sexta-feira, 25 de julho de 2008

Médico sugere menos filhos para salvar planeta

Especialista em contracepção assina editorial em renomada publicação britânica.

     Um editorial publicado na edição desta sexta-feira da revista científica britânica British Medical Journal afirma que ter menos filhos é uma forma de contribuir para o combate ao aquecimento global.

     O artigo, assinado pelo professor de planejamento familiar do University College, de Londres, John Guillebaund, afirma que ''a população mundial atualmente excede 6,7 bilhões e o consumo de combustíveis fósseis, água potável, colheitas, peixes e florestas excedem a demanda''.

     Segundo o especialista, ''estes fatos estão relacionados'', uma vez que cada pessoa que nasce contribui para a emissão de gases poluentes e é impossível escapar da pobreza sem que haja um aumento dessas emissões.

     Guillebaund conclui que ''aplicar contracepção ajuda, portanto, a combater as mudanças climáticas, ainda que não seja um substituto direto para a redução das emissões per capita de elevados emissores''.

     Mitos

     O autor destaca que o senso comum econômico diz que casais pobres muitas vezes preferem ter vários filhos para compensar a alta mortalidade infantil, fornecer mão de obra para aumento da renda familiar e cuidar dos pais quando eles estão mais velhos, fatores que, endossados por agumentos religiosos e culturais, reforçam a aceitação de grandes famílias.

     Mas ele afirma que ''os economistas tendem a ignorar o fato de que relações sexuais no período fértil são mais freqüentes do que o mínimo necessário para ter concepções intencionais. Portanto, ter uma família maior em vez de uma menor é menos uma decisão planejada do que um resultado automático da sexualidade humana''.

     Para Guillebaund, ''algo precisa ser feito para separar o sexo da concepção - ou seja, a contracepção''. Mas ele acrescenta que o acesso à contracepção é muitas vezes difícil, devido a abusos por parte de maridos, parentes, autoridades religiosas ou até ''lamentavelmente'' fornecedores de anticocepcionais.

     O editorial afirma que a demanda por anticoncepcionais aumenta quando eles se tornam acessíveis e quando as barreiras à sua obtenção são derrubadas, acompanhadas de informações apropriadas relativas à sua segurança e uso.

     O autor procura derrubar algumas crenças e reforçar outras que haviam sido desacreditadas. Ele lembra que no século 18, Malthus previu que com o aumento significativo da população, a escassez de alimentos seria inevitável.

     E que a chamada ''revolução verde'', idealizada pelo agrônomo americano Norman Borlaug, aparentemente provou que Malthus estava errado, mas que o significativo aumento populacional vem levando a uma escassez de alimentos sem precendentes, à escalada de preços e a protestos violentos.

     Guillebauns enfatiza ainda que das inovações da ''revolução verde'', como o amplo uso de fertilizantes, pesticidas, tratores e transporte, hoje também contribuem para o aquecimento global, uma vez que dependem de combustíveis fósseis.

Fonte: BBC - G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pacto pela Madeira Legal e Sustentável: uma chance à floresta e ao planeta

     Os números assustam: 63% a 80% da madeira extraída na Amazônia é ilegal. O desmatamento irregular e abusivo não apenas afeta a vida das comunidades locais, como também contribui para o Aquecimento Global. Apenas no Brasil, o desmatamento – em especial o amazônico- é responsável por 75% das emissões de CO2 na atmosfera.

     Para situações drásticas, medidas urgentes precisam ser tomadas. Uma delas é o Pacto pela Madeira Legal e Sustentável assinado pelo governo e a indústria do Pará. Ele pretende tornar a extração sustentável a partir de medidas rígidas de controle.

     Para o Greenpeace, o Pacto é crucial na redução do desmatamento e amenização dos efeitos nocivos do Aquecimento Global, através da governabilidade do setor madeireiro. A ONG fiscalizará de perto se a excepcional medida será aplicada na prática.

Fonte: Greenpeace

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Pesquisas ecológicas sofrem sérios danos com turismo

Quando Michael Soule pesquisava borboletas no montanhoso vale de Gothic, Colorado, no começo dos anos 60, a cidade de Crested Butte era pouco mais que um povoado carvoeiro quase abandonado. "Não havia nem onde comprar uma camiseta ou caneca", diz Soule, que hoje trabalha como biólogo especialista em conservação.

     Crested Butte, renascida como uma meca do montanhismo e das mountain bikes, hoje apresenta fileiras de butiques e acesso fácil às montanhas. No Laboratório Biólogico das Montanhas Rochosas, onde Soule e gerações de outros pesquisadores estudaram sobre habitats alpinos remotos, o crescimento está mudando tanto a paisagem quanto os dados que eles coligem. O laboratório, como muitos outros locais tradicionais de pesquisa ecológica, está tentando decidir se estuda as mudanças ou se deveria combatê-las.

     Fundado em 1928, no local de uma antigo povoado cuja atividade era a mineração de prata, o laboratório independente atrai estudantes e cientistas de todo o mundo.

     Trabalhando ao lado de um pico de 3.848 metros que se assemelha a uma catedral gótica, os pesquisadores durantes décadas reuniram dados sobre insetos, salamandras, marmotas e os cronogramas de florescimento das plantas de montanha.

Estudos sobre comportamento de animais em seus habitats alpinos são perdidos com a alteração do ambiente causada por turistas

Estudos sobre comportamento de animais em seus habitats alpinos são perdidos com a alteração do ambiente causada por turistas (foto: New York Times)

     "Todo o laboratório trabalha basicamente em experiências de longo prazo", disse Paul Ehrlich, da Universidade Stanford, que estuda as populações de borboleta na área do laboratório e regiões vizinhas desde 1960.

     O aquecimento global atraiu mais interesse científico quanto a esses conjuntos de dados de prazo muito longo, que revelam mudanças induzidas pelo clima que não podem ser vistas em estudos mais curtos.

     À medida que o turismo crescia em Crested Butte, visitantes começaram a invadir o vale de paredes íngremes que abriga o laboratório. A estrada de terra estreita entre a área de esqui e o laboratório, conduz a trilhas de bicicleta e locais de acampamento, e é comum vê-la lotada de carros, bicicletas e veículos fora de estrada.

     O tráfego diário pelo laboratório pode exceder os 750 veículos, ridiculamente baixo para os padrões urbanos, mas uma alteração pronunciada para esse vale que passou tanto tempo isolado e onde as filas de automóveis levantam nuvens persistentes de poeira.

     Os pesquisadores descobriram que a agitação perto da estrada torna mais provável que os pardais de coroa branca comuns à região abandonem seus ninhos.

     As multidões cada vez mais numerosas também podem prejudicar as pesquisas; a despeito dos avisos, turistas muitas vezes removem as estacas e bandeiras que marcam pontos de pesquisa, e cachorros fora da coleira invadem áreas em que experiências estão em curso.

"Local do Laboratório Biológico The Rocky Mountain. Fundado em 1928. Acesso apenas com permissão". Apesar dos avisos, turistas ultrapassam os limites (foto: New York Times)

     A poeira da estrada é tão densa, ocasionalmente, que torna difícil observar de longe a fauna, e o tráfego em alta velocidade mata pássaros e mamíferos que são objeto de estudos de longa duração.

     "Embora as marmotas possam ter se desenvolvido de maneira singularmente elegante para enfrentar predadores, não evoluíram para enfrentar carros", disse Daniel Blumstein, biólogo da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

     Em uma manhã de dia de semana, no começo de julho, a equipe de Blumstein recolheu uma marmota que acabara de ser atropelada e morta; a etiqueta que ela trazia na orelha a identificava como parte de um estudo sobre o comportamento da marmota que o laboratório iniciou 46 anos atrás. Por estes roedores viverem por até 15 anos, um único animal pode representar um tesouro em termos de dados científicos. "Cada fêmea que tenha filhotes é um bem inestimável", disse ele.

     Não muito tempo atrás, uma marmota marcada com etiqueta subiu em um carro perto do laboratório e foi parar em um posto de gasolina em Aurora, um subúrbio de Denver a 400 quilômetros de distância - exemplo extremo do que ele define como "dispersão por automóvel" das marmotas que vivem no terreno do laboratório.

     Enquanto os cientistas empreendem novos esforços de pesquisa em longo prazo, como a Rede Nacional de Observatórios Ecológicos, com o objetivo de documentar o efeito das alterações climáticas e outros fenômenos mundiais, muitos estudos de campo de longa duração estão enfrentando intensa pressão devido ao crescimento e ao desenvolvimento.

     "Os lugares onde trabalhos essenciais foram realizados, onde agora dispomos de uma fundação e para os quais podemos voltar e repetir alguma coisa 10 vezes por temos nova tecnologia e novos dados com que trabalhar... Muitos desses lugares agora se tornaram inacessíveis; não existem mais", disse Julio Betancourt, paleontologista do Serviço de Levantamento Geológico dos Estados Unidos. "Isso está se repetindo inúmeras vezes".

Fundado em 1928, o laboratório independente atrai estudantes e cientistas de todo o mundo (foto: New York Times)

     Betancourt passou a maior de sua carreira no Laboratório do Deserto, uma reserva de pesquisa botânica criada 105 anos atrás nas cercanias de Tucson.

     O laboratório, que antigamente ficava no meio do deserto, agora está cercada por áreas urbanizadas e se tornou local de passeio não só para adeptos das caminhadas, além de ter sido invadido por uma gramínea propensa a incêndio.

     A despeito de sua tradição de observação passiva, o laboratório teve de estabelecer horários de visita e combater a gramínea com herbicidas e com cortadores de grama.

     Alguns dos locais da Rede de Pesquisa Ecológica de Longo Prazo, um sistema de 26 áreas financiadas pela Fundação Nacional de Ciências, adotaram medidas igualmente ativas para evitar os avanços da civilização, trabalhando para preservar as terras que os cercam, administrar os visitantes e erradicar espécies invasivas. Mas a maioria deles não têm opção a não ser tornar as incursões oportunidades de pesquisa.

     Na estação Palmer, na Antártida, William Fraser, que passou mais de 30 anos estudando os efeitos do turismo sobre a demografia dos pingüins Adelie, concluiu que a regulamentação estrita do turismo serviu para proteger os pingüins que vivem na área da estação.

Fonte: The New York Times - Terra Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Mal olímpico?

     Vários atletas já reclamaram que a poluição chinesa poderá atrapalhar seu desempenho nas Olimpíadas, que começam agora em agosto. Para o pneumonologista Gokhan Mutlu, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, os espectadores também devem se preocupar.

     Segundo Mutlu, aspirar altos níveis de poluição por 24 horas já seria suficiente para causar derrame e ataque cardíaco em pessoas mais suscetíveis (aquelas com fatores de risco para doenças cardiovasculares, como pressão alta, diabetes, obesidade).

     Mutlu descobriu o mecanismo que torna a poluição do ar tão perigosa. As microscópicas partículas de poluição, quando aspiradas, fazem o sangue se torna mais denso. O sangue espesso faz com que nossos pulmões se inflamem e liberem uma substância que aumenta a coagulação do sangue. Os coágulos podem bloquear vasos sangüíneos e causar derrames e infartos.

Poluição atrapalha a vista para o Estádio Nacional de Pequim (fonte: Globo Esporte)

     "Pessoas que assistirão às Olimpíadas e depois enfrentarão vôos longos de volta para casa têm mais chances de ter algum problema", diz Mutlu. "Se um coágulo atingir os pulmões pode causar embolia pulmonar, que pode matar."

Autora: Marcela Buscato - Blog do Planeta

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Consumo de soja pode afetar fertilidade, diz estudo

Pesquisa indicou redução na contagem de espermatozóides após alto consumo de soja.

     Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sugere que homens que consomem produtos à base de soja podem ter o número de espermatozóides reduzido pela metade.

     A pesquisa, publicada na revista científica Human Reproduction, analisou o sêmen de 99 homens com idade média de 36 anos e comparou a concentração de espermatozóides com a quantidade de soja consumida na dieta de cada um nos três meses anteriores à análise.

     Segundo os pesquisadores, a concentração considerada "normal" de espermatozóide no sêmen fica entre 80 e 120 milhões por mililitro.

     No entanto, a equipe observou que os participantes que consumiam em média uma porção de comida à base de soja em dias alternados apresentavam uma redução de 41 milhões no número de espermatozóides.

     Apesar da redução, o estudo indica que o consumo de soja não afetou a mobilidade ou morfologia do esperma, nem o volume de ejaculação.

     Hormônio

     De acordo com Jorge Chavarro, que coordenou o estudo, uma substância química chamada isoflavona, presente em alimentos à base de soja como o tofu ou o leite, podem interferir na produção de esperma.

     Ele explica que essas substâncias, também chamadas de fitoestrogênios, podem ter efeitos similares aos do estrogênio e reproduzir sua ação no organismo, o que afetaria a produção do esperma.

     Chavarro observou ainda que os homens obesos que participaram da pesquisa eram ainda mais suscetíveis estes efeitos, o que poderia indicar que um nível alto de gordura no corpo também poderia aumentar a produção de estrogênio nos homens.

     "Esses dados sugerem que um maior consumo de alimentos à base de soja e isoflavonas da soja está associado à redução na concentração de esperma", afirma o estudo.

     Fertilidade

     Apesar dos resultados, o estudo aponta que, em algumas regiões da Ásia, o consumo de soja era consideravelmente superior ao máximo consumido pelos voluntários observados na pesquisa.

     O professor de Andrologia da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, Allan Pacey, afirmou que se a soja realmente tivesse um efeito prejudicial na produção de esperma, a fertilidade em algumas regiões asiáticas também seria afetada e não há nenhuma prova de que isso esteja acontecendo.

     "Muitos homens estão obviamente preocupados sobre como sua dieta ou estilo de vida poderia afetar sua fertilidade por reduzir o número de espermas. Os compostos de estrogênio na comida ou no ambiente já são motivo de preocupação há muitos anos", disse.

     "Teremos que observer a dieta adulta com mais cautela. Apesar de que o fato de várias áreas do mundo terem a soja como uma parte essencial de suas dietas e não aparentam sofrer de nenhuma alta no índice de fertilidade em relação aos países ocidentais sugere que, se há algum efeito, é muito pequeno", afirmou Pacey.

Fonte: BBC - G1

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Especialista alerta sobre risco de uso de celular

Diretor de importante centro de pesquisas afirma que é preciso tomar precauções.

     O diretor de um dos principais centros de pesquisa sobre o câncer dos Estados Unidos emitiu um alerta aos seus funcionários sobre os riscos do uso de telefones celulares.

     O comunicado foi elaborado por Ronald Herberman, diretor do Instituto de Câncer da Universidade de Pittsburgh.

     Herberman afirmou que, apesar de nenhum estudo acadêmico confirmar a relação entre o uso de celulares e o risco de tumores no cérebro, os usuários não devem esperar uma pesquisa conclusiva para começar a tomar certas precauções.

     "Dada a falta de provas definitivas sobre os efeitos cancerígenos da radiação magnética emitida pelos celulares, não podemos falar em medidas preventivas, mas em simples medidas de precaução", diz o alerta.

     Além do alerta, Herberman emitiu ainda um comunicado, assinado por 20 especialistas internacionais com algumas precauções sobre o uso dos telefones celulares.

     Entre as ações aconselhadas pelos especialistas está a de permitir o uso de celulares por crianças apenas em casos de emergência, tentar manter o aparelho longe do corpo enquanto guardado e usar o viva-voz sempre que possível.

     Herberman alerta ainda para que as pessoas usem o celular apenas para conversas rápidas, já que os efeitos biológicos estariam "diretamente relacionados ao tempo de exposição".

     Estudos

     O diretor afirma que decidiu emitir o alerta com base em informações ainda não publicadas sobre os efeitos do uso dos aparelhos celulares.

     As informações preliminares seriam do estudo internacional Interphone, que envolve 13 países.

     "Apesar das provas ainda causarem controvérsia, estou convencido de que há informações suficientes para emitir um alerta para que tomemos precauções sobre o uso do telefone celular", disse Herberman.

     No ano passado, um estudo realizado durante seis anos afirmou que o uso dos celulares não causava nenhum efeito, a curto prazo, no cérebro ou no funcionamento das células.

     No entanto, o Programa Britânico de Pesquisa em Telecomunicação Móvel e Saúde, afirmou que havia um indício de um risco maior a longo prazo e que sua pesquisa iria avaliar os efeitos durante um período de 10 anos.

     Segundo o diretor do Programa, Lawrie Challis, "não podemos eliminar a possibilidade, neste momento, de que o câncer pode aparecer em alguns anos".

     Um outro estudo realizado na Grã-Bretanha em 2005 sugeriu que o uso dos celulares por crianças deveria ser limitado como precaução. Além disso, a pesquisa aconselhava que menores de oito anos de idade não deveriam usar os aparelhos.

     Os telefones celulares emitem radiações eletromagnéticas que podem penetrar o cérebro humano e a preocupação de alguns ativistas é a de que isso poderia causar sérios danos à saúde.

     Uma análise realizada neste ano pela Universidade de Utah, nos EUA, observou milhares de pacientes com tumor no cérebro e não identificou nenhum aumento no risco como resultado do uso dos aparelhos celulares.

     No entanto, o estudo afirmou que os efeitos do uso a longo prazo ainda aguardam a confirmação de pesquisas futuras.

     Estudos recentes na França e Dinamarca também não identificaram aumento no risco de câncer pelo uso dos aparelhos.

     Entretanto, uma pesquisa feita com 500 israelenses neste ano aponta que o uso dos celulares pode estar vinculado a um aumento no risco de desenvolver câncer nas glândulas salivares.

Fonte: BBC - G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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terça-feira, 22 de julho de 2008

Paul Watson - "Minhoca é melhor que gente"

Para o conservacionista que ataca baleeiros, os seres "inferiores" são indispensáveis para a vida

     A temporada de caça às baleias para "fins científicos" feita pelo Japão acabou mais cedo. O baleeiro Nishin Maru atracou em Tóquio com metade da carga. A vida de 400 baleias foi salva, graças às bombas de manteiga rançosa atiradas contra o navio pelos ativistas do Sea Shepherd (Pastor dos Mares). Eles usam táticas de guerrilha para impedir a matança de baleias (proibida desde 1986) e de focas no Canadá. Conheça as idéias pouco ortodoxas de seu líder, Paul Watson, um canadense de 57 anos que tem cara de Papai Noel – mas encara uma briga como o capitão Haddock, o amigo de Tintim.

 

ENTREVISTA PAUL WATSON

Divulgação

QUEM É

Paul Watson foi membro fundador do Greenpeace em 1972. Saiu em 1977 para fundar a Sea Shepherd Conservation Society

QUE PRÊMIOS GANHOU

Em 2000, foi eleito pela revista Time como um dos heróis da ecologia do século XX

O QUE PUBLICOU

Shepherds of the Sea (1979), Cry Wolf (1985), Earthforce! (1993), Ocean Warrior (1994) e Seal Wars (2002)

 

     ÉPOCA - Onde terminam os direitos humanos e começam os dos animais?

     Paul Watson – Os direitos do homem e dos animais são interligados. A lei da interdependência ecológica exige que preservemos a diversidade. Sob uma perspectiva ecológica, algumas espécies são mais importantes que outras. As minhocas, por exemplo, são mais importantes que os humanos. Por quê? As minhocas poderiam sobreviver facilmente num planeta sem humanos, mas os humanos passariam um mau bocado para sobreviver sem as minhocas. A verdade é que as chamadas formas "inferiores" de vida são mais valiosas. As bactérias, as plantas e os insetos fornecem as fundações para toda a vida. Se for para a humanidade sobreviver, devemos estabelecer uma harmonia com as demais espécies, pois todas são interdependentes.

     ÉPOCA - Para seus adversários, o senhor é um ecoterrorista.

     Watson – Não cometo crimes. Nunca feri ninguém nem saio às ruas para protestar. O que faço é intervir contra atividades ilegais. Somos uma organização que luta contra a caça ilegal. Hoje em dia, todos chamam todo mundo de terrorista. Até o Dalai-Lama é chamado de terrorista pelo governo chinês. Um ecoterrorista para mim é quem destrói o meio ambiente. A Monsanto é uma organização ecoterrorista, assim como a Exxon e a maioria das petrolíferas. O presidente George W. Bush é um ecoterrorista. Fui preso inúmeras vezes, mas nunca fui condenado por um crime, porque nunca agi contra a lei.

     ÉPOCA - O senhor parece um capitão Ahab às avessas. Em vez de caçar Moby Dicks, o senhor as protege. Qual é sua missão de vida?

     Watson – Sou um conservacionista. Meu objetivo é a conservação da natureza e do meio ambiente marinho. A Sea Shepherd atua no combate à caça ilegal de baleias pelos japoneses na Antártica e pelos noruegueses e islandeses no Ártico. Lutamos contra o massacre de focas no Canadá. Confiscamos equipamentos de pesca predatória e combatemos a exploração do plâncton, os microrganismos que formam a base da cadeia alimentar. Iniciamos em 2000 uma campanha para defender a reserva marinha das Ilhas Galápagos e estamos desbaratando o contrabando de barbatanas de tubarão.

"O negócio do Greenpeace é mala direta e telemarketing para conseguir dinheiro de pessoas que querem sentir que protegem o meio ambiente ""O negócio do Greenpeace é mala direta e telemarketing para conseguir dinheiro de pessoas que querem sentir que protegem o meio ambiente".

     ÉPOCA - O senhor co-fundou o Greenpeace em 1972. Por que decidiu sair?

     Watson – Abandonei o Greenpeace em 1977, quando percebi que a organização estava se tornando uma corporação do "bem-estar". Ela é a maior organização do "bem-estar" do planeta. As pessoas se associam ao Greenpeace para se sentir bem, para sentir que fazem parte da solução para a natureza. Mas o negócio verdadeiro do Greenpeace é mala direta, telemarketing e publicidade, para conseguir dinheiro de quem quer sentir que protege o meio ambiente.

     ÉPOCA - Quando o senhor decidiu recorrer a estratégias radicais como a interceptação de navios?

     Watson – Nós intervimos quando as leis internacionais são violadas e percebemos que a interferência pode fazer diferença. Criei a Sea Shepherd como uma organização intervencionista, e não de protesto.

     ÉPOCA - O Japão e o Canadá o acusam de usar a violência contra baleeiros e caçadores.

     Watson – Nunca ferimos nenhum ser humano em três décadas de operação. Não usamos violência. Minha tripulação e eu fomos atacados, espancados, atiraram na gente e nos ameaçaram. Mas alguns meios de comunicação preferem noticiar as queixas de violência de nossos críticos.

     ÉPOCA - Qual é o balanço deste ano da luta contra a caça às baleias?
     Watson –
Os japoneses preencheram só metade da cota (a meta era matar 950 minkes. Foram 551). Infligimos a eles um prejuízo de US$ 70 milhões.

Divulgação

BATALHA NAVAL A bordo do Farley Mowat, os ativistas do Sea Shepherd patrulham os mares do sul à caça de baleeiros japoneses

     ÉPOCA - Seus métodos não colocam em risco a vida de seus tripulantes?

     Watson – Essa pergunta sugere que utilizamos táticas violentas, o que não é verdade. Existem riscos em todas as nossas campanhas, mas eles são aceitáveis. Há gente que luta e morre pelo controle de terras e de poços de petróleo. Acredito ser muito mais nobre correr riscos pela preservação de espécies ameaçadas.

     ÉPOCA - Superpopulação, destruição ambiental, poluição, extinções em massa. O que pensa do futuro da humanidade?

     Watson – Não sou otimista nem pessimista. Sou realista. Percebo as conseqüências de a nossa espécie viver em desarmonia com o meio ambiente. Nenhuma espécie na história do planeta sobreviveu ignorando as três leis da ecologia. Primeira: a lei da diversidade, que prega que a força de um ecossistema depende de sua diversidade. Segunda: a lei da interdependência, segundo a qual todas as espécies, mesmo as mais "inferiores", dependem umas das outras. Terceira: a lei dos recursos finitos. Minha missão é ajudar a humanidade a sobreviver. Se falharmos, será porque nossa sobrevivência não vale a pena. Mas a Terra agüenta. Os ecossistemas do planeta sofrem sob o domínio humano, mas vão sobreviver e estarão aqui muito tempo depois de a humanidade ter desaparecido. Isso me traz conforto, porque luto pela continuação da vida – não somente pelos interesses de nossa espécie.

     ÉPOCA - Há razões para acreditar nos movimentos conservacionistas?

     Watson – Não defendo o Greenpeace, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) ou qualquer ecocorporação. Apóio a ação de indivíduos como Dian Fossey (1932-1985) e sua luta em favor dos gorilas; a proteção de Jane Goodall aos chimpanzés; e a campanha de Chico Mendes (1944-1988) pela preservação da Amazônia. São eles que fazem a diferença.

Autor: Peter Moon - Época

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Aumenta a punição para crime ambiental

     O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina hoje decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais, que determina multas mais severas para os infratores. O objetivo das mudanças na lei é simplificar o sistema e tornar as punições mais rigorosas. Para se ter idéia das alterações, a partir de agora, quem impedir a fiscalização dos agentes públicos estará sujeito a multa que vai de R$ 500 a 100 mil ¿ antes, não havia valor predeterminado.

     As multas terão de ser pagas em no máximo quatro meses. No esquema anterior, os infratores conseguiam retardar o pagamento em até cinco anos.

     O decreto que regulamenta a lei prevê tratamento mais rigoroso para quem causar poluição que resulte ou possa resultar em danos à saúde humana ou provoque a mortandade de animais ou destruição significativa da biodiversidade. Neste caso, a menor punição passou de R$ 1 mil para R$ 5 mil, podendo chegar a até R$ 50 milhões.

Autor: Antonio Gaspar - DiárioNet - Terra Notícias
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Brasil é 42º país menos vulnerável a mudanças climáticas, diz consultoria

Empresa analisa capacidade dos países de se adaptar aos impactos do fenômeno.

     O Brasil é o 42º país menos vulnerável ao impacto das mudanças climáticas, de acordo com um ranking preparado pela consultoria de risco britânica Maplecroft.

     O Climate Change Vulnerability Index (CCVI) - Índice de Vulnerabilidade à Mudança Climática, em tradução livre - analisou a capacidade de 168 países de suportar e se adaptar aos efeitos das mudança climáticas.

     No índice, o Canadá aparece como o país mais preparado para lidar com o problema e, portanto, menos vulnerável, seguido de Irlanda, Noruega, Dinamarca e Suécia.

     Uma das surpresas do ranking foi a posição ocupada pelo Uruguai, que é o 9º país menos vulnerável. Os Estados Unidos aparecem em 11º , e a Grã-Bretanha, em 12º.

     Entre os países latino-americanos, o Suriname ficou em 24º, o Chile em 29º, e a Argentina em 36º. O país mais vulnerável é Comores, seguido de Somália, Burundi, Iêmen e Níger.

     Análise

     O CCVI não tenta prever mudanças na ocorrência de desastres naturais - como secas, enchentes e tempestades - ou em ecossistemas em consequência da mudança climática.

     Em vez disso, a análise se concentra na "capacidade de indivíduos, comunidades e sociedades de mitigar os riscos" que resultam dessas mudanças na ocorrência de desastres naturais.

     Ao analisar a vulnerabilidade de cada país, os autores levaram em conta fatores diversos divididos em seis grupos: economia, recursos naturais e ecossistemas, pobreza, desenvolvimento e saúde, agricultura, população e infra-estrutura e instituições e governo.

     A Maplecroft utilizou dados de agências da ONU, do Banco Mundial e da Comissão Européia, entre outras instituições.

Fonte: BBC - G1

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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