sexta-feira, 23 de maio de 2008

Taxa de extinção é mil vezes maior que a natural

     No Dia Mundial da Biodiversidade, celebrado hoje, as estatísticas mostram que há pouco para comemorar. A cada hora, quatro espécies são perdidas no mundo. A cada ano, 13 milhões de hectares de florestas, onde vivem cerca de 2/3 de todas as espécies terrestres, são destruídas - o equivalente a um terço do tamanho da Alemanha. No último século, 3/4 da diversidade genética de plantações foram perdidas. Atualmente, um em cada oito pássaros estão em risco de extinção. Segundo o ministro de Meio Ambiente da Alemanha, Sigmar Gabriel, onde é realizada a 9ª Convenção da Diversidade Biológica (CBD), a taxa de extinção hoje é de 100 a 1 mil vezes maior que a natural.

Exemplar do golfinho Baiji, espécie encontrada no rio Yang Tsé é declarada funcionalmente extinta.

     "É uma tarefa de Hércules colocar a comunidade internacional e cada país no caminho certo da sustentabilidade", disse o ministro do meio ambiente da Alemanha, Sigmar Gabriel, que foi enfático ao afirmar que se este caminho não for seguido, o mundo irá falhar em alcançar a meta.

     Em Bonn, na Alemanha, mais de 5 mil delegados e chefes de Estado tentarão chegar a um acordo sobre como resolver a difícil equação de salvar espécies de plantas e animais das mudanças climáticas e poluição.

     A prioridade da 9ª Convenção da Diversidade Biológica (CBD) é criar regras obrigatórias de acesso a recursos genéticos e divisão dos benefícios, um dos seus três objetivos, mas que desde a sua criação, há 15 anos, nunca ganhou um regime internacional. A COP9 iniciou na segunda-feira e segue até o dia 30.

A Arara-azul e outros animais estão sob ameaça de extinção, de acordo com levantamento do Ibama, e o Mapa de Fauna Ameaçada de Extinção do IBGE.

 

     Mudança na mentalidade
     O fundador do conselho ético World Future Council, Jakob von Uexküll, pediu aos Governos para fazer "uma mudança radical" em relação à proteção da natureza. O artífice do Nobel Alternativo afirmou que a crise alimentícia mundial é um "apelo de alerta" à comunidade internacional, ao fim do segundo congresso do conselho, que engloba cientistas, políticos e acadêmicos de todo o mundo.

     Fundado há um ano, o World Future Council, com sede em Hamburgo (noroeste da Alemanha), é formado por especialistas internacionais e seu trabalho inclui buscar respostas à mudança climática e ao desenvolvimento sustentável das cidades e a agricultura.

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Ameaçados de extinção, um tigre branco e um antílope são as principais atrações do zôo de Nova Deli, na Índia. (Foto: Manan Vatsyayana/AFP)

     "Não podemos continuar vivendo como se não houvesse amanhã. Sem uma mudança de perspectiva, não poderão se alimentar as gerações futuras. Devemos assumir nossa responsabilidade", afirmou. Jakob von Uexküll afirmou que as leis ambientais "não são de esquerda nem de direitas" e pediu à 9ª Conferência das Partes (COP9) da Convenção de Diversidade Biológica da ONU, realizada em Bonn até o dia 30, a "fundar novas alianças".

     A Conferência das Partes é o órgão máximo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), primeiro acordo mundial que aborda integralmente todos os aspectos da biodiversidade, desde recursos genéticos até espécies e ecossistemas.

     A biodiversidade, no entanto, está em tudo que é produzido no mundo e, por não ter que pagar nada para retirar da natureza tantos produtos e serviços, muitas vezes o homem não enxerga o verdadeiro valor deste bem.

Fonte: O Dia - Terra Notícias

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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