Sem os felinos, população de coelhos devastou vegetação do lugar. Caso é lição para pesquisadores que tentam deter espécies exóticas. Com seus duros e verdes penhascos e céus repletos de névoa, a Ilha Macquarie – na metade do caminho entre Austrália e Antártida – se parece com a Meca de um amante da natureza. No entanto, a ilha recentemente se tornou uma sóbria ilustração do que pode acontecer quando os esforços para eliminar uma espécie invasora acabam causando danos colaterais imprevistos.
Encosta destruída por coelhos depois da erradicação de gatos na ilha (Foto: Arko Lucieer/Universidade da Tasmânia/NYT) Em 1985, cientistas australianos iniciaram um ambicioso plano: dizimar os gatos não-nativos que viviam nas colinas da ilha desde o início do século XIX. O programa começou por uma aparente necessidade – os gatos estavam caçando pássaros nativos. Vinte e quatro anos depois, uma equipe de cientistas da Divisão Antártica Australiana e a Universidade da Tasmânia relatam que a remoção dos gatos inesperadamente causou uma destruição no ecossistema da ilha. Sem os gatos, os coelhos da ilha (também não-nativos) começaram a procriar descontroladamente, destruindo plantas nativas e enviando efeitos por todo o ecossistema. As descobertas foram publicadas online na revista científica "Journal of Applied Ecology", em janeiro. "Nossas descobertas mostram que é importante que os cientistas estudem todo o ecossistema antes de realizar programas de erradicação", diz Arko Lucieer, perito em sensoriamento remoto da Universidade da Tasmânia e co-autor do estudo. "Não houve muitos programas que levaram todo o sistema em consideração. Você precisa entrar em modo cenário: 'Se matarmos este animal, que outras consequências poderemos observar?'" Leia a notícia completa AQUI. Autora: Elizabeth Svoboda / New York Times - G1 Postado por Wilson Junior Weschenfelder |
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