Nos últimos meses, os pesquisadores estão revendo suas estimativas para o degelo total do Ártico, no Pólo Norte. Há dois anos, o consenso científico era que o Ártico poderia ficar sem nenhum gelo até o verão de 2080. No início do ano passado, a estimativa estava em 2030. Em dezembro, a Nasa divulgou um estudo prevendo o derretimento em até 5 anos. Agora, um novo levantamento foi ainda mais drástico. Louis Fortier, diretor científico do Arctic Net, uma rede de pesquisas canadense, disse que o Pólo Norte pode derreter totalmente em algum verão entre 2010 e 2015. Os cálculos mais recentes feitos pelos computadores que modelam a comportamento das massas de gelo indicam isso. "E provavelmente vai acontecer ainda mais rápido", diz Fortier.
"Os modelos mais apavorantes, que nem tínhamos coragem de mencionar, estão se mostrando os mais realistas", afirmou Fortier em uma conferência sobre defesa em Quebec, no Canadá. Os pesquisadores estão revendo seus cálculos porque só agora eles começam a entendem melhor o processo de aquecimento dos pólos. Um dos efeitos que estava subestimados é a absorção do calor do sol pelo mar. Na medida que o Ártico perde gelo, a superfície do mar (escura) absorve mais calor do que o gelo. Com a água mais quente, o gelo restante derrete mais rápido.
A última vez que o Pólo Norte ficou livre de gelo no verão foi há mais de um milhão de anos. O derretimento do gelo do Ártico (que é uma camada flutuante) não vai elevar o nível dos mares. Mas deve alterar as correntes marinhas e transtornar o clima da Terra. Também deve acelerar o derretimento das geleiras em terra firme (principalmente na Groenlândia). E essas podem fazer o nível do mar subir até 6 metros.
Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta
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