quinta-feira, 19 de julho de 2007

As usinas nucleares e os desastres naturais

     Um terremoto ocorrido na costa oeste do Japão derrubou construções, deixou nove mortos, sete mil pessoas desalojadas, 800 feridos e milhares sem eletricidade. Mas o fato mais preocupante foi o vazamento de água radioativa da usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, considerada a maior do mundo. Inicialmente, a companhia que administra a usina negou que tivesse sido atingida. Mas admitiu o vazamento depois. Além disso ouve um incêndio interno na planta. Num momento em que o Brasil acaba de aprovar a construção de uma terceira usina nuclear, o fato ocorrido no Japão acaba trazendo reflexões.
 
 
     Se por um lado o governo brasileiro garante que o projeto de Angra 3 foi exaustivamente planejado e é totalmente seguro, o que dizer sobre os desastres naturais, cada vez mais imprevisíveis? Os terremotos no Brasil, apesar de existirem, são de baixa intensidade. Mas com o aquecimento global, eventos que antes eram improváveis, hoje podem acontecer a qualquer momento.
     Os últimos relatórios ambientais chamam a atenção para a possibilidade de ocorrer furacões e ciclones no Brasil, como o Catarina, que atingiu o sul do país em 2004, causando prejuízos superiores a R$ 1 bilhão. Fotos de satélite mostram que o Catarina passou muito próximo do litoral sudeste, de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Vale lembrar que Angra dos Reis, cidade que abriga as usinas nucleares brasileiras, está localizada no litoral carioca. A catástrofe causada pelo ciclone Catarina no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina pode ser muito maior se um ciclone ou furacão visitar o Rio.
 
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta

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