Enxofre no combustível causa problemas cardíacos, respiratórios e câncer. Até 14 mortes por dia na Grande São Paulo estariam ligadas à queima. O adiamento por três anos do cumprimento da resolução que reduziria o teor de enxofre no diesel a partir de 2009 pode ser responsável pela morte de pelo menos 25 mil pessoas a mais na região metropolitana de São Paulo até 2040. Os cálculos são do médico e pesquisador Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O número leva em conta que caminhões fabricados nos próximos anos com motores ainda fora das especificações para receber um diesel mais limpo continuarão em circulação por uns 30 anos, emitindo em altas concentrações os poluentes que provocam doenças cardiovasculares, respiratórias e até mesmo câncer, do mesmo modo que o cigarro. "Se dividíssemos a compensação econômica (do atraso da oferta do diesel limpo) pelo número de mortes a mais não dava nem para pagar o enterro", disse Saldiva. O pesquisador apresentou o cálculo durante evento ontem na Faculdade de Economia e Administração da USP. A reunião buscou avaliar os impactos futuros do acordo feito entre Petrobrás, montadoras e Ministério Público Federal que prorrogou os prazos para a oferta de um diesel mais limpo ao País. Segundo Saldiva, das 110 mortes por causas naturais registradas por dia na região metropolitana, de 12 a 14 são conseqüência do diesel. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo". Fonte: Agência Estado - G1 Postado por Wilson Junior Weschenfelder |
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