Com a chegada do mês de setembro, espetáculos de beleza e horror dividem espaço na pequena cidade de Taiji, na costa meridional da ilha japonesa de Honshu. Enquanto milhares de golfinhos chegam à região para aproveitar a época de peixes em abundância, pescadores iniciam um massacre considerado por muitos como um ato de ferocidade sem limites. As informações foram publicadas pelo jornal britânico Daily Mail neste sábado. Apesar de serem admirados como animais dóceis, os golfinhos são vistos pelos pescadores de uma forma diferente. Para eles, estes cetáceos são apenas uma fonte de carne barata e pragas a serem exterminadas, segundo o jornal britânico. Os caçadores, em dezenas de barcos, encurralam os animais em uma pequena enseada para matá-los a golpes repetidos com longos arpões e facões. A angra de 4,6 m² se ruboriza, como se repleta apenas de sangue. No curso da temporada de seis meses, os pescadores matam quase 2 mil golfinhos e vendem a carne para supermercados locais a cerca de US$ 500. Os pescadores complementam sua renda capturando cerca de cem golfinhos vivos e vendendo cada um por dezenas de milhares de dólares para aquários no Japão, China, Coreia do Sul, Irã e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O acontecimento não é bem visto pela mídia internacional e por grupos ambientais que se arriscam na região para protestar contra o massacre. No ano passado, o documentário "The Cove", um vencedor do Festival de Sundance que estreou nos Estados Unidos no início deste mês, reabriu antigas feridas. O filme acompanha uma equipe internacional de fotógrafos, mergulhadores e ativistas em sua missão de documentar a caça a golfinhos, enfrentando a oposição de autoridades municipais, policiais e pescadores de Taiji. Fonte: National Geographic - Redação Terra Postado por Wilson Junior Weschenfelder |
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