sábado, 24 de janeiro de 2009

Desaparece geleira no Peru

 
Aquecimento global faz estragos
 
     Localizada a 5.250m de altitude na região de Puno, no Peru, a geleira Quilca derreteu completamente por causa do aquecimento global, informou o Instituto Nacional de Recursos Naturais (Inrena) peruano. "O desaparecimento da geleira Quilca foi gradual, e é consequência das mudanças climáticas e do aquecimento que acontecem em todo o mundo", explicou Marco Zapata, diretor da Unidade de Glaciologia do Inrena. "O aquecimento global repercute de maneira especial nas geleiras do Peru, que estão entre as mais afetadas". A geleira fica localizada no distrito de Palca, da província de Lampa, próxima à fronteira com a Bolívia.
 

Imagens mostram o monte Quilca em 2006 (acima), ainda com neve, e no início de 2009, já com os efeitos visíveis do aquecimento (foto: Andina / Agência Agrária de San Román / Divulgação)

 
     Fotos divulgadas pela agência estatal peruana mostram que a neve que cobria a geleira Quilca derreteu por completo, deixando a montanha coberta apenas por uma camada de terra. Já é a segunda geleira que derrete no Peru desde 2005. A previsão é que150 picos nevados do país correm o risco de perder suas geleiras. Há 19 cordilheiras nevadas espalhadas pelo território peruano e no sudeste andino.
     Segundo o administrador técnico da Agência Agrária de San Román, Omar Velásquez, o retroceso da capa de neve se agudizou nos últimos dois anos, verificando-se sua completa desaparição no final de 2008. "Já não cai nada de neve. O aquecimento global foi incrementando o retroceso de neve até perdê-la, esta se derreteu completamente", disse o funcionário à agência Andina. Explicou que foi realizado um monitoramento da situação com a tomada de fotografias. "Embora não haja uma medição precisa, as imagens são contundentes", enfatizou.
     Velásquez mencionou ainda que o panorama atual em Quilca pode trazer problemas referentes à falta de água para as populações localizadas nos arredores da extinto geleira. A maior parte da água consumida pelas populações dos Andes tem origem no degelo lento destas geleiras, que formam os rios de onde é retidada a água para o abastecimento. Em maio passado, a Unidade de Glaciologia do Instituto Nacional de Recursos Naturais reportou que a geleira Broggi, pertencente à Cordilheira Blanca em Áncash, desapareceu pelo aquecimento global e o câmbio climático. Se tratava de uma geleira localizada ao este da cidade de Yungay, na cabeceira da quebrada da lagoa de Llanganuco, que tinha uma dimensão superior à geleira Pastoruri, que também vem sendo afetada.
 
Fonte: com informações da Agência Andina - EcoAgência
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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Nuvem marrom de poluição sobre a Ásia é de madeira queimada e fezes

Grupo usou medição de carbono para determinar origem de poluentes.
Equipe sugere modernização energética para eliminar o problema.
 
     Uma equipe internacional de pesquisadores diz ter conseguido determinar a origem da terrível nuvem marrom de poluição que cobre vastas áreas da Ásia, em especial na Índia e na China, durante o inverno. O principal componente dessa forma de poluição -- de 50% a 90% da nuvem marrom -- é a queima de madeira e fezes animais, usada como fonte de energia pelas populações pobres da região.
 

Foto: Science/AAAS

O sol se põe em Pune, na Índia, obscurecido pela névoa marrom (Foto: Science/AAAS)

 
     O trabalho, coordenado por Örjan Gustafsson, da Universidade de Estocolmo (Suécia), está na edição desta semana da revista especializada americana "Science". Os pesquisadores usaram o carbono-14, forma do elemento químico normalmente empregada para datar matéria orgânica, como ferramenta para chegar à conclusão. É que o carbono-14 diminui progressivamente na matéria orgânica após sua formação, de forma que, 40 mil anos após a morte de um animal ou planta, por exemplo, quase não há mais proporções detectáveis dele.
     Dessa forma, é fácil comparar o carbono oriundo da queima de petróleo ou carvão mineral -- oriundo de matéria orgânica que se transformou há milhões de anos -- com o carbono vindo de madeira ou fezes. Se a fuligem na nuvem ainda tem muito carbono-14, isso significa que ela é de origem recente, e foi o que os pesquisadores verificaram.
     Os poluentes da nuvem marrom envolvem basicamente partículas de material orgânico queimado, que trazem sérios problemas respiratórios para a população asiática e ainda contribuem para o aquecimento global ao absorver luz solar. O lado bom é que a duração de seus efeitos na atmosfera é curta, o que sugere que fontes mais modernas e menos poluentes de energia, se instaladas na região, poderiam sanar o problema de forma relativamente rápida.
 

Foto: Science/AAAS

Queima de matéria orgânica é muito comum no Oriente (Foto: Science/AAAS)

 
Fonte: Reinaldo José Lopes - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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