segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pecuária é imcompatível com Amazônia, afirma Greenpeace

 
Para o ativista André Mugiatti, pecuária e conservação ambiental não podem coexistir
 
     A pecuária é uma atividade incompatível com a conservação do meio ambiente, afirmou o ativista da organização não-governamental Greenpeace, André Muggiati, ao anunciar os impactos causados pela criação de gado na Amazônia. "A pecuária e a conservação ambiental não coexistem. Na Amazônia não existe nenhuma forma de pecuária sustentável", criticou o ambientalista, referindo-se à maneira como ela é praticada atualmente, exigindo grandes extensões de terra.
     A média para criação de gado é de um boi por hectare na região amazônica, onde se estima que existam mais de 70 milhões de cabeças de gado. "O que estamos pedindo é que se interrompa esse ciclo de expansão da pecuária sobre a floresta", disse Muggiati, destacando que cerca de 17% da área de cobertura original da floresta já foi destruída.
     Segundo ele, praticamente 80% das áreas desflorestadas na Amazônia são ocupadas pelo gado. O ambientalista adiantou à Agência Lusa o que será tornado público em 29 de Janeiro, durante o Fórum Social Mundial, que inicia nesta semana em Belém, no Pará.
 

 
     Estudo
     Muggiati é coordenador de campanha da Amazônia do Greenpeace e irá anunciar o estudo O rastro da pecuária na Amazónia feito pela organização por meio de imagens de satélite, tiradas principalmente em Mato Grosso. Para Muggiati, a partir do levantamento é possível comprovar a tese de que "a maior parte das áreas já desmatadas da Amazônia está hoje ocupada por gado". O Mato Grosso é o maior criador de gado do país, assim como o maior produtor de soja. Este Estado tem "o maior desmatamento acumulado na região amazônica".
     A estratégia de lançar o estudo no FSM é aproveitar a grande concentração de pessoas para "maximizar o impacto" na tentativa de que sejam implantadas políticas públicas que contenham a expansão desta atividade de forma predatória. A 8ª edição do Fórum terá como principal foco as discussões sobre as crises financeira, climática e de governabilidade global. O evento deverá reunir cerca de 120 mil pessoas de 130 países diferentes a partir de terça-feira, dia 27.
 

Parar o desmatamento não salva Amazônia, dizem cientistas (fonte: Folha Online)

 
Fonte: Agência Lusa/EcoAgência
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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