Doenças infecciosas e parasitárias atacam populações inteiras de países pobres. Iniciativas francesas vão procurar e distribuir medicamentos. Elas afetam mais de um sexto da população mundial. Não recebem atenção da mídia e não geram manchetes freqüentemente. São doenças infecciosas e parasitárias que atacam populações inteiras de países pobres ou de regiões pobres de países em desenvolvimento. Angola já teve surto de Cólera (Fotos: Susan Sandars/MSF - BBC) As doenças negligenciadas, como são chamadas pela Organização Mundial de Saúde, englobam: cólera, leishmaniose, esquistossomose, entre outras parasitoses, além de viroses como a dengue. São transmitidas pela água ou por insetos e afetam os mais pobres e vulneráveis, principalmente nas áreas tropicais e subtropicais. O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento e a Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas, ambos criados na França, anunciaram que irão trabalhar em conjunto. As duas organizações se dedicam a descoberta de novos medicamentos e sua distribuição nos países onde são necessários. As moléstias incialmente atacadas serão a leishmaniose e a Doença de Chagas. A leishmaniose é uma moléstia parasitária presente em pelo menos 88 países diferentes, inclusive o Brasil. A doença causa lesões de pele e atinge orgãos internos. Ingrid Betancourt no cativeiro também adquiriu leishmaniose e hepatite B (Foto: AP) Também freqüentemente esquecida, a Doença de Chagas existe em 18 países da América Latina e do Norte. Causada por um protozoário, é transmitida por um inseto, o barbeiro. Como também pode ser transmitida da mãe para o feto ou por transfusões de sangue a doença chegou aos Estado Unidos, onde apesar de não existir o inseto transmissor, já se contam mais 130 mil pessoas infectadas. A parceria dos dois institutos funciona através do licenciamento de produção dos medicamentos descobertos para laboratórios privados. A partir daí são fornecidos a organizações não-governamentais e projetos ligados a universidades. No Brasil, essas doenças juntas causaram mais de 5 mil mortes em 2005, segundo o Ministério da Saúde, e também são responsáveis por milhares de internações no SUS a cada ano. A alta incidência de triatomíneos nas casas de pau-a-pique de Jaguaruana chamou a atenção dos pesquisadores do IOC para a necessidade de um programa de controle da doença de Chagas na região (fonte: Fiocruz) Entre os projetos que a parceria desenvolve na América Latina está incluído um programa de controle de leshmaniose no estado de Pernambuco. Esforços como esses podem ajudar a diminuir o impacto dessas doenças em nossa sociedade e no restante dos países em desenvolvimento. Autor: Luis Fernando Correia - G1 Postado por Wilson Junior Weschenfelder |
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