quinta-feira, 14 de junho de 2007

"Doenças ambientais" matam 233 mil por ano no Brasil

     Cerca de 233 mil pessoas morrem todo ano no Brasil por exposição a fatores de risco ambiental, como poluição, água não tratada e grandes estruturas urbanas, revelou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
     Significa dizer que 19% de todas as mortes no país poderiam ser evitadas se fossem adotadas políticas públicas eficientes, de acordo com os dados do primeiro levantamento deste tipo feito pela entidade sediada em Genebra.
Menino ao lado de esgoto aberto em favela do Rio
Falta de saneamento mata 15 mil por ano no Brasil, diz OMS
     Falta de higiene, saneamento básico e poluição do ar matam 32 mil brasileiros por ano, indicaram os dados.
     A pesquisa levou em consideração as condições enfrentadas pelos brasileiros em seu dia-a-dia.
     Em um país em que 84% da população vive nas cidades, a poluição do ar mata 12,9 mil pessoas por ano.
     Com 22% das pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, a falta de água tratada e de redes de esgoto tiram a vida de 15 mil brasileiros por ano.
     A OMS disse ainda que 4,1 mil mortes por ano poderiam ser evitadas se 13% dos lares brasileiros que hoje utilizam carvão ou madeira para cozinha substituíssem esses combustíveis por alternativas consideradas limpas, como gás encanado.
 
Crianças com malária na África
Um quarto das doenças poderia ser evitada
com medidas eficientes

     "Estas estimativas por país são um primeiro passo na direção de ajudar governantes em relação às prioridades para ação preventiva nas áreas de saúde e meio ambiente", disse a diretora-geral assistente de Desenvolvimento Sustentável da OMS, Susanne Weber-Mosdorf.
     É importante quantificar o peso das doenças causadas por ambientes pouco saudáveis. Esta informação é chave para ajudar os países a escolher as intervenções apropriadas.
 
Fonte: BBC Brasil


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