segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Puberdade deve chegar ainda mais cedo que hoje, diz especialista


     A idade da primeira menstruação, conhecida por menarca, está caindo. Nos anos 70, meninas iniciavam o ciclo menstrual entre 13 e 15 anos. Hoje, dificilmente passam dos 12 anos. "A tendência é a de que diminua mais ainda", avisa o médico José Maria Soares Júnior, coordenador do Ambulatório de Ginecologia da Criança e Adolescente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Essa antecipação do ciclo menstrual decorre de uma puberdade precoce, com o aparecimento de características sexuais secundárias antes dos 8 anos.



     Levando-se em consideração que a menarca ocorre geralmente dois anos após o início da puberdade precoce, uma menina pode menstruar aos 10 anos. Especialistas alertam para o aumento desses casos nas últimas décadas. "Apesar da prevalência na população brasileira não estar bem definida, em países desenvolvidos se calcula que a incidência passou de 0,5 a 0,8 para 2,0 a 2,3 em mil meninas na faixa etária abaixo dos 8 anos de idade", diz José Maria.
     Segundo estimativas, a puberdade precoce é de 2 a 5 vezes mais comum em meninas do que em meninos. E quando os pais se deparam com as mudanças físicas prematuras da filha, assustam-se. "O principal problema é que, ao menstruar, a maturação dos ossos é acelerada e, consequentemente, a menina cresce menos", explica a ginecologista Felisbela Soares de Holanda, que fez desse tema sua tese de mestrado e, hoje, cuida de casos relacionados à puberdade precoce no ambulatório da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).



     Após a menarca, o crescimento da criança é, em média, de 6 centímetros, dependendo dos fatores genéticos. Mas poderia ser mais, se a menstruação tivesse chegado no momento certo. Segundo os médicos Felisbela e José Maria, não existe uma causa única para a puberdade precoce, mas sim um conjunto de fatores: genética, alimentação inadequada, sedentarismo e o excesso de peso e de estímulos da vida urbana - como internet, programas de TV que estimulam a sexualidade, menos horas de sono, maior cobrança da escola e da família.

Fonte: AE - UOL Notícias
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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