quinta-feira, 18 de setembro de 2008

China reconhece que uso de tóxicos em setor alimentício não é caso isolado

     A China reconheceu hoje, pela primeira vez, que o uso de substâncias nocivas para o consumo humano em seu setor alimentício não é um caso isolado, após uma campanha na qual fechou 180 fábricas em todo o país, informou a imprensa estatal.
     "Não se trata de casos isolados", disse hoje Han Yi, responsável pela Administração de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena, ao anunciar os resultados da investigação.
     A campanha, que aconteceu entre dezembro e maio, foi lançada devido aos vários escândalos no setor, como a venda de leite adulterado para crianças, o que provocou a morte de vários bebês.
 

 
     Durante as inspeções, as autoridades descobriram o uso de substâncias tóxicas como tinturas, óleos minerais, parafina, malaquita verde (cancerígena) e formol em balas, conservas, bolachas, cogumelos, sementes de melão, tofu e pescado.
     Entre as empresas fechadas, onze foram levadas aos tribunais, segundo Han.
     As inspeções continuarão e se concentrarão agora na carne, laticínios, bebidas, molho de soja e óleos, acrescentou.
     Segundo o diretor, a maioria das fábricas fechadas era pequena ou não tinha licença de funcionamento, um problema que, segundo dados oficiais, afeta 75% do setor alimentício chinês.
     Em 2006, as autoridades chinesas localizaram 68 mil casos de alimentos contaminados e apreenderam 15,5 mil toneladas que não cumpriam os padrões sanitários.
 

 
     A falta de segurança dos produtos alimentícios chineses ultrapassou as fronteiras do país, com casos como a morte de vários animais de estimação nos Estados Unidos devido a uma ração importada da China contaminada com melanina.
     Nos últimos meses Washington proibiu ainda vários produtos vindos do país, como o rapé, a enguia e sucos de frutas nos quais foram encontrados agrotóxicos.
     As leis chinesas de higiene alimentícia e contra o crime proíbem o uso de ingredientes químicos ou nocivos na produção de alimentos.
     Os infratores podem ser condenados à morte em casos que tenham deixado vítimas.
Fonte: EFE - UOL
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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