos.
     "Os preço de produção dos alimentos vão aumentar muito. Países com grande densidade demográfica sofrerão as conseqüências de forma catastrófica," diz.
     O diretor do Earth Policy Institute explica que, como num ciclo, a produção de combustíveis também agrava a falta de alimentos no planeta, já que as grandes potências e países em desenvolvimentos 'desviam' os estoques de grãos para a produção de combustíveis, como o etanol.
     No ano passado, segundo Brown, os Estados Unidos destinaram, por exemplo, 100 milhões de toneladas de grãos para a produção de etanol. "Com isso diminui a oferta de alimentos no mundo e a demanda só aumenta", afirma.
     O derretimento das grandes camadas de gelo nos pólos do planeta e nas grandes cadeias de montanha é apontado por Brown como um dos problemas que deve ser enfrentado imediatamente pelos governos.



     "Devemos reduzir a emissão de CO2 para os níveis entre 350 e 400 partes por milhão de pessoas. Se não anteciparmos estas metas de redução da emissão de poluentes a previsão é de que geleiras glaciares e polares, estes dois últimos com um degelo mais sério, porque são as geleiras que sustentam o fluxo dos rios nos países asiáticos nas estações secas, como o Ganges e o Amarelo. Num curto prazo teremos mais água que o usual, mas em longo prazo os rios serão intermitentes. A China será afetada primeiramente, um país com 2 bilhões de pessoas", afirma Brown, que reafirma o foco da conferência em BH: "Em dez anos, até 2020, o planeta precisa atingir estes limites", adverte.
     Brown ainda faz uma previsão nada animadora. "Se nada for feito e houver as alterações climáticas que imaginamos, não vamos conseguir antecipar as medidas, e se fôssemos capazes de prever, não conseguiríamos fazer o necessário a tempo. As camadas de gelo na Groelândia têm uma 1 milha de espessura. Se essas placas derreterem o nível do mar vai subir 7 m, a maioria das cidades litorâneas desaparecerão", explicou.
     Com esse fenômeno cada vez mais próximo e certo, a previsão é de que a maior parte da população mundial, que hoje vive em cidades litorâneas, migre para o interior dos países.


     "Haverá um grande deslocamento de massas. E no interior essa população só vai encontrar seca, epidemias, fome", completa a coordenadora Emília Queiroga Barros.
     "Faltará água não só para beber para a produção de comida, quando são utilizadas 500 vezes mais água que bebemos. Metade da população vive em países onde já está acontecendo a perda de terras cultiváveis. Se o mar subir 1 décimo, por exemplo, metade das terras cultiváveis de arroz em Bangladesh vão simplesmente desaparecer", reitera Lester Brown.
     O Fórum Brasil 2020 é o primeiro evento da conferência mundial Climate Leadership Campaign. As mensagens e ações definidas na conferência mineira serão rediscutidas em um encontro que vai acontecer em Washington, nos Estados Unidos, em fevereiro de 2010.
     Em agosto, o primeiro ano da campanha será fechado com eventos no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e Bahia. Outras cidades ao redor do mundo irão sediar a campanha nos próximos anos. Entre as candidatas estão a Cidade do México, Melbourne, na Austrália, e Haia, na Holanda, segundo informou a coordenação do fórum.

Autor: Ney Rubens - Direto de Belo Horizonte  - Especial para Terra
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Aquecimento global ameaça sobrevivência de tribo no Xingu


Base da alimentação, peixes estão desaparecendo dos rios.
Incêndios começam a ocorrem em áreas que não queimavam.

     Enquanto os jovens da tribo Kamaiurá, nus e pintados, se preparam para os jogos de guerra ritualizados de um festival, eles finalizam seu assustador canto com um som de sopro – uma tentativa simbólica de eliminar o odor de peixe, para que não sejam detectados pelos inimigos. Durante séculos, peixes de lagos e rios da selva têm sido o principal item da alimentação dos kamaiurás, e a mais importante fonte de proteína.


Peixes são a maior fonte de proteína dos índios Kamaiurás, que vivem em Mato Grosso, no Parque do Xingu. O alimento, contudo, está cada vez mais escasso. (Foto: Damon Winter/The New York Times)

     Porém, o cheiro de peixe já não é mais um problema para os guerreiros. O desmatamento, e, segundo sustentam alguns cientistas, as mudanças climáticas globais, estão deixando a região amazônica mais seca e mais quente, dizimando populações de peixes e colocando em risco a própria existência dos kamaiurás. Assim como outras pequenas culturas indígenas do mundo todo, com pouco dinheiro ou sem capacidade de se mover, eles estão lutando para se adaptar às mudanças.
     "Nós, os macacos velhos, aguentamos a fome, mas os pequenos sofrem – estão sempre pedindo mais peixe", disse Kotok, o chefe da tribo, parado em frente a uma cabana contendo as flautas sagradas da tribo, numa noite recente. Ele usava uma camiseta sobre a vestimenta tradicional da tribo, que é basicamente nada.
     Notícia completa AQUI.

Fonte: New York Times - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Descoberto novo tipo de vírus HIV em mulher africana


Vírus está relacionado a gorilas selvagens.
Mulher teria contraído o vírus em Camarões.

     Um novo tipo de vírus da Aids foi descoberto em uma mulher de Camarões, país da África. Segundo a pesquisa, divulgada pelo jornal "Nature Medicine", o vírus se difere dos três já conhecidos e parece estar relacionado a uma versão símia do vírus recentemente descoberta em gorilas selvagens.



     Para os pesquisadores, a descoberta ressalta a necessidade de verificar mais de perto as novas variantes do vírus HIV, especialmente na parte do centro-oeste da África. Jean-Christophe Plantier, da Universidade de Rouen, na França, liderou a pesquisa.
     Os três tipos de vírus já conhecidos são relacionados a uma versão símia do vírus que ocorre em chimpanzés.
     A explicação mais plausível, segundo os pesquisadores, para a nova descoberta é que o vírus foi transmitido do gorila para o ser humano.
     Mas eles não descartam as possibilidades de que o novo tipo de vírus começou em chimpanzés e foi transmitido para os gorilas e então para os humanos, ou diretamente dos chimpanzés para os gorilas e humanos.
     A paciente, de 62 anos, foi diagnosticada como HIV positiva em 2004, logo depois de se mudar dos Camarões para Paris. Ela morava perto de Yaounde, capital dos Camarões. No entanto, ela disse que não teve contato com macacos nem com carne de animais selvagens de países tropicais.


Mulher conforta a irmã, vítima da aids, numa enfermaria de Lilongwe, capital do Malaui. Na África, a epidemia é devastadora (fonte)

     Entretanto, a mulher não apresenta sintomas da Aids e está sem tratamento, embora ela carregue o vírus, segundo os pesquisadores.
     De acordo com a pesquisa, o virus pode estar circulando tanto em Camarões como em outros lugares, pois a rápida multiplicação do vírus indica que ele já está adaptado às células do ser humano.
     Ainda de acordo com a "Nature Medicine", portadores de herpes genital têm maior risco de contrair o virus da Aids até mesmo após a pele não estar mais infectada.

Fonte: G1 - Associated Press
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Reduzir desmatamento é fundamental, diz ministro britânico na Amazônia


Em visita ao Parque do Xingu, ministro do clima disse que tema será central em Copenhague.

     O ministro britânico de Energia e Clima, Ed Miliband, disse durante visita à Amazônia brasileira que reduzir os níveis de desmatamento é "absolutamente crítico" para o sucesso da conferência sobre clima da ONU, que será realizada em Copenhague, na Dinamarca, no final do ano.
     Miliband disse que um acordo na conferência de Copenhague sem menção ao desmatamento seria tão significante quanto o Protocolo de Kyoto sem a adesão dos Estados Unidos.


Avanço anual do desmatamento na Amazôna

     O ministro britânico visitou o Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, que é protegido desde 1961 por lei. No entanto, a comunidade indígena do parque disse ao ministro que muitas pessoas estão começando a invadir a área, e que isso poderia mudar o estilo de vida local.
     Grande parte da floresta ao redor do Parque do Xingu foi desmatada, e muitos madeireiros ilegais já operam dentro da área de preservação.

     Responsabilidade dos ricos
     Líderes das tribos locais temem o impacto de projetos hidrelétricos anunciados pelo governo brasileiro e afirmam que as mudanças no clima estão tendo impacto negativo no seu ambiente.
     "O desmatamento da floresta é responsável por cerca de um quinto das emissões de carbono do mundo, mais do que todo o setor de transportes - carros, aviões, tudo - no mundo", disse Miliband. "Então é absolutamente crítico que nós cheguemos a um acordo em Copenhague que envolva a redução destes índices de desmatamento."
     "Mas nós temos que fazer isso de um jeito que ajude as pessoas na floresta, com as quais eu me encontrei, para que elas também tenham interesse em participar deste processo."



     O ministro britânico disse aceitar que os países desenvolvidos, como a Grã-Bretanha, que emitiram mais gases nocivos ao longo dos últimos 150 anos, têm responsabilidade de fazer mais pelo ambiente do que países mais pobres que ainda estão se desenvolvendo.
     Miliband disse ter esperança de que os países cheguem a um acordo em Copenhague, em dezembro.
     A reunião de Copenhague, marcada para dezembro, deve discutir um tratado pós-Kyoto.
     O Protocolo de Kyoto, firmado em 1997 com vigência até 2012, estabelece metas para corte de emissões entre os países desenvolvidos - poupando os países em desenvolvimento. Com a retirada dos Estados Unidos, maior emissor histórico de poluentes, seu alcance ficou limitado.
     Com o novo tratado, a comunidade internacional espera conseguir um comprometimento de todos os países para limitar as emissões.



Fonte: BBC - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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Zona morta no Golfo do México é menor, porém mais concentrada


Em alguns pontos, nível de oxigênio no mar é quase zero.
Tamanho da área é 3 vezes maior do que a meta para 2015.

     Na última segunda-feira, cientistas disseram que a região de águas pouco oxigenadas localizada ao norte do Golfo do México, estava menor do que o previsto neste verão (Hemisfério Norte). Isso significa que camarões, caranguejos e outras espécies marinhas seriam menos afetadas.
     Mas pesquisadores descobriram que, embora a chamada zona morta, área ao longo das costas do Texas e da Louisiana, fosse menor – cerca de 5 mil quilômetros quadrados, comparados a uma previsão de 13 mil –, o volume real de águas hipóxicas, ou com falta de oxigênio, pode ser maior, já que a camada é mais profunda do que o normal em algumas partes do golfo. O tamanho médio da zona morta em cinco anos ainda é considerado grande demais, aproximadamente três vezes maior que a meta de 3 mil quilômetros quadrados, definida para 2015 por uma força-tarefa inter-governamental.


Localização da zona morte no Golfo do México

     "É um impacto menor", diz Nancy Rabalais, diretora executiva do Louisiana Universities Marine Consortium, anunciando a descoberta. Nesta primavera, ela explica, ventos e correntes incomuns direcionaram grande parte das águas hipóxicas para o leste, reduzindo o tamanho da zona, mas concentrando-a.
     Previsões de zonas hipóxicas no golfo são baseadas em medições do nitrogênio e do fósforo adentrando as águas. Esses compostos são provenientes de correntes rurais e outras fontes na bacia do Rio Mississipi. A previsão era de uma zona que chegaria perto do recorde detectado em 2002, uma área com quase 14 mil quilômetros quadrados.
     Quando nitrogênio e fósforo entram no golfo, eles causam uma superabundância de algas – uma quantidade grande demais para ser consumida por outros organismos marinhos. Algumas das algas morrem, descem para o fundo e se decompõem, e as bactérias que fazem a decomposição usam a maioria do oxigênio da água.


O mapa acima apresenta concentrações de fitoplâncton, as florações de algas que contribuem para as zonas mortas, nas águas da Costa do Golfo

     Com os baixos níveis de oxigênio, peixes e outras criaturas que podem nadar deixam o local, procurando outras águas. Os que não podem ir embora, muitas vezes morrem ou mostram sinais de estresse reprodutivo ou de outros tipos.
     Nas áreas mais afetadas, onde os níveis de oxigênio se aproximavam de zero, Nancy observou caranguejos, enguias e camarões-marrons nadando na direção da superfície, fugindo das águas pouco oxigenadas. Peixes predadores obviamente também foram afetados, segundo ela, já que não havia nenhum por perto para comer os fujões menores.
     Jane Lubchenco, da Administração Oceânica e Atmosférica americana (NOAA, na sigla em inglês) diz que a zona morta do golfo é a mais "famosa", entre cerca de 250 regiões parecidas em todo o país. As águas vindas da agricultura, segundo ela, "continua causando destruição na vida do golfo". Governos estão trabalhando para promover programas com o intuito de reduzir o transbordo de nutrientes, como terras de irrigação projetadas, que podem remover nitrogênio. "Algum progresso está sendo feito, mas não é o suficiente", diz Jane.



Fonte: New York Times - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder
Leia mais em Devemos nos preocupar com a Zona Morta no Golfo do México?


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Carta aberta ao Ilmo. Sr. Prefeito de Maricá (RJ): O que é Eco-Resort?


     Ilmo. Prefeito de Maricá (RJ)
     Prof. Washington QuáQuá
    
     Prezado Senhor,

     Solidários com a prospecção de investimentos, para a geração de empregos e melhoria da qualidade de vida do município de Maricá (RJ), manifestamos nossa apreensão por suas palavras em entrevista à revista Gazeta (O Jornal do Estado do Rio), edição histórica, ano 8, junho de 2009, página 11:
     "...se quiserem fazer um eco-resort, terão de mim todo o apoio."
     Sem entrar no mérito de campanhas políticas e decisões ulteriores, prevalência ou revisão do decreto - lei 41.048/07, que regula o zoneamento econômico - ecológico na área de preservação do entorno da lagoa de Maricá, chamamos a atenção para a necessidade de esclarecer à população ali residente, principalmente pescadores, comunidades pouco favorecidas e grupos indígenas, o que significa Eco-Resort?
     O termo em inglês é comumente utilizado para designar balneários, hoteis ou complexos turísticos que abrigam a prática de um esporte muito difundido na Europa e ao norte de nossa América: o golfe.
     Fato primeiro que nos causa estranheza seria a prática de um esporte que envolve caminhadas quilométricas ou deslocamento em veículo motorizado, sob sol intenso e sobre vegetação de restinga. Sim, porque não imaginamos que qualquer empreendimento mesmo em parcela de uso urbano daquela região, venha subtrair a vegatação de restinga nativa, por extensos gramados. Primeiramente porque claro está para qualquer neófito no assunto que a retirada da vegetação nativa, cuja função vai além da preservação de um rico ecossistema, estaria decretando o fim das dunas, o assoreamento da lagoa, enfim, o decreto de morte da formação litorânea atual. Além dos prejuízos à biodiversidade, ao perfil costeiro e aos investimentos privados ou públicos, preocupa-nos também as práticas de conservação observadas mundo a fora nesses complexos turísticos, para o exercício do nobre esporte, o golfe, que geram externalidades econômicas e ecológicas muito negativas. Sim, toneladas de fertilizantes e pesticidas são aplicados nessas áreas anualmente pelos gestores desses complexos turísticos, além do aumento da carga extra de poluentes pelo adensamento populacional provocado pela população fixa e flutuante que ali trabalha ou desfruta. Essas ocasionam a eutrofização e poluição do ambiente lagunar, com sérios prejuízos à atividade da pesca, a saúde e a qualidade de vida já tão depauperada das comunidades que vivem no entorno daquele outrora rico ecossistema costeiro.
     Assim senhor Prefeito, para que nós, as comunidades locais e a opinião pública em geral, possamos esclarecer as dúvidas e optar pelo uso sustentável ou pela preservação dos processos ecossistêmicos em uma ótica econômica - ecológica, perguntamos:
- A distribuição e localização geográfica das unidades "resort" na área da restinga;
- A quantidade e altura das unidades "resort", bem como área total a ser construída;
- A área total e a vegetação (espécie) utilizada nos campos para a prática do golfe, sua extenso, bem como o plano de manejo e conservação, uso de fertilizantes, herbicidas, irrigação, etc...
- Uma última questão envolveria uma pesquisa sobre a intenção do público alvo (em sua maioria europeus e norte-americanos), de deixar os campos estéreis e amenos das altas latitudes, para praticar um esporte andarilho sob sol intenso, insetos, répteis, pequenos mamíferos e sob assédio de uma população pouco favorecida, marginalizada em seu entorno...
     Um último esclarecimento, agora de nossa parte, a mesma palavra "resort" significa recurso e para evitar aplicações literais de significados diversos para a mesma, "resorts against resort", aguardamos respostas às perguntas acima.
     Com a melhor das intensões, subscrevemo-nos,

     Atenciosamente,
     Sérgio de Mattos Fonseca, M. Sc.
     Diretor

Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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