FDA vai estabelecer padrões para a composição química dos cigarros. Legislação semelhante já está em funcionamento no Brasil. Depois de dez anos de embates políticos, o Congresso americano aprovou uma lei que coloca os produtos derivados do tabaco sob controle da FDA (agência que regula fármacos e alimentos nos EUA). Um dos propositores originais da lei, desde o início de sua tramitação, foi o senador John McCain, candidato a presidente derrotado nas últimas eleições. ![]() A lei foi aprovada com ampla maioria nas duas casas, Senado e Câmara, em dois dias de votação, e agora espera a sanção do presidente Barack Obama, ele próprio um fumante que assume lutar contra o vício há muito tempo. A agência reguladora de medicamentos e outros produtos deverá receber das indústrias fumageiras a composição química das misturas de fumo comercializadas naquele país. Pelas leis do país, o FDA poderá estabelecer padrões de composição química, inclusive proibindo a adição de substâncias consideradas perigosas para a saúde do público. Um primeiro efeito deverá ser o banimento da classificação dos cigarros em light, baixos teores e outras denominações, que somente visam a desorientar o consumidor. Apesar do avanço indiscutível na aprovação da lei, alguns aspectos chamam a atenção. O uso do mentol como flavorizador do cigarro está mantido. O "New York Times" chamou atenção para o fato de que as marcas mentoladas são as preferidas pela população afro-americana, a mesma que apresenta os maiores índices de câncer de pulmão naquele pais. A avaliação dos efeitos do mentol sobre a saúde humana só será feita em 2012, após novas pesquisas coordenadas pelo FDA. ![]() No Brasil já temos uma legislação semelhante regulamentada desde 2002. As companhias que beneficiam as folhas do tabaco devem estar cadastradas na Anvisa e são obrigadas a informar a composição química de seus produtos. A própria Anvisa reconhece que estão presentes no cigarro e na fumaça gerada por sua queima mais de 4 mil substâncias diferentes com reconhecido potencial cangerígeno. Todas essas medidas podem ajudar a diminuir a conta de 5 milhões de mortes por câncer de pulmão a cada ano. Autor: Luis Fernando Correia Especial para o G1 Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder |
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