quarta-feira, 13 de maio de 2009

Novo estudo documenta tristes consequências do estupro na África


Estudo foi feito com 1.244 garotas e mulheres da Suazilândia.

Lá, 26% da população adulta está infectada com o HIV.

     O estupro e o ato sexual coagido com jovens meninas e adolescentes estão associados a uma série de problemas no decorrer da vida, de acordo com um novo estudo, realizado na Suazilândia (pequeno país da África) pela UNICEF e pelo Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças.
     O estudo, baseado em entrevistas com 1.244 garotas e mulheres do pequeno reino, localizado na fronteira da África do Sul com Moçambique, foi publicado na semana passada no "The Lancet".



     A Suazilândia é um dos países mais atingidos pela Aids: 26% da população adulta está infectada. O mito, persistente na África, de que um homem pode ser "purificado" da Aids ao ter relação sexual com uma virgem coloca as garotas em risco, disseram os autores do artigo que acompanha o estudo.
     As vítimas desse tipo de violência tiveram riscos de sofrer com doenças venéreas, complicações na gravidez e depressão, mais tarde na vida. Cerca de 5% das entrevistadas disseram que foram forçadas ao ato sexual antes dos 18 anos. Um terço delas contou que os homens tentaram estuprá-las ou pressioná-las a fazer sexo, sem seu consentimento.
     Os vilões mais comuns não eram desconhecidos, mas homens ou garotos da própria vizinhança. Dezessete por cento eram parentes homens ou amigos da família, quase 3% eram professores ou diretores da escola.



     Esse padrão, de que a maioria dos estupradores são conhecidos ou parentes das vítimas, "é comum em muitas culturas", escreveram os autores.
     Estudos anteriores se concentraram no abuso sexual na escola, e matérias de jornais sobre garotas pressionadas por seus professores a fazer sexo são comuns na África. Porém, o estudo descobriu que a maioria dos incidentes ocorreu em casa, na casa dos parentes ou amigos, ou em áreas públicas, incluindo pastos ao redor de vilas rurais.
     Mais de 99% das garotas afirmou não ter bebido ou usado drogas quando a violência aconteceu. Em mais de um terço dos casos, elas suspeitaram que o estuprador estivesse bêbado.



Autor: Donald G. McNeil Jr. - 'New York Times' - G1
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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