Toxinas que alteram o sêmem podem ser passadas a até quatro gerações.
Defeitos no sêmem causados pela exposição a toxinas presentes no meio ambiente podem ser passados para futuras gerações, segundo um estudo da Universidade de Idaho, apresentado nesta semana no encontro da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, nos Estados Unidos.
Defeitos no sêmem causados pela exposição a toxinas presentes no meio ambiente podem ser passados para futuras gerações, segundo um estudo da Universidade de Idaho, apresentado nesta semana no encontro da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, nos Estados Unidos.
Segundo os cientistas, os pais que bebem e fumam devem estar cientes de que eles estão, potencialmentem, não apenas prejudicando a si mesmos, mas também seus filhos.

O esperma pode carregar defeitos de toxinas por quatro gerações (Fonte da imagem)
De acordo com Matthew Anway, que liderou o estudo, a pesquisa demonstra que defeitos causados pelas toxinas nos genes permanecem na linha reprodutiva da família, afetando até quatro gerações.
O estudo sugere que a saúde do pai tem papel mais importante sobre a saúde das futuras gerações do que se pensava.
Pesticida
Para realizar a pesquisa, os cientistas injetaram um pesticida chamado vinclozolin -- conhecido por prejudicar os hormônios -- em embriões de ratos.
Para realizar a pesquisa, os cientistas injetaram um pesticida chamado vinclozolin -- conhecido por prejudicar os hormônios -- em embriões de ratos.
A substância química provocou alterações genéticas no esperma dos machos, inclusive uma série de mudanças associadas à forma humana de câncer de próstata.
Os ratos expostos à substância apresentaram sinais de danos e crescimento exagerado da próstata, infertilidade e problemas de rim. Os efeitos perduraram por até quatro gerações seguidas.

Exposing Men: The Science and Politics of Male Reproduction. (Cortesia da Oxford University Press) (Fonte da imagem)
Anway ressalta que a quantidade de pesticida usado no estudo foi maior do que qualquer humano poderia ser exposto. No entanto, de acordo com ele, a importância da pesquisa é demonstrar que um filho homem pode herdar os problemas dos genes do pai já que os genes alterados permanecem na linha reprodutiva.
A especialista em reprodução humana Cynthia Daniels, da Universidade Rutgers, em Nova Jérsei, afirmou que é preciso que os homens tomem cuidado.
Segundo ela, homens que bebem muito álcool apresentam taxas mais altas de defeitos no sêmem e a nicotina do tabaco também chega até o esperma, além do sangue.

Autora Cynthia R. Daniels (Foto: Katherine Daniels) (Fonte da imagem)
"As substâncias que têm um impacto na reprodução normalmente também são cancerígenas. Se eu fosse homem, não beberia e nem fumaria se estivesse tentando ter um filho", afirmou Daniels.
Daniels afirma ainda que, historicamente, mulher sempre foi indicada como responsável pela saúde dos filhos.
Fonte: BBC - G1
Postado por Wilson Junior Weschenfelder
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