domingo, 22 de março de 2009

Apicultores uruguaios em Emergência Nacional por causa de agroquímicos

Além das abelhas, as aspersões com Fipronil afetam também peixes e aves, e são nocivas para a saúde humana e animal em geral.
 
     A Sociedade Apícola do Uruguai (SAU) exige, desde o final de ano passado, que se proíbam as aspersões com Fipronil, que provocaram a morte de milhares de colméias no país. A Rede de Ação em Praguicidas e suas alternativas para América Latina (RAP-AL Uruguai) acompanha a demanda da SAU.
 

Abelhas estão morrendo

 
     A Rede vem denunciando os perigos do Fipronil desde o ano 2004. Além disso, se exige a realização de estudos de impacto ambiental deste e de outros inseticidas. O Fipronil foi estabelecido como substituto do Mirex (para combater formigas) pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) no ano de 2004, quando na França já tinha sido suspensa a venta do produto.
     RAP-AL denuncia que essa substância afeta particularmente as abelhas, mas também peixes e aves, e que é nociva para a saúde humana e animal em geral. Entre 2005 e 2008, as importações de Fipronil se multiplicaram vinte vezes no Uruguai. No mês de dezembro passado, houve no Uruguai uma praga de insetos em vários departamentos.
 

Associações estão apelando que sejam proibidos os pesticidas relacionados à morte de abelhas ao redor do mundo (Arte: Luciano Lobelcho, do Jornal Extra Classe, SINPRO/RS)

 
     Segundo a coordenadora de RAP-AL Uruguai, Maria Isabel Cárcamo, o governo recomendou o uso do Fipronil para combatê-las. Para RAP-AL, isso "foi uma aberração terrível porque matou milhares de colméias em todo o país". os departamentos mais afetados foram Colonia, Florida, Paysandu e Flores. Em finais de fevereiro de 2009, a Direção Geral de Serviços Agrícolas (DGSA) resolveu uma restrição parcial do uso do Fipronil, proibindo seu uso "em floração de cultivos, prados e campos naturais".
     RAP-AL entende que embora isso possa ser considerado um "avanço", "é a todas luzes insuficiente". Segundo Cárcamo, a restrição "nada diz de que não possa seguir usando em outros cultivos onde não haja floração".
 
Fonte: EcoAgência/Pulsar
Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder


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