Brasil tem tanta área de preservação que a agricultura não pode mais se expandir. É a versão do ministro da Agricutura, Reinhold Stephanes. Ele apresentou um estudo ontem segundo o qual 67% do território nacional está impedido por reserva indígena ou ecológica. Diz que a agropecuária não pode mais expandir. O estudo é o argumento para mudar o Código Florestal. A reivindicação de Stephanes - e da bancada ruralista que, na semana passada, assumiu a maioria e o comando da Comissão de Meio Ambiente da Câmara - é alterar a lei para permitir mais desmatamento. Pesquisador Alfredo Homma numa área abandonada no município de Santa Izabel do Pará Será que falta terra mesmo no país? Será que é preciso derrubar o que restou de floresta para expandir o pasto e o plantio? Segundo publicamos recentemente, antes de reclamar de falta de terra, é preciso usar as áreas já desmatadas e abandonadas, que somam um território equivalente aos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Isso sem falar que dos 72 milhões de hectares já devastados na Amazônia, o equivalente a toda a Região Sul do país, cerca de 56 milhões de hectares são ocupados por uma pecuária de baixa produtividade. Um exemplo do desperdício está na foto acima, onde o pesquisador Alfredo Homma, da Embrapa, mostra uma área abandonada no município de Santa Izabel do Pará, a 40 quilômetros de Belém. Eis a história do lote de terra: - Anos 50 Exploração madeireira - Anos 60 Roça de mandioca e plantação de pimenta-do-reino - Anos 70 e 80 Pecuária extensiva - Anos 90 e 2000 Abandono Aumentar a produtividade ainda faria bem para combater as mudanças climáticas. Cerca de 20% do aquecimento global é provocado por desmatamento. No Brasil, a devastação (muitas vezes criminosa) corresponde a 70% de nossas emissões. Autor: Alexandre Mansur - Blog do Planeta Postado e adaptado por Wilson Junior Weschenfelder |
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