Em alguns pontos, nível de oxigênio no mar é quase zero. Tamanho da área é 3 vezes maior do que a meta para 2015. Na última segunda-feira, cientistas disseram que a região de águas pouco oxigenadas localizada ao norte do Golfo do México, estava menor do que o previsto neste verão (Hemisfério Norte). Isso significa que camarões, caranguejos e outras espécies marinhas seriam menos afetadas. Mas pesquisadores descobriram que, embora a chamada zona morta, área ao longo das costas do Texas e da Louisiana, fosse menor – cerca de 5 mil quilômetros quadrados, comparados a uma previsão de 13 mil –, o volume real de águas hipóxicas, ou com falta de oxigênio, pode ser maior, já que a camada é mais profunda do que o normal em algumas partes do golfo. O tamanho médio da zona morta em cinco anos ainda é considerado grande demais, aproximadamente três vezes maior que a meta de 3 mil quilômetros quadrados, definida para 2015 por uma força-tarefa inter-governamental. Localização da zona morte no Golfo do México "É um impacto menor", diz Nancy Rabalais, diretora executiva do Louisiana Universities Marine Consortium, anunciando a descoberta. Nesta primavera, ela explica, ventos e correntes incomuns direcionaram grande parte das águas hipóxicas para o leste, reduzindo o tamanho da zona, mas concentrando-a. Previsões de zonas hipóxicas no golfo são baseadas em medições do nitrogênio e do fósforo adentrando as águas. Esses compostos são provenientes de correntes rurais e outras fontes na bacia do Rio Mississipi. A previsão era de uma zona que chegaria perto do recorde detectado em 2002, uma área com quase 14 mil quilômetros quadrados. Quando nitrogênio e fósforo entram no golfo, eles causam uma superabundância de algas – uma quantidade grande demais para ser consumida por outros organismos marinhos. Algumas das algas morrem, descem para o fundo e se decompõem, e as bactérias que fazem a decomposição usam a maioria do oxigênio da água. O mapa acima apresenta concentrações de fitoplâncton, as florações de algas que contribuem para as zonas mortas, nas águas da Costa do Golfo Com os baixos níveis de oxigênio, peixes e outras criaturas que podem nadar deixam o local, procurando outras águas. Os que não podem ir embora, muitas vezes morrem ou mostram sinais de estresse reprodutivo ou de outros tipos. Nas áreas mais afetadas, onde os níveis de oxigênio se aproximavam de zero, Nancy observou caranguejos, enguias e camarões-marrons nadando na direção da superfície, fugindo das águas pouco oxigenadas. Peixes predadores obviamente também foram afetados, segundo ela, já que não havia nenhum por perto para comer os fujões menores. Jane Lubchenco, da Administração Oceânica e Atmosférica americana (NOAA, na sigla em inglês) diz que a zona morta do golfo é a mais "famosa", entre cerca de 250 regiões parecidas em todo o país. As águas vindas da agricultura, segundo ela, "continua causando destruição na vida do golfo". Governos estão trabalhando para promover programas com o intuito de reduzir o transbordo de nutrientes, como terras de irrigação projetadas, que podem remover nitrogênio. "Algum progresso está sendo feito, mas não é o suficiente", diz Jane. Fonte: New York Times - G1 Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder Leia mais em Devemos nos preocupar com a Zona Morta no Golfo do México? |
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