sexta-feira, 29 de maio de 2009

EUA inauguram instalação para tentar produzir energia com fusão nuclear


Técnica tentaria explorar forma pela qual estrelas produzem sua energia.
Investimento americano na instalação foi de US$ 3,5 bilhões.

     Em Livermore, num seco vale da Califórnia, na saída da cidade, uma catedral de luzes será consagrada nesta sexta-feira (29). Como as catedrais da antiguidade, esta é construída numa escala incomparável de tecnologia única, e personifica uma doutrina científica que, se confirmada, pode elevar a civilização a novos patamares.


NIF (Instalação National de Ignição) tentará fazer fusão nuclear nos EUA, a um custo de US$ 3,5 bilhões (Foto: Jacqueline McBride/NYT)

     "Trazendo Energia Estelar para a Terra" diz a gigantesca faixa, recentemente esticada ao longo de um edifício com o tamanho de um estádio de futebol.
     O local, de 3,5 bilhões de dólares, é conhecido como Instalação Nacional de Ignição (National Ignition Facility, ou NIF). Durante mais de meio século, físicos sonharam em criar pequenas estrelas que inaugurariam uma era de ousada ciência e energia barata, e a NIF tem o objetivo de atiçar essa chama.
     Em teoria, os 192 lasers da instalação – feitos com quase 60 milhas de espelhos, fibra ótica, cristais e amplificadores de luz – dispararão de forma conjunta para pulverizar um grão de combustível hidrogênio menor que uma cabeça de fósforo. Comprimidos e aquecidos a temperaturas maiores que aquelas de um núcleo de estrela, os átomos de hidrogênio se fundirão em hélio, liberando explosões de energia termonuclear.


Concepção artística do processo de fusão nuclear induzido por laser (Foto: NYT)

     O diretor do projeto, Ed Moses, disse que chegar à ponta da ignição (definida como a execução com sucesso da fusão) precisou de 7 mil trabalhadores e 3 mil subcontratados durante doze anos. Suas ações criaram um colosso de precisão com milhões de peças e 60.000 pontos de controle, 30 vezes mais que os encontrados num ônibus espacial.
     "É a história da catedral", disse Moses durante uma visita. "Juntamos os melhores físicos, engenheiros, o melhor da indústria e dos institutos acadêmicos. Não é sempre que você tem essa oportunidade e consegue realizá-la".
     Notícia completa AQUI.

Autor: William J. Broad - New York Times - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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